Frascofilia & Garrafas

antonio arruda

Veterano
Prezados Frascófilos.

Depois de escrever sobre minhas dúvidas acerca das cicatrizes deixadas pelas “snap cases” e ver os lindos garrafões mostrados pelo senhor Amaro Pereira, vale compartilhar estas incríveis fotografias mostrando o fabrico de um daqueles garrafões com o uso de uma “snap case” de tamanho compatível.

Ver anexo 330187

Ver anexo 330188

Ver anexo 330189

Grande abraço a todos,

Daury de Paula Júnior
bom dia
caro senhor Daury tambem tenho muito a aprender consigo como no caso destas fantásticas fotos que nos apresenta e que demostram que o uso de moldes fundos se estendeu muito para alem daquilo que eu pensava

cumprimentos
Antonio Arruda
 
Bom dia a todos,

Faço hoje duas postagens com o intuito de saber qual a opinião dos senhores a respeito de garrafas e frascos que eu ainda estou a estudar.

A primeira diz respeito a duas garrafas da água mineral brasileira “Caxambú”, ainda hoje em produção, mas que foi muito popular no final do século XIX e início do século XX, em razão do seu poder curativo.

Uma história bastante interessante envolve a Princesa Imperial do Brasil, Dona Isabel, que em 1868, junto com seu marido, o Conde d’Eu, foram atraídos para a cidade de Caxambú pela enorme fama de suas águas curativas. A princesa queria ser curada de sua infertilidade. Como algumas das Fontes de Água Mineral são ricas em ferro, a princesa curou sua anemia, conseguiu engravidar e presenteou a cidade com a Igreja de Santa Isabel.

O engarrafamento das águas minerais de Caxambú, entretanto, deu-se início em 1886, quando foi fundada a “Empresa de Águas Minerais de Caxambu”.

As garrafas que eu vos apresento foram encontradas no mesmo depósito sobre o qual já lhes falei e, portanto, podem ser datadas como fabricadas entre 1885 e 1910. Ambas tem 25,5 cm de altura, por 7,0 cm de diâmetro na base e foram fabricadas em moldes de três partes. O gargalo de ambas, muito semelhantes entre si, é aplicado e o desenho existente na base ou fundo, indica que foram fabricadas no mesmo molde ou em moldes do tipo “cup-bottom mold” também muito semelhantes entre si.

A diferença é que uma delas, a de vidro mais claro, aparenta ter sido fabricada de forma mais rudimentar ou menos cuidadosa. Possui muitas bolhas e irregularidades na distribuição do vidro, tanto no corpo, como no ombro e no pescoço e as cicatrizes existentes em sua base mostra que ela foi depositada, quando o vidro utilizado na sua fabricação ainda estava quente, sobre superfície irregular e suja, como revelam a marca linear e os inúmeros grãos de vidro ou areia, que aderiram ou marcaram a massa vítrea.

Gostaria de ouvir a opinião dos senhores, especialmente a do senhor Antonio Arruda, a respeito.

Eis a primeira garrafa: IMG_7567A.jpg
IMG_7577A.jpg IMG_7583A.jpg

Eis a segunda garrafa:
IMG_7598A.jpg IMG_7616A.jpg IMG_7610A.jpg IMG_7627A.jpg


Grande abraço,

Daury de Paula Júnior
 

Anexos

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Bom dia a todos,

Em continuidade ao o meu post anterior, lhes mostro mais estes dois frascos.

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Fotografia nº 1

Coletando vidros no do depósito sobre o qual já lhes falei encontrei primeiramente o frasco da direita na fotografia nº 1 e, de pronto, o identifique como um frasco de farmácia (medicamento ou cosmético), fabricado em molde duplo do tipo “cup-bottom mold”, pois se tratava de um frasco pequeno (6,1 cm de altura, por 3,7 cm de diâmetro), com fechamento por tampa de rosca (rosca externa incorporada ao molde duplo) e acabamento superior (top) esmerilhado (ground finish).

Posteriormente encontrei no mesmo depósito, o frasco mostrado à esquerda na mesma fotografia, e não obstante as semelhanças no que se refere à cor, design e técnica de fabricação, não os relacionei. Este segundo frasco tem 11,0 cm de altura e 3,8 cm de diâmetro na base.

A fotografia nº 2 mostra as bases destes mesmos frascos.

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Fotografia nº 2

Recentemente adquiri em um antiquário frascos praticamente idênticos (fotografia nº 3), que me foram vendidos como sendo um conjunto, onde o frasco da direita serviria de “tampa” para o da esquerda, à moda das garrafas de cabeceira, como mostra a fotografia nº 4.

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Fotografia nº 3

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Fotografia nº 4

A fotografia nº 5 mostra o gargalo (top) do frasco da esquerda e a fotografia nº 6 a base, ou fundo, dos frascos adquiridos no antiquário.

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Fotografia nº 5

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Fotografia nº 6

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Fotografia nº 7

Acredito que, de fato, os frascos possam constituir um conjunto, mas creio, em razão das nervuras para tampas de rosca existentes nos frascos mostrados à direita nas fotografias nº 1 e 3 - vejam em detalhe na fotografia nº 7 - e da capacidade dos frascos - os frascos mostrados à esquerda nas fotografias de nº 1 e 3 têm capacidade total de 65 ml, ou seja, apenas 15 ml à mais do que a dos frascos mostrados à direita nas mesmas fotografias (50 ml) -, que os frascos da direita eram comercializados com medicamento em pó, grânulos ou pasta, que deveria ser diluído, depositado nos frascos da esquerda para, depois, bebido em doses, utilizando como copo os frascos da direita. Note-se que utilizado a nervura central dos frascos da direita como dose, os frascos da esquerda têm capacidade exata para 3 doses.

Alguém já viu conjunto semelhante? O que pensam a respeito das minhas conclusões?

Grande abraço,

Daury de Paula Júnior
 

Anexos

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Amaro Pereira

Clássico
Bom dia a todos,

Em continuidade ao o meu post anterior, lhes mostro mais estes dois frascos.

Ver anexo 330526
Fotografia nº 1

Coletando vidros no do depósito sobre o qual já lhes falei encontrei primeiramente o frasco da direita na fotografia nº 1 e, de pronto, o identifique como um frasco de farmácia (medicamento ou cosmético), fabricado em molde duplo do tipo “cup-bottom mold”, pois se tratava de um frasco pequeno (6,1 cm de altura, por 3,7 cm de diâmetro), com fechamento por tampa de rosca (rosca externa incorporada ao molde duplo) e acabamento superior (top) esmerilhado (ground finish).

Posteriormente encontrei no mesmo depósito, o frasco mostrado à esquerda na mesma fotografia, e não obstante as semelhanças no que se refere à cor, design e técnica de fabricação, não os relacionei. Este segundo frasco tem 11,0 cm de altura e 3,8 cm de diâmetro na base.

A fotografia nº 2 mostra as bases destes mesmos frascos.

Ver anexo 330527
Fotografia nº 2

Recentemente adquiri em um antiquário frascos praticamente idênticos (fotografia nº 3), que me foram vendidos como sendo um conjunto, onde o frasco da direita serviria de “tampa” para o da esquerda, à moda das garrafas de cabeceira, como mostra a fotografia nº 4.

Ver anexo 330528
Fotografia nº 3

Ver anexo 330529
Fotografia nº 4

A fotografia nº 5 mostra o gargalo (top) do frasco da esquerda e a fotografia nº 6 a base, ou fundo, dos frascos adquiridos no antiquário.

Ver anexo 330530
Fotografia nº 5

Ver anexo 330531
Fotografia nº 6

Ver anexo 330532
Fotografia nº 7

Acredito que, de fato, os frascos possam constituir um conjunto, mas creio, em razão das nervuras para tampas de rosca existentes nos frascos mostrados à direita nas fotografias nº 1 e 3 - vejam em detalhe na fotografia nº 7 - e da capacidade dos frascos - os frascos mostrados à esquerda nas fotografias de nº 1 e 3 têm capacidade total de 65 ml, ou seja, apenas 15 ml à mais do que a dos frascos mostrados à direita nas mesmas fotografias (50 ml) -, que os frascos da direita eram comercializados com medicamento em pó, grânulos ou pasta, que deveria ser diluído, depositado nos frascos da esquerda para, depois, bebido em doses, utilizando como copo os frascos da direita. Note-se que utilizado a nervura central dos frascos da direita como dose, os frascos da esquerda têm capacidade exata para 3 doses.

Alguém já viu conjunto semelhante? O que pensam a respeito das minhas conclusões?

Grande abraço,

Daury de Paula Júnior

Muito boa tarde caro senhor Daury

Acho os frascos interessantes, pese embora para mim sejam desconhecidos, por isso acho que estamos perante a " Teoria da relatividade " ou seja cada hipótese ou conclusão é válida e possível até prova em contrário.

Abraço
Amaro Pereira
 
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Amaro Pereira

Clássico
" Água Castello "


Apresento hoje aquela que é simultaneamente a garrafa mais pequena e a ultima a chegar à minha colecção.

Trata-se de uma garrafa da " Água Castello " da empresa " Assis & cª. LTda " gravada em alto relevo, esta garrafa tem a capacidade de apenas 10 cl, e é ainda mais pequena que a primeira garrafa da minha colecção, a garrafa da "Água do Vimeiro " que pese embora tenha mais ou menos a mesma capacidade da " Água Castello " é no entanto ligeiramente maior no tamanho.

Sem ser nada de extraordinário, é uma garrafa que eu desconhecia e vai no segmento das garrafas que eu estou a juntar, ou seja também garrafas gravadas em alto relevo.

Em relação à foto das 4 garrafas juntas serve a mesma para elucidar, a garrafa da "Água do Gerês " está também no lote das garrafas mais pequenas da minha colecção, e no caso da garrafa da " Água Castello " maior, sendo uma garrafa de tamanho corrente, serve também para elucidar o tamanho em relação à sua irmã mais pequena.
DSC06945.JPG DSC06946.JPG DSC06947.JPG DSC06948.JPG DSC06949.JPG DSC06951.JPG DSC06950.JPG DSC06952.JPG DSC06953.JPG DSC06954.JPG


E assim acontece
Amaro Pereira
 

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Amaro Pereira

Clássico




" Presuntos e refrigerantes "



Apesar de já ter sido postadas garrafas deste género neste tópico, continuo a saber muito pouco ou Quase nada sobre as mesmas, por isso serve a presente para apelar a quem souber mais informação sobre estas garrafas o favor de partilhar comigo e com os adeptos e simpatizantes deste tópico.

Não sei onde começa a " CASA DOS PRESUNTOS S. JOÃO DO ESTORIL " e acaba a " SUPERSUMOS " será que existe alguma ligação entre elas?

Em relação à garrafa cheia, apenas constato que a cápsula está bem fechada, apesar de abundantemente oxidada e o liquido? apresenta algum pequeno deposito sólido no fundo. Como é óbvio as 3 garrafas apresentam diferenças entre elas.
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E assim acontece
Amaro Pereira​
 

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antonio arruda

Veterano
Bom dia a todos,

Faço hoje duas postagens com o intuito de saber qual a opinião dos senhores a respeito de garrafas e frascos que eu ainda estou a estudar.

A primeira diz respeito a duas garrafas da água mineral brasileira “Caxambú”, ainda hoje em produção, mas que foi muito popular no final do século XIX e início do século XX, em razão do seu poder curativo.

Uma história bastante interessante envolve a Princesa Imperial do Brasil, Dona Isabel, que em 1868, junto com seu marido, o Conde d’Eu, foram atraídos para a cidade de Caxambú pela enorme fama de suas águas curativas. A princesa queria ser curada de sua infertilidade. Como algumas das Fontes de Água Mineral são ricas em ferro, a princesa curou sua anemia, conseguiu engravidar e presenteou a cidade com a Igreja de Santa Isabel.

O engarrafamento das águas minerais de Caxambú, entretanto, deu-se início em 1886, quando foi fundada a “Empresa de Águas Minerais de Caxambu”.

As garrafas que eu vos apresento foram encontradas no mesmo depósito sobre o qual já lhes falei e, portanto, podem ser datadas como fabricadas entre 1885 e 1910. Ambas tem 25,5 cm de altura, por 7,0 cm de diâmetro na base e foram fabricadas em moldes de três partes. O gargalo de ambas, muito semelhantes entre si, é aplicado e o desenho existente na base ou fundo, indica que foram fabricadas no mesmo molde ou em moldes do tipo “cup-bottom mold” também muito semelhantes entre si.

A diferença é que uma delas, a de vidro mais claro, aparenta ter sido fabricada de forma mais rudimentar ou menos cuidadosa. Possui muitas bolhas e irregularidades na distribuição do vidro, tanto no corpo, como no ombro e no pescoço e as cicatrizes existentes em sua base mostra que ela foi depositada, quando o vidro utilizado na sua fabricação ainda estava quente, sobre superfície irregular e suja, como revelam a marca linear e os inúmeros grãos de vidro ou areia, que aderiram ou marcaram a massa vítrea.

Gostaria de ouvir a opinião dos senhores, especialmente a do senhor Antonio Arruda, a respeito.

Eis a primeira garrafa: Ver anexo 330516
Ver anexo 330517 Ver anexo 330518

Eis a segunda garrafa:
Ver anexo 330519 Ver anexo 330521 Ver anexo 330523 Ver anexo 330524


Grande abraço,

Daury de Paula Júnior
boa noite
caro senhor Daury tem ai um par de garrafas muito interessantes que tanto quanto sei podem ter sido feitas no mesmo dia e pelos mesmos operários embora o vidro a julgar pelas diferenças de cor tenha saido de potes diferentes a que tem mais bolhas foi feita provavelmente no primeiro turno do dia em que depois de os potes que continham o vidro terem estado toda noite no forno avia a tendencia de formar espuma na superficie pelo que as primeiras garrafas que eram sopradas normalmente tinham muito mais bolhas do que por exemplo as feitas a meio do dia quanto às cicatrizes na base podem ter sido feitas quando foi depositada na arca de recozimento e ainda com o vidro bastante quente e plastico

cumprimentos
Antonio Aarruda
 

antonio arruda

Veterano
Bom dia a todos,

Em continuidade ao o meu post anterior, lhes mostro mais estes dois frascos.

Ver anexo 330526
Fotografia nº 1

Coletando vidros no do depósito sobre o qual já lhes falei encontrei primeiramente o frasco da direita na fotografia nº 1 e, de pronto, o identifique como um frasco de farmácia (medicamento ou cosmético), fabricado em molde duplo do tipo “cup-bottom mold”, pois se tratava de um frasco pequeno (6,1 cm de altura, por 3,7 cm de diâmetro), com fechamento por tampa de rosca (rosca externa incorporada ao molde duplo) e acabamento superior (top) esmerilhado (ground finish).

Posteriormente encontrei no mesmo depósito, o frasco mostrado à esquerda na mesma fotografia, e não obstante as semelhanças no que se refere à cor, design e técnica de fabricação, não os relacionei. Este segundo frasco tem 11,0 cm de altura e 3,8 cm de diâmetro na base.

A fotografia nº 2 mostra as bases destes mesmos frascos.

Ver anexo 330527
Fotografia nº 2

Recentemente adquiri em um antiquário frascos praticamente idênticos (fotografia nº 3), que me foram vendidos como sendo um conjunto, onde o frasco da direita serviria de “tampa” para o da esquerda, à moda das garrafas de cabeceira, como mostra a fotografia nº 4.

Ver anexo 330528
Fotografia nº 3

Ver anexo 330529
Fotografia nº 4

A fotografia nº 5 mostra o gargalo (top) do frasco da esquerda e a fotografia nº 6 a base, ou fundo, dos frascos adquiridos no antiquário.

Ver anexo 330530
Fotografia nº 5

Ver anexo 330531
Fotografia nº 6

Ver anexo 330532
Fotografia nº 7

Acredito que, de fato, os frascos possam constituir um conjunto, mas creio, em razão das nervuras para tampas de rosca existentes nos frascos mostrados à direita nas fotografias nº 1 e 3 - vejam em detalhe na fotografia nº 7 - e da capacidade dos frascos - os frascos mostrados à esquerda nas fotografias de nº 1 e 3 têm capacidade total de 65 ml, ou seja, apenas 15 ml à mais do que a dos frascos mostrados à direita nas mesmas fotografias (50 ml) -, que os frascos da direita eram comercializados com medicamento em pó, grânulos ou pasta, que deveria ser diluído, depositado nos frascos da esquerda para, depois, bebido em doses, utilizando como copo os frascos da direita. Note-se que utilizado a nervura central dos frascos da direita como dose, os frascos da esquerda têm capacidade exata para 3 doses.

Alguém já viu conjunto semelhante? O que pensam a respeito das minhas conclusões?

Grande abraço,

Daury de Paula Júnior
senhor Daury embora nunca tenha visto esse tipo de frascos o mais provável é o senhor ter razão
o frasco de rosca possivelmente teria uma tampa metálica que deve ter sido destruida pela corrosão

cumprimentos
Antonio Arruda
 
boa noite
caro senhor Daury tem ai um par de garrafas muito interessantes que tanto quanto sei podem ter sido feitas no mesmo dia e pelos mesmos operários embora o vidro a julgar pelas diferenças de cor tenha saido de potes diferentes a que tem mais bolhas foi feita provavelmente no primeiro turno do dia em que depois de os potes que continham o vidro terem estado toda noite no forno avia a tendencia de formar espuma na superficie pelo que as primeiras garrafas que eram sopradas normalmente tinham muito mais bolhas do que por exemplo as feitas a meio do dia quanto às cicatrizes na base podem ter sido feitas quando foi depositada na arca de recozimento e ainda com o vidro bastante quente e plastico

cumprimentos
Antonio Aarruda

Prezado senhor Antonio Arruda.

Obrigado pelas informações.

Seguem em anexo duas fotografias norte-americanas, mostrando garotos conhecidos por lá como carrying-in boys e por aqui apenas como ajudantes; que eram os responsáveis por levar as garrafas recém fabricadas para a arca de recozimento.

Wheaton Glass Works, Millville, New Jersey (nov. 1908).jpg

Alexandria Glass Factory, Alexandria, Virginia (jun. 1911).jpg

A primeira fotografia, de novembro de 1908, foi feita na Wheaton Glass Works, em Millville, Nova Jersey. A segunda, de junho de 1911, foi feita na Alexandria Glass Factory, em Alexandria, Virginia. As fotografias são do acervo do The Shorpy Archive (http://www.shorpy.com/).

Grande abraço,

Daury de Paula Júnior
 

Anexos

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    Wheaton Glass Works, Millville, New Jersey (nov. 1908).jpg
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    Alexandria Glass Factory, Alexandria, Virginia (jun. 1911).jpg
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Amaro Pereira

Clássico




" Kummel - Ancora "


Apresento uma garrafa, e ao contrário do que é habitual nos meus posts, hoje não digo mais nada, apenas coloco as imagens e deixo a leitura, analise e conclusão a cada um.
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E assim acontece
Amaro Pereira​
 

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Boa noite a todos.

Bonitas as garrafas mostradas pelos senhores Amaro Pereira e Jeffrey Coelho nas postagens 2738 e 2739.

Tenho uma miniatura da garrafa de Kummel Ancora, pena que ela não possui o selo de vidro.

As garrafas mostradas pelos senhores Amaro Pereira e Jeffrey Coelho são posteriores a 1910 em razão de selo impresso que faz referência ao fato de que a Fabrica Ancora era “FORNECEDORA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA”. Talvez tenham sido comercializadas em data muito próxima ao fim do período monárquico aí em Portugal, pois o mesmo selo também lembra que a Fabrica Ancora havia sido fornecedora da “ANTIGA CASA REAL”.

Aliás, o panfleto abaixo, publicado em 1908, mostra que já neste ano a Fabrica Ancora fazia uso de garrafas como as mostradas pelos senhores Amaro Pereira e Jeffrey Coelho.

Fabrica Ancora.jpg

Alguém sabe informar com mais exatidão em que época são as garrafas mostradas nas postagens 2738 e 2739?

Grande e fraterno abraço.

Daury de Paula Júnior
 

Anexos

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antonio arruda

Veterano
boa tarde
o meu pequeno contributo relativo às garrafas da fabrica ancora das quais existe uma enorme variedade quer sopradas à mão quer feitas por maquinas
a primeira com a capacidade de um litro penso que é igual à do senhor José Coelho embora sem os rótulos a segunda com a capacidade de setenta centilitros tem no corpo da garrafa uma textura a imitar a casca de laranja o que me leva a acreditar que tenha contido um licor à base de laranja e tem na parte de trás a inscrição ANCORA creio que as duas serão dos anos trinta e são as duas sopradas à mão
a que o senhor Amaro postou aparenta ser um pouco mais antiga

Imagem 011.jpg Imagem 012.jpg
Imagem 010.jpg Imagem 008.jpg

cumprimentos
Antonio Arruda
 

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Amaro Pereira

Clássico



" Triplo F. "
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" F " de Ferraz
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Francisco Figueira Ferraz



O Vinho da Madeira " Mónica "


Entre os anúncios publicados na revista " Almanach " ilustrado do Brasil - Portugal para 1901 encontrava-se um ao vinho da Madeira " Mónica ". Este vinho foi criado por um conterrâneo meu de seu nome Francisco Figueira Ferraz ( 1860 - 1948 ), que era proprietário da quinta " Ferraz " no Estreito de Câmara de Lobos donde sou natural, e que aqui desenvolveu e comercializou os vinhos " F.F.Ferraz "
Monica 027.JPG
Monica 022.JPG

Francisco Figueira Ferraz, era filho de Manuel Figueira Ferraz e de Francisca Júlia de Barros e casou, pela primeira vez, a 6 de Agosto de 1875, com Antónia Figueira Ferraz, Brasileira, tendo sido o fundador da firma vinícola F. F. Ferraz.
Conhecendo bem o Brasil, foi o responsável pela divulgação do vinho da Madeira nesse país, mas também na América Central e do Norte.


O vinho da Madeira «Mónica» consistiu numa homenagem ao nome da sua filha mais velha, Maria Mónica Ferraz e Silva.
Em 1901 F. F. Ferraz fazia publicidade no Brasil ao seu vinho da Madeira mas também ao vinho de Colares da marca «Ramisco», de que era proprietário.


Tinha armazém na rua do Bispo, nº 30, no Funchal e um representante no Rio de Janeiro que era Monteiro, Taveiro & C.ª, na Candelaria, 17 e em Santos e S. Paulo era representado por Augusto Leuba & Cª.

O anúncio mostra um casal num pic-nic sendo servidos por uma Madeirense, vestida com fato regional, que lhes oferece um copo do seu vinho.
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A firma seria integrada na Companhia Vinícola da Madeira, em 1937.
Hoje os seus vinhos são uma raridade. Há pouco tempo, um vinho engarrafado por esta empresa, um Terrantez de 1795, foi licitado num leilão internacional tendo atingido um valor elevadíssimo.

Um lote de garrafas de vinho da Madeira de 1795 foi arrematado em 11 de Dezembro de 2008 por 13.120 euros em Londres, num leilão que atraiu interesse de coleccionadores e profissionais do sector de vários países.
A licitação mais alta foi para um conjunto de seis garrafas de vinho Terrantez de 1795 produzido pela F. F. Ferraz & Cia., que estava avaliado entre 2.400 e 3.100 euros.
Um comprador não identificado ofereceu 13.122 euros (11.500 libras), mais de quatro vezes acima da estimativa mais alta, pagando 2.187 euros por garrafa.

Ao todo, foram vendidos 182 lotes de vinho da Madeira de diferentes produtores e colheitas.
Aos preços são acrescentados 15% de prémio pago à Christie's.
Grande parte das licitações foram feitas na sala, mas houve também compradores ao telefone e na Internet, nomeadamente do Japão.
As garrafas vieram da garrafeira particular de William Leacock, o herdeiro da família inglesa que produziu e comercializou vinho da Madeira desde o século XVIII, que entretanto vendeu o negócio.
Presente na sala do leilão, em Londres, o inglês, que continua a residir no Funchal, mostrou-se pouco afeiçoado às garrafas que pertenceram à família durante várias gerações ao longo de mais de 200 anos.
'Não vale a pena guardar tanta quantidade de vinho de qualidade', disse.
Leacock garantiu de que 'alguns destes vinhos são de grande qualidade', mas não revelou se os provou ou bebeu antes.
Ainda antes do leilão, o director da área de vinhos da Christie's, David Elswood, afirmou que os vinhos da Madeira são comprados para serem consumidos e não como investimento.
As pessoas que compram 'Madeiras' não são pessoas que especulam em vinho para obter lucro, mas são pessoas que compram vinhos raros para beber', estimou.


A garrafa que apresento hoje do produtor " F.F.Ferraz & Ca Lda " gravada em alto relevo e menos antiga que a da Publicidade, será que também respondia pelo nome de " Mónica " ?
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Fica aqui desde já a pergunta e também o agradecimento público à pessoa do Sr. António Arruda pela oferta da garrafa em questão.


Nota: Apontamentos tirados da net e do blog " Garfadas on line "



E assim acontece
Amaro Pereira
 

Anexos

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Amaro Pereira

Clássico
Boa noite a todos.

Bonitas as garrafas mostradas pelos senhores Amaro Pereira e Jeffrey Coelho nas postagens 2738 e 2739.

Tenho uma miniatura da garrafa de Kummel Ancora, pena que ela não possui o selo de vidro.

As garrafas mostradas pelos senhores Amaro Pereira e Jeffrey Coelho são posteriores a 1910 em razão de selo impresso que faz referência ao fato de que a Fabrica Ancora era “FORNECEDORA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA”. Talvez tenham sido comercializadas em data muito próxima ao fim do período monárquico aí em Portugal, pois o mesmo selo também lembra que a Fabrica Ancora havia sido fornecedora da “ANTIGA CASA REAL”.

Aliás, o panfleto abaixo, publicado em 1908, mostra que já neste ano a Fabrica Ancora fazia uso de garrafas como as mostradas pelos senhores Amaro Pereira e Jeffrey Coelho.

Ver anexo 331200

Alguém sabe informar com mais exatidão em que época são as garrafas mostradas nas postagens 2738 e 2739?

Grande e fraterno abraço.

Daury de Paula Júnior

Muito boa noite caro Senhor Daury Junior

No caso da minha garrafa ( Kummel-Ancora ) colocada no post 2738, penso que a mesma será dos anos 20 do século XX .

Abraço
Amaro Pereira
 

antonio arruda

Veterano
boa tarde
embora continue sem saber o que levou os irmãos António e Francisco Borges banqueiros por vocação
em 1884 a criar a sociedade dos vinhos BORGES & IRMÃO com sede em vila nova de Gaia actualmente
e desde 1989 altura em que foi integrada na J.M.V tem a sede localizada em Rio Tinto
deixo-vos as imagens de duas garrafas desta firma inicialmente dedicada ao vinho do Porto mas que depressa alargou o negocio a outras regiões como a dos vinhos verdes ou o Dão
a primeira garrafa terá sido de vinho do Porto e é a unica garrafa soprada à mão que tenho feita na RL
que quando iniciou a laboração em 1919 já tinha uma maquina semi automática mas mantinha tambem o fabrico manual a garrafa tem a gravação S. VINHOS BORGES & IRMÃO S. A. R. L. PORTO infelizmente a gravação não é muito forte devido a desgaste ou sujidade acumulada no molde tem gravado no fundo R L
e o numero 518 que seria o numero do molde

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a segunda garrafa é de grés e do vinho verde Gatão nome inspirado na aldeia de Prado Gatão Miranda
do Douro de onde inicialmente provinham as uvas de que era feito o vinho devido a um aumento de produção a Borges começou a usar uvas de outras localidades dentro da região pelo que devido a um decreto de lei emitido em data que não consegui determinar e que proibia o uso do nome de uma localidade em marcas de vinho a não ser que as uvas fossem provenientes exclusivamente da mesma a Borges foi obrigada a adicionar a imagem de um gato aos rótulos para
poder manter a marca
a garrafa foi feita pela olaria Campos & filhos empresa criada em 1896 em Aveiro e que ainda existe embora deslocalizada de Aveiro
este tipo de garrafas foi muito usado por produtores de vinho verde devido a terem a capacidade de manterem frescas as bebidas nelas engarrafadas e foram caindo em desuso na medida em que os frigorificos se foram tornando acessiveis a um maior numero de pessoas o que entre nós terá sido nos anos 50 ?
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deixo tambem as imagens de dois cartazes publicitários da BORGES
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cumprimentos
Antonio Arruda
 

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