Frascofilia & Garrafas

Prezado senhor Antonio.

Agradeço seus comentários, como sempre muito pertinentes. Não é com falsa modéstia que eu digo que sou ignorante - ou pelo menos ainda tenho muito a aprender - a respeito dos pormenores das técnicas de fabrico das garrafas sopradas manualmente.

Tenho utilizado como referência quase que exclusivamente o “Historic Glass Bottle Identification & Information Website”, já que quase todas as outras obras impressas que possuo são guias como o “Bottles Identification & Price Guide”, de Michael Polack. A exceção fica por conta do livro “Antique Glass Bottles, Their History and Evolution (1500-1850)”, de Willy Van den Bossche.

Publicações brasileiras são raríssimas. Além de alguns poucos trabalhos acadêmicos (dissertações de mestrado em arqueologia), o único livro publicado sobre o tema tem um título por si só bastante sugestivo: “Cacos e mais cacos de vidro: o que fazer com eles?”. É de autoria dos respeitabilíssimos arqueólogos Paulo Eduardo Zanettini e Paulo Fernando Bava de Camargo.

Foram as notas do senhor Willy Van den Bossche que me deixaram confuso e me estimularam a fazer os questionamentos que fiz no meu primeiro post a respeito do tema: Se todas as garrafas posteriores a 1860, onde o nome da empresa do senhor Ricketts não foi gravado na base, são de fabrico britânico; dos fornos da H. Ricketts & Co. Glass Works ou se outras fábricas fizeram uso do patente ou da palavra “Patent”?

Willy Van den Bossche diz que as garrafas fabricadas por Ricketts em seu molde de três partes (Patente britânico nº 4623, de 1821) usualmente tinham as palavras “Patent” ou “Imperial Patent” (até 1835) gravadas em alto relevo no ombro (p. 58). Quanto às marcas de ponteio o autor mostra garrafas tanto sem marcas de ponteiro (em razão do uso de “sabot, case or snap-case” na sua finalização (p. 41), como com marcas de ponteio do tipo “disc pontil scar” (p. 59) ou “sand scar” (p. 83 e 98).

O mesmo autor, entretanto, em outras passagens, faz referência ao molde “Ricketts” como sinônimo de molde de três partes a ele se referindo, por exemplo, ao tratar de garrafas quadradas de gin (Dutch case gin), fabricadas na Holanda e na Bélgica, esclarecendo, inclusive que nestas garrafas não existiam marcas de ponteio (p. 134).

Para “por mais lenha na fogueira” como se diz por aqui, observo que as garrafas que ilustram o meu segundo post a respeito do tema foram fabricadas nos Estados Unidos, pela Dyottville Glass Works e também trazem no ombro a inscrição “Patent”.

A importância da discussão para mim - além, é claro, de sempre aprender um pouco mais sobre as técnicas de fabrico das garrafas que tanto gosto - é possibilitar uma melhor análise a respeito da origem das garrafas encontradas aqui no Brasil, eis que até o final do século XIX nosso país importava quase todas as garrafas que utilizava. Aliás, em meados daquele século, garrafas de vidro preto eram bens de consumo tão preciosos aqui no Brasil que eram arroladas nos inventários dos seus proprietários, mesmo sendo eles grandes cafeicultores.

Abraços a todos,

Daury de Paula Júnior
bom dia caro senhor Daury as obras que menciona excpto a cacos e mais cacos são realmente obras de referencia a nivel internacional mas infelizmente são raros os casos em que existe consenso entre especialistas pelo que ´nós ou pelo menos eu mero estudante da matéria sou obrigado a usar a experiencia dos muitos anos a estudar historia no geral e do vidro apenas à uns 12 ou 13 anos pois embora só tenha começado a colecionar à um pouco menos de 10 anos por mero acaso deparei-me com os sitios na net de alguns colecionadores estrangeiros e entusiasmei-me com o estudo das garrafas e como eram feitas o que me levou a coleciona-las mas claro está que me tenho deparado com muitas dificuldades e informação contraditória e é aqui que entram os muitos anos de estudo de historia em particular das duas guerras mundiais que me ensinou a necessidade de confrontar as várias fontes até
chegar o mais próximo possivel da verdade o que como é óbvio não me impede de cometer erros quanto aos moldes de três partes parece-me exagero por parte do senhor Van den Boossche considerar os moldes ricketts como sinonimo desse tipo de moldes pois como ficou provado no meu ultimo comentário eles desapareceram por volta de 1853 e continuaram a ser usados moldes de três partes do tipo ilustrado no comentário pelo menos até inicios do século XX
relativamente as garrafas com a inscrição PATENT foram feitas na Inglaterra naturalmente mas tambem nos E.U.A en qualquer dos casos por vários fabricantes diferentes e salvo erro meu a PATENT era relativa ao modelo da garrafa e não aos moldes em que era feita
quanto às ( Dutch case gin )foram fabricadas principalmente na Holanda mas tambem na Bélgica Alemanha e Inglaterra não sendo impossivel de maneira nenhuma que tenham sido usadas sabots no fabrico de algumas dessas garrafas temos deter e consideração que as sabots tiveram muito pouco tempo de uso e eram ferramentas muito pouco praticas e complicadas de usar pelo que muitas fabricas nunca chegaram a usa-las por outro lado temos conhecimento de muitas destas garrafas com marca de pontel mais estas garrafas foram feitas à mâo desde o século XVI até os anos vinte do século XX sendo portanto natural que tendo o pontel caido em desuso a partir do meio do século XIX muitas não apresentem marca de pontel por ter sido usada uma snap -case ( instrumento concebido para segurar as garrafas acabadas de soprar pelo fundo das mesmas a fim de permitir a aplicação ou torneamento do tóp e a que em Portugal se dá o nome de roca ) e para terminar deixo a pergunta ao senhor Daury já vio alguma case gin feita em molde de três partes ? é que eu nunca vi nenhuma

cumprimentos
Antonio Arruda
 
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A
Pois é amigo António, isso explica as várias diferenças encontradas, agora aquele " L " no fundo de uma das garrafas, deixa-me sem saber o seu propósito, embora possa ter a ver com uma forma de referencia da vidreira em relação a esta garrafa, ou a marca de uma fabrica vidreira, ou ainda com uma finalidade ( destino ) de referencia do engarrafador, para determinado cliente ?

Abraço
Amaro Pereira
boa tarde
amigo Amaro embora não tenha a certeza o mais provavel é ser uma marca de fabricante embora desconheça qual existiram sobretudo no norte entre finais do século XIX e inicio do XX várias fabricas
de vidro que por terem tido duração efemera pouco ou nada sabemos sobre elas

um abraço
Antonio Arruda
 
mais uma vez boa tarde a todos
em complemento ao comentário feito por mim à ultima mensagem do senhor Daury deixo algumas imagens relativas a garrafas de Genebra Holandesasas a primeira das quais mostra uma da marca ( Van Hoboken
uma das marcas mais difundidas em todo o mundo tendo surgido em 1795 durou pelo menos até inicios do século XX )no fundo do mar de uma das ilhas que formam a Indonésia x112.jpg onde estas garrafas são muito abundantes por ter sido uma colónia Holandesa
a segunda é da destilaria Van Hoboken por volta de 1900 HobokendeBieCo.-gin-distillery-in-Rotterdam.jpg
a terceira mostra u fundo de uma garrafa da marca com uma nitida marca de pontel de areia $_57.jpg
a quarta imagem mostra uma das caixas onde estas garrafas eram exportadas 13378.0.jpg
e às quais devem a designação em Ingles de case gin

cumprimentos
Antonio Arruda
 

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Prezados Frascófilos.

Ontem fui coletar novas garrafas e tive o prazer de encontrar mais duas, das de origem portuguesa.

A primeira, cuja fotografia in situ segue abaixo, não foi por mim coletada por estar quebrada. Trata-se de uma garrafa “inteira”, igual àquela em vidro marrom avermelhado mostrada no meu post nº 2670 (página 134) em ½ garrafa.

IMG_3436.JPG

Já a segunda, encontrada inteira, foi fabricada em vidro verde escuro com a utilização de molde duplo do tipo “cup-bottom mold”. Tem 28,3 cm de altura por 7,4 cm de diâmetro na base, que é do tipo, “push-up”, formada pelo molde. O gargalo é aplicado e traz no corpo as seguintes inscrições em alto relevo vertical: J.H. ANDRESEN O PORTO.

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Cordial abraço a todos,

Daury de Paula Júnior
 

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bom dia caro senhor Daury as obras que menciona excpto a cacos e mais cacos são realmente obras de referencia a nivel internacional mas infelizmente são raros os casos em que existe consenso entre especialistas pelo que ´nós ou pelo menos eu mero estudante da matéria sou obrigado a usar a experiencia dos muitos anos a estudar historia no geral e do vidro apenas à uns 12 ou 13 anos pois embora só tenha começado a colecionar à um pouco menos de 10 anos por mero acaso deparei-me com os sitios na net de alguns colecionadores estrangeiros e entusiasmei-me com o estudo das garrafas e como eram feitas o que me levou a coleciona-las mas claro está que me tenho deparado com muitas dificuldades e informação contraditória e é aqui que entram os muitos anos de estudo de historia em particular das duas guerras mundiais que me ensinou a necessidade de confrontar as várias fontes até
chegar o mais próximo possivel da verdade o que como é óbvio não me impede de cometer erros quanto aos moldes de três partes parece-me exagero por parte do senhor Van den Boossche considerar os moldes ricketts como sinonimo desse tipo de moldes pois como ficou provado no meu ultimo comentário eles desapareceram por volta de 1853 e continuaram a ser usados moldes de três partes do tipo ilustrado no comentário pelo menos até inicios do século XX
relativamente as garrafas com a inscrição PATENT foram feitas na Inglaterra naturalmente mas tambem nos E.U.A en qualquer dos casos por vários fabricantes diferentes e salvo erro meu a PATENT era relativa ao modelo da garrafa e não aos moldes em que era feita
quanto às ( Dutch case gin )foram fabricadas principalmente na Holanda mas tambem na Bélgica Alemanha e Inglaterra não sendo impossivel de maneira nenhuma que tenham sido usadas sabots no fabrico de algumas dessas garrafas temos deter e consideração que as sabots tiveram muito pouco tempo de uso e eram ferramentas muito pouco praticas e complicadas de usar pelo que muitas fabricas nunca chegaram a usa-las por outro lado temos conhecimento de muitas destas garrafas com marca de pontel mais estas garrafas foram feitas à mâo desde o século XVI até os anos vinte do século XX sendo portanto natural que tendo o pontel caido em desuso a partir do meio do século XIX muitas não apresentem marca de pontel por ter sido usada uma snap -case ( instrumento concebido para segurar as garrafas acabadas de soprar pelo fundo das mesmas a fim de permitir a aplicação ou torneamento do tóp e a que em Portugal se dá o nome de roca ) e para terminar deixo a pergunta ao senhor Daury já vio alguma case gin feita em molde de três partes ? é que eu nunca vi nenhuma

cumprimentos
Antonio Arruda

Prezado senhor Antonio.

Concordo em gênero, número e grau com suas ultimas considerações à respeito das garrafas “Patent”, pois é a única explicação para tê-las encontrado em contexto de garrafas fabricadas entre 1885 e 1910.

Quanto às “Dutch case gin” feitas em molde de três partes, acredito que eu tenho uma delas.

Não é do contexto acima. Foi adquirida no Paraguai e, segundo informação do colecionador, foi encontrada em uma trincheira brasileira da Guerra do Paraguai.

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul e foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870. É também chamada Guerra da Tríplice Aliança, na Argentina e Uruguai, e Guerra Grande, no Paraguai.

Trata-se de uma garrafa de gin holandês da marca “v. Hoytema & C.”, cujas imagens seguem abaixo. Diferente de outras garrafas do tipo “case gin” que possuo, inclusive outra também marcada “v. Hoytema & C.”, apresenta no ombro cicatrizes do uso de molde duplo, que não se prolongam no corpo. A garrafa tem 23,0 cm de altura e 6,0 cm de lado na base.

IMG_7559A.jpg

IMG_7522B.jpg

IMG_7540A.jpg

O que o senhor pensa a respeito? E sobre a cicatriz existente na base: Houve uso de “snap-case”?

Grande abraço,

Daury de Paula Júnior
 

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J. H. HULSMAN
AMSTERDAM


Alguém me sabe dar informações sobre esta garrafa:
Informações sobre o fabrico deste tipo de garrafa;
Qual a bebida;
Idade;
Raridade;
E se já alguém viu alguma no EBAY à venda.
.
ALTURA 23,5 cm
Diametro (6,3 e 6,8 pois a base como se pode ver não é redonda).
A garrafa quando está de pé abana, pois a base é bastante irregular.

Esta garrafa foi encontrada num sotão em Portugal que já estava fechado desde o inicio da década de 40.Ver anexo 329702 Ver anexo 329703 Ver anexo 329704 Ver anexo 329705 Ver anexo 329706 Ver anexo 329707 Ver anexo 329708 Ver anexo 329709 Ver anexo 329710 Ver anexo 329711

Atenciosamente
José Coelho


Caro senhor José Coelho,

Segundo o sítio holandês “De Oude Flesch” (http://www.deoudeflesch.nl/de flessenloods.htm), a sua garrafa é classificada como uma “Rotterdammertje”, ou seja, uma garrafa cilíndrica com pescoço longo liso, quase tão longo quanto o corpo. O sítio nada fala especificamente sobre a sua garrafa ou sobre “J. H. Hulsman”, assim como também nada encontrei a respeito de ambos em um livreto que possuo, sobre garrafas antigas encontradas no Suriname (Surinam Museum Bulletin. Antique Bottles in Surinam, nº 13, jun. 1974).

Garrafas semelhantes, entretanto, eram usadas pela empresa “Erven Lucas Bols” (figura abaixo, mostrando garrafas certamente muito mais recentes do que a sua) e este fato é importante pois o “Statistisch jaarboek voor het koningrijk der Nederlanden” (vol. 14-15, 1868, p. 326) informa que em 1864, a “J. H. Hulsman” figurava, juntamente com a “Erven Lucas Bols” e a “Wynand Focking”, dentre os maiores produtores de genebra da Holanda.

Erven Lucas Bolls.jpg

Navegando na Internet encontrei, ainda, o anúncio abaixo, publicado na edição de 4 de maio de 1877 (p. 4) do jornal neerlandês “Heldersche en Nieuwedieper Courant”.

Heldersche en Nieuwedieper Courant, 4 mai 1877, p. 4 - Copia.jpg

Parabéns pela garrafa. Muitíssima interessante.

Um abraço,

Daury de Paula Junior
 

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" H. Ricketts & Co. Glass Works Bristol "


Venho chamar a atenção de todos os coleccionadores interessados, que a propósito do tema molde de Henry Ricketts , abordado aqui pelo senhor Daury Júnior, que postei no dia 3 de Setembro de 2013 na pagina 74 deste tópico, post nº 1477, um exemplar ( Garrafa ) deste criador.

Atendendo a que tenho notado alguma falta de memória sobre alguns posts ( garrafas ), aqui colocados, falta de memória que também me afecta, dado que já apresentei perto de meio milhar de posts, se calhar é conveniente relembrar alguns posts, no entanto acho que deve prevalecer o bom senso para que se evite o uso abusivo de repetições. No entanto acho sempre melhor colocar garrafas mesmo que repetidas do que não colocar nada.

Assim sendo dado que o tema " Ricketts " ainda está quente, e porque agora estou muito mais bem informado do que na altura ( pagina 74 ), acho oportuno colocar fotos da dita garrafa, feita num molde de 3 partes, e que tem gravado em alto relevo no fundo o seguinte texto: " H. Ricketts & Co Glass Works Bristol, que na pior das hipóteses e ao que parece já tem mais de 160 anos ( 1814/1853 ).


A foto com as 2 garrafas " Ricketts " e " Patent " serve para vermos as semelhanças e as diferenças.
DSC06917.JPG DSC06918.JPG DSC06919.JPG DSC06920.JPG DSC06921.JPG DSC06923.JPG DSC06924.JPG DSC06925.JPG DSC06928.JPG DSC06927.JPG

Gostava de saber a opinião do senhor Daury Júnior sobre esta garrafa " H. Ricketts ", se faz favor.



E assim uma vez mais acontece
Amaro Pereira
 

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" H. Ricketts & Co. Glass Works Bristol "


Venho chamar a atenção de todos os coleccionadores interessados, que a propósito do tema molde de Henry Ricketts , falado aqui pelo senhor Daury Júnior, que postei no dia 3 de Setembro de 2013 na pagina 74 deste tópico, post nº 1477, um exemplar ( Garrafa ) deste criador.

Atendendo a que tenho notado alguma falta de memória sobre alguns posts ( garrafas ), aqui colocados, falta de memória que também me afecta, dado que já apresentei perto de meio milhar de posts, se calhar é conveniente relembrar alguns posts, no entanto acho que deve prevalecer o bom senso para que se evite o uso abusivo de repetições. No entanto acho sempre melhor colocar garrafas mesmo que repetidas do que não colocar nada.

Assim sendo dado que o tema " Ricketts " ainda está quente, e porque agora estou muito mais bem informado do que na altura ( pagina 74 ), acho oportuno colocar fotos da dita garrafa, feita num molde de 3 partes, e que tem gravado em alto relevo no fundo o seguinte texto: " H. Ricketts & Co Glass Works Bristol, que na pior das hipóteses e ao que parece já tem mais de 160 anos ( 1814/1853 ).


A foto com as 2 garrafas " Ricketts " e " Patent " serve para vermos as semelhanças e as diferenças.
Ver anexo 329818 Ver anexo 329819 Ver anexo 329820 Ver anexo 329821 Ver anexo 329823 Ver anexo 329824 Ver anexo 329826 Ver anexo 329827 Ver anexo 329828 Ver anexo 329829

Gostava de saber a opinião do senhor Daury Júnior sobre esta garrafa " H. Ricketts ", se faz favor.



E assim uma vez mais acontece
Amaro Pereira

Caro senhor Amaro,

Maravilhosa a sua garrafa com a inscrição na base “H. Ricketts & Co. Glass Works Bristol”. Ela tem, pelo menos 155 anos, pois foi fabricada entre 1821 (ano em que o molde foi patenteado) ou 1830 (quando o tipo de inscrição existente na base começou a ser utilizada) e 1853 (segundo o “Historic Glass Bottle Identification & Information Website” - http://www.sha.org/bottle/bases.htm) ou 1860 (segundo Dan Gilbert - http://dangilbert.tripod.com/index-2.html).

Olive R. Jones, estudando as marcas encontradas nas bases das garrafas fabricadas por “H. Ricketts & Co. Glass Works” a partir de evidências arqueológicas, estabeleceu que nas primeiras garrafas a marca era gravada em duas partes “H. Ricketts & Co.” e “Glass Works Bristol”, de modo que, ao aparecerem em círculo, a letra “H” aparece logo acima da letra “G”, de “Glass Works”. Esse tipo de inscrição teria sido utilizada entre 1821 e o início dos anos 1830. Já no tipo de inscrição existente na sua garrafa, a marca foi gravada em uma única linha: “H. Ricketts & Co. Glass Works Bristol”.Assim, ao aparecer em círculo, a letra que aparece logo abaixo da letra “H” é a letra “B”, de “Bristol”. Segundo o autor, esse tipo de inscrição não teria sido usada antes de 1830 (Cylindrical English Wine and Beer Bottles, 1986, p. 97-98).

O mesmo autor, também com base em evidências arqueológicas, encontrou garrafas como mesmo tipo de gargalo da sua - cônico - em garrafas datáveis entre 1822 e 1829, 1830 a 1839 e 1840-1849 (p. 70).

Por fim, ainda segundo o senhor Olive R. Jones, nos dois tipos de gravação da marca, aparece no centro da base a marca do uso de cana ou pontel, que só deixaria de ser utilizado pela “H. Ricketts & Co. Glass Works” no fim dos anos 1840 (p. 98). Sua garrafa, pelo que me parece, possui marca de ponteio do tipo sand scar.

O livro do senhor Olive R. Jones está disponível para baixar no Historic Glass Bottle Identification & Information Website (http://www.sha.org/bottle/pdffiles/cylindricalenglishwinebook.pdf).

Observo que Willy Van den Bossche ilustrou o seu livro “Antique Glass Bottles, Their History and Evolution (1500-1850)” com fotografias de várias garrafas marcadas na base “H. Ricketts & Co. Glass Works Bristol”, com gargalo cônico semelhante ao da sua garrafa e base com marca de ponteio do tipo sand scar (p. 59, 83 e 98, por exemplo).

Embora o senhor Willy Van den Bossche também informe que o molde do senhor Ricketts “se tornou extremamente popular em todo o mundo até o início do século 20” (p. 58), creio que ele se refere, neste caso, ao molde de três partes de um modo geral, e não àquele patenteado por Henry Ricketts em 1821. Afinal, como mencionei no post nº 2697, este autor, em outras passagens do seu livro, faz referência ao molde “Ricketts” como sinônimo de molde de três partes (p. 134).

Me parece ser este o caso da sua outra garrafa - aquela com a inscrição “Patent” -, a qual, como já vimos nas discussões anteriores sobre o tema, é certamente de fabrico posterior e não necessariamente saiu dos fornos da "H. Ricketts & Co. Glass Works" em Bristol.

Aliás, forte indicativo de que a inscrição “Patent” era relativa ao modelo da garrafa e não ao molde em que foi fabricada, como bem ponderou o senhor Antonio Arruda no post nº 2698, é o fato de que a sua garrafa “Ricketts” não tem a inscrição “Patent” no ombro.

Por outro lado, comparando a sua garrafa “Patent”, com a garrafa mostrada pelo senhor Ricardo Bruno no post nº 2663 - pivô de toda essa nossa salutar discussão - e as garrafas que mostrei no post nº 2682, noto que a sua é em tudo semelhante à do senhor Ricardo Bruno e tem o gargalo semelhante à minha fabricada em vidro preto, a inscrição “Patent” semelhante à minha fabricada em vidro verde e a base semelhante à minha fabricada em vidro âmbar. Todas elas, muito provavelmente, foram fabricadas entre 1880 e 1910 e, portanto, também já centenárias.

Grande abraço,

Daury de Paula Júnior
 
Prezado senhor Antonio.

Concordo em gênero, número e grau com suas ultimas considerações à respeito das garrafas “Patent”, pois é a única explicação para tê-las encontrado em contexto de garrafas fabricadas entre 1885 e 1910.

Quanto às “Dutch case gin” feitas em molde de três partes, acredito que eu tenho uma delas.

Não é do contexto acima. Foi adquirida no Paraguai e, segundo informação do colecionador, foi encontrada em uma trincheira brasileira da Guerra do Paraguai.

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul e foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870. É também chamada Guerra da Tríplice Aliança, na Argentina e Uruguai, e Guerra Grande, no Paraguai.

Trata-se de uma garrafa de gin holandês da marca “v. Hoytema & C.”, cujas imagens seguem abaixo. Diferente de outras garrafas do tipo “case gin” que possuo, inclusive outra também marcada “v. Hoytema & C.”, apresenta no ombro cicatrizes do uso de molde duplo, que não se prolongam no corpo. A garrafa tem 23,0 cm de altura e 6,0 cm de lado na base.

Ver anexo 329744

Ver anexo 329745

Ver anexo 329746

O que o senhor pensa a respeito? E sobre a cicatriz existente na base: Houve uso de “snap-case”?

Grande abraço,

Daury de Paula Júnior
bom dia
caro senhor Daury em primeiro lugar as minhas felicitações por mais esse magnifico exemplar pois embora desde o inicio da sua participação aqui no forum nos tenha sempre apresentado exemplares de alta qualidade essa garrafa muito em particular pela carga histórica que carrega pois se ela pudesse falar quantas historias nos poderia contar sobre o que aconteceu nas trincheiras onde foi encontrada como tambem poor como o senhor nos diz ter sido soprada em um molde de três partes o que muito me surpreende e intriga pois em todo o tempo em que tenho afincadamente estudado a matéria nunca encontrei qualquer referencia a uma garrafa dessas feita em molde de três partes tão pouco nas muitas centenas de de fotos de garrafas desse tipo que tenho visto e até em algumas que pude observar pessoalmente nunca encontrei nenhuma evidencia de molde de três partes mas claro está que o facto de eu desconhecer não impede de existir e sem duvidar do que nos diz a matéria requer mais estudo e investigação da minha parte
quanto ao uso de uma roca (snap case ) nessa garrafa e uma vez que aparenta não ter marca de pomtel no fundo o mais prováqvel é ter sido usada uma roca para permitir a formação do top
chamo a sua atenção para o facto de as marcas de roca serem bastante raras e quando aparecem é sempre no corpo da garrafa e nunca no fundo da mesma
deixo a imagem de uma marca de roca no corpo de uma garrafa e embora a foto seja pouco nitida é possivel ver as marcas verticais em forma de estrias deixadas pela roca Imagem 004.jpg
deixo tambem duas imagens que penso serem já suas conhecidas de uma roca a primeira imagem mostra a roca em posição aberta e a segunda a segurar uma garrafa snapcase_small.jpg snapcasebottle_small.jpg

cumprimentos
Antonio Arruda
 

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Caro senhor Amaro,

Maravilhosa a sua garrafa com a inscrição na base “H. Ricketts & Co. Glass Works Bristol”. Ela tem, pelo menos 155 anos, pois foi fabricada entre 1821 (ano em que o molde foi patenteado) ou 1830 (quando o tipo de inscrição existente na base começou a ser utilizada) e 1853 (segundo o “Historic Glass Bottle Identification & Information Website” - http://www.sha.org/bottle/bases.htm) ou 1860 (segundo Dan Gilbert - http://dangilbert.tripod.com/index-2.html).

Olive R. Jones, estudando as marcas encontradas nas bases das garrafas fabricadas por “H. Ricketts & Co. Glass Works” a partir de evidências arqueológicas, estabeleceu que nas primeiras garrafas a marca era gravada em duas partes “H. Ricketts & Co.” e “Glass Works Bristol”, de modo que, ao aparecerem em círculo, a letra “H” aparece logo acima da letra “G”, de “Glass Works”. Esse tipo de inscrição teria sido utilizada entre 1821 e o início dos anos 1830. Já no tipo de inscrição existente na sua garrafa, a marca foi gravada em uma única linha: “H. Ricketts & Co. Glass Works Bristol”.Assim, ao aparecer em círculo, a letra que aparece logo abaixo da letra “H” é a letra “B”, de “Bristol”. Segundo o autor, esse tipo de inscrição não teria sido usada antes de 1830 (Cylindrical English Wine and Beer Bottles, 1986, p. 97-98).

O mesmo autor, também com base em evidências arqueológicas, encontrou garrafas como mesmo tipo de gargalo da sua - cônico - em garrafas datáveis entre 1822 e 1829, 1830 a 1839 e 1840-1849 (p. 70).

Por fim, ainda segundo o senhor Olive R. Jones, nos dois tipos de gravação da marca, aparece no centro da base a marca do uso de cana ou pontel, que só deixaria de ser utilizado pela “H. Ricketts & Co. Glass Works” no fim dos anos 1840 (p. 98). Sua garrafa, pelo que me parece, possui marca de ponteio do tipo sand scar.

O livro do senhor Olive R. Jones está disponível para baixar no Historic Glass Bottle Identification & Information Website (http://www.sha.org/bottle/pdffiles/cylindricalenglishwinebook.pdf).

Observo que Willy Van den Bossche ilustrou o seu livro “Antique Glass Bottles, Their History and Evolution (1500-1850)” com fotografias de várias garrafas marcadas na base “H. Ricketts & Co. Glass Works Bristol”, com gargalo cônico semelhante ao da sua garrafa e base com marca de ponteio do tipo sand scar (p. 59, 83 e 98, por exemplo).

Embora o senhor Willy Van den Bossche também informe que o molde do senhor Ricketts “se tornou extremamente popular em todo o mundo até o início do século 20” (p. 58), creio que ele se refere, neste caso, ao molde de três partes de um modo geral, e não àquele patenteado por Henry Ricketts em 1821. Afinal, como mencionei no post nº 2697, este autor, em outras passagens do seu livro, faz referência ao molde “Ricketts” como sinônimo de molde de três partes (p. 134).

Me parece ser este o caso da sua outra garrafa - aquela com a inscrição “Patent” -, a qual, como já vimos nas discussões anteriores sobre o tema, é certamente de fabrico posterior e não necessariamente saiu dos fornos da "H. Ricketts & Co. Glass Works" em Bristol.

Aliás, forte indicativo de que a inscrição “Patent” era relativa ao modelo da garrafa e não ao molde em que foi fabricada, como bem ponderou o senhor Antonio Arruda no post nº 2698, é o fato de que a sua garrafa “Ricketts” não tem a inscrição “Patent” no ombro.

Por outro lado, comparando a sua garrafa “Patent”, com a garrafa mostrada pelo senhor Ricardo Bruno no post nº 2663 - pivô de toda essa nossa salutar discussão - e as garrafas que mostrei no post nº 2682, noto que a sua é em tudo semelhante à do senhor Ricardo Bruno e tem o gargalo semelhante à minha fabricada em vidro preto, a inscrição “Patent” semelhante à minha fabricada em vidro verde e a base semelhante à minha fabricada em vidro âmbar. Todas elas, muito provavelmente, foram fabricadas entre 1880 e 1910 e, portanto, também já centenárias.

Grande abraço,

Daury de Paula Júnior

Muito bom dia caro senhor Daury de Paula Júnior

Agradeço a sua opinião, que me deixa muito agradado, e aproveito para lembrar que me esqueci de referir que a leitura da gravação no fundo desta garrafa se faz da esquerda para a direita e depois da direita para a esquerda, temos que virar a garrafa ao contrário para ler a palavra " Bristol ", ou seja não foi gravada de forma linear a toda à volta, não sei até que ponto este pormenor pode ser relevante.

Quero agradecer ainda a sua participação neste tópico de uma forma geral uma vez que noto maior abertura depois da sua participação por parte de alguns coleccionadores que tardavam a ver e a dar importância a garrafas com historia ( centenárias ), aqui talvez podemos usar aquele velho ditado popular que diz " Santos da casa não fazem milagres ", assim as coisas começam a se recompor, é por isto que eu venho a lutar à mais de um ano e meio.

Um grande abraço da ilha da Madeira
Amaro Pereira
 
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Garrafas de grés de Vinho Verde


Apresento uma garrafa de grés de " Vinho Verde do Lavrador " similar ( formato ), à garrafa que o senhor Daury postou na pagina nº 133, post nº 2658.

Apesar desta garrafa ser semelhante no formato e na gravação em baixo relevo, tem a particularidade de ser de cor cinza, cor esta pouco comum no mercado, no entanto não consegui descobrir a que empresa pertenceu.

Apresento ainda uma segunda garrafa com outro formato e com outra cor ( tradicional ), que me parece mais recente ( mais nova ), e com a gravação em baixo relevo mais extensa: " Vinho Verde do Grupo de Lavradores " também ainda não tenho informação sobre a quem pertenceu esta garrafa, e qual a cumplicidade entre estas 2 garrafas.
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E assim acontece
Amaro Pereira​
 

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Um é bom

Dois é óptimo

Três é excelente


Apresento hoje 3 garrafões marcados, gravados em alto relevo com a capacidade de 5 litros, assim parece fácil, mas este é o resultado de muita pesquisa e procura, de facto os garrafões marcados com a gravação em alto relevo no ombro de 5 litros são raros. Quanto a estes 3 exemplares, apesar de poderem parecer serem iguais são no entanto diferentes.

Apresento também hoje um exemplo da utilidade que estas peças raras podem ter, a versão candeeiro foi adquirida recentemente num leilão na ilha da Madeira, fazia parte do espolio do Doutor António Aragão ( Pintor, Escultor, Historiador, Investigador , Escritor, e Poeta ), e ainda fundador do PDA ( Partido Democrático do Atlântico ), figura destacada das artes e da cultura da ilha da Madeira e não só, foi também director do museu das Cruzes ( Talvez o museu mais importante da ilha da Madeira ), e ainda director do Arquivo Regional da Madeira. A titulo de curiosidade o seu espolio ( apenas o que foi levado a leilão ), foi avaliado em cerca de meio milhão de euros. Por isso este garrafão para além da historia que é comum a todos os outros garrafões, tem mais história, a historia dele, que é esta que eu acabo de narrar, fez parte do espolio de uma figura ímpar da história da ilha da Madeira, e agora faz parte da minha colecção. Só eu sei porque não fiquei em casa.
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E assim acontece
Amaro Pereira

 

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boa tarde
hoje apresento-vos dois frascos de medicamentos categoria que sei não ser minimamente popular por aqui mas que é altamente colecionavel em muitos outros paises e quer gostem ou não tem o seu lugar na historia
mas o que me leva a falar destes dois exemplares de origem Francesa é o método que foi usado para o acabamento dos top's que penso ser desconhecido para alguns dos colegas
um dos frascos o de KOLA GRANULEE tem uma espécie de rosca primitiva que era formada pelo molde e permitia o uso de uma tampa metálica o outro PHYTINE CIBA não tem rosca teria uma tampa de encaixe mas o top tambem foi formado pelo molde
neste método de fabrico o operário após preencher as paredes do molde continuava a soprar até formar uma bolha de vidro que ao rebentar deixava um top com a aparencia do da imagem burstofffinishlarge.jpg
os frascos e garrafas feitos desta maneira após sairem da arca de recozimento eram esmerilados até ficarem direitos de forma a receber a tampa a imagem mostra o top do frasco de PHIYTINE Imagem 001.jpg nestes top's ao passar-mos um dedo sentimos que são ásperos e por vezes tem pequenas falhas no vidro
deixo as imagens dos frascos a de um folheto publicitário Brasileiro ao PHYTINE 251841200375_1_0_1.jpg 251841200375_3_0_1.jpg Imagem 004.jpg 1929.7.2-phytina-calmante-nervos-mão-salvadora-dos-débeis2.jpg 1-goy-019.jpg e a de um rótulo da KOLA GRANULEE

cumprimentos
Antonio Arruda
 

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bom dia
caro senhor Daury em primeiro lugar as minhas felicitações por mais esse magnifico exemplar pois embora desde o inicio da sua participação aqui no forum nos tenha sempre apresentado exemplares de alta qualidade essa garrafa muito em particular pela carga histórica que carrega pois se ela pudesse falar quantas historias nos poderia contar sobre o que aconteceu nas trincheiras onde foi encontrada como tambem poor como o senhor nos diz ter sido soprada em um molde de três partes o que muito me surpreende e intriga pois em todo o tempo em que tenho afincadamente estudado a matéria nunca encontrei qualquer referencia a uma garrafa dessas feita em molde de três partes tão pouco nas muitas centenas de de fotos de garrafas desse tipo que tenho visto e até em algumas que pude observar pessoalmente nunca encontrei nenhuma evidencia de molde de três partes mas claro está que o facto de eu desconhecer não impede de existir e sem duvidar do que nos diz a matéria requer mais estudo e investigação da minha parte
quanto ao uso de uma roca (snap case ) nessa garrafa e uma vez que aparenta não ter marca de pomtel no fundo o mais prováqvel é ter sido usada uma roca para permitir a formação do top
chamo a sua atenção para o facto de as marcas de roca serem bastante raras e quando aparecem é sempre no corpo da garrafa e nunca no fundo da mesma
deixo a imagem de uma marca de roca no corpo de uma garrafa e embora a foto seja pouco nitida é possivel ver as marcas verticais em forma de estrias deixadas pela roca Ver anexo 329891
deixo tambem duas imagens que penso serem já suas conhecidas de uma roca a primeira imagem mostra a roca em posição aberta e a segunda a segurar uma garrafa Ver anexo 329889 Ver anexo 329890

cumprimentos
Antonio Arruda

Caro senhor Antonio Arruda.

Mais uma vez estou a aprender consigo. Na minha ignorância, eu associava cicatrizes como aquela existente na base da “Dutch case gin” que eu mostrei no post nº 2705, com o uso de sabot ou snap case, em razão de cicatrizes em forma de cruz apresentada por algumas garrafas do gênero e sabots ou snap cases do tipo da mostrada abaixo. Nunca havia relacionado o uso de snap cases ou sabots a cicatrizes no corpo da garrafa.

Sabot (1).jpg

Mais uma vez obrigado.

Daury de Paula Júnior
 

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Muito bom dia caro senhor Daury de Paula Júnior

Agradeço a sua opinião, que me deixa muito agradado, e aproveito para lembrar que me esqueci de referir que a leitura da gravação no fundo desta garrafa se faz da esquerda para a direita e depois da direita para a esquerda, temos que virar a garrafa ao contrário para ler a palavra " Bristol ", ou seja não foi gravada de forma linear a toda à volta, não sei até que ponto este pormenor pode ser relevante.

Quero agradecer ainda a sua participação neste tópico de uma forma geral uma vez que noto maior abertura depois da sua participação por parte de alguns coleccionadores que tardavam a ver e a dar importância a garrafas com historia ( centenárias ), aqui talvez podemos usar aquele velho ditado popular que diz " Santos da casa não fazem milagres ", assim as coisas começam a se recompor, é por isto que eu venho a lutar à mais de um ano e meio.

Um grande abraço da ilha da Madeira
Amaro Pereira

Prezado senhor Amaro.

Parece que a sua garrafa “Ricketts” é sui generis. Primeiro porque não traz a inscrição “Patent” no ombro, como outras da sua época. Depois, porque o modelo de inscrição na base, com a palavra “Bristol” invertida em impressão linear, não aparece entre as inscrições estudadas pelo senhor Olive Jones.

Seguem abaixo desenho das bases estudadas pelo senhor Olive Jones. O desenho da base da sua garrafa é semelhante, não fosse a palavra “Bristol” invertida, ao identificado pela letra “d”.

Bases Hicketts.jpg
Grande abraço,

Daury de Paula Júnior
 

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Prezados Frascófilos.

Depois de escrever sobre minhas dúvidas acerca das cicatrizes deixadas pelas “snap cases” e ver os lindos garrafões mostrados pelo senhor Amaro Pereira, vale compartilhar estas incríveis fotografias mostrando o fabrico de um daqueles garrafões com o uso de uma “snap case” de tamanho compatível.

Garrafão (A).jpg

Garrafão (B).jpg

Garrafão (C).jpg

Grande abraço a todos,

Daury de Paula Júnior
 

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Prezado senhor Amaro.

Parece que a sua garrafa “Ricketts” é sui generis. Primeiro porque não traz a inscrição “Patent” no ombro, como outras da sua época. Depois, porque o modelo de inscrição na base, com a palavra “Bristol” invertida em impressão linear, não aparece entre as inscrições estudadas pelo senhor Olive Jones.

Seguem abaixo desenho das bases estudadas pelo senhor Olive Jones. O desenho da base da sua garrafa é semelhante, não fosse a palavra “Bristol” invertida, ao identificado pela letra “d”.

Ver anexo 330186
Grande abraço,

Daury de Paula Júnior

Muito bom dia caro Senhor Daury Júnior

Agradeço novamente a sua ajuda, as fotos das bases ( fundos ), que apresenta são interessantes porque podemos perceber a diversidade das mesmas. quanto à minha garrafa em particular no caso da palavra " Bristol " gravada de forma invertida, e em conversa com o senhor António Arruda, que adiantou como possível explicação , uma vez que alguns trabalhadores das fabricas não sabiam escrever, limitavam-se a copiar, e às vezes acontecia que por via disso faziam gravações erradas ou ao contrário. Acho para já esta explicação para este caso como a mais provável.

É casos como este que me despertam mais curiosidade e maior satisfação, porque tornam estas garrafas mais raras e com mais história.

Grande abraço
Amaro Pereira
 
Prezados Frascófilos.

Depois de escrever sobre minhas dúvidas acerca das cicatrizes deixadas pelas “snap cases” e ver os lindos garrafões mostrados pelo senhor Amaro Pereira, vale compartilhar estas incríveis fotografias mostrando o fabrico de um daqueles garrafões com o uso de uma “snap case” de tamanho compatível.

Ver anexo 330187

Ver anexo 330188

Ver anexo 330189

Grande abraço a todos,

Daury de Paula Júnior

Novamente caro Daury

As imagens antigas sobre o fabrico de garrafões que nos apresenta deixa-me particularmente agradado, atendendo a que esta é a minha ultima colecção ( mais recente ), e aquela a que eu estou a dedicar particular importância, confesso que estas fotos vêem em boa altura e deixam-me mais bem elucidado.

Apesar de eu ter na minha colecção peças antigas e interessantes, algumas delas raras e ter também alguma sensibilidade e informação sobre as mesmas, acho que ainda tenho muito que aprender, e como faço muita questão de aprender principalmente com aqueles que sabem mais do que eu. Não tenho receio de dizer e admitir que não sei, sobre temas do meu interesse, aos quais tenho muita vontade de aprender, por isso agradeço a todos aqueles que me têm ajudado a aumentar os meus conhecimentos.

Abraço
Amaro Pereira
 
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