antonio arruda
Veterano
bom dia caro senhor Daury as obras que menciona excpto a cacos e mais cacos são realmente obras de referencia a nivel internacional mas infelizmente são raros os casos em que existe consenso entre especialistas pelo que ´nós ou pelo menos eu mero estudante da matéria sou obrigado a usar a experiencia dos muitos anos a estudar historia no geral e do vidro apenas à uns 12 ou 13 anos pois embora só tenha começado a colecionar à um pouco menos de 10 anos por mero acaso deparei-me com os sitios na net de alguns colecionadores estrangeiros e entusiasmei-me com o estudo das garrafas e como eram feitas o que me levou a coleciona-las mas claro está que me tenho deparado com muitas dificuldades e informação contraditória e é aqui que entram os muitos anos de estudo de historia em particular das duas guerras mundiais que me ensinou a necessidade de confrontar as várias fontes atéPrezado senhor Antonio.
Agradeço seus comentários, como sempre muito pertinentes. Não é com falsa modéstia que eu digo que sou ignorante - ou pelo menos ainda tenho muito a aprender - a respeito dos pormenores das técnicas de fabrico das garrafas sopradas manualmente.
Tenho utilizado como referência quase que exclusivamente o “Historic Glass Bottle Identification & Information Website”, já que quase todas as outras obras impressas que possuo são guias como o “Bottles Identification & Price Guide”, de Michael Polack. A exceção fica por conta do livro “Antique Glass Bottles, Their History and Evolution (1500-1850)”, de Willy Van den Bossche.
Publicações brasileiras são raríssimas. Além de alguns poucos trabalhos acadêmicos (dissertações de mestrado em arqueologia), o único livro publicado sobre o tema tem um título por si só bastante sugestivo: “Cacos e mais cacos de vidro: o que fazer com eles?”. É de autoria dos respeitabilíssimos arqueólogos Paulo Eduardo Zanettini e Paulo Fernando Bava de Camargo.
Foram as notas do senhor Willy Van den Bossche que me deixaram confuso e me estimularam a fazer os questionamentos que fiz no meu primeiro post a respeito do tema: Se todas as garrafas posteriores a 1860, onde o nome da empresa do senhor Ricketts não foi gravado na base, são de fabrico britânico; dos fornos da H. Ricketts & Co. Glass Works ou se outras fábricas fizeram uso do patente ou da palavra “Patent”?
Willy Van den Bossche diz que as garrafas fabricadas por Ricketts em seu molde de três partes (Patente britânico nº 4623, de 1821) usualmente tinham as palavras “Patent” ou “Imperial Patent” (até 1835) gravadas em alto relevo no ombro (p. 58). Quanto às marcas de ponteio o autor mostra garrafas tanto sem marcas de ponteiro (em razão do uso de “sabot, case or snap-case” na sua finalização (p. 41), como com marcas de ponteio do tipo “disc pontil scar” (p. 59) ou “sand scar” (p. 83 e 98).
O mesmo autor, entretanto, em outras passagens, faz referência ao molde “Ricketts” como sinônimo de molde de três partes a ele se referindo, por exemplo, ao tratar de garrafas quadradas de gin (Dutch case gin), fabricadas na Holanda e na Bélgica, esclarecendo, inclusive que nestas garrafas não existiam marcas de ponteio (p. 134).
Para “por mais lenha na fogueira” como se diz por aqui, observo que as garrafas que ilustram o meu segundo post a respeito do tema foram fabricadas nos Estados Unidos, pela Dyottville Glass Works e também trazem no ombro a inscrição “Patent”.
A importância da discussão para mim - além, é claro, de sempre aprender um pouco mais sobre as técnicas de fabrico das garrafas que tanto gosto - é possibilitar uma melhor análise a respeito da origem das garrafas encontradas aqui no Brasil, eis que até o final do século XIX nosso país importava quase todas as garrafas que utilizava. Aliás, em meados daquele século, garrafas de vidro preto eram bens de consumo tão preciosos aqui no Brasil que eram arroladas nos inventários dos seus proprietários, mesmo sendo eles grandes cafeicultores.
Abraços a todos,
Daury de Paula Júnior
chegar o mais próximo possivel da verdade o que como é óbvio não me impede de cometer erros quanto aos moldes de três partes parece-me exagero por parte do senhor Van den Boossche considerar os moldes ricketts como sinonimo desse tipo de moldes pois como ficou provado no meu ultimo comentário eles desapareceram por volta de 1853 e continuaram a ser usados moldes de três partes do tipo ilustrado no comentário pelo menos até inicios do século XX
relativamente as garrafas com a inscrição PATENT foram feitas na Inglaterra naturalmente mas tambem nos E.U.A en qualquer dos casos por vários fabricantes diferentes e salvo erro meu a PATENT era relativa ao modelo da garrafa e não aos moldes em que era feita
quanto às ( Dutch case gin )foram fabricadas principalmente na Holanda mas tambem na Bélgica Alemanha e Inglaterra não sendo impossivel de maneira nenhuma que tenham sido usadas sabots no fabrico de algumas dessas garrafas temos deter e consideração que as sabots tiveram muito pouco tempo de uso e eram ferramentas muito pouco praticas e complicadas de usar pelo que muitas fabricas nunca chegaram a usa-las por outro lado temos conhecimento de muitas destas garrafas com marca de pontel mais estas garrafas foram feitas à mâo desde o século XVI até os anos vinte do século XX sendo portanto natural que tendo o pontel caido em desuso a partir do meio do século XIX muitas não apresentem marca de pontel por ter sido usada uma snap -case ( instrumento concebido para segurar as garrafas acabadas de soprar pelo fundo das mesmas a fim de permitir a aplicação ou torneamento do tóp e a que em Portugal se dá o nome de roca ) e para terminar deixo a pergunta ao senhor Daury já vio alguma case gin feita em molde de três partes ? é que eu nunca vi nenhuma
cumprimentos
Antonio Arruda
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