O meu primeiro carro.

[HugoSilva]

Só não concordo com o conselho de fugir da refrigeração a ar... os motores refrigerados a ar são bem mais simples e fiáveis do que os refrigerados a água. Concedo que possam ser mais gastadores e barulhentos; mas não mais complexos; e não sofrem dos males de sobreaquecimento dos water-cooled. Pelo contrário...

Confesso, e alías, como deves saber, não propriamente entendido em mecânica e muito menos em motores refrigerados a ar e uma das razões justificativas é o facto de eu já pertencer a uma geração onde a refrigeração a ar caiu em desuso e passou quase tudo a ser arrefecido a líquido. Tendo esta premissa base para a questão da fiabilidade podemos extrapolá-la para a facilidade em reparar eventuais problemas uma vez que nos dias que correm deverá ser mais fácil encontrar uma oficina da esquina que consiga desenrascar um carro com radiador que sem ele, isto numa ótica de alguém inexperiente com carros e com ferramentas e provavelmente sem condições para se por a fazer diagnósticos e reparações caseiras.

Perdoa-se se tenho uma visão errada da refrigeração a ar mas a ideia que tenho é que nos dias que correm é muito mais rara e provavelmente existirão muito menos mecânicos a saber mexer num carocha que num Uno

 

[afonsopatrao]

Confesso, e alías, como deves saber, não propriamente entendido em mecânica e muito menos em motores refrigerados a ar e uma das razões justificativas é o facto de eu já pertencer a uma geração onde a refrigeração a ar caiu em desuso e passou quase tudo a ser arrefecido a líquido. Tendo esta premissa base para a questão da fiabilidade podemos extrapolá-la para a facilidade em reparar eventuais problemas uma vez que nos dias que correm deverá ser mais fácil encontrar uma oficina da esquina que consiga desenrascar um carro com radiador que sem ele, isto numa ótica de alguém inexperiente com carros e com ferramentas e provavelmente sem condições para se por a fazer diagnósticos e reparações caseiras.

Perdoa-se se tenho uma visão errada da refrigeração a ar mas a ideia que tenho é que nos dias que correm é muito mais rara e provavelmente existirão muito menos mecânicos a saber mexer num carocha que num Uno

Um carro refrigerado a ar é muito mais simples porque, pura e simplesmente, não tem todo um circuito de água a passar por lá por dentro. Ninguém que saiba mexer num refrigerado a água deixa de mexer num motor por não estar lá um radiador e uma bomba de água.
Caíram em desuso por razões diferentes da fiabilidade e simplicidade: por preocupações relacionadas com a economia de combustível e com o silêncio de utilização. Por um lado, porque estao mais expostos (para a arrefecer) e, assim, fazem mais barulho; por outro, porque não conseguem a mesma estabilidade térmica (um refrigerado a água consegue estar sempre na temperatura ideal), o que os obriga a usar uma mistura mais rica.

Mas para quem quer um clássico esses dois pontos não costumam ser determinantes. E nada melhor que um motor mais simples, de fácil acesso, sem dramas de juntas queimadas, que pode ficar décadas parado sem criar lamas e barros. (Algo impensável num refrigerado a água)
Repara a pinta como o @JorgeMonteiro desmonta o seu air-cooled; repara como o Fiat 500 nunca deu os problemas de sobreaquecimento que tanto afectaram o Fiat 600; como os VW atravessam desertos sem se queixar.

 

[HugoSilva]

Um carro refrigerado a ar é muito mais simples porque, pura e simplesmente, não tem todo um circuito de água a passar por lá por dentro. Ninguém que saiba mexer num refrigerado a água deixa de mexer num motor por não estar lá um radiador e uma bomba de água.
Caíram em desuso por razões diferentes da fiabilidade e simplicidade: por preocupações relacionadas com a economia de combustível e com o silêncio de utilização. Por um lado, porque estao mais expostos (para a arrefecer) e, assim, fazem mais barulho; por outro, porque não conseguem a mesma estabilidade térmica (um refrigerado a água consegue estar sempre na temperatura ideal), o que os obriga a usar uma mistura mais rica.

Mas para quem quer um clássico esses dois pontos não costumam ser determinantes. E nada melhor que um motor mais simples, de fácil acesso, sem dramas de juntas queimadas, que pode ficar décadas parado sem criar lamas e barros. (Algo impensável num refrigerado a água)
Repara a pinta como o @JorgeMonteiro desmonta o seu air-cooled; repara como o Fiat 500 nunca deu os problemas de sobreaquecimento que tanto afectaram o Fiat 600; como os VW atravessam desertos sem se queixar.

Sim, pondo as coisas nesses termos se calhar faz todo o sentido e nesse caso retiro o que escrevi

 

[João Luís Soares]

(...)repara como o Fiat 500 nunca deu os problemas de sobreaquecimento que tanto afectaram o Fiat 600(...)

Calma lá que isso não é bem assim.
Os problemas de sobreaquecimento nos Fiat 600 foram quase sempre causados pela força mais poderosa do universo: a estupidez humana.

O 600, tal como depois o 850, tem umas chapas no fundo do compartimento do motor que servem para canalizar o ar quente para fora dali, facilitando a refrigeração daquela zona. Num motor traseiro refrigerado a líquido, faz todo o sentido.
Acontece que, em intervenções feitas acedendo ao motor pelo lado de baixo, essas chapas obstruem o acesso. Logo retiram-se as chapas - agora é que entra a tal estupidez - e não se voltam a por porque assim já não atrapalham da próxima vez.
E ficam esquecidas na garagem ou na oficina e depois o problema é do carro porque aquece muito, quando na verdade o problema é da estupidez do dono ou do mecânico...


P.S. Desculpem desviar-me do tópico, mas teve de ser.

 

[JorgeMonteiro]

Mesmo nos refrigerados a ar, como o meu, retiravam as blindagens inferiores "para o motor respirar melhor", mesmo que a função delas fosse canalizar o ar quente para fora do compartimento do motor. E também ainda não vi nenhum 126 com o termostato instalado. Achavam, sempre que não fazia falta.

 

[HugoSilva]

E com isto tudo o @Pedro Miguel Vaz já deu à soleta e cagou nos clássicos!!