Ford Escort Mk1/2 vs BMW 02

Ford Escort Mk1/2 vs BMW 02

  • Ford Escort Mk1 e Mk2... os chamados RWD

    Votos: 0 0.0%
  • BMW 1502, 1602 e 2002... os chamados 02

    Votos: 86 100.0%

  • Total de votantes
    86

Nelson Lopes

Clássico
Pedro Barradas disse:
bolas... até metem fotos de Skodas estampados para dizer mal do 2002... ao que chegou a calunia :(

Mas olha que mais depressa a foto passava por um Escort... os 02 nunca tiveram 4 portas :huh:

Agora voltando ao tema mais a sério...

De certeza que sabiam que o 02 era montado em Portugal, ali em Vendas Novas... ora veio a publico aqui há uns tempos que na dita fábrica se trabalhou num protótipo para construir um 02 carrinha... e com fotos e tudo. E esta hein?

Infelizmente o projecto nunca foi avante devido ao mau timing (quase com o 02 em fim de carreira comercial) e ao produzido-de-fábrica Touring.

E falando em Touring... na motorização 2000 Tii foi o carro que abriu os horizontes do publico para que surgisse o mercado dos 'GTI'... modelos 3 portas de carroceria compacta e motorização vitaminada que a Ford tão bem soube seguir com o lançamento do Escort XR3 (que descendeu para o XR3i, RS1600i e RS Turbo).

Estes 2000 Tii Touring eram um conceito muito avançado para a altura.

E mai nada :huh:

Pedro Barradas


Vamos lá então pôr fotos....

Ver anexo 44358

Um carro decididamente utilitário .... :cool:
 

Anexos

  • bmw2002pickuptruck.jpg
    bmw2002pickuptruck.jpg
    41.8 KB · Vistos: 15
Ricardo Teixeira disse:
As dificuldades seriam inversas se estivessemos em Inglaterra. A pergunta é "quem é melhor"... e não é "quem é mais comum encontrar em Portugal" - Terra do I.A., responsável por um dos parques automóveis mais pobres da Europa...... Mas ainda estou esperançado que apareçam uns Escort.. Talvez um Mk1 Rs2000 com kit Grp 1 para rivalizar com um Tii..... :D ......

Senão vai mesmo um GT-HC 1300 contra um 1502 ... LOL ... e ainda dava cartas no Vasco Sameiro.... Não? :oo :D:p


Tenho estado a assistir a esta discussão que pretende comparar os Ford Escort aos BMW série 02. Tal como já muitos aqui disseram, não acho que seja uma comparação correcta pois são carros de nichos de mercado diferentes.

Faria mais sentido comparar os Ford Escort com os Datsun ou os Toyota Corolla da mesma gama, ficando os BMW 02 melhor comparados com os Ford Capri ou Cortina com uma gama de motores mais aproximada... A corroborar esta opinião está a dificuldade em efectuar, aqui e agora, um comparativo entre carros de um e outro modelo. É um facto! ;)

E agora vou lançar mais umas “achas para a fogueira” no que diz respeito à História nos nossos clássicos dos anos sessenta e setenta, nos quais estão, naturalmente, os Ford Escort e os BMW 02. :p

É verdade que a realidade Portuguesa tem algumas “nuances” que contribuem para esta situação. Temos que recuar até 1963 para a enquadrar, mais concretamente à então denominada «Lei da Montagem» que era como foi conhecido o Decreto-Lei n.º 44778 publicado naquele ano.

A «Lei da Montagem» expressou a orientação política do Estado Novo para o desenvolvimento da indústria automóvel no País, impondo a montagem de veículos destinados ao mercado doméstico e restringindo as importações de veículos CPU (completely built up).

Assim, a partir de 1 de Janeiro de 1964, cada fabricante internacional só podia importar anualmente 75 veículos de passageiros já construídos :oo, permitindo acima deste limite a importação de automóveis em CKD (completely knock down) por forma a que a taxa de incorporação de trabalho nacional não fosse inferior a 15% do custo da viatura completa. Os veículos comerciais só podiam ser importados em CKD com a mesma taxa de incorporação nacional dos veículos de passageiros. A excepção a estas regras de importação era apenas concedida aos automóveis com características especiais.

No que diz respeito à incorporação de componentes de produção nacional, foram concedidas isenções de direitos aduaneiros em matérias-primas de forma a incentivar (embora indirectamente) o desenvolvimento das indústrias subsidiárias. Estes descontos funcionavam como subsídios directos às empresas de montagem, sem, no entanto, influenciar o preço de venda dos veículos ao público. :huh:

(Abrindo um parêntesis para voltar à discussão Ford Escort vs. BMW 02, refira-se que a GM – General Motors instalou as linhas de montagem Opel e, um pouco mais tarde, Ford na sua nova fábrica da Azambuja construída para o efeito, que começou a laborar em 1964, e a Sociedade Comercial e Industrial de Automóveis “Francisco Baptista Russo & Irmão montou, em 1968, a linha de montagem dos BMW 1600 e 2002 na sua fábrica de Vendas Novas, que já desde 1963 eram montados veículos pesados MAN, Saviem e Atkinson. E fecha parêntesis :cool:).

Este quadro legal manteve-se praticamente sem alterações até 1972, salientando-se apenas os seguintes:
- Autorização, a partir de 1968, de importação suplementar de mais 75 veículos CPU (por marca) provenientes de países membros da EFTA (European Free Trade Association) – não era o caso da FORD nem da BMW;
- Aumento da taxa de incorporação nacional obrigatória para 25% do valor de cada veículo a partir de 1969. :oo

Assinala-se que datam desta altura as primeiras iniciativas no campo de produção de componentes para “primeiro equipamento”, salientando-se os exemplos da COVINA (Companhia Vidreira Nacional, onde, na sua fábrica de Sacavém, se produziu pela primeira vez vidro laminado curvo :cool:) e da MOLAFLEX e suas afiliadas (no caso da produção de estofos, assentos e outros componentes para os interiores). Também diversos construtores de pneumáticos estabeleceram as suas fábricas para produção de pneus preferencialmente escolhidos para os veículos montados em Portugal. O mesmo se poderá dizer relativamente à produção de baterias.

Devido à ineficácia produtiva das linhas de montagem face aos compromissos que entretanto o Governo tencionava cumprir, o enquadramento legal para o sector foi alterado em 1972 da seguinte forma:
- A importação de veículos CPU passa a não exceder os 2% dos veículos da mesma marca montados no ano transacto;
- Para as marcas sem linhas de montagem nacionais, foram autorizadas importações de 15 unidades de passageiros (a importação de veículos comerciais continuou proibida, com excepção dos veículos especiais não disponíveis no País);
- Foram fixadas percentagens mínimas obrigatórias de incorporação de componentes nacionais nos veículos CKD, os quais beneficiavam de reduções aduaneiras proporcionais a essas percentagens. Estas reduções poderiam ir até ao regime livre para os industriais que durante 2 anos consecutivos incorporassem mais de 60% de componentes nacionais nos veículos CKD de todas as marcas importadas (duvido que algum industrial tivesse conseguido este feito nos CKD de passageiros... o_O);
- As taxas de incorporação nacional passaram a ser calculadas a partir do valor das peças e componentes adquiridos à Indústria Nacional, excluindo tintas e outros materiais secundários. As taxas mínimas exigidas até 1979 eram de 25% para veículos de passageiros e de 20% para os comerciais;
- A importação de veículos CKD passou a ser possível apenas para os industriais de montagem.

E quanto a legislação, penso que chega para dar uma ideia da situação vivida em Portugal nas décadas de sessenta e setenta do século XX (tchii… dito assim até parece que foi há muito tempoooo). :rolleyes::rolleyes::rolleyes:

Naturalmente que nas linhas de montagem portuguesas foram construídos os veículos de maior consumo de cada marca, com as motorizações mais correntes e acessíveis.

No que diz respeito aos Ford Escort, compreende-se assim porque foram as versões MkI 1100, 1300 e 1300 GT-HC montadas na fábrica da Azambuja entre 1968 e 1975, ficando as versões de cilindrada superior potencialmente incluídas no conjunto de 75 Ford de todos os modelos importados anualmente, a um preço claramente superior aos modelos nacionais muito mais acessíveis. É por isso que hoje, as versões especiais originais… nem vê-las! :rolleyes: Já no que diz respeito às versões MkII a realidade poderá ter sido um pouco diferente na segunda metade da década de setenta, embora não disponha de dados para a poder comentar… :p

O mesmo se pode dizer dos BMW série 02, cujas versões 1600 (mais tarde 1602) e 2002 conheceram um êxito assinalável entre 1968 e 1975 face ao compromisso preço / qualidade, extensível também aos 1502 produzidos entre 1975 e 1977 na mesma linha de montagem da fábrica de Vendas Novas, que totalizou cerca de doze mil e setecentas unidades CKD. ;) 2002ti / 2002tii só por encomenda nos 75 BMW que a “Francisco Baptista Russo & Irmão” podia importar anualmente… Embora mais caros, penso que terá sido satisfeita a procura destes modelos especiais na maioria dos anos de comercialização. Ainda estou para saber se existe em Portugal algum 2002turbo que tenha sido comercializado originalmente pela “Francisco Baptista Russo & Irmão” em 1974 (único ano de produção). Já vi o folheto em português mas ainda não vi nenhum que não tenha sido trazido de fora…! :huh:

Em minha opinião, julgo que terão sido importados e comercializados em Portugal mais BMW 2002ti e 2002tii do que os Ford Escort RS1600, RS2000. :huh: Não estou aqui a contabilizar os que foram trazidos posteriormente do estrangeiro.

No capítulo das corridas, as vitórias dos apimentados Escort ajudou a vender bem este modelo da Ford… mas de cilindradas mais baixas do que os que de facto corriam. :D O mesmo se passou com os BMW, embora a diferença entre as versões de turismo e as de corrida não fosse tão “abissal” como nos Ford. :D

Actualmente, por vezes vêem-se nos eventos de clássicos realizados em diversoa pontos do País réplicas dos Ford Escort Mk1 RS2000 ou MkII RS1800 a partir de chassis que foram originalmente dos 1100 ou 1300 montados em Portugal… Estas transformações são profundas pois o “antes” e o “depois” pouco têm a ver; têm o seu mérito, mas não são os originais! :p

Também é comum ver 2002 que, com mais ou menos ligeiras intervenções, foram “adaptados” a 2002ti. As intervenções podem ser tão discretas que, de capô fechado, pouco há para os distinguir da versão de base. Também os 1600 / 1602 podem passar por 2002ti que só os mais perspicazes descobrem a alteração. :p

E no fim deste relambório todo, o que temos?

Talvez umas largas dezenas de BMW 02 das versões montadas em Portugal (1600 / 1602, 2002 e 1502) ainda circulem diariamente em Portugal, em estado próximo do original ou seja, sem grandes alterações. :huh: Se a estes juntarmos todos os outros que ainda existem, quer estejam restaurados em colecções privadas ou apimentados para correr, ou simplesmente como "carro de família" ou "clássico" para participar nos respectivos eventos, posso afirmar que talvez tenhamos perto de meio milhar de 02 em estado funcional no País! :D Eu cá vou dando a minha pequena contribuição... :D e já a dei na votação em curso. ;)

E quanto aos Ford Escorts MkI e MkII?

Tenho visto bastantes em concentrações de clássicos, em estado irrepreensível e mesmo até espectacular. Réplicas? Muitas e algumas de fazer inveja às versões originais... ;) Bastantes Escorts vindos de fora do País depois da sua fabricação ter terminado. E os outros Escorts nacionais, que é deles? Conheço alguns parados aqui e ali... :p Se alguém me souber informar onde é que os outros param... :DD:D
 

Nelson Lopes

Clássico
Pedro Moniz Barreto disse:
Tenho estado a assistir a esta discussão que pretende comparar os Ford Escort aos BMW série 02. Tal como já muitos aqui disseram, não acho que seja uma comparação correcta pois são carros de nichos de mercado diferentes.

Faria mais sentido comparar os Ford Escort com os Datsun ou os Toyota Corolla da mesma gama, ficando os BMW 02 melhor comparados com os Ford Capri ou Cortina com uma gama de motores mais aproximada... A corroborar esta opinião está a dificuldade em efectuar, aqui e agora, um comparativo entre carros de um e outro modelo. É um facto! ;)

E agora vou lançar mais umas “achas para a fogueira” no que diz respeito à História nos nossos clássicos dos anos sessenta e setenta, nos quais estão, naturalmente, os Ford Escort e os BMW 02. :p

É verdade que a realidade Portuguesa tem algumas “nuances” que contribuem para esta situação. Temos que recuar até 1963 para a enquadrar, mais concretamente à então denominada «Lei da Montagem» que era como foi conhecido o Decreto-Lei n.º 44778 publicado naquele ano.

A «Lei da Montagem» expressou a orientação política do Estado Novo para o desenvolvimento da indústria automóvel no País, impondo a montagem de veículos destinados ao mercado doméstico e restringindo as importações de veículos CPU (completely built up).

Assim, a partir de 1 de Janeiro de 1964, cada fabricante internacional só podia importar anualmente 75 veículos de passageiros já construídos :oo, permitindo acima deste limite a importação de automóveis em CKD (completely knock down) por forma a que a taxa de incorporação de trabalho nacional não fosse inferior a 15% do custo da viatura completa. Os veículos comerciais só podiam ser importados em CKD com a mesma taxa de incorporação nacional dos veículos de passageiros. A excepção a estas regras de importação era apenas concedida aos automóveis com características especiais.

No que diz respeito à incorporação de componentes de produção nacional, foram concedidas isenções de direitos aduaneiros em matérias-primas de forma a incentivar (embora indirectamente) o desenvolvimento das indústrias subsidiárias. Estes descontos funcionavam como subsídios directos às empresas de montagem, sem, no entanto, influenciar o preço de venda dos veículos ao público. :huh:

(Abrindo um parêntesis para voltar à discussão Ford Escort vs. BMW 02, refira-se que a GM – General Motors instalou as linhas de montagem Opel e, um pouco mais tarde, Ford na sua nova fábrica da Azambuja construída para o efeito, que começou a laborar em 1964, e a Sociedade Comercial e Industrial de Automóveis “Francisco Baptista Russo & Irmão montou, em 1968, a linha de montagem dos BMW 1600 e 2002 na sua fábrica de Vendas Novas, que já desde 1963 eram montados veículos pesados MAN, Saviem e Atkinson. E fecha parêntesis :cool:).

Este quadro legal manteve-se praticamente sem alterações até 1972, salientando-se apenas os seguintes:
- Autorização, a partir de 1968, de importação suplementar de mais 75 veículos CPU (por marca) provenientes de países membros da EFTA (European Free Trade Association) – não era o caso da FORD nem da BMW;
- Aumento da taxa de incorporação nacional obrigatória para 25% do valor de cada veículo a partir de 1969. :oo

Assinala-se que datam desta altura as primeiras iniciativas no campo de produção de componentes para “primeiro equipamento”, salientando-se os exemplos da COVINA (Companhia Vidreira Nacional, onde, na sua fábrica de Sacavém, se produziu pela primeira vez vidro laminado curvo :cool:) e da MOLAFLEX e suas afiliadas (no caso da produção de estofos, assentos e outros componentes para os interiores). Também diversos construtores de pneumáticos estabeleceram as suas fábricas para produção de pneus preferencialmente escolhidos para os veículos montados em Portugal. O mesmo se poderá dizer relativamente à produção de baterias.

Devido à ineficácia produtiva das linhas de montagem face aos compromissos que entretanto o Governo tencionava cumprir, o enquadramento legal para o sector foi alterado em 1972 da seguinte forma:
- A importação de veículos CPU passa a não exceder os 2% dos veículos da mesma marca montados no ano transacto;
- Para as marcas sem linhas de montagem nacionais, foram autorizadas importações de 15 unidades de passageiros (a importação de veículos comerciais continuou proibida, com excepção dos veículos especiais não disponíveis no País);
- Foram fixadas percentagens mínimas obrigatórias de incorporação de componentes nacionais nos veículos CKD, os quais beneficiavam de reduções aduaneiras proporcionais a essas percentagens. Estas reduções poderiam ir até ao regime livre para os industriais que durante 2 anos consecutivos incorporassem mais de 60% de componentes nacionais nos veículos CKD de todas as marcas importadas (duvido que algum industrial tivesse conseguido este feito nos CKD de passageiros... o_O);
- As taxas de incorporação nacional passaram a ser calculadas a partir do valor das peças e componentes adquiridos à Indústria Nacional, excluindo tintas e outros materiais secundários. As taxas mínimas exigidas até 1979 eram de 25% para veículos de passageiros e de 20% para os comerciais;
- A importação de veículos CKD passou a ser possível apenas para os industriais de montagem.

E quanto a legislação, penso que chega para dar uma ideia da situação vivida em Portugal nas décadas de sessenta e setenta do século XX (tchii… dito assim até parece que foi há muito tempoooo). :rolleyes::rolleyes::rolleyes:

Naturalmente que nas linhas de montagem portuguesas foram construídos os veículos de maior consumo de cada marca, com as motorizações mais correntes e acessíveis.

No que diz respeito aos Ford Escort, compreende-se assim porque foram as versões MkI 1100, 1300 e 1300 GT-HC montadas na fábrica da Azambuja entre 1968 e 1975, ficando as versões de cilindrada superior potencialmente incluídas no conjunto de 75 Ford de todos os modelos importados anualmente, a um preço claramente superior aos modelos nacionais muito mais acessíveis. É por isso que hoje, as versões especiais originais… nem vê-las! :rolleyes: Já no que diz respeito às versões MkII a realidade poderá ter sido um pouco diferente na segunda metade da década de setenta, embora não disponha de dados para a poder comentar… :p

O mesmo se pode dizer dos BMW série 02, cujas versões 1600 (mais tarde 1602) e 2002 conheceram um êxito assinalável entre 1968 e 1975 face ao compromisso preço / qualidade, extensível também aos 1502 produzidos entre 1975 e 1977 na mesma linha de montagem da fábrica de Vendas Novas, que totalizou cerca de doze mil e setecentas unidades CKD. ;) 2002ti / 2002tii só por encomenda nos 75 BMW que a “Francisco Baptista Russo & Irmão” podia importar anualmente… Embora mais caros, penso que terá sido satisfeita a procura destes modelos especiais na maioria dos anos de comercialização. Ainda estou para saber se existe em Portugal algum 2002turbo que tenha sido comercializado originalmente pela “Francisco Baptista Russo & Irmão” em 1974 (único ano de produção). Já vi o folheto em português mas ainda não vi nenhum que não tenha sido trazido de fora…! :huh:

Em minha opinião, julgo que terão sido importados e comercializados em Portugal mais BMW 2002ti e 2002tii do que os Ford Escort RS1600, RS2000. :huh: Não estou aqui a contabilizar os que foram trazidos posteriormente do estrangeiro.

No capítulo das corridas, as vitórias dos apimentados Escort ajudou a vender bem este modelo da Ford… mas de cilindradas mais baixas do que os que de facto corriam. :D O mesmo se passou com os BMW, embora a diferença entre as versões de turismo e as de corrida não fosse tão “abissal” como nos Ford. :D

Actualmente, por vezes vêem-se nos eventos de clássicos realizados em diversoa pontos do País réplicas dos Ford Escort Mk1 RS2000 ou MkII RS1800 a partir de chassis que foram originalmente dos 1100 ou 1300 montados em Portugal… Estas transformações são profundas pois o “antes” e o “depois” pouco têm a ver; têm o seu mérito, mas não são os originais! :p

Também é comum ver 2002 que, com mais ou menos ligeiras intervenções, foram “adaptados” a 2002ti. As intervenções podem ser tão discretas que, de capô fechado, pouco há para os distinguir da versão de base. Também os 1600 / 1602 podem passar por 2002ti que só os mais perspicazes descobrem a alteração. :p

E no fim deste relambório todo, o que temos?

Talvez umas largas dezenas de BMW 02 das versões montadas em Portugal (1600 / 1602, 2002 e 1502) ainda circulem diariamente em Portugal, em estado próximo do original ou seja, sem grandes alterações. :huh: Se a estes juntarmos todos os outros que ainda existem, quer estejam restaurados em colecções privadas ou apimentados para correr, ou simplesmente como "carro de família" ou "clássico" para participar nos respectivos eventos, posso afirmar que talvez tenhamos perto de meio milhar de 02 em estado funcional no País! :D Eu cá vou dando a minha pequena contribuição... :D e já a dei na votação em curso. ;)

E quanto aos Ford Escorts MkI e MkII?

Tenho visto bastantes em concentrações de clássicos, em estado irrepreensível e mesmo até espectacular. Réplicas? Muitas e algumas de fazer inveja às versões originais... ;) Bastantes Escorts vindos de fora do País depois da sua fabricação ter terminado. E os outros Escorts nacionais, que é deles? Conheço alguns parados aqui e ali... :p Se alguém me souber informar onde é que os outros param... :DD:D

Realmente.....5 estrelas :oo, belo discurso !!

Seja bem vindo !!

:cool:
 

Miguel Lobo*

Miguel Lobo
NunoMRLuis disse:
Para quem não percebeu eu estava a brincar :feliz:

Pois embora tenha um MK1 e adore este carro não sou fanatico nem cego e acho o BMW (02) um grande carro e de futuro espero ter um, até agora ponho sem duvida o Escort á frente do BMW de futuro quem sabe ;) :feliz:

os escorts bem preparados sao o fim do mundo!!!
mas uma coisa e apontares de ford e poutra coisa e apontares de bmw!!!

e a minha opiniao...
 

Francisco Dias

Veterano
Pedro Moniz Barreto disse:
Tenho estado a assistir a esta discussão que pretende comparar os Ford Escort aos BMW série 02. Tal como já muitos aqui disseram, não acho que seja uma comparação correcta pois são carros de nichos de mercado diferentes.

Faria mais sentido comparar os Ford Escort com os Datsun ou os Toyota Corolla da mesma gama, ficando os BMW 02 melhor comparados com os Ford Capri ou Cortina com uma gama de motores mais aproximada... A corroborar esta opinião está a dificuldade em efectuar, aqui e agora, um comparativo entre carros de um e outro modelo. É um facto! ;)

E agora vou lançar mais umas “achas para a fogueira” no que diz respeito à História nos nossos clássicos dos anos sessenta e setenta, nos quais estão, naturalmente, os Ford Escort e os BMW 02. :p

É verdade que a realidade Portuguesa tem algumas “nuances” que contribuem para esta situação. Temos que recuar até 1963 para a enquadrar, mais concretamente à então denominada «Lei da Montagem» que era como foi conhecido o Decreto-Lei n.º 44778 publicado naquele ano.

A «Lei da Montagem» expressou a orientação política do Estado Novo para o desenvolvimento da indústria automóvel no País, impondo a montagem de veículos destinados ao mercado doméstico e restringindo as importações de veículos CPU (completely built up).

Assim, a partir de 1 de Janeiro de 1964, cada fabricante internacional só podia importar anualmente 75 veículos de passageiros já construídos :oo, permitindo acima deste limite a importação de automóveis em CKD (completely knock down) por forma a que a taxa de incorporação de trabalho nacional não fosse inferior a 15% do custo da viatura completa. Os veículos comerciais só podiam ser importados em CKD com a mesma taxa de incorporação nacional dos veículos de passageiros. A excepção a estas regras de importação era apenas concedida aos automóveis com características especiais.

No que diz respeito à incorporação de componentes de produção nacional, foram concedidas isenções de direitos aduaneiros em matérias-primas de forma a incentivar (embora indirectamente) o desenvolvimento das indústrias subsidiárias. Estes descontos funcionavam como subsídios directos às empresas de montagem, sem, no entanto, influenciar o preço de venda dos veículos ao público. :huh:

(Abrindo um parêntesis para voltar à discussão Ford Escort vs. BMW 02, refira-se que a GM – General Motors instalou as linhas de montagem Opel e, um pouco mais tarde, Ford na sua nova fábrica da Azambuja construída para o efeito, que começou a laborar em 1964, e a Sociedade Comercial e Industrial de Automóveis “Francisco Baptista Russo & Irmão montou, em 1968, a linha de montagem dos BMW 1600 e 2002 na sua fábrica de Vendas Novas, que já desde 1963 eram montados veículos pesados MAN, Saviem e Atkinson. E fecha parêntesis :cool:).

Este quadro legal manteve-se praticamente sem alterações até 1972, salientando-se apenas os seguintes:
- Autorização, a partir de 1968, de importação suplementar de mais 75 veículos CPU (por marca) provenientes de países membros da EFTA (European Free Trade Association) – não era o caso da FORD nem da BMW;
- Aumento da taxa de incorporação nacional obrigatória para 25% do valor de cada veículo a partir de 1969. :oo

Assinala-se que datam desta altura as primeiras iniciativas no campo de produção de componentes para “primeiro equipamento”, salientando-se os exemplos da COVINA (Companhia Vidreira Nacional, onde, na sua fábrica de Sacavém, se produziu pela primeira vez vidro laminado curvo :cool:) e da MOLAFLEX e suas afiliadas (no caso da produção de estofos, assentos e outros componentes para os interiores). Também diversos construtores de pneumáticos estabeleceram as suas fábricas para produção de pneus preferencialmente escolhidos para os veículos montados em Portugal. O mesmo se poderá dizer relativamente à produção de baterias.

Devido à ineficácia produtiva das linhas de montagem face aos compromissos que entretanto o Governo tencionava cumprir, o enquadramento legal para o sector foi alterado em 1972 da seguinte forma:
- A importação de veículos CPU passa a não exceder os 2% dos veículos da mesma marca montados no ano transacto;
- Para as marcas sem linhas de montagem nacionais, foram autorizadas importações de 15 unidades de passageiros (a importação de veículos comerciais continuou proibida, com excepção dos veículos especiais não disponíveis no País);
- Foram fixadas percentagens mínimas obrigatórias de incorporação de componentes nacionais nos veículos CKD, os quais beneficiavam de reduções aduaneiras proporcionais a essas percentagens. Estas reduções poderiam ir até ao regime livre para os industriais que durante 2 anos consecutivos incorporassem mais de 60% de componentes nacionais nos veículos CKD de todas as marcas importadas (duvido que algum industrial tivesse conseguido este feito nos CKD de passageiros... o_O);
- As taxas de incorporação nacional passaram a ser calculadas a partir do valor das peças e componentes adquiridos à Indústria Nacional, excluindo tintas e outros materiais secundários. As taxas mínimas exigidas até 1979 eram de 25% para veículos de passageiros e de 20% para os comerciais;
- A importação de veículos CKD passou a ser possível apenas para os industriais de montagem.

E quanto a legislação, penso que chega para dar uma ideia da situação vivida em Portugal nas décadas de sessenta e setenta do século XX (tchii… dito assim até parece que foi há muito tempoooo). :rolleyes::rolleyes::rolleyes:

Naturalmente que nas linhas de montagem portuguesas foram construídos os veículos de maior consumo de cada marca, com as motorizações mais correntes e acessíveis.

No que diz respeito aos Ford Escort, compreende-se assim porque foram as versões MkI 1100, 1300 e 1300 GT-HC montadas na fábrica da Azambuja entre 1968 e 1975, ficando as versões de cilindrada superior potencialmente incluídas no conjunto de 75 Ford de todos os modelos importados anualmente, a um preço claramente superior aos modelos nacionais muito mais acessíveis. É por isso que hoje, as versões especiais originais… nem vê-las! :rolleyes: Já no que diz respeito às versões MkII a realidade poderá ter sido um pouco diferente na segunda metade da década de setenta, embora não disponha de dados para a poder comentar… :p

O mesmo se pode dizer dos BMW série 02, cujas versões 1600 (mais tarde 1602) e 2002 conheceram um êxito assinalável entre 1968 e 1975 face ao compromisso preço / qualidade, extensível também aos 1502 produzidos entre 1975 e 1977 na mesma linha de montagem da fábrica de Vendas Novas, que totalizou cerca de doze mil e setecentas unidades CKD. ;) 2002ti / 2002tii só por encomenda nos 75 BMW que a “Francisco Baptista Russo & Irmão” podia importar anualmente… Embora mais caros, penso que terá sido satisfeita a procura destes modelos especiais na maioria dos anos de comercialização. Ainda estou para saber se existe em Portugal algum 2002turbo que tenha sido comercializado originalmente pela “Francisco Baptista Russo & Irmão” em 1974 (único ano de produção). Já vi o folheto em português mas ainda não vi nenhum que não tenha sido trazido de fora…! :huh:

Em minha opinião, julgo que terão sido importados e comercializados em Portugal mais BMW 2002ti e 2002tii do que os Ford Escort RS1600, RS2000. :huh: Não estou aqui a contabilizar os que foram trazidos posteriormente do estrangeiro.

No capítulo das corridas, as vitórias dos apimentados Escort ajudou a vender bem este modelo da Ford… mas de cilindradas mais baixas do que os que de facto corriam. :D O mesmo se passou com os BMW, embora a diferença entre as versões de turismo e as de corrida não fosse tão “abissal” como nos Ford. :D

Actualmente, por vezes vêem-se nos eventos de clássicos realizados em diversoa pontos do País réplicas dos Ford Escort Mk1 RS2000 ou MkII RS1800 a partir de chassis que foram originalmente dos 1100 ou 1300 montados em Portugal… Estas transformações são profundas pois o “antes” e o “depois” pouco têm a ver; têm o seu mérito, mas não são os originais! :p

Também é comum ver 2002 que, com mais ou menos ligeiras intervenções, foram “adaptados” a 2002ti. As intervenções podem ser tão discretas que, de capô fechado, pouco há para os distinguir da versão de base. Também os 1600 / 1602 podem passar por 2002ti que só os mais perspicazes descobrem a alteração. :p

E no fim deste relambório todo, o que temos?

Talvez umas largas dezenas de BMW 02 das versões montadas em Portugal (1600 / 1602, 2002 e 1502) ainda circulem diariamente em Portugal, em estado próximo do original ou seja, sem grandes alterações. :huh: Se a estes juntarmos todos os outros que ainda existem, quer estejam restaurados em colecções privadas ou apimentados para correr, ou simplesmente como "carro de família" ou "clássico" para participar nos respectivos eventos, posso afirmar que talvez tenhamos perto de meio milhar de 02 em estado funcional no País! :D Eu cá vou dando a minha pequena contribuição... :D e já a dei na votação em curso. ;)

E quanto aos Ford Escorts MkI e MkII?

Tenho visto bastantes em concentrações de clássicos, em estado irrepreensível e mesmo até espectacular. Réplicas? Muitas e algumas de fazer inveja às versões originais... ;) Bastantes Escorts vindos de fora do País depois da sua fabricação ter terminado. E os outros Escorts nacionais, que é deles? Conheço alguns parados aqui e ali... :p Se alguém me souber informar onde é que os outros param... :DD:D


POTENTE! GOSTEI!:D
 
Boas,

Pedro, Bem vindo.

Permita-me que o felicite pelo post! Sim porque um post destes é uma verdadeira prova de endurance parabéns, e parabéns aqueles que conseguiram ler de fio a pavio! :DD ficou a faltar apenas o tão desejado ensaio da época dos 02.

Mas admitindo que não há rs2000 e rs1600 cá em Portugal porque não arranjam um 02 para comparar a uma das réplicas que por ai anda? Armando Fonseca, Tomé Narciso entre outros ... Por certo que não vos deixarão ficar mal, o próprio Sr. Jorge Faustino disse que o dele tem uma barra AA, uns Weber e mais umas coisas, contando com as suspensões eficazes dos 02 que vocês aclamam penso estar equilibrado.

Cumprimentos,

Miguel.

P.S - Fica também nas mãos do pessoal dos 02 convencer os nossos amigos a entregar os Escorts a uma revista para o comparativo! :cool:
 
jorge miguel c teixeira disse:
Boas,

...

Mas admitindo que não há rs2000 e rs1600 cá em Portugal porque não arranjam um 02 para comparar a uma das réplicas que por ai anda? Armando Fonseca, Tomé Narciso entre outros ... Por certo que não vos deixarão ficar mal, o próprio Sr. Jorge Faustino disse que o dele tem uma barra AA, uns Weber e mais umas coisas, contando com as suspensões eficazes dos 02 que vocês aclamam penso estar equilibrado.

Cumprimentos,

Miguel.

P.S - Fica também nas mãos do pessoal dos 02 convencer os nossos amigos a entregar os Escorts a uma revista para o comparativo! :cool:

Carissimo Jorge Miguem Teixeira

Em primeiro lugar vamos lá ver se nos entendemos de uma vez por todas em relação ao seguinte aspecto: Sr. não faz, nem nunca fez parte do meu nome, por isso vamos lá ver se começas a escrever o meu nome como deve ser :D

Em segundo lugar não me parece ser muito correcto fazer um comparativo directo entre algo modificado e um original.

Em terceiro meu carro neste momento ainda está à espera das barras AA (esperava tê-la montada já há quinze dias) e quanto à suspensão ela é normalíssima, apenas têm uns Koni Classic no lugar dos originais ;)
Geralmente para não dizer sempre anda com 165/80 /13 para escorregar melhor :D
Mas mesmo assim eu vou lá :huh::DD:D

em relação à suspensão aqui fica o relato sobre o tema, de um amigo que tem um Ford e um BM :

"De qualquer forma, e como já disse no portal, o BMW é uma máquina mais
eficaz, mas prefiro a caixa de velocidades do Escort que é mesmo muito
boa...
O comportamento em curva de um Escort standard é um bocado
complicado...qualquer ressalto e lá vai ele...
De resto, gosto dos dois carros. "

;)
 
Tomem lá duas fotos de um verdadeiro 02 em acção :DD:D
 

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NunoMRLuis

Clássico
Pedro Moniz Barreto disse:
Tenho estado a assistir a esta discussão que pretende comparar os Ford Escort aos BMW série 02. Tal como já muitos aqui disseram, não acho que seja uma comparação correcta pois são carros de nichos de mercado diferentes.

O mesmo se pode dizer dos BMW série 02, cujas versões 1600 (mais tarde 1602) e 2002 conheceram um êxito assinalável entre 1968 e 1975 face ao compromisso preço / qualidade, extensível também aos 1502 produzidos entre 1975 e 1977 na mesma linha de montagem da fábrica de Vendas Novas, que totalizou cerca de doze mil e setecentas unidades CKD. ;) 2002ti / 2002tii só por encomenda nos 75 BMW que a “Francisco Baptista Russo & Irmão” podia importar anualmente… Embora mais caros, penso que terá sido satisfeita a procura destes modelos especiais na maioria dos anos de comercialização. Ainda estou para saber se existe em Portugal algum 2002turbo que tenha sido comercializado originalmente pela “Francisco Baptista Russo & Irmão” em 1974 (único ano de produção). Já vi o folheto em português mas ainda não vi nenhum que não tenha sido trazido de fora…! :huh:

Dados de produção da Sociedade Comercial e Industrial de Automóveis Francisco Baptista Russo & Irmão, S.A.R.L., num total combinado, entre modelos 1600-2, 1602, 2002 e 1502, de 14667 veículos em 10 anos de linha.
Em 1968 as primeiras duzentas unidades do modelo 1600-2 saíram da fábrica de Vendas Novas, cuja produção mensal estimada era de 50 unidades. No ano seguinte a grande novidade foi o início da produção do modelo 2002, com 120 unidades no total, enquanto que o modelo 1600-2 totalizou 720 unidades.
Em 1970 foram fabricadas 712 unidades do modelo1600-2, sendo três equipadas de série com tecto de abrir, e 318 unidades do modelo 2002, das quais oito equipavam tecto de abrir e 38 com caixa automática. No ano seguinte foram produzidas no total 908 unidades do modelo 1600-2, 2 570 do 2002.
De 1972 a 1978 - ano em que apenas foi produzido um BMW 1502 - a fabrica da Baptista Russo produziu mais 5521 modelos 1602 e 2539 modelos 2002. A produção do modelo 1502 foi inaugurada em 1975, terminando em 1978 com total de 696 viaturas, imortalizados como os ''Alamães de Vendas Novas''.

DADOS RETIRADOS DA REVISTA MOTOR CLASSICO Nº2 ABRIL DE 2007

Comprova-se pelo menos que não foi produzido nenhum 2002 Turbo pela fabrica de Vendas Novas.

É possivel identificar as viaturas produzidas em Portugal através da placa com o nº da chassis onde aparece o sufixo VD como exemplifica as fotos depois do nº de chassis.
 

Anexos

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Boa tarde,

Jorge, desde sempre me ensinaram que a idade é um posto! Não apenas a idade de vida mas no mundo dos clássicos, no portal etc... por estas razões não tinha confiança suficiente para me dirigir a si como me estou a dirigir agora, depois do Jorge ter dito que não há problemas e posso estar a vontade o caso muda de figura, isto para não confundir as coisas apenas por se estar atrás de um monitor, desde já obrigado pelo voto de confiança.

Quanto aos Escort vs 02 pensei que o seu 02 já estava com esses componentes extra, visto a alguns post's atrás os ter referidos a quando da 1ª experiência de um novato do RWDclassics, no entanto continuo a achar que a diferença do seu carro para um como os dois escort's que referi não seja assim tão grande quanto isso, visto que, partindo do seu ponto de vista, o 02 tem umas suspensões mais eficazes que o Escort logo se estas sofreram melhoramentos ainda mais eficazes se tornam.... Em termos de motor penso que a coisa volta a estar equilibrada visto mais uma vez dizerem que o potencial do vosso motor esta subaproveitado na origem logo com os weber's ja aproveitam todo o potencial do motor, a a questão de tanto um como outro Escort terem o rollbar...

Também continuo a dizer que o mais difícil é mesmo convencer os nossos amigos ou o feliz proprietário de um rs2000 a entregar o carro na mãos do pessoal das revistas :Dgear_wink2:

Cumprimentos,

Miguel.
 

Fernando Salgueiro

Gran Turismo
É preciso aqui ver que o pessoal das revistas também é humano e tendencioso, por vezes, aliás isso nota-se em muitos artigos, então nos portugueses...
 

Nelson Rocha

o verdadeiro Mikael
não me importava nada que o meu aparecesse numa revista mas... daí a deixa lo conduzir... não sei não... mas agora se fosse eu... HUMMMMM!!!!!
vvvrrrrrrrruuuuummmmmmmm!!!!!!!!! sempra gaz a fundo
ihihihih
 

Nelson Lopes

Clássico
Nelson Rocha disse:
não me importava nada que o meu aparecesse numa revista mas... daí a deixa lo conduzir... não sei não... mas agora se fosse eu... HUMMMMM!!!!!
vvvrrrrrrrruuuuummmmmmmm!!!!!!!!! sempra gaz a fundo
ihihihih


O teu ??? :DD:DD

não está original !!! :DD:D

:huh::huh:

....já pensaste bem esses "venenos" a assoprar no comparativo ? ....escort a apanhar fumo !
 
NunoMRLuis disse:
Dados de produção da Sociedade Comercial e Industrial de Automóveis Francisco Baptista Russo & Irmão, S.A.R.L., num total combinado, entre modelos 1600-2, 1602, 2002 e 1502, de 14667 veículos em 10 anos de linha.

Não sei onde a Motorclássico foi buscar esse número pois não está correcto! A linha de montagem dos BMW 1600, 1602, 2002 e 1502em Vendas Novas contabilizou exactamente 12722 viaturas entre Julho de 1968 e Dezembro de 1977 ou seja, em 9 anos e 5 meses, a saber:
  • Total de 1600 / 1602 nacionais entre 1968 e 1975: 8106
  • Total de 2002 nacionais (incluindo 80 "automatic") entre 1969 e 1975: 3548
  • Total de 1502 nacionais entre Outubro de 1975 e Dezembro de 1977: 1068
Total de 1600, 1602, 2002 e 1502 : 8106 + 3548 + 1068 = 12722

NunoMRLuis disse:
Em 1968 as primeiras duzentas unidades do modelo 1600-2 saíram da fábrica de Vendas Novas, cuja produção mensal estimada era de 50 unidades. No ano seguinte a grande novidade foi o início da produção do modelo 2002, com 120 unidades no total, enquanto que o modelo 1600-2 totalizou 720 unidades.
Em 1970 foram fabricadas 712 unidades do modelo1600-2, sendo três equipadas de série com tecto de abrir, e 318 unidades do modelo 2002, das quais oito equipavam tecto de abrir e 38 com caixa automática. No ano seguinte foram produzidas no total 908 unidades do modelo 1600-2, 2 570 do 2002.
De 1972 a 1978 - ano em que apenas foi produzido um BMW 1502 - a fabrica da Baptista Russo produziu mais 5521 modelos 1602 e 2539 modelos 2002. A produção do modelo 1502 foi inaugurada em 1975, terminando em 1978 com total de 696 viaturas, imortalizados como os ''Alamães de Vendas Novas''.

Por desconhecer a fonte onde a Motorclássico foi beber esta informação, não comento os dados de produção parcelares. Refiro apenas ao caso concreto dos 1502, em que os primeiros foram matriculados no mês de Outubro de 1975 com matrículas "AT" e "GO" e os últimos chassis foram matriculados no dia 14 de Dezembro de 1977 (os últimos chassis #1062 a 1068, pelo menos) com a metrícula "ET-26-XX". Tenho conhecimento que os chassis #937 e #958 foram matriculados em Janeiro e Abril de 1978, respectivamente (o último é ainda "carro de dia-a-dia" aqui em Lisboa!!! ;))...

Ah! E mais uma coisa: a expressão "Alemão de Vendas Novas" paga direitos de autor ao Marco Pestana! Fui eu quem transmiti, por graça, esta "alcunha" ao Ricardo Gouveia, da Revista Motorclássico aquando da edição n.º 2! :DD:D E pelos vistos pegou! :huh:

NunoMRLuis disse:
DADOS RETIRADOS DA REVISTA MOTOR CLASSICO Nº2 ABRIL DE 2007

Comprova-se pelo menos que não foi produzido nenhum 2002 Turbo pela fabrica de Vendas Novas.

É possivel identificar as viaturas produzidas em Portugal através da placa com o nº da chassis onde aparece o sufixo VN como exemplifica as fotos depois do nº de chassis.

Para desfazer a confusão: 2002turbo comercializados novos pela "Francisco Baptista Russo & Iramão" não significa obrigatoriamente que estejam incluídos nos CKD que foram montados em Vendas Novas. Estariam decerto entre os 75 CPU que cada marca poderia importar anualmente para vender aos portugueses que os quisessem comprar (por encomenda, calculo ;))... Estariam... pois eu desconheço se algum ainda existe eventualmente; é que os que eu conheço com matrícula portuguesa vieram todos de fora depois do seu (único) ano de produção! :huh:

Olha que giro! :Dhuh:;) Não sei se sabes mas foto da placa de chassis de cima é do meu 1600 (chassis #285 da primeira série "pré'71"), que fez a sua parte no ensaio que a Motorclássico realizou para a sua edição n.º2 a par com o 2002 (chassis #258 da última série "modelo'73") de um outro consócio do BACP. Ambos montados em Portugal, como é óbvio!
 

Nelson Rocha

o verdadeiro Mikael
Nelson Lopes disse:
O teu ??? :DD:DD

não está original !!! :DD:D

:huh::huh:

....já pensaste bem esses "venenos" a assoprar no comparativo ? ....escort a apanhar fumo !

eheheh!!!
e ainda por cima agora que estou a montar o motor 2000 para lhe enfiar... vamos a ver como ele vai ficar... espero conseguir 150 a 160cv nele... vamos a ver....
 
OP
OP
Ricardo Teixeira

Ricardo Teixeira

Gasolina nas veias
Caros amigos,

Acabamos de passar os 100 votos, em mais de 4.000 visitas e cerca de 300 comentários!!!
Estão todos de parabéns... ainda por cima porque a votação está realmente empatada 50/50, prova que o comparativo tem razão de ser, como já se viu pelas diversas vertentes que foram enunciadas. :D:D

Por forma a dar mais um emprurrãozito neste tópico, proponho que tanto uns como outros coloquem aqui cotações dos vários modelos, nos vários mercados que existem (Europa continental, França, Inglaterra, USA, etc....) de forma a que todos possamos fazer uma ideia de quanto valem actualmente as versões de cada um dos modelos.... :huh:

Pela investigação que já efectuei, (as médias dos) os valores estão mais próximos do que se imagina, e mesmo o 2002 Turbo equipara-se aos RS1600/1800 nas cotações internacionais... :D


Será que os Escort conseguem impor-se hoje em dia com versões (supostamente) inferiores face á tecnologia alemã dos "02", nas referidas tabelas de cotações? :oo

Abraço,
R
 
OP
OP
Ricardo Teixeira

Ricardo Teixeira

Gasolina nas veias
De uma vez por todas, estes dois carros são equivalentes...:D

Prova disso, é que para cada uma das versões de "02" (excepto o cabrio) existe uma versão exactamente IGUAL dos Escort.... é que mais iguais não podem ser....

E caros amantes da BMW, não se assustem com a sigla "RS" dos RS2000 pois são perfeitamente equivalentes aos 2002 base. Foram Escorts melhor equipados com tablieres forrados a madeira e com um motor pinto 2.0 de arvore de cames á cabeça com um simples carburador duplo. Nada de especial... e até foram feitos em grande escala...

Os RS1600 e RS1800 é que tinham muita tecnologia nos seus BDA e podem ser comparados com os Tii, ficando os Escort TC (Lotus) pelo patamar dos Ti.

E esqueçam de uma vez por todas a questão dos Capri....
Os Ford Capri e a BMW série CS, CSi, CSL estavam noutro patamar, tanto na competição como no mercado... motorizações de 6 cilindros de 2600, 2800 e 3000cc.

Portugal era a excepção á regra com Capris 1300 e Escort 1100....:wacko: estrangulados pelo IA.

Abraço,
R
 
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