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Fiat Fiat Uno 60SX (1990)

Um dos melhores utilitários da história. Ágil, barato, fiável, pequeno por fora e enorme por dentro. Foi a minha cobaia para apreender mecânica básica. E tornou-se uma paixão.
Diários de Bordo

Fiat Fiat Uno 60SX (1990)

Sem dúvida que se o êmbolo da pinça mantém pressão sobre as pastilhas, o problema está no tubo flexível. É uma falha comum, começam a deteriorar-se por dentro e a funcionar como válvulas, retendo a pressão que entra.

No entanto, isto significa que eventualmente o ruído retornará. Pode não ser de imediato, mas em breve poderá começar a fazer o mesmo. Se notares novamente o mesmo sintoma, compara a resistência à rotação dessa roda e de outra para ter a certeza.
 
Nuno, aquela pistola estroboscópica que compraste diz-te quais as rotações que o motor está a fazer?
É que o quadrante do meu Super 5 não tem conta-rotações e pareceu-me ver no ebay alguns modelos de pistolas estroboscópicas que, salvo erro, permitem saber essa informação.
 
Nuno, aquela pistola estroboscópica que compraste diz-te quais as rotações que o motor está a fazer?
É que o quadrante do meu Super 5 não tem conta-rotações e pareceu-me ver no ebay alguns modelos de pistolas estroboscópicas que, salvo erro, permitem saber essa informação.
A pergunta era para mim, certo? O "Nuno" foi lapso, certo?
A que comprei é a mais simples de todas: limita-se a acender a lâmpada quando a vela do primeiro cilindro dispara. Mas sim, acho que há imensos modelos, com muitas informações!!
 
Há modelos com funcionalidades variadas. As mais simples são as que disparam no preciso momento da vela, como o Afonso comprou.

Depois há algumas intermédias que permitem ajustar o avanço para compensar determinado valor de avanço para orientar pela marca dos 0º (PMS). As mais sofisticadas têm comandos digitais e um tacómetro.

Há umas semanas andei a pesquisar tudo isto novamente porque a minha velha pistola simples pifou. Acabei por comprar uma intermédia de qualidade razoável, com a regulação analógica do avanço. Com os portes ficou em cerca de 90€.

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Já a testei e é muto fácil e intuitiva de usar, além de ter uma luz muito boa e focada, mesmo de dia com muita luz ambiente vê-se bem. A facilidade do avanço permite perceber bem qual o valor que temos. O motor da minha 124 estava quase a zero, em vez dos 10º de avanço estático que devia ter, depois de corrigido ficou dramaticamente melhor.

Além disto, as pontas de teste são amovíveis, assim como a lâmpada, o que facilita alguma eventual reparação.
 

Anexos

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Os flexíveis convém mudares caso vejas que começa a fazer outra vez o mesmo. No Renault Super 5 troquei há pouco tempo e posso-te dizer que ainda eram os de "origem" tinham a data de fabrico de 1988 gravados nos tubos e tudo.
 
Ora bem, estou decidido. O chiado mantém-se e julgo já ter ouvido o travão preso numa manobra de recuo hoje à tarde.
Assim, como o travão não solta completamente do lado direito (pelo menos em marcha atrás); como não se perde nada em trocar tubos (pelo contrário); e como não tenho identificada a origem do chiar intermitente; vou trocar os tubos flexíveis. É uma tarefa que abraçarei, como sempre, com um misto de adrenalina, entusiasmo e terror por poder fazer asneira.
Acho que já vi vídeos suficientes a explicar a operação. Por isso, amanhã vou ver se passo na FIAT a saber disponibilidade de tubos originais; se já não houver, lá vou a uma casa de peças comprar da concorrência. Se correr tudo bem, ainda amanhã lanço mãos à obra!
Ainda tenho de arranjar a chave de que falava o @AndreGaspar (aquela que estará alguns entre uma chave de bocas é uma chave luneta), de 10mm, para evitar moer a porca de ligação entre o tubo flexível e o tubo rígido.
Alguém me dá uma ajuda no nome daquilo? Só sei que em inglês é "line wrench"...
 
Ora bem, então ca vem o relato das actividades. Como habitualmente, nunca consigo acabar tudo à primeira tentativa... Tirando os discos e pastilhas, onde limpei tudo numa noite, graças ao DIY do luke.

Depois de ter comprado os tubos flexíveis (escolhidos com a ajuda do @Eduardo Relvas, a quem renovo os agradecimentos) e mais um pouco de óleo de travões, fui-me dedicar ao trabalho.
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Comecei por preparar o material: tubos flexiveis novos; óleo de travões; kit de sangramento do circuito de 1 pessoa só.

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Depois tirei a roda e o tampão do lado direito e coloquei o Uno em preguiças. Acedi ao tubo da roda em que o travão está a prender, que não me parece estar em mau estado.
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De seguida, separei o fio eléctrico do sensor de desgaste do tubo flexível. E ainda desapertei e retirei o suporte onde o tubo flexível prende, mais ou menos a meio.
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Depois, retirei o travão que imobiliza a junção entre o tubo flexível e o tubo rígido; e coloquei mãos à obra para desPertar a ligação.
A porca é de 11mm e a rosca do tubo flexível, para fazer contra porca, é de 17mm, acho eu.
Pois bem. Não se mexeu. Enchi aquilo de WD40 e voltei a tentar.
Nada. Até que...
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Começou a moer! Vê-se na foto! Bem; amanhã vou rapidamente comprar a chave igual à de luneta mas com uma abertura. Caso contrário, faço asneira!
Ficou o uno, de roda no ar, a aguardar novos desenvolvimentos. Amanhã continuo!
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Anexos

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Essas ponteiras dos tubos rígidos são tramadas, como estão expostas a tudo o que as rodas projectam, acabam por ficar bem coladas. Se conseguires, dá-lhes uma escovadela para limpar a maior, e depois é WD40 para cima.

A chave de colarinho ajuda, se conseguires encontrar é sempre boa aquisição. Se não conseguires encontrar, compra uma de luneta que tenha um aro bem espesso e faz-lhe o corte para passar o tubo com uma rebarbadora (ou uma Dremel com disco de corte). Foi o que eu fiz, e desenrascou-me muita vez. Agora acho que já está a abrir, tem menos aderência, mas fartou-se de trabalhar.
 
Essas ponteiras dos tubos rígidos são tramadas, como estão expostas a tudo o que as rodas projectam, acabam por ficar bem coladas. Se conseguires, dá-lhes uma escovadela para limpar a maior, e depois é WD40 para cima.

A chave de colarinho ajuda, se conseguires encontrar é sempre boa aquisição. Se não conseguires encontrar, compra uma de luneta que tenha um aro bem espesso e faz-lhe o corte para passar o tubo com uma rebarbadora (ou uma Dremel com disco de corte). Foi o que eu fiz, e desenrascou-me muita vez. Agora acho que já está a abrir, tem menos aderência, mas fartou-se de trabalhar.

Último recurso é o alicate de grifos. Tenho que trocar os do meu Fiat também, estão todos gretados. :/
 
A chave de colarinho ajuda, se conseguires encontrar é sempre boa aquisição. Se não conseguires encontrar, compra uma de luneta que tenha um aro bem espesso e faz-lhe o corte para passar o tubo com uma rebarbadora (ou uma Dremel com disco de corte). Foi o que eu fiz, e desenrascou-me muita vez. Agora acho que já está a abrir, tem menos aderência, mas fartou-se de trabalhar.
O que se aprende no Portal não tem preço!
Feito:
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Numa loja de ferragens, não tinham a chave colarinho, mas produziram-me rapidamente uma, com os ensinamentos do @Eduardo Relvas !
 

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Ora bem, não resultou. A chave não devia ter o rebordo suficientemente forte e, por isso, abre e deixa de agarrar.
Além disso, o parafuso já tem umas moidelas mais antigas.

Passei para a técnica do alicate de grifos mas nem se mexeu. Está no mesmo sítio.
Bom, escovei tudo e tentei colocar mais WD40. Amanhã volto à carga...
 
Ora bem, não resultou. A chave não devia ter o rebordo suficientemente forte e, por isso, abre e deixa de agarrar.
Além disso, o parafuso já tem umas moidelas mais antigas.

Passei para a técnica do alicate de grifos mas nem se mexeu. Está no mesmo sítio.
Bom, escovei tudo e tentei colocar mais WD40. Amanhã volto à carga...

Essa chave tem um aro muito fino, Afonso... para uma aplicação destas tem mesmo de ser algo com muita substância, já que o corte faz o aro perder muita da sua rigidez. Repara na espessura que tem a estrutura da chave que foi aqui publicada...

Podes tentar um truque (não sei se resulta, mas ocorreu-me agora), que é colocar a chave no sítio e apertá-la contra a porca com o alicate. Assim tens um apoio na parte sextavada mais abrangente que uma chave de bocas, e com o aperto do alicate não se consegue mexer facilmente.

Há um outro produto que para estas ocasiões costuma ajudar, que é o RostOff Ice, salvo erro da Wurth. É caro, mas como tem o efeito de arrefecimento, o metal contrai e quebra os cristais de óxido que ligam as peças. E neste caso há corrosão de certeza absoluta, pois tens dois metais diferentes em contacto e acontece sempre isso.
 
Essa chave tem um aro muito fino, Afonso... para uma aplicação destas tem mesmo de ser algo com muita substância, já que o corte faz o aro perder muita da sua rigidez. Repara na espessura que tem a estrutura da chave que foi aqui publicada...

Podes tentar um truque (não sei se resulta, mas ocorreu-me agora), que é colocar a chave no sítio e apertá-la contra a porca com o alicate. Assim tens um apoio na parte sextavada mais abrangente que uma chave de bocas, e com o aperto do alicate não se consegue mexer facilmente.

Há um outro produto que para estas ocasiões costuma ajudar, que é o RostOff Ice, salvo erro da Wurth. É caro, mas como tem o efeito de arrefecimento, o metal contrai e quebra os cristais de óxido que ligam as peças. E neste caso há corrosão de certeza absoluta, pois tens dois metais diferentes em contacto e acontece sempre isso.

Obrigado, @Eduardo Relvas! Espero logo à noite dar seguimento ao trabalho.
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Alguma dica na utilização do spray?
 

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