Ivo António Santos
Pre-War
@Ivo António Santos, muitos parabéns pelo teu trabalho.
O que mais me desmotiva num clássico é a ferrugem. Não tenho tempo para ser eu a consertar nem dinheiro para mandar arranjar. E pelo valor de mercado do meu, não me parece merecer a pena o esforço. Por outro lado, andar com o carro sem fazer as reparações necessárias leva a vários problemas: já é quase impossível abrir a porta do condutor devido ao empeno da carroçaria, estou sujeito a que ceda um ponto de apoio da suspensão em andamento, e preocupa-me a integridade estrutural em caso de acidente. Já o meu daily driver foi um dos primeiros carros a ser galvanizados, por isso não apresenta um ponto de ferrugem, apesar de estar de resto completamente destruído. O que me leva a concluir que, por mais que eu adorasse ter uma lata velha como a tua, no futuro só comprarei carros mais recentes já galvanizados em que nunca tenha de pensar em trabalhos de chapa. Porque a alternativa é fazer o que estás a fazer, e poucos o fazem. As Renault 6 e similares vão ser pouco mais de meia dúzia dentro de poucos anos...
Obrigado pelo teu apreço no meu trabalho José! Já somos dois a pensar igual em relação à ferrugem, a questão é que se eu colocasse os factores "valor de mercado", o "tempo" e o "dinheiro" numa balança em relação ao meu projecto... Era para esquecer, pura e simplesmente. A realidade do mundo dos clássicos é mesmo essa. Ou se gosta muito de um determinado carro e se enfrenta aquilo que te desmotiva nele, ou mais vale parar de atirar dinheiro a um buraco sem fundo e procurar outro que precise de menos trabalho! (Às vezes a segunda opção é a mais lógica, racional e financeiramente viável)
Porque se trata do restauro deste carro em particular e não de outro semelhante, (podia até comprar outro carro igual, mas não seria o mesmo! Provavelmente nem seria um Renault 6) Tendo esta possibilidade e sendo o valor do carro unicamente sentimental, decidi não ser tão "racional" se quiseres em relação ao restauro do nosso Renault 6! Depois não o faço por nenhum tipo de retorno financeiro, é mesmo só por orgulho, gosto e vontade próprios! O valor que este carro representa para nós não se insere em nenhuma tabela para cálculo da cotacão de mercado!
Este tópico para além das aulas práticas de recuperação automóvel também tem aulas teóricas sobre a história dos mesmos...
Muitos parabéns.
Abraço,
Tento, sempre que possível, fazer um enquadramento histórico! Não só pelo espírito de partilha, que acho que é o que todos fomentamos aqui, bem como para dar mais algum complemento ao tópico e não ser só mais um de tantos diários de restauro, que se centra só nisso mesmo!
Obrigado pelas palavras Gonçalo, um abraço!
Adorei!
Não sabia essa dos farolins do 127 Coriasco.
O resto da história já conhecia. As carroçarias Coriasco com base no 600 Multipla foram imensamente populares em Itália!
Nem sabes o quão feliz fico por saber que pude aqui contribuir para ampliar um pouco mais o conhecimento do grupo! Quase fiquei um bocadinho admirado por não saberes esta João!
Estou a brincar, aprendemos até morrer, é bem certo!