Um dos melhores utilitários da história. Ágil, barato, fiável, pequeno por fora e enorme por dentro.
Foi a minha cobaia para apreender mecânica básica. E tornou-se uma paixão.
O vídeo é um insulto às capacidades do Afonso, aquilo é básico. Ácido é trocar as pastilhas do travão de mão ao GS.
Há dias ligaram-me a perguntar qual a espessura mínima dos discos no 128. Um senhor que é professor de engenharia mecânica. Disse-lhe que era a olho e bom senso, lá foi o João ao manual 128 ver a espessura.
Faça chuva ou sol, frio ou calor, seja de manhã ou à noite, o Uno está sempre apto para o ritmo do dia-a-dia. Postura serena enquanto aguarda a chegada do seu proprietário. Fantástico.
Quanto a operação tambores vindo de ti significa que já leste e releste tudo e que vai ser “limpinho”, com o ocasional “grito de ajuste” para aliviar uma qualquer peça mais teimosa
I sistema de tambor também é igual ao do 850. Bombitos e tudo! Mudar é relativamente simples.
1. Destravar o carro
2. Levantar o eixo traseiro
3. Remover roda
4. Não sei se é um ou 2 parafusos que seguram o tambor. Um deles serve de guia para encaixar a jante
5. Com alguma persuasão, puxar o tambor para fora (custa bastante)
6. Tens duas molas, uma em cima, outra em baixo. Atenção ao tamanho delas! São diferentes. Com uma chave de fendas elas saem.
7. Na maxila em si, vai estar uma mola com um perno. Rodar o perno para soltar a maxila.
8. Puxar a maxila para fora. Não tens que te preocupar com o afinador porqie está na maxila em sim.
9. Verificar tambor por desgaste. Caso necessite, facear. Caso já tenha ultrapassado a tolerância, substituir
10. Instalar na ordem inversa
Eu na ponta da mola passo um cabo de aço, enrolo um tubo nele e tiro a mola do sítio.
Utilizar uma base de madeira e um maço para dar umas porradinhas amorosas no tambor. Vou dando á volta dele a pouco e pouco. Atenção que as peças que seguram a maxila tem duas bases a entalar uma mola. São diferentes.
Há isso tudo novo, é tão barato que não vale a pena recondicionar o tambor. Naqueles sites que todos os dias tem um desconto diferente.
Não tinha problema em ir dar uma volta no Uno após a revisão feita pelo Afonso.
Faço o relato quando tiver um final feliz. Para já, tive de parar na parte de tirar as molas. A de cima saiu com a chave de fendas, mas estou sem conseguir tirar a de baixo.
Podes explicar melhor essa técnica, João? Um cabo de espia, é?
Passas um cabo com pelo menos uns 30cm na ponta da mola e dás um nó. depois metes uma chave de fendas ou uma pequena barra de ferro e usas como pega para puxar.
Passas um cabo com pelo menos uns 30cm na ponta da mola e dás um nó. depois metes uma chave de fendas ou uma pequena barra de ferro e usas como pega para puxar.
Eu não dou um nó, se o cabo tiver um metro dou a volta a meio e enrolo as duas pontas numa chave, pau, iPhone ou algo que não me faça doer as mãos. Cabo de aço das mudanças de uma bicicleta por exemplo.
Dia 1. Foi a meias com trabalho e obrigações familiares, pelo que não terminei ainda.
Fica a conclusão que, de facto, não é nenhum bicho de 7 cabeças. Mas a parte das molas é uma verdadeira chatice.
Primeiro verifiquei o material. Já tinha comprado em loja física os calços e os bombitos, para gastar um crédito que lá tinha:
Fui abrir a caixa com os tambores, que vieram da Autodoc.
Arrependo-me sempre de comprar por lá. Porque fazem uma coisa que me irrita solenemente: trocam os produtos que compramos por outros quaisquer. Até admito que possa ser para melhor, mas se eu tinha escolhido uma certa marca, porque raio mandam eles de outra?
Enfim. Vou voltar à oscaro, que é de facto a melhor loja on-line de peças e não voltar a vacilar.
Mãos à obra.
Levantar o bicho:
Tambores à vista
Tenho de agradecer os conselhos para trocar tudo. O bombito estava de facto em mau estado, e com perda de líquido.
Vamos então às molas. Uma chatice. Ainda quis tentar a técnica do fio de aço, mas não tinha cá. O sucedâneo foi um arame que era demasiado fino e acabava por partir.
Insisti na técnica da chave de fendas e, uns golpes nas mãos depois (parece que andei à pancada, olhando para as minhas mãos), lá saíram.
Avancei para o tambor, sendo evidente a perda de dot 4:
Depois de desmontados os freios, os calços saem sem grande dificuldade.
O bombito também sai facilmente. Foi só tirar o tubo rígido dos travões com a chave colarinho e depois dois parafusos de fixação.
Com muito spray de travões e uma escova de arame, fui tentar limpar tudo.
Não tive grande sucesso, mas ficou melhor.
Montei depois tudo, sem grande dificuldade.
Ainda coloquei os freios e a mola de cima. A de baixo ficou para hoje.
E estou a ganhar coragem para retomar os trabalhos.
Quanto aos tubos, não tem nada que saber. Tens é de arranjar uma chave destas (em colarinho) para não moer a porca.
A porca desaperta-se e o tubo sai.
Agora preciso de ajuda. Já pus a mola que insistia em não entrar. Tenho tudo montado.
Mas o tambor não entra. Nem o novo nem o velho. Parece que os calços estão demasiado para fora e não vão para dentro.
O que devo fazer? Há forma de eu interferir no afinador automático? Fiz alguma asneira na montagem?
Limpeza, Mistolim (atenção que há falsificações) e uma escova de dentes.
Eu no 128 não entrava o tambor, era o afinador que encheram para dar mais um bocadinho e gastar as pastilhas ao limite. Que dor de cabeça foi descobrir. Os bombitos estão com o êmbolo para dentro?
Autodoc centenas de compras e zero problemas. Tinha poupado centenas de euros no meu primeiro restauro com ele.
Para não moer a porca eu não utilizo essa chave, quando muito calcinados acaba por moer. Há outra infalível, que não sei o nome. Posso tirar fotografia.
Eu no 128 não entrava o tambor, era o afinador que encheram para dar mais um bocadinho e gastar as pastilhas ao limite. Que dor de cabeça foi descobrir. Os bombitos estão com o êmbolo para dentro?
Acho que dei com o gato: o afinador do travão de mão, que estava no máximo.
Esta fotografia já é depois de ter desapertado umas boas voltas e ter sentido alívio no tambor.
Esperam-me umas horas debaixo do Uno, com a porca e contra-porca. Duas chavinhas básicas, eu deitado num espaço exíguo, e a arranjar maneira de segurar o perno com um alicate para conseguir mover as porcas.
Acho que esta semana não vou ter uno disponível. Ainda nem sequer cheguei a meio (falta a outra toda...)
Dia 2.
Recomecei onde tinha ficado (faltava colocar uma das molas). Coloquei-a e...
O tambor não entrava. Depois de uma pausa e alguns pensamentos de que só podia ter sido uma asneira qualquer que eu tivesse feito, lá descobri. O travão de mão estava afinado para o máximo, pelo que os calços estavam demasiado para fora.
Depois de uma encantadora estadia debaixo do carro, desafinei o suficiente para que o tambor entrasse.
Fui depois dedicar-me ao sangramento. Estreei este meu novo kit de sangramento, em que não é preciso ir para dentro do carro carregar no pedal; te. Uma bomba de sucção que puxa o líquido de travões para um reservatório. Aconselho vivamente, fiquei fã!
Carro no chão, vira, e ataca-se a roda traseira esquerda.
Muito mais rápido, depois de eu já saber como se faz. Sem comparação.
Sai tambor...
Esta roda estava em muito melhor estado do que a outra.
Tudo saquinho.
Montei tudo...
Carro no chão e fui testar.
Impecável!! Está a travar muito melhor! Sem comparação.
E ficou pronto para amanhã. Foi longo mas simples. E é o tipo de coisa que faz a relação homem - máquina. O uno continua a ensinar-me coisas. E gosto cada vez mais dele.
Espetacular. São estas pequenas coisas que nos fazem criar ligações aos carros amanhã vou ver se desmonto o circuito de refrigeração todo do meu citroen. Espero que corra bem
Adorei este tutorial.
Tive que analisar lentamente o processo para perceber como funciona o sistema e como se realiza a troca. No final, surgiram duas dúvidas (podem parecer muito básicas mas confesso que ainda não entendi):
- aparece a referência ao freio. Na imagem em anexo, onde se encontra o freio?
- ainda não consegui visualizar mentalmente como a chave de fendas entrar na mola para a desarmar. Saiu primeiro uma das extremidades ou a mola saiu de uma só vez?
Adorei este tutorial.
Tive que analisar lentamente o processo para perceber como funciona o sistema e como se realiza a troca. No final, surgiram duas dúvidas (podem parecer muito básicas mas confesso que ainda não entendi):
- aparece a referência ao freio. Na imagem em anexo, onde se encontra o freio?
- ainda não consegui visualizar mentalmente como a chave de fendas entrar na mola para a desarmar. Saiu primeiro uma das extremidades ou a mola saiu de uma só vez?
Obrigado, Tiago! Mas se eu fosse a ti, não confiaria muito na bondade das coisas que eu faço. Eu não sei mesmo o que ando a fazer...
Quanto ao "freio": porventura não lhe chamei o nome certo. É uma espécie de um perno que é preso por uma pecinha (a que chamei freio) e que prende a maxila junto à placa posterior. Isto, com a seta a encarnado:
Quanto à mola: foi num dos lados. Enfiei a chave de fendas entre a maxila e a mola e, fazendo alavanca com o rolamento, consegui esticá-la o suficiente para sair de um dos lados. Depois foi fácil tirar o outro!
Fiquei a saber o que é e qual a função do perno e, principalmente, como foi removida a mola. Imaginava outro processo com a chave mas talvez fosse pouco ortodoxo e não surtisse efeito. De qualquer forma, como foi realizado não deve ter sido nada fácil.
Dúvidas esclarecidas. Obrigado.
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