Músicas para conduzir à sexta à tarde

Abílio Quintas

Portalista
Portalista
Não tenho "banda sonora" definida. Tudo vai depender do estado de espírito, o trajeto, companhia e tipo de condução que quero empregar.

Depois de tão elevados comentários e não querendo parecer demasiado mundano, no meu Spotify existem três playlists que não podem faltar. Duas pertencem a duas séries televisivas, Suits e Supernatural. E uma que pertence aos filmes Guardians of the Galaxy...
 

António_Vidal

Veterano
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Portalista
E já que falámos em barrocos, o único compositor de época não italiano ou alemão com obra verdadeiramente interessante. Henry Purcell.



E daqui podíamos partir para Handel...Para o Lied alemão, para a opera francesa e glorificar com ópera, italiana ou escola dela. O meu género musical (teatral e cénico) favorito. E tanto para dizer apreciar, mas tanto que ficará para futuras intervenções.

E com isto me lembro que participo aqui mais com música do que com automóveis ultimamente.

Mas muito se explica da raiz das minhas preferências por isto mesmo. Pela música. Neste limbo de vibrato. E sobretudo em Itália. Pelo que tudo se liga pela origem.

Hogwood, um dos maiores do mundo da Interpretação Historicamente Informada. Ainda hoje há gravações que lhe ficam a anos luz. Nos carros e na música considero-me purista. Nos carros acho que é óbvio. Na música apesar de ouvir tudo prefiro ouvir (bilheteira incluída) tudo o que seja historicamente interpretado. Felizmente já há interpretações históricas ao longo da história da música, contemporâneo incluído.

A propósito de Hogwood:



Sou mais fascinado pela música instrumental. Confesso que a falta de domínio total dos idiomas mais musicais me estraga a experiência de apreciar cantatas e óperas

Não tenho "banda sonora" definida. Tudo vai depender do estado de espírito, o trajeto, companhia e tipo de condução que quero empregar.

Depois de tão elevados comentários e não querendo parecer demasiado mundano, no meu Spotify existem três playlists que não podem faltar. Duas pertencem a duas séries televisivas, Suits e Supernatural. E uma que pertence aos filmes Guardians of the Galaxy...
O mundano ou não pouco importa. A meu ver só importa sermos fiéis às nossas preferências respeitando e aceitando. As bandas sonoras são escolas de treino auditivo autodidata por alguma razão ;)
 
OP
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HugoSilva

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team


La Campanella é uma obra do compositor barroco Paganini adaptada por Liszt a piano o que resulta nisto que se ouve e que se vê.

Digo que se vê, porque existe efectivamente uma dimensão exibicionista do intérprete sob a forma de execução e de tempo (e logo com quem. O Lang Lang está longe de ser dos meus pianistas favoritos, apesar do imenso virtuosismo)

O Sequeira Costa dizia aos seus alunos que queria pianistas, e não "Lang Langs".

Dito isto, e independentemente do pouco intimismo da peça com este tipo de interpretação, é quase com que, e perdoando - se a grosseria da comparação, um troço em estrada de terra com um Alfa GTV6 às mãos do Yves Loubet.

Quem disse que música clássica não pode ser agitada?

Não conhecia, tal como não conheço nada de música clássica e fiquei impressionado, não sei bem porquê mas fico com a ideia que quem toca assim tem qualquer coisa de distinto de 99% da população mundial, isso há-de valer de alguma coisa =)
 

Antonio Godinho

Veterano
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E porque amanhã é sexta feira...








E com esta é melhor colocarem o babete para não sujarem os estofos...
 
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António_Vidal

Veterano
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Portalista
Apesar do 33 não ter o rádio funcional, deu-me vontade de ouvir isto quando chegar a casa.



Gardiner é também daqueles nomes que associados a uma gravação já sabemos que é de qualidade mesmo sem começar a ouvir.
Destaco a ária para oboé da caccia aos 9:10
 
Não conhecia, tal como não conheço nada de música clássica e fiquei impressionado, não sei bem porquê mas fico com a ideia que quem toca assim tem qualquer coisa de distinto de 99% da população mundial, isso há-de valer de alguma coisa =)

Numa outra interpretação. A plateia responde sempre muito positivamente a este momento.



Pela mesma Valentina Lisitsa a tal interpretação do terceiro movimento da moonlight sonata de Beethoven.



Mais uma vez, uma exibição de dotes para além da evidência à obra. Quem ouvir outras interpretações da há 30 ou 40 anos ficará surpreendido com as diferenças.
 
Vivemos dias de uma ditadura feita de sombras. De delito de opinião. De censura de convicção.

Dias em que se derrubam estátuas por causas opiáceas, em que se envergonha a história por ter acontecido, em que se enfrenta a crença por existir.

"Ombra mai fu" de Handel é um retrato melódico minimalista, uma ode a uma árvore. À mulher estavam reservados outros papéis que não a arte e o canto, e por isso qualquer tom e coloratura que visasse preencher este espaço era interpretada pelos "castrati", aqui numa performance superlativo do Andreas Scholl.

Estaremos mais próximos do delito pelo deleite da história associada a esta obra. Aproveitemos enquanto podemos fazê-lo livremente sem nos escondermos num lugar esconso e auriculares no ouvido.



Aqui na voz da melhor mezzo soprano do mundo e... continuo a preferir a interpretação do Andreas Schöll.

 
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Francisco Relvas

Clas-sick!
Só agora é que encontrei este tópico... e como me arrependo de não o ter encontrado mais cedo!

Muito bom! - parece que quem tem o vício pelos clássicos também tem um excelente gosto em música ;)

Deixo aqui umas que tenho ouvido nos últimos tempos, para ouvir nas sexta-feiras à tarde:




E, para sexta-feira, mas à noite... para os night cruises:


 
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