Até fere a vista! Bom "upgrade". Na minha opinião ficará melhor com outro elemento vermelho para além dos bancos, mas talvez a carpete vermelha fique demais. No caso dos 124 sedan o outro elemento vermelho para além dos bancos são as forras das portas.
Luís, tanto os bancos como as forras das portas e as quartelas vão ser vermelhos. Tudo o que antes era creme vai passar a ser neste vermelho. Os painéis das portas simplesmente ainda não saíram, mas vai tudo levar o mesmo tratamento.
Não há, curiosamente, muitos 124 Spider nestas combinações de cores... a maioria dos carros pretos (que só por si são uma raridade, porque pelo menos nos primeiros anos de produção fizeram-se muito poucos) têm interiores em creme. Já vi alguns em preto com interior vermelho, mas são claramente uma minoria.
Aqui vemos um interior de um Spider dos primeiros, ou seja, com o interior idêntico ao do meu, com os bancos iguais e a carpete em preto:
De seguida temos um todo em vermelho, mas os bancos já têm uma tonalidade esquisita quase a dar para o castanho (e o carro é branco):
E aqui temos o exemplo perfeito da minha ideia, pese embora seja num modelo mais recente... bancos vermelho vivo, e carpetes vermelho mais escuro (embora a luz da foto não ajude, porque dá demasiado protagonismo aos bancos):
Este exemplar da foto acima era pertença de um amigo do Reino Unido, mas infelizmente foi perdido num incêndio há dois anos... sempre foi o meu modelo de referência para o que queria fazer com o meu. Aqui fica outra foto:
A cobertura da capota também vai ficar a condizer, mas essa vai ser outra guerra ligeiramente diferente. Quando chegar a altura, eu explico.
Como não sei qual é a tonalidade do vermelho que fornecem, estou um bocado reticente. Se fosse um tom subtil, talvez optasse por ele, mas sendo tão vivo quanto as que costumo ver, prefiro o preto, sem dúvida. Ainda não sei como se irá resolver este caso, mas há umas quantas opções que ainda tenho de explorar, por isso esta será uma novela com mais desenvolvimentos em breve.
Dois ou três motivos..
Os bancos já são vermelhos o suficiente.
O carro como é um daily-driver, a sujidade fica mais imperceptível e a ausência de manchas futuras é um bónus. Manter carpetes vermelhas...ui, ui... E afinal os tapetes vão praticamente tapar a carpete..portanto..tapetes vermelhos é mau..
Depois, Não perde mais charme por isso. O charme ficará para o conjunto vermelho/preto.
Os rebordos a vermelho só se existiam no modelo (se era equipamento de fábrica ou não) senão..pior a emenda que o soneto!
Fica um piroso.. E faz lembrar os tapetes aftermarket..
Eu colocava sempre essas alterações de acordo com as opções de fabrica para o modelo e não inventava mais do que aquilo que já está inventado para esse Spider.
Mas tendo esse vermelho nos bancos, a carpete preta faz sobressair ainda mais os bancos..que alias ficaram supimpas!
Zé, esta alteração já está na minha cabeça desde antes de ter comprado o carro (aliás, daí a escolha de um exemplar em preto). Sempre quis ter um carro "do contra", porque 90% dos Spider nacionais são vermelhos com interior preto, e eu sempre quis exactamente o oposto, porque além de não ser vulgar, tem muito mais glamour que esse velho cliché que já enjoa...
Bem, em relação ao dilema das carpetes, está difícil... eu queria vermelhas, mas num tom escuríssimo, algures entre o bordeaux e o preto. Mas pelos vistos não tenho grande espaço de manobra, porque só há em vermelho vivo. Aliás, até agora só encontrei uma casa que as faz com o feitio necessário para o meu, quanto mais... tenho de perder mais algum tempo de volta dos fornecedores italianos.
Não quero nenhum detalhe das carpetes em vermelho, pelas razões que o Hugo bem apontou... não fica bem. É tudo do mesmo tom.
Ainda vou explorar outra hipótese antes de me decidir, e logo se verá.
Um abraço a todos!
P.S.: André, as palas do sol a vermelho já é overkill...
Chegou há bocado a casa... com quase 1000 km feitos desde sexta passada, e uns kg de porcaria em cima. Quando acabar de arrumar as tralhas, vai levar o banho da vida dele!
Amanhã faço o relato da viagem, agora já nem pachorra tenho de descarregar as fotos!
Um abraço!
P.S.: No meio daquilo tudo nem deu para ires dar uma volta a experimentar! Fica prometida para a próxima...
Ora bem, vamos lá então contar a semana que o 124 passou no litoral.
Prelúdio:
Já há algum tempo que se andava a planear uma viagem à costa vicentina, retraçando os passos das férias de 2009, mas um dos pontos que já se tinha assente seria a presença do Spider.
Esteve quase para não ir, dado que finalmente a saga dos bancos estava a tomar embalagem mas, tendo falado com o mestre estofador, descolámos as capas do banco traseiro para ele ficar com elas de padrão para ir adiantando o serviço, enquanto os bancos em si voltavam ao local habitual. Forrei-os com uns tapetes velhos, e até nem ficaram mal. Obviamente também não ia estafar já os bancos novos em idas à praia, por isso recoloquei os velhos. Bom, mas vamos à história da viagem.
Arrancámos na sexta, mas em bom estilo descontraído de férias, sem horário fixo. Arrumou-se a tralha toda nos dois carros (o BMW foi atrás com uma parte do material e o resto da famelga), e acabámos por partir perto do meio-dia. Como a temperatura não estava muito agreste, não custou muito. Mal saímos de Portalegre... encosta à berma!
Não, o problema não foi do 124... foi do BMW. Quando dei por ele, tinha-me desaparecido do retrovisor... e toca o telefone, o bicho tem uma luz acesa! Tem sido um problema recorrente, de vez em quando acende a luz do motor. Depois de vir em passo lento até mim, verifiquei e nada aparentava problemas, por isso seguimos caminho.
Direito a Estremoz, e depois pelas nacionais em direcção a Évora...
Para mal dos meus pecados, a condutora do monte de plástico alemão vinha decidido a cumprir os limites, e acabei por ter de me conformar ao ritmo da pasteleira... entretanto, como o sol estava forte, enfiei a minha fiel boina na cabeça. Viria a arrepender-me pois neste dia apanhei um escaldão completamente ridículo, pois só queimou a parte exposta da testa e a ponta do nariz... a boina e os óculos protegeram o resto!
Pausa para almoço num parque à beira do IP2 já uns km a sul de Évora... um espaço agradável, mas tristemente muito sujo. Entre a falta de civismo dos utilizadores, e a falta de manutenção, o aspecto geral era bastante mau. Ainda assim, lá se safavam algumas mesas, e o almoço ao ar livre soube bem. O 124 ficou a gozar um pequeno espaço de sombra...
Depois de Beja, entrámos nas nacionais, direito à costa. Depois da seca do IP2, esta foi a parte boa da viagem. Se eu mandasse, as estradas eram todas assim. Subidas e descidas, curvas e contracurvas, bom piso e pouco trânsito. Ainda há estradas boas, e com um carro como deve ser, andei um tempão com um sorriso estampado na cara!
Até foi mais agradável ainda porque muita da estrada era em zonas de serra com muito arvoredo, e muito agradável. Uma delícia! Em particular, o trajecto entre Aljustrel e Odemira pela N263 foi altamente memorável... e mesmo a N120 depois de Odemira também.
Mais uma....
A chegada ao Camping do Serrão (perto de Aljezur) foi já ao final da tarde, e não houve tempo para mais fotos, havia uma tenda para montar, jantar para preparar, e a luz a diminuir. Na manhã seguinte, cá temos a tenda com os dois veículos ao lado...
O BMW era inicialmente para ter sido votado ao estacionamento exterior, mas como dava jeito o espaço extra de armazém, ficou dentro para servir de despensa.
Bem, modo de praia ON... toca a preparar as trouxas para ir a banhos!
Como decidimos levar o amigo de quatro patas, pedi na recepção uma lista das praias dog-friendly, ou seja, não concessionadas. Deram-me umas quantas para averiguar, e neste dia começámos o périplo pela praia da Carriagem. Logo para abrir, quase desisti porque o caminho foi a pior tortura a que já submeti este carro. Foram cerca de 4 km de caminho de terra batida com imensa pedra solta, o pior piso que alguma vez conduzi. Mas ao chegar fomos brindados com este cenário...
Aqui ainda não dá bem para perceber a altura, mas o desnível da falésia é considerável...
Levei uns bons minutos a negociar a descida, porque só metade é que tem escadas, o resto só tinha as estacas de base para amparar, mas era terra. Daqui já se percebe mais ou menos a altura...
... e aqui, com um bocadinho de zoom, podem ver a parte de cima do trilho, e a distância a que ficam os carros. O 124 está ali algures, mas vê-se mal...
Apesar de todas as dificuldades, a praia em si valeu pelo cenário de incrível beleza e muito pouco movimento. De tarde fui até a um pontão de rocha vulcânica bater umas chapas. Não dá para ter bem presente a grandiosidade do local, mas já fica uma ideia...
De volta ao camping, o 124 já acusava uma boa camada de poeira da tortura a que foi sujeito...
Aqui percebe-se mal, mas quando cheguei as rodas eram cremes...
De referir que nessa manhã tive um pequeno precalço com ele. O miúdo pequeno andava na brincadeira a passear o cão, e prendeu a trela na matrícula dianteira. Ao tentar soltar, partiu o suporte de um dos lados, e teve de ser improvisado um remendo com um zip...
De resto, nada a assinalar. Provavelmente ganhámos umas quantas folgas extra (e arrependimento meu por não ter metido massa nova nas rótulas da suspensão antes de partir), mas ao regressar ao asfalto comportou-se como sempre.
Bem, duche e toca a fazer a janta...
Já agora, e porque no prelúdio não mostrei, aqui fica o aspecto do interior do carro, com os bancos sobressalentes de volta e o traseiro "vestido" com tapetes de cozinha... aquilo que eu decidi chamar de beach bum spec.
Ainda não muito sujo...
... mas atrás já começa a balbúrdia. Areia, poeira, conchas, etc....
Acho que nunca esteve tão sujo antes. Mas mesmo assim, nas fotos não parece, ficou com bom aspecto... não se vêem as camadas de poeira amarela.
Aqui vêem-se melhor...
No dia seguinte, fomos para uma velha favorita... a praia de Odeceixe. Não tenho fotos, mas é uma praia lindíssima, em que se junta a foz de uma ribeira com o mar, e assim tem-se uma praia de cada lado, com a zona do rio mais calma e de acesso livre para os cães. Da parte da tarde, recebemos a companhia da família Vaz, e no meio de tanta conversa, os dois petrolheads nem sequer se lembraram de sacar uma foto de recordação... enfim!
De volta... não deve haver muita gente a fazer campismo de clássico descapotável, a julgar pela atenção que este chamou ao longo dos dias... uma experiência interessante.
No dia seguinte, como havia compras a fazer, optámos por ir até Lagos. O ponteiro da gasosa começava a estar muito perto do zero, mas a bomba à entrada de Aljezur estava muito concorrida, por isso optei por levar o bicho até ao destino e atestar lá. Assim, bati um recorde pessoal...
O parcial tinha sido posto a zeros quando o atestei à saída de Portalegre, tinha o carro 135,905 km. Foram mais de 500 km com um depósito, e nem sequer entrei na reserva! Estava a piscar quando cheguei à estação de serviço, mas ainda tinha uns quantos litros. Atestei, e levou 39,76 litros para vir até ao cimo, onde o tinha deixado à partida. Contas feitas, deu 7,84 litros aos 100. Nada mal para um desportivo com 46 anos, hã? Obviamente, muito disto se deve ao passo moderado da viagem, mas não vim com grandes cuidados... e nas nacionais até vim na brincadeira, a apertar um bocado mais.
Feitas as compras, deparo-me com esta relíquia no parque do Continente... e a senhora junto dele é a dona, que estava a carregar as compras atrás dos bancos...
Regresso a Aljezur, com uma pequena pausa na povoação para comprar uns souvenirs...
Dia seguinte, fomos conhecer a praia da Amoreira. O acesso é ligeiramente melhor (é alcatroado, mas parece que se esqueceram de alisar antes de alcatroar, isto já não falando da quantidade de remendos que nos faz duvidar quais são as partes originais), e fica mais perto. O cenário é lindo, embora não tão calmo quanto a Carriagem, mas mesmo assim é descontraído, e novamente com parte de rio e de mar...
Os carros ficam a uma distância considerável, mas o acesso é fácil. À volta do último dia (esta foi visitada duas vezes, bem como a de Odeceixe), encontrámos estas meninas a fazer companhia ao Spider...
Não foram as únicas que vi... houve muito clássico avistado, e no campismo havia mais duas, pelo menos. Todas baywindow.
Sexta de manhã, hora de organizar as tralhas todas para levantar campo...
Depois de tudo arrumado e empacotado nos carros, é a despedida ao parque e a preparação para a partida. Desta vez não me esqueci de aplicar o protector solar...
Aqui visto de outro ângulo, vê-se o acesso principal do parque. Por curiosidade, a partir do terceiro dia já nem precisava de mostrar o passe do carro, porque o funcionário responsável pela cancela de acesso já conhecia o brinquedo...
Embora não pareça, o carro ia bem preenchido...
Uma hora e meia depois, estava chegando a Santo André, perto de Sines, para visitar uns familiares...
Mais uma vez, nada a relatar, a máquina portou-se exemplarmente. A estrada junto à costa tem muito mais trânsito, mas o andamento é fluido, faz-se bem. E para quem não tivesse uma pasteleira atrás, há muitas oportunidades de ultrapassagem.
Fomos almoçar, e depois de almoço meti os dois primos no Spider, e fomos fazer um bocado de praia para a lagoa. Ao final de mais uma boa tarde, lá nos fizemos ao caminho pelas nacionais...
Para não destoar, houve mais umas quantas descobertas de boas estradas. Mas a primeira parte envolveu uma dose de IC33, e IC1. Neste último, perto de Castelo Ventoso, cruzei-me com um BMW '02 laranja que me cumprimentou... não deu para perceber se era alguém conhecido, mas retribuí a saudação.
Depois de Grândola, o caminho até Alcácer e depois para Montemor revelou excelentes troços de nacionais. Mais uma vez fiz o gostinho, e fui ao meu ritmo. Quando havia uma povoação, parava à espera da pasteleira... aqui, por exemplo, em Santa Susana:
Chegado a casa, o brinquedo foi enfiado na toca, sem ter dado o mínimo sinal de incómodo. Ainda não vinha na reserva, e já tinha perto dos 500 km novamente...
Estatísticas finais... 986 km, menos de dois depósitos, média de cerca de 7,8 litros aos 100. Estive a ver há pouco, e consumiu no total menos de 0,2 litros de óleo, talvez cerca de 0,15. Tirando a chatice do suporte da matrícula, nada de problemas. Há uns grunhidos da suspensão que se acentuaram com as ridículas estradas algarvias de acesso a praias, mas nada que não estivesse já nos planos para ser visto em breve, por isso... não foi grande o estrago. Fiquei foi com as rodas desequilibradíssimas, começava a vibrar aos 100 km/h, mas como vim nas calmas não foi grande problema.
Sujo, estoirado, mas feliz... valeu bem a pena ter levado esta máquina!
Nos próximos tempos virá então uma limpeza monumental, e avançam alguns trabalhos... mas isso serão outras histórias para mais tarde.
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