Miguel Gomes Dinis
Veterano
... isto quando se começa fica difícil parar. Para a comparação de género com o Benedetti. As variações de Goldman de Bach pelo Glenn Gould. Soberbo!
E já que falámos em barrocos, o único compositor de época não italiano ou alemão com obra verdadeiramente interessante. Henry Purcell.
E daqui podíamos partir para Handel...Para o Lied alemão, para a opera francesa e glorificar com ópera, italiana ou escola dela. O meu género musical (teatral e cénico) favorito. E tanto para dizer apreciar, mas tanto que ficará para futuras intervenções.
E com isto me lembro que participo aqui mais com música do que com automóveis ultimamente.
Mas muito se explica da raiz das minhas preferências por isto mesmo. Pela música. Neste limbo de vibrato. E sobretudo em Itália. Pelo que tudo se liga pela origem.
O mundano ou não pouco importa. A meu ver só importa sermos fiéis às nossas preferências respeitando e aceitando. As bandas sonoras são escolas de treino auditivo autodidata por alguma razãoNão tenho "banda sonora" definida. Tudo vai depender do estado de espírito, o trajeto, companhia e tipo de condução que quero empregar.
Depois de tão elevados comentários e não querendo parecer demasiado mundano, no meu Spotify existem três playlists que não podem faltar. Duas pertencem a duas séries televisivas, Suits e Supernatural. E uma que pertence aos filmes Guardians of the Galaxy...
La Campanella é uma obra do compositor barroco Paganini adaptada por Liszt a piano o que resulta nisto que se ouve e que se vê.
Digo que se vê, porque existe efectivamente uma dimensão exibicionista do intérprete sob a forma de execução e de tempo (e logo com quem. O Lang Lang está longe de ser dos meus pianistas favoritos, apesar do imenso virtuosismo)
O Sequeira Costa dizia aos seus alunos que queria pianistas, e não "Lang Langs".
Dito isto, e independentemente do pouco intimismo da peça com este tipo de interpretação, é quase com que, e perdoando - se a grosseria da comparação, um troço em estrada de terra com um Alfa GTV6 às mãos do Yves Loubet.
Quem disse que música clássica não pode ser agitada?
Não conhecia, tal como não conheço nada de música clássica e fiquei impressionado, não sei bem porquê mas fico com a ideia que quem toca assim tem qualquer coisa de distinto de 99% da população mundial, isso há-de valer de alguma coisa =)