Carro do exército....que fazer?

Daniel Melo

Azimute
Diogo Duarte disse:
A DGV nos Açores deve ter procedimentos diferentes das delegações do continente... Não é assim tão fácil, vá la e informe-se.

Isto é, algum Tribunal? Eu conheço diversos casos, de jeeps Willy´s e Williams, Berliet´s, Unimoges (Mercedes) entre outros veiculos nao motorizados que estao homologados e em posse oficial de particulares, inclusive viaturas do Exercito, marinha e força aerea americanas . Se a DGV nos Açores como voce acusa era ou foi mais benefica, nao é problema meu, porque nao pertenço a ela, nem sou candidato a se-lo. Sou um simples colecionador de veiculos classicos e tenho gosto nisso. Mas por favor nao insulte quem fez comentarios no site nem tenha o atrevimento de mandar ninguem se abster de comentar seja do que for como o fez no seu paragrafo nº 9. A sua experiencia pode contar, mas nao invalida nada do que se passa no resto do país e pode crer que ainda vai ter muito que aprender. Se julga que sabe tudo, deve estar redondamente enganado.
Nesta historia eu ponho PONTO FINAL PARAGRAFO. Porque eu venho aqui para conviver e divertir e nao para ser insultado e ser chamado indirectamente de ignorante, por gente que nao me conhece e nem sei quem são.
 

Diogo Lisboa

Veterano
Meus amigos tenham calma:huh:, não é preciso ninguém se chatearo_O...

Sei que é uma situação deveras complicada, mas não é preciso chegar a este ponto:(...
 

Daniel Melo

Azimute
Amigo Diogo;
Este site, julgo eu que serve para partilharmos as nossas experiencias e confraternizar-mos as nossas paixoes. Julgo que o entusiasta Diogo Duarte, foi infeliz no modo como escreveu e expos os seus pontos de vista, poderia te-lo feito sem ofender ninguem e ai eu seria mais modico. Se com apenas 15 comentarios feitos por este senhor ja esta a provocar estes problemas, imagino quando ultrapassar os 100, quantos nao ira haver. Queira Deus que eu esteja enganado.
 
Diogo Duarte disse:
1. Houve willys no exercito.
2. O Usicapião é no notário e nao no tribunal como se disse.
3. Depende do notário, mas nao há que mandar cartas registadas pa todas as autarquias.
4. Sai em edital 1 mês.
5. A escritura é que fica cara.
6. O exercito antes vendia a sucateiros e estes vendiam a toda gente. Hoje o exercito vende a sucateiros contra declaração de desmantelamento.
7. O exercito costuma ceder a bombeiros e juntas de freguesia
8. Há alguns casos raros de particulares que conseguiram legalizar.
9. Abstenham-se de comentar o que não sabem.

Há que respeitar as opiniões dos outros!! E se por um acaso achar-mos que o que alguém disse não está correcto (por experiência) deve-se sim explicar a quem "não sabe tanto" o procedimento correcto! Para que possamos ajudar-nos mutuamente sem menosprezar os outros... ;)

Não hesiste sabichões, apenas uns que possam entender melhor a matéria "descutida" o_O
 
Diogo Duarte disse:
Apresente essas "provas"... para ver até que ponto são "provas"...

Só acho incorrecto comentar-se o que não se sabe induzindo os outros em erro.
Para sua informação tenho 3 carros militares, um deles com docs, por isso penso estar dentro do assunto, ao contrario do que se disse.

E, fico a espera da sua contradição.

Aqui fica o meu mail para enviar docs. (sim, pois em matéria de legislação e procedimentos administrativos só assim se "prova". [email protected]


Com respeito e sem ofender (se se ofender o problema é seu ) Não, eu não sei, tudo, o senhor é que não sabe nada nesta matéria.


Sem palavras o_Oo_Oo_O
 

Diogo Duarte

YoungTimer
SE fui indelicado ou ofendi (faltei respeito alguém) peço desculpa. Errar humano, reconhecer é divino.

Nesta matéria sei o que digo pois tenho alguns carros provenientes do exercito portugues e força aérea, e um deles com documentação civil, cuja tramitação processual acompanhei.

Não gostei foi de ver pessoas afirmarem coisas como verdades que não são. Quando não se sabe considero que se deve dizer: "Não tenho a certeza, mas pode ser assim ou assado, há esta ou aquela possibilidade" e não dizer "Não há Willis no exercito" e outras inverdades que induzem um leigo em erro.

Se fui arrogante a falar peço desculpa mais uma vez, não era minha atenção, mas por favor, não afirmem coisas que não sabem, perguntem que eu faço o mesmo.
 

Vitor M G Lopes

YoungTimer
Vitor M G Lopes disse:
Eu fui condutor no exercito e conduzi um Willys a gasolina no extinto RIP no Porto que era a viatura do comante do Regimento nas paradas militares, portanto atesto que existiam Willys no exercito.

Quanto a viaturas informo que todas as viaturas do exercito de serviço pessoal (automoveis pretos essencialmente, têm matricula civil tambem, além da matricula militar (tive documentação civil da viatura qe conduzia nas mãos, um vW Golf diesel preto da 1º serie) o que não me parece acontecer com as viaturas verdes (Berliet, Magiruz, Mercedes, Land Rover, UMM, DAF, Leyland, Ebro, etc....)
Tenho conhecimento que todas as viaturas em abate (fim de vida) são entregues ao BST (Batalhão de Serviço de Transportes) e a partir dai são vendidas em lotes a sucateiros atraves de processos de leilão.
Não tenho conhecimento no entanto quando são feitos nem de que forma mas pode-se pesquisar...
Quanto a aquisição destas viaturas e atribuição de matricula civil já vi acontecer embora saiba que são processos complicados com inspecções, pagamento de impostos e muita burocracia como é habitual.

Se de alguma forma contribui para ajudar no assunto, fico contente.



Caro Diogo Duarte creio que existiu de ambas as partes algum mau entendimento e ainda bem que pode reconhecer a sua exaltação, se tivessem dado atenção ao que eu escrevi se calhar teriam concordado com o que escrevi e a "conversa" não teria chegado ao ponto que chegou.
Eu fui militar "condutor auto-rodas" tinha carta militar para conduzir todos os veiculos militares menos de lagartas e estive afecto ao serviço de transportes do QGRMN tendo tido acesso a documentação de veiculos militares dai saber o que menciono no meu comentario.

Deixo um comentario final, somos uma "comunidade" de entusiastas sejam pacientes com os outros, manifestem as opniões mesmo que diferentes das dos outros mas de forma cordial e de forma a não atingir ninguem em especifico, comentem assuntos e opniões e não pessoas em concreto.

Convivio e amizade mesmo que virtual é salutar ja chega o stress do trabalho diario...
 
Miguel,
Peloque vejo também moras em Odivelas. Eu estou a restaurar um willys do meu pai mas este é civil.
Todavia tenho um amigo que comprou alguns desses caros em leilão há mais de uma dezena de anos é perito em CJ se vir o carro talvez possa identificá-lo.

A proposito o Willys não é um CJ5 e a oficina não é junto ao instituo de Odivelas?

Qualquer coisa apita.

Cumprimentos,
João
 

Daniel Melo

Azimute
Diogo Duarte disse:
A DGV nos Açores deve ter procedimentos diferentes das delegações do continente... Não é assim tão fácil, vá la e informe-se.

Depois da poelemica que houve em redor deste assunto que nao quero voltar a Incendiar, mas apenas esclarecer alguns pontos sobre a materia, especialmente ao Sr. Diogo Duarte.
Tive hoje oportunidade de falar com um antigo responsavel militar que foi comandante de uma unidade de armas pesadas e que ainda hoje é responsavel pelo Museu Militar existente aqui no forte de S.Braz.
1) Ele esclareceu de que até ao ano de 1980, que na zona militar dos Açores os veiculos do exercito, marinha e força aérea dados como incapazes eram vendidos em haste publica. Daí ainda hoje existirem alguns veiculos Ex-militares a circularem, admitindo ele de que como nao era obrigatorio inspecçoes nesta epoca, de que as pessoas hipoteticamente adquirindo mais do que uma viatura terem hipotese de conseguir fazer com que ficassem com uma a andar e por isso a mesma poder a posteriori ser aprovada pela DGV para circular. Houve muito poucas unidades doadas a Bombeiros, pois nem estes mostraram interesse nestas viaturas, dado que era dificil encontrar peças suplentes por preços razoaveis.
2) A regra acima descrita, aplicava-se apenas a Região/ Zona Militar dos Açores, por 2 razões: A)
os sucateiros locais nao tinham qualquer interesse em ficar com estas maquinas, pois os mesmos nunca compareciam aos Leilões. :cool: A norma aplicada em Territorio continental destas viaturas ao terem de ser entregues no deposito de material, nunca se aplicou aos Açores, devido ao elevado custo de transporte maritimo entre Açores e Lisboa. Só regressava para o deposito de material, o que era considerado Material de Guerra
3) A partir de 1981, As forças Armadas nos Açores foram proibidas de efectuar leilões em haste publica de viaturas. A unica soluçao encontrada e que ainda hoje esta em vigor, foi o desmantelamento total das viaturas as peças, sao depois oferecidas a quem as quizer ir buscar, inclusivé os motores sao oferecidos independentemente de serem particulares ou negociantes. Só o restante, quase exclusivamente os chassis é que sao recolhidos por uma empresa local para depois enviar para uma fundição no Continente.

Julgo deste modo ter ajudado a esclarecer as minhas intervençoes anteriores, baseado em factos que pude constactar e que sao veridicos aqui na regiao, se bem que admita, que nao se podem aplicar ao todo Nacional. Por outro lado chamo a atençao de ter exibido aqui algumas fotos de 2 berliets no forum Militares reformados, que estao na mao de particulares e que provam tambem as minhas afirmações, no entanto segundo consegui apurar, as mesmas nao podem circular na via publica, mas são utilizadas para fazer alguns raids em terrenos particulares
 

Ant. Nunes

YoungTimer
Caros amigos ,

Gosto deste tema das viaturas militares que continuam a sua "carreira" na vida civil, e tanto quanto sei , sem querer ofender ninguem e apenas expressar a minha experiencia, as viaturas que estão matriculadas e que têm documentos podem circular na via pública, pelo menos é o que constatei já por diversas vezes , embora obviamente que uma viatura destas não será para o uso intensivo no dia a dia , tipo ir ao supermercado á mercearia ou á farmácia de Berliet Tramagal em hora de ponta, mas o que é facto é que se vêm a percorrer estradas carregadas de lenha ou mesmo sem qualquer carga, é obvio também que para circularem na via pública terão de têr um seguro e inspeção feita, penso que tudo tem de ser julgado á luz do bom senso, sem complicar o que por vezes é mais simples que o que parece á primeira vista.
 

Pedro Melanda

YoungTimer
Boa tarde a todos,

Apesar deste post ser já algo antigo, julgo ter algo de relevante a acrescentar e por isso o faço e que é útil para todos os que procuram legalizar (leia-se registar em seu nome) automóveis sem terem conhecimento dos donos anteriores. Os meus conhecimentos baseiam-se no facto de ser advogado e já ter feito aquilo que vou descrever. Aconselho que procurem um colega meu para cada caso específico.
Em termos gerais, esclareço que é possível fazer uma escritura de justificação (por usucapião) de qualquer bem sujeito a registo (prédios, carros, barcos e aviões). No entanto, no caso dos carros, é necessário que estes já tenham matrícula (mesmo que cancelada) e registo na CRA.
A escritura é feita no notário e a razão pela qual aconselho que procurem um advogado é muito simples. A usucapião exige determinados pressupostos que, caso não se verifiquem, faz com que o outorgante da escritura (o proprietário do automóvel) pratique um crime de falsas declarações. Por outro lado, os custos podem ultrapassar o valor do veículo, o que pode desencorajar muita gente.
Foi o meu primeiro post por isso as minhas desculpas se não fui claro. De resto, espero ter ajudado.
Cumprimentos,
Pedro Melanda
 

diogo leite

Clássico
Foi bem claro! e obrigado pela ajuda.

Visto que é advogado, pode-nos informar em media quanto pode custar um precesso destes? advogado, cartas, certdoes, papeis etc?

é uma informação que pode ajudar a quem queira registar um carro em seu nome que ja esta em sua posse a muitos anos, eu conheço alguns casos.
 

João Fernando

YoungTimer
Olá a todos,

eu tenho uma situação parecida: adquiri a um sucateiro há cerca de 6 anos um Jeep Willys CJ3B sem qualquer documentação ou matrícula, apenas possuo a factura da compra.
Após a aquisição quis ver como estava de mecânica e motor pelo que fiz as operações básicas para o tentar pôr a trabalhar: Tirei o depósito fora, limpei-o e pus combustível novo, substituí as velas, nem mudei o óleo. À 3ª tentativa pegou duma forma excepcional e um trabalhar maravilhoso.

Desde esse dia ficou parado pois sem documentos não me aventuro a incorrer em gastos para depois estar parado em casa.

Assim, tal como os amantes destes veículos que estão a seguir este tópico, gostaria de esclarecer se será mesmo possível legalizar um dia este veículo militar.
 
se tem matricula militar,nunca pagou imposto automovel (ia) nem iva,que nao havia na altura,logo se for possivel registar o estado vai querer cobrar isso tudo, como se o carro fosse novo,e ainda um imposto de circulaçao que tendo em conta os valores de co em causa até deve dar medo.
penso eu
 
Boa noite,

Para o Sr. Pedro Melanda, gostaria de saber o que significa CRA em primeiro lugar. Pois não estou mesmo a ver o que poderá ser. Em segundo lugar, poderia enventualmente referir se possível quais são os pressupostos legais para se proceder a usurpação de um veículo automóvel?

Digo isto, pois apesar dos custos como referiu poderem ser altos, seria algo a considerar caso acontecesse.

Um abraço.
 

jose aguas

Clássico
É óbvio que nenhuma oficina é obrigada a servir de armazém, gratuitamente, e por tempo indefinido.
Por outro lado, existem várias maneiras de tentar contactar o proprietário, nem que seja por avisos publicados na imprensa, achando apenas um pouco estranho que um dono de uma oficina, receba nas suas instalações uma viatura, sem matricula, e sem ficar com os dados da pessoa que lhe entregou a mesma.
A situação do ponto de vista legal, pode ser resolvida, não só pela cobrança judicial da despesa de armazenagem, que pode levar á penhora da viatura, e venda da mesma em hasta publica, ou por recurso á figura do usucapião. Sendo que existem vários modos de resolver a questão,mas tudo isso requer mesmo a intervenção de um Advogado, não havendo possibilidade de um leigo, por si só resolver a situação.
José Pedro Aguas(Advogado)
 

Pedro Cerdeira

YoungTimer
Caros entusiastas

Eu próprio estou nessa mesma situação. Adquiri uma viatura, há cerca de 6 anos, numa sucata, que supostamente pertenceu ao Exército e não sei como o legalizar. A viatura é um Jeep Willys CJ3B, sem matricula, que acredito que seja de 1952, pois foi o ano em que o Exército adquiriu essas viaturas. O jipe está a andar, trabalha bem, só não tem travões, mas é algo que vou arranjar em breve. Para além disso ainda faltam uns acessórios que são muito difíceis de encontrar no mercado nacional. Vou tentar restaurá-lo o mais fiel ao original possível.

Agradeço desde já todas as contribuições neste fórum, já me deram umas ideias por onde começar, mas qualquer esclarecimento adicional será muito bem-vindo. Posso contar com a vossa ajuda para voltarmos a por este exemplar nas ruas?

Cumprimentos a todos ;)
 
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