eh eh.. ganda tópico...
Em relação a velocidades, manda a segurança que se cumpra um preceito que tenho sempre presente quando guio:
Nunca andar a mais velocidade do que aquela que o carro dá!
Com excepção do meu actual BMW 315, cuja estima que por ele tento ter, o cagaçal que faz a qualquer coisa acima de 100 (aquela 4ª em prise dá muito jeito nas voltinhas em Lisboa, mas nas AE e vias rápidas não dá jeito nenhum!), o preço da gasolina e outras considerações ligadas à preservação de um motor cansado a precisar de uma boa revisão... (uf!) dizia eu que no 315 nunca passei dos 140, mas tb não dá muito mais, 155-160 quando era novo, dizia a marca...
Mas todos os outros carros que tive foram sempre puxadinhos à V-max, por vezes durante uns bons quilómetros seguidos. (a idade era outra... confesso) Assim, tanto um Escort 1300 Mk1 de 73 como um Renault 5 TL de 81 chegaram a marcar 160, em ambos os casos velocímetros certamente optimistas, e com uma oscilação de uns bons 20 Km para cima e para baixo...
Seguiu-se um y10 1100 LXie, no qual várias vezes fiz percursos de AE (quase) sempre acima de 140 e uns bons períodos a 160, (valor lá marcado...) com atenção à distância da portagem seguinte para ir abrandando até lá, de modo a não parar de repente com a "auguinha" a ferver...
Veio depois um y10 Gtie de que ainda tenho muitas saudades, no qual era um prazer passar pelos cinquecento Sport todos kitadinhos de origem (só por fora... claro), cujos condutores, perante os 20 cavalinhos a mais do y10, só conseguiam ficar a olhar espantados para o "pré-clássico" com pneus 165 a afastar-se na distância. Em descidas chegava a marcar 190! mas a tremer por todos os lados, um pouco assustador! Irresponsabilidades (é o termo...) de uma pós-adolescência tardia... Lembro uma vez que fui prái um quilómetro lado a lado (pela direita, como manda o código...) com um série 525 TDS dos anos 90 cujo condutor não parava de olhar para o lado com um ar espantado (um perigo, conduzir a 180 a olhar para o lado! E a brigada não vê estas coisas...). Efeitos de o GTie ter poucas ou nenhumas diferenças para os outros y10... Não que fosse assim tão mais rápido, afinal nem 80 CV tinha... só que para pouco mais de 800 Kg.
Para que isto não seja só sobre carrinhos baratos (mas bons!), relato uma ocasião em que pude andar o dia todo (24 horas certas...) num futuro clássico, garantidamente, um Porsche Cayman S, na altura acabadinho de sair para o mercado... 295 CV e 275 Km/h! Como o carro não era meu mas a carta sim, o mais que dei, sem esforço nenhum do carro, e ainda menor do condutor, foi 230 e tal, só para ver que naquele carro a emoção de passar dos 200 e muitos é muito relativa... nenhuma! Mas a partir daí já se começa a ter a noção de que altas velocidades implicam muito cuidado com a pressão dos pneus. E concordo com quem diz que a V-max é quase só uma curiosidade, o que conta são as curvas! E aí, o carro era IMPERIAL, nada o afectava, só mesmo acelerações intempestivas em primeira ou segunda em curvas e asfaltos manhosos, mas além da piada a electrónica actuava logo. Numa certa estrada que conheço bem, fiz a mais de 120 curvas que no meu y10gt seriam muito, muito perigosas a mais de 70... só que sem esforço nenhum. Uma certa lomba a meio de uma recta em que o Y10 não conseguia chegar a mais de 140 e eu fazia questão de não passar a mais de 120 (senão o carro voava!) foi feita a quase 180, eu com medo que o carro levantasse voo, mas nada! IMPERIAL, repito, colado ao asfalto. A coisa foi de tal modo que cheguei ao destino espantado por já lá estar!
Mas não posso terminar sem pôr água na fervura: Com a idade, as r€sponsabilidad€s, o preço da gasosa, a fiscalização e repressão crescente, e o amor à cartinha e à carteira, a v-max perde muito do interesse que possa ter tido em tempos. A emoção já não é a mesma! E pensar nos "ses" a essas velocidades... Já em percursos sinuosos, em que se pede ao carro muito mais do que só puxar pelo motor, aí sim, contem comigo! (ai aquelas estradas de Sintra, da Lousã...)