Pedro A. Soares
RWD
Felizmente, clássicos não faltam em todo o lado!!!
Arcilio Campos disse:Boas amigos, sou de Matosinhos e de facto vejo muitos clássicos aqui a circular especialmente ao fim de semana, se há menos ou mais em Lisboa e Sul não faço ideia, mas de facto o mais importante é este culto que se gera á volta destes pedaços de Historia e que quem os tem cuide deles pelo menos até os filhos os poderem conduzir isso sim é fantástico, não acham ?
E viva os clàssicos em todo o Paìs.
HUGO NORTON disse:Concordo com o Guilherme.
Há mais Clássicos (per capita) no Norte de certezinha...se fizessem um estudo seria claro.
Vejam bem as concentrações, os Rallys, o Histórico do automobilismo, a origem dos Pilotos, as grandes casas históricas de Clássicos (Garagem Aurora..., em Matosinhos temos o Guru dos MG...etc)
Na zona industrial do Vale do ave existem verdadeiras precisosidades e coleccionadores com mais de 30/40 carros...
Quando á corridas no Estoril e no AIA até me passo com os reboques de carros de corrida que vejo a descer a A1 e A2...
Só em Braga conheço um Médico com mais de 50 clássicos, em Famalicão o maior Clube (fora do CPAA e ACP) em termos de número de automóveis...etc, etc...e muita gente que conheço com mais de 10 clássicos na garagem!
E podia estar aqui toda a noite a dar exemplos.
Viajo por todo o País e estou em Lisboa muitas vezes...e realmente no Porto, no Minho, em Aveiro veêm-se muitos mais...não é só naquela rua...
É uma opinião que apoio também naquilo que tenho visto e vou sabendo.
Abraços
Nuno Filipe Soares disse:Penso que estás a falar da Rua Faria Guimarães, no antigo concessionário da Fiat, a RIPAL...
Têm sim senhor, azul, tem esse, um porsche 911T, e mais uns quantos.
Quanto ao que afirmaste sobre a zona de Matosinhos, concordo plenamente com o Hugo Norton, existem aqui pela zona algumas garagens que trabalham nos nossos queridos, conheço pelo menos cinco "oficiais" e várias no anonimato (vulgo "biscate"!).
nuno granja disse:Guilherme,
Tenho a impressão que no Porto vejo mais clássicos nas ruas, mas no entanto convém sublinhar que em Portugal não há clássicos a andar normalmente no dia-a-dia. Os poucos que circulam são excepções à regra. Em Paris, Amsterdam ou Berlin á classicos no dia-a-dia, cá não há. Uma vez que ao contrário dessas cidades, temos bom clima a mão de obra barata nas oficinas, só poderá ser por motivos de mentalidade e/ou culturais
Entendo como andar em clássico, ter oportunidade de ter um carro recente e optar por andar no dia-a-dia em carros que há muito deixaram de circular, se demarcam claramente da circulação actual a todos os niveis, a começar pela dificuldade em encontrar peças ou quem saiba mexer neles e pelos factores (embora haja opiniões diferentes nets matéria) tais como idade, carisma, ter marcado a época, singularidade ou inovação na mecânica e por ai fora, são considerados clássicos.
Nem todos os carros com 20 ou 25 anos são clássicos, um Golf de base de 1976 ainda vai ter de penar até ser um clássico mas um GTI do mesmo ano já é um cláassico.
Pessoalmente não considero um 127, uma R4 das ultimas, um R5 ou um Alfa 33 um clássico.
O que se vê por cá na maioria das vezes são carro antigos em mau estado ( ou próximo do mau estado), na fase do purgatório entre a ocasião e a colecção, a andar nas mãos de gente que por motivos diversos não pode ter um carro mais recente. Muito poucos são dos anos 60, um numero maior do 70's e ainda mais dso anos 80.
Também existem carros dos anos 70/80 e inicios dos 90 já um pouco fora do baralho tipo Renault 4L das ultimas, a andar no dia-a-dia, nas mãos de gente que acha serem clássicos e que gosta muitissimo desses carros, etc, etc, .... Mas como tudo precisa de manutenção e ao fim de algum tempo renovação, à primeira grande avaria ou orçamento de chapeiro maiorzito, o amor ao carro desaparece e vai para abater na troca por algo mais recente. O fenómeno não é novo e nos anos 80 vi muito Vw Ar desaparecer assim, depois de abandonados por gente que tinha uma grande paixão por eles., até ao primeiro grande problema... "eu tive um gostava muito dele mas..."
Os projectos irrealistas de restauros ou transformações e os donos à espera da valorização de montes de ferrugem também contribuem para a "mortalidade".
No carros que são clássicos acima de qualquer dúvida e estão em estado de andar a maioria dos donos não os usa no dia-a-dia, por diversos motivos desde o receio dos consumos, das avarias, da insegurança, dos desconfort, de estragar o restauro que custou um dinheirão e o nunca admitido medo de se ser visto num carro velho.
Também há classicos acima de qualquer dúvida mas que não estão em estado de andar, arrastando-se anos e mesmo décadas como projectos de restauro, transformação ou investimento e com sorte andarão na rua, num futuro distante mesmo antes da gasolina acabar.
nuno g