O 8C foi marketing, uma excelente forma de colocar a marca Alfa Romeo na boca de meio mundo.
No entanto, é impossível ficar indiferente a este belíssimo automóvel, com um motor apetecível mas que, de acordo com o tenho lido e ouvido, foi mal afinado em vários pontos. Excelente para figurar numa peculiar coleção de automóveis mas pouco entusiasmante numa pista, por exemplo. No entanto, é um ícone para a Alfa e importante.
Sou Alfista, mas não sou extremista radical, consigo compreender alguns erros estratégicos e de gestão da marca. Automóveis como o 33, 164, 155, Alfasud, GTV 916, 156/GT ou Brera podem causar calafrios a alguns Alfistas, mas a mim, já não.
Será que era preferível deixar morrer uma marca tão histórica na década de 80 ou tentar revitaliza-la com uma nova estratégia, novos mercados, novos clientes, novos produtos, mas com a mesma filosofia, ou seja, o tão falado Cuore Sportivo?
Consigo também compreender a indignação dos mais puristas ao terem visto pela 1º vez um Alfa FWD, com motores Fiat lá dentro. Estávamos muito bem habituados, eramos exclusivos e poucos conseguiam chegar ao ponto de compreensão da filosofia Alfa de Milão.
Mencionaram o 156… Também para mim, foi um marco histórico para a Alfa. Além de arrojado a vários níveis, era precisamente isto que a Alfa necessitava para erguer a bandeira e reclamar o terreno perdido para outras marcas.
Por outro lado, o 159 foi uma grande desilusão como automóvel "fun", apesar de ser um excelente carro e marcar pontos na qualidade de construção e design.
Vamos aguardar pela próxima década e rezar vários "Pai Nosso" para que a Alfa Romeo não tenha o mesmo destino que a Lancia…