Fiat Fiat 124 Spider 1967 - A saga continua...

[Paulo Jorge Coutinho]

É incrivel o trabalho que tú consegues fazer em casa... sózinho!
Fantástico!

Gostava de ter todos esses conhecimentos!

 

[Eduardo Relvas]

É incrivel o trabalho que tú consegues fazer em casa... sózinho!
Fantástico!
Gostava de ter todos esses conhecimentos!

Paulo,

Não é bem sozinho, porque normalmente antes de me meter nisto ou consulto pessoal experiente ou me oriento pelo manual de oficina. Claro que operações de rotina ou trabalhos como os do pendural já faço por mim, mas o do diferencial foi estudado com calma antes de me meter nele, para ter a noção do que me esperava e a que detalhes ter atenção. E já ando a aprender desde os 14 anos... sempre movido por uma curiosidade enorme. Não se passa uma semana em que não aprenda alguma coisita mais, quem me dera conseguir ter tanta vontade para o meu doutoramento...

Uma coisa que me tem sido indispensável e preciosa é o à-vontade com línguas estrangeiras, especialmente o inglês (que tirando a oralidade por falta de prática, por esta altura já está melhor que o português), porque isso dá-me acesso a um sem-fim de recursos técnicos excelentes na internet. Mesmo o meu manual de oficina é em inglês, e tenho outro em francês para comparação e esclarecimento de algumas dúvidas, porque mesmo os manuais podem ser confusos, especialmente quando abrangem várias versões diferentes.

Depois há também uma oficina cada vez melhor equipada, o que também permite ir alargando o espectro de operações que posso fazer... mas acima de tudo é mesmo a vontade e curiosidade que me move! Não tenho medo de nada, já conheço os princípios todos por trás das coisas, por isso não me assusta mexer no que quer que seja.

Um abraço!

 

[Paulo Jorge Coutinho]

Eu desmontar, ainda vai que não vai, mas montar novamente, tudo direitinho... tenho receio de estragar alguma coisa...
Não tenho conhecimentos suficientes!

Admiro imenso o teu trabalho!

 

[Jorge Viegas]

Gostei de ler e aprender (pouco ) sobre esse trabalho que fizeste

 

[Eduardo Relvas]

Caros amigos,

Obrigado pelos comentários!

Jorge, na próxima reportagem conto já ter o diferencial montado, e aí explico ao pormenor o processo todo, agora não tinha sequer os comparadores e fiz só mesmo a montagem básica.

O diferencial foi uma coisa que andei uns meses a ganhar coragem, porque já segue alguns preceitos um pouco complicados. O posicionamento do pinhão e da coroa tem alinhamentos sensíveis que têm de ser respeitados, e que para se determinarem precisa de se medir tudo com muita atenção. O pinhão tem dois rolamentos cónicos e um espaçador colapsável no meio que tem de ser esmagado a um ponto certo para dar a pré-carga correcta aos rolamentos. E depois ainda há o posicionamento axial do diferencial em si, que pode afastar ou enfiar mais a coroa nos dentes do pinhão. Essa, apesar de tudo, é a parte mais fácil de afinar, mas nada é directo e simples.

Se as engrenagens não ficarem acondicionadas como deve ser, cria ruído e desgaste anormal da unidade. Tem alguma lógica porque temos de nos lembrar que por ali se transmite a potência às rodas, e se não estiver tudo acasalado direitinho em vez de a força se canalizar toda para fora, fica alguma por ali perdida e a desfazer o material.

Um abraço!

 

[M Bento Amaral]

Vou viver para Portalegre, para me ensinares! Vou para funcionário da universidade! Tirar fotocopias às meninas! :X

 

[Paulo Jorge Coutinho]

Vou viver para Portalegre, para me ensinares! Vou para funcionário da universidade! Tirar fotocopias às meninas! :X

 

[Eduardo Relvas]

Cá por mim, estás à vontade... Mas olha que Universidade não há, temos é um Politécnico, mas nesta altura do campeonato também não há vagas para preencher, anda-se é a ver de quem se pode largar...

Ontem queria mais marcadores para as aulas (esqueci-me dos meus no casaco), até isso tá racionado... anda-se a contar os tostões todos.

Hoje foi um dia para esquecer, a tarde não podia ter sido mais agitada. Perdi a conta às voltas que fiz, no total só aqui em trajectos pequenos fiz mais de 100 km... mas mesmo assim, a máquina não falha... faz sempre o serviço todo na perfeição, incluíndo ridicularizar os modernos todos que lhe aparecem pela frente quando o tempo é apertado (e hoje houve umas quantas voltas assim...).

Um abraço!

 

[Jorge Viegas]

Vou viver para Portalegre, para me ensinares! Vou para funcionário da universidade! Tirar fotocopias às meninas! :X

Não querias mais nada!

 

[Eduardo Relvas]

Hoje foi dia de finalizar com mais uma visita a Espanha... os km passam num instante e os cavalos ficam com fome!

Bem, apesar de tudo tenho de dizer que este depósito durou bastante... acho que foi a primeira vez que fiz perto da marca dos 10 litros aos 100. Pouco mais de 60 litros deram 610 km de gozo, não está mal. O uso um bocadito mais moderado e um carburador bem afinado ajudam sempre.

Assim, e depois de um dia ao serviço, vim a casa buscar o jerrycan e aí vai ele...

Saí de casa já por alturas do pôr-do-sol, mas como para lá ia "nos vapores", não quis perder muito tempo com sessões fotográficas com o sol ao fundo. A primeira foto vem en route, já quase à chegada à Portagem, com Marvão ao fundo do cenário...



À saída desta pequena povoação, está este amigo que, apesar de obviamente não se mexer do sítio faz muitos anos, ainda serve o seu propósito secundário regularmente, pelo ar dele... quando abri a porta, tinha uma luzinha acesa no tablier e uns macacões no banco do condutor!



Aqui não resisti e ainda bati umas chapas mais para a posteridade:













Bom, mas a viagem tinha outros propósitos, e fiz-me novamente ao caminho:



Depois de atestada a "barriguinha" e o jerrycan (mais de 64 litros a 1,491€/litro), voltámos à estrada, mas desta vez optei por me meter pelas estradas da serra em vez de ir pelas vias principais. A escuridão já estava a vencer completamente os resquícios de sol...



Mesmo assim, e depois de uma tomada de trajecto por uma das várias opções possíveis (existem variadíssimas estradas nesta zona que, de forma mais ou menos directa, levam à cidade), cheguei a um planalto onde ainda se via no horizonte um resto da luz do sol, e o cenário estava lentamente a mergulhar na escuridão total. Longe de toda a luz artificial, a vista era fantástica, e não resisti a tirar mais umas quantas fotos:





Diga-se de passagem que só depois de me ter habituado à pouca luz é que percebi que não estava sozinho... olhei para o lado e tinha mais de meia dúzia de vacas que interromperam a pastagem para perceber que raios estava eu ali a fazer... Ainda apanhei um susto quando as vi, não tinha ouvido nada!





Depois disto, regressei ao caminho. Como sempre, a viagem foi uma delícia, e o carro a responder de forma magnífica. Dá vontade de ir repetir a volta toda outra vez, mas... não há tempo. A pequena fuga à rotina tem de terminar, e em breve o brinquedo está pronto para descansar na toca...



Aconchego-o e, como sempre, passo a mão pelo volante e pela carroçaria enquanto saio e agradeço o bom bocado que passámos juntos... Amanhã voltamos ao ataque!

Um abraço a todos!

 

[João Luís Soares]

Sortudo!

Enquanto tu andas ao vento e a curtir estradas eu ando a decapar para daqui por uns tempos poder andar a curtir estradas...

 

[Paulo Jorge Coutinho]

As fotos com o pôr do sol como pano de fundo ficam sempre espectaculares!
Exelente report!

Também gostei de ver o M.A.N., pois fez-me lembrar um Mercedes, mais ou menos com a mesma idade, que conheço, que está exactamente nas mesmas condições.

 

[Jorge Viegas]

Uma bela volta

 

[Eduardo Relvas]

As fotos com o pôr do sol como pano de fundo ficam sempre espectaculares!
Exelente report!

Também gostei de ver o M.A.N., pois fez-me lembrar um Mercedes, mais ou menos com a mesma idade, que conheço, que está exactamente nas mesmas condições.

Ali já não era bem o pôr-do-sol, era mesmo já só um resquício de luz, o sol já se tinha ido há pelo menos meia hora, já era penumbra mesmo completa. Ainda assim, pus a máquina no modo de alto ISO, e deu para sacar aquelas fotos. Ficaram um cadito granuladas (acontece sempre neste modo), embora na versão pequena que aqui ponho mal se note. Mas ainda assim gostei do resultado, acho que valeu a pena... tanto que já arranjei umas em versão pano de fundo para o ambiente de trabalho.

Aquele MAN já o conheço naquele sítio desde os meus anos de adolescência pelo menos. Há ali um pequeno estaleiro de pessoal sempre a transportar madeira, e aquilo ainda deve servir para carregar e descarregar material, mas há anos que não se mexe.

Um abraço!

 

[nuno granja]

Eduardo,

Obrigado pela partilha das excelentes "rotinas"

Admiro a tua arte para diferênciais e afins.

A base do motor está para breve?


nuno granja

 

[Eduardo Relvas]

Eduardo,
(...)
A base do motor está para breve?

Não está para breve... já está a ser.



Amanhã faço o report, ainda não terminei o meu dia de hoje e amanhã há trabalho...

Um abraço!

 

[Eduardo Relvas]

Bem, vamos lá então pôr a história em dia...

Na passada quinta-feira, tive mais uma aula do meu doutoramento em Évora, e por isso lá se fez o menino à estrada. Desta vez consegui sair de casa cedo, e fiz o caminho nas calmas. Estava um dia lindo, e fui sempre pelas nacionais, gozando o sol da tarde...



A temperatura estava uma delícia, e fiz o caminho todo sem sequer vestir o casaco.



Quando terminei a aula, fiz-me ao caminho novamente, e foi outra viagem sem grande história. Só tive um ligeiro inconveniente, que foi ter reparado que o conta-rotações de vez em quando "morria", o que me fez desconfiar que as ligações estão a precisar de ser revistas. O piso junto ao colégio onde tenho aulas também não ajuda nada, é de longe o pior piso que alguma vez pisei com o meu carro, e as sacudidelas não fazem favor nenhum a nada. Mas chegámos a casa sem problemas, como sempre.



No dia seguinte só tirei o carro de casa depois de almoço para ir aos correios, mas quando saí o motor teve um ligeiro soluço. Voltou a repetir o sintoma passado uns segundos, mas depois passou-lhe. Já quando saí dos correios é que a música foi outra, simplesmente não pegava.

Já desconfiado com os sintomas do dia anterior, encostei o ouvido ao tablier para ver se ouvia o módulo de ignição a trabalhar (faz um zumbido característico)... nada. Desapertei o tablier, e tentei outra vez... e pegou. Levei-o logo para casa, e deixei-o na garagem. Mais uma coisa a juntar à lista.

Já andava há algum tempo com vontade de rever a parte de baixo do motor, e acho que já aqui o tinha referido antes. Este motor nunca teve a suavidade que conheço nestes modelos, e nunca foi amigo de fazer rotações mais elevadas, o que me levou a desconfiar de imensas coisas. Depois de despistadas todas as outras possíveis causas e ter sido revisto todo o topo do motor, continuam os sintomas, o que me levou desde há algum tempo a esta parte a suspeitar que algo no "andar de baixo" não estaria a 100%.

Como entretanto se estavam a juntar vários factores, decidi que era altura de actuar. Além da vibração, os retentores já viram melhores dias (ainda nunca os troquei, sabe-se lá quantos anos terão), e estava na altura de trocar a correia de distribuição.

Mas acima de tudo, nos últimos tempos comecei a notar os sintomas que mais me levaram a agir, que são os indicadores de que os bronzes das bielas e cambota estarão a chegar ao seu fim de vida... um ligeiro ruído, e uma fracção de segundo para atingir a pressão mínima ao arrancar. De resto o motor sempre se tem portado de forma magnífica, por isso achei que era preferível agir de forma preventiva. Há uns anos, um mecânico da Fiat da velha escola já me tinha dito que estes motores são basicamente indestrutíveis, desde que bem mantidos, e que o único item com o qual era preciso algum cuidado em termos de desgaste eram os bronzes, que ele trocava por rotina a cada 120,000 km. Como o motor fez há pouco os 125,000 km, estava na altura.

Juntando a tudo isto, esta semana a patroa está já de interrupção lectiva (eu só tenho a semana que vem), pelo que tenho o uso do electrodoméstico por minha conta (não tenho mais carros a circular neste momento, o Spider é o meu único carro), por isso com um horizonte de duas semanas, o timing era o ideal. Mãos à obra!

No domingo tirei o bicho da toca, e encostei ao fundo a grua, preparando o trabalho pesado... e voltei a meter a vítima no sítio.



Dada a extensão dos trabalhos, e a facilidade criada pela grua, um dos primeiros passos foi retirar o capot para facilitar o acesso...



Um truque que desenvolvi para a drenagem do circuito do radiador foi este... nos 124, a torneira tipicamente larga o líquido mesmo por cima da barra estabilizadora, facto que, além de ser pouco simpático para os casquilhos da dita, espalha o produto por todo o lado. Tirei um pedaço do lado de uma garrafa de água, e meti a torneira lá dentro. Assim, largue por onde largar, está dentro da garrafa e escoa tudo pelo gargalo direitinho ao recipiente por baixo...



O capot foi reflectindo o continuar dos trabalhos... a bateria foi a primeira coisa a ir fazer-lhe companhia, mas a lista foi crescendo aos poucos...



Até ao fim da tarde deixei já quase tudo desligado. Tubos de gasolina, embraiagem, apoios de motor, tubagens de água, radiador fora, cabos de sensores e dos platinados, colector de escape, cabos do alternador... só restou um parafuso de ligação à caixa e os parafusos do motor de arranque.



Na tarde de ontem, os restantes parafusos foram finalmente exonerados das suas funções, e o motor finalmente independente de tudo à sua volta. Os parafusos do motor de arranque são os piores, porque o acesso é muito difícil, mas com calma (e uma mão dorida) lá se fez tudo...



Daqui em diante foi puxar pelo bicho, e levantar com calma... Antes de jantar, o coração do brinquedo estava no chão, liberto da sua casa pela primeira vez, pelo menos na minha posse:



A "casa das máquinas" sem máquina....



Daqui em diante foi preparar o motor para montagem. Tirei o volante e a embraiagem (ainda com alguma espessura, por isso não sei se a mudo), para ter acesso ao retentor traseiro. Como se pode ver, o motor já estava a mostrar sinais de incontinência, inclusivé parece que esta placa traseira tinha uma pequena fuga, por isso estava mesmo na altura de dar uma geral.



O volante do motor, que à primeira vista, parece em bom estado...



Daqui foi montar o animal no suporte. Aparafusei-lhe a cabeça do suporte, e voltei a levantá-lo na grua para o pôr no sítio. Um suporte dá imenso jeito, porque se pode trabalhar confortavelmente no motor colocando-o nas posições mais convenientes... Aqui a drenar o resto da água no bloco enquanto analiso as fugas...



Como o espaço era pouco, achei que a vítima podia bem abandonar a "sala de operações", e mandei-a arejar...



Aqui vêem o suporte do outro lado... e a sujeira no chão:



Vista do outro lado do bloco, depois de rodar... aqui há umas fugazitas pequenas na base do colector de admissão, outra coisa a ser vista:



Apesar de tudo, nada de grave aparente por fora, apenas os sintomas de um motor saudável a precisar de uma boa manutenção...



Vamos então ao que interessa... a curiosidade estava-me a matar!



Uma boa dose de parafusos depois, aí vem o interior...



"Que diabos é isto", perguntam vocês... é um windage tray, fabricado pelo meu amigo Pete Angel, para separar a cambota do carter... foi uma das poucas modificações que fiz ao meu motor logo de início. Evita que a cambota chapinhe no óleo, criando aeração e adicionando peso transitório na dita em rotação, o que não ajuda o seu desempenho. Além disso, os twin-cam Fiat têm uma vulnerabilidade especial a curvas apertadas para a direita, podendo deixar o chupador da bomba em vazio, causando falta de pressão de óleo. Com o tabuleiro, o problema é minimizado, pois o óleo não consegue trepar a lateral do bloco, e é obrigado a regressar ao fundo.



Ainda fiquei preocupado quando vi isto no chupador, mas eram só resíduos de vedante, nada de metal... até agora, tudo bem. Aqui podem ver o outro lado do tabuleiro, com as aberturas para a bomba, o respiro do carter e a vareta de nível.



Tirado o tabuleiro (a bomba tem de sair antes), aqui vem finalmente o interior da máquina...



À primeira vista, está tudo no lugar, não há sinais óbvios de calamidades, o que de qualquer forma seria de estranhar dado o funcionamento regular do motor. Pus uns parafusos na cambota para poder rodar o motor com uma chave grande e fui girando o motor aos poucos...



Dei-lhe umas voltas e está tudo em ordem. As bielas estão todas correctamente montadas. Fiquei na dúvida se as capas dos bronzes da cambota não estariam montados ao contrário, mas pelo menos a ordem está correcta (são todos numerados), é apenas um pormenor mas sempre tem a sua pequena importância. Logo se verá, tenho de ir buscar a minha bíblia para rever esses detalhes. O próximo passo é retirar a cambota, e como já não havia tempo para isso, aconcheguei o menino e fechei o estaminé...



Coloquei o capot no carro, e fechei-o todo. Logo à tarde haverá mais...

Um abraço a todos!

 

[Rafael S Marques]

Esse motor sofre mesmo de incontinência, mas o radiador por cima da valvula também apresenta sinais de que quer ser revisto...

 

[Eduardo Relvas]

Esse motor sofre mesmo de incontinência, mas o radiador por cima da valvula também apresenta sinais de que quer ser revisto...

Pois, essa foi outra razão pela qual não quis adiar mais a revisão. A parte de baixo do motor ainda nunca me passou pelas mãos, e eu assim não confio. Agora vai ser tudo revisto ao pormenor.

Quanto ao tubo (foi o tubo e não o radiador, esse foi montado de novo há 5 anos), foi uma fuga quando troquei o anticongelante a última vez, mas depois foi resolvida, mas ficaram as marcas. Agora vai ser tudo limpinho.

Um abraço!

 

[Humberto Albino Ferreira]

Hoje foi dia de finalizar com mais uma visita a Espanha... os km passam num instante e os cavalos ficam com fome!

Bem, apesar de tudo tenho de dizer que este depósito durou bastante... acho que foi a primeira vez que fiz perto da marca dos 10 litros aos 100. Pouco mais de 60 litros deram 610 km de gozo, não está mal. O uso um bocadito mais moderado e um carburador bem afinado ajudam sempre.

Assim, e depois de um dia ao serviço, vim a casa buscar o jerrycan e aí vai ele...

Saí de casa já por alturas do pôr-do-sol, mas como para lá ia "nos vapores", não quis perder muito tempo com sessões fotográficas com o sol ao fundo. A primeira foto vem en route, já quase à chegada à Portagem, com Marvão ao fundo do cenário...



À saída desta pequena povoação, está este amigo que, apesar de obviamente não se mexer do sítio faz muitos anos, ainda serve o seu propósito secundário regularmente, pelo ar dele... quando abri a porta, tinha uma luzinha acesa no tablier e uns macacões no banco do condutor!



Aqui não resisti e ainda bati umas chapas mais para a posteridade:













Bom, mas a viagem tinha outros propósitos, e fiz-me novamente ao caminho:



Depois de atestada a "barriguinha" e o jerrycan (mais de 64 litros a 1,491€/litro), voltámos à estrada, mas desta vez optei por me meter pelas estradas da serra em vez de ir pelas vias principais. A escuridão já estava a vencer completamente os resquícios de sol...



Mesmo assim, e depois de uma tomada de trajecto por uma das várias opções possíveis (existem variadíssimas estradas nesta zona que, de forma mais ou menos directa, levam à cidade), cheguei a um planalto onde ainda se via no horizonte um resto da luz do sol, e o cenário estava lentamente a mergulhar na escuridão total. Longe de toda a luz artificial, a vista era fantástica, e não resisti a tirar mais umas quantas fotos:





Diga-se de passagem que só depois de me ter habituado à pouca luz é que percebi que não estava sozinho... olhei para o lado e tinha mais de meia dúzia de vacas que interromperam a pastagem para perceber que raios estava eu ali a fazer... Ainda apanhei um susto quando as vi, não tinha ouvido nada!





Depois disto, regressei ao caminho. Como sempre, a viagem foi uma delícia, e o carro a responder de forma magnífica. Dá vontade de ir repetir a volta toda outra vez, mas... não há tempo. A pequena fuga à rotina tem de terminar, e em breve o brinquedo está pronto para descansar na toca...



Aconchego-o e, como sempre, passo a mão pelo volante e pela carroçaria enquanto saio e agradeço o bom bocado que passámos juntos... Amanhã voltamos ao ataque!

Um abraço a todos!

grandes fotos da «Bela e o Monstro»