Ricardo Teixeira
Gasolina nas veias
No seguimento da direcção tomada pelo actual governo no que diz respeito à tributação cega e ilegal, transcrevo o editorial da revista oficial do CPAA (Clube Português de Automóveis Antigos). Claro que muitos podem achar que o clube faz pouco, já muitas vezes pensei o mesmo, mas também já conseguiu durante os anos 90 uma isenção do IA para os automóveis antigos e clássicos que permitiu repor algum do património Nacional.
Agora outra luta inglória contra uns sacanas autistas.....!
"Desde que um grupo de entusiastas começou a recuperar e preservar os veículos antigos, constituindo o núcleo inicial do que é agora o nosso Clube, nunca este nosso esforço foi tão negligenciado e diminuído.
Os veículos antigos, quando preservados são o testemunho de um valor cultural e técnico e a expressão de uma atitude também artística que define e caracteriza uma época.
Este esforço, que todos fazemos tem, como único objectivo essa preservação e a certeza que transmitiremos, nas melhores condições esses exemplos, às gerações vindouras.
Claro que, à semelhança do que acontece mundialmente, esta actividade gera actividades paralelas que começam a não ser social e economicamente ignoráveis.
Tanto a actividade de pequenas garagens e mecânicos, de estofadores, de outras artes ligadas aos restauros automóveis, foram sendo mantidos, como comércios relacionados com a venda de peças e ou importação de componentes para a sua manutenção foram aparecendo, gerando por si um grande volume de negócios e mantendo um significativo numero de postos de trabalho, que tendiam a aumentar.
Os números publicados em anterior edição de Antigos e referentes ao estudo efectuado pela FIVA para apresentação desta actividade junto das entidades da União Europeia, são perfeitamente transpostos para a nossa realidade e atestam a importância, que é internacionalmente reconhecida a este nosso esforço.
Desde sempre foi reconhecido o papel que os coleccionadores ou simples proprietários de veículos antigos, faziam para se poder legar essa informação técnica e cultural.
Sempre foi considerado, nas diversas leis e normas que foram sendo produzidas, e especificidade e particularidade desta actividade, propondo sempre excepções para veículos antigos, clássicos, de colecção, ..., como eram classificados.
Porém, na revisão das diversas leis e dos impostos em que os veículos automóveis eram taxados e que culminou com a aprovação da Lei 22A de 2007 e apesar de todos os nossos esforços, que passaram por pedidos de recepção nas Comissões da AR, de exposições ao Exmo. Senhor Ministro, não foram considerados os nossos pontos de vista e ignoraram de vez os veículos antigos, passando apenas a existir veículos novos e usados.
Este é o primeiro, rude e grosseiro golpe para quem tanto tem feito para o engrandecimento e valorização do nosso património cultural.
Agora foi um raid, às cegas que cancelou matrículas de veículos que estão legais e que por terem sido certificados pelo nosso Clube, como estamos autorizados, não realizavam nem têm de realizar IPO's.
Claro que se resolve, fazendo prova dessa certificação. As matriculas são de novo validadas.
Mas não deixa de ser, mais uma vez, uma prova de que quem está a legislar ou ignora ou voluntariamente quer terminar com esta nossa actividade.
As horas gastas para esclarecimento e o tempo que se ocupa para a reposição de situações que se deveriam evitar, seriam facilmente resolúveis por uma simples reunião ou consulta connosco, os interessados.
E o pior é que, mesmo alertados para os vários erros cometidos, o Governo não dá indicação de querer alterar estas situações.
Teremos o património que nos deixarem ter.
Desejo à nova candidatura do CPAA todo o sucesso social, desportivo e associativo no seu mandato e ciente que vai ter todo o apoio dos sócios consiga remediar os danos que esta recente legislação nos causou e que se deve imediatamente remediar.
O Presidente do CPAA"
Sócrates, esse grande filho...
Agora outra luta inglória contra uns sacanas autistas.....!
"Desde que um grupo de entusiastas começou a recuperar e preservar os veículos antigos, constituindo o núcleo inicial do que é agora o nosso Clube, nunca este nosso esforço foi tão negligenciado e diminuído.
Os veículos antigos, quando preservados são o testemunho de um valor cultural e técnico e a expressão de uma atitude também artística que define e caracteriza uma época.
Este esforço, que todos fazemos tem, como único objectivo essa preservação e a certeza que transmitiremos, nas melhores condições esses exemplos, às gerações vindouras.
Claro que, à semelhança do que acontece mundialmente, esta actividade gera actividades paralelas que começam a não ser social e economicamente ignoráveis.
Tanto a actividade de pequenas garagens e mecânicos, de estofadores, de outras artes ligadas aos restauros automóveis, foram sendo mantidos, como comércios relacionados com a venda de peças e ou importação de componentes para a sua manutenção foram aparecendo, gerando por si um grande volume de negócios e mantendo um significativo numero de postos de trabalho, que tendiam a aumentar.
Os números publicados em anterior edição de Antigos e referentes ao estudo efectuado pela FIVA para apresentação desta actividade junto das entidades da União Europeia, são perfeitamente transpostos para a nossa realidade e atestam a importância, que é internacionalmente reconhecida a este nosso esforço.
Desde sempre foi reconhecido o papel que os coleccionadores ou simples proprietários de veículos antigos, faziam para se poder legar essa informação técnica e cultural.
Sempre foi considerado, nas diversas leis e normas que foram sendo produzidas, e especificidade e particularidade desta actividade, propondo sempre excepções para veículos antigos, clássicos, de colecção, ..., como eram classificados.
Porém, na revisão das diversas leis e dos impostos em que os veículos automóveis eram taxados e que culminou com a aprovação da Lei 22A de 2007 e apesar de todos os nossos esforços, que passaram por pedidos de recepção nas Comissões da AR, de exposições ao Exmo. Senhor Ministro, não foram considerados os nossos pontos de vista e ignoraram de vez os veículos antigos, passando apenas a existir veículos novos e usados.
Este é o primeiro, rude e grosseiro golpe para quem tanto tem feito para o engrandecimento e valorização do nosso património cultural.
Agora foi um raid, às cegas que cancelou matrículas de veículos que estão legais e que por terem sido certificados pelo nosso Clube, como estamos autorizados, não realizavam nem têm de realizar IPO's.
Claro que se resolve, fazendo prova dessa certificação. As matriculas são de novo validadas.
Mas não deixa de ser, mais uma vez, uma prova de que quem está a legislar ou ignora ou voluntariamente quer terminar com esta nossa actividade.
As horas gastas para esclarecimento e o tempo que se ocupa para a reposição de situações que se deveriam evitar, seriam facilmente resolúveis por uma simples reunião ou consulta connosco, os interessados.
E o pior é que, mesmo alertados para os vários erros cometidos, o Governo não dá indicação de querer alterar estas situações.
Teremos o património que nos deixarem ter.
Desejo à nova candidatura do CPAA todo o sucesso social, desportivo e associativo no seu mandato e ciente que vai ter todo o apoio dos sócios consiga remediar os danos que esta recente legislação nos causou e que se deve imediatamente remediar.
O Presidente do CPAA"
Sócrates, esse grande filho...