obrigado
Caro amigo,João Filipe Rosa disse:Uau... Uau mesmo...
Não sei se consigo arranjar palavras no meu curto vocabulário para conseguir descrever a qualidade do trabalho que acabei de ver...
Uma brutal dor de costas que me ofereceu completamente grátis 2 dias em casa,já valeu a pena.
Um e-mail do portal dos clássicos a relembrar o pessoal como eu que não tem tempo nem para se coçar, a dizer que tinha saudades minhas, epah, os clássicos são familia e há que lhe fazer a vontade, (e dado que nao podia fazer mais nada eheh) tal como de todas as vezes que visito este fórum, há que ir á secção da FIAT procurar pelas entradas do Sr.Eduardo.
Já não me lembro em que circunstancias o encontrei, mas sei que foi por aqui e fiquei de imediato apaixonado pelo seu trabalho. (Há que frisar que sou um fã incondicional da Renault e não gramo mesmo nada a Fiat, quer dizer, estes de agora, porque classico é classico).
O tipo de trabalho que eu defendo no meu emprego todos os dias (sou mecânico), mas, que infelizmente os clientes que tenho e o patrão pior que os clientes não estão dispostos a dispor do tempo nem do custo envolvente de serviço desta qualidade.
No entanto aprendi com os melhores(ARC Sport), e espero ainda vir a trabalhar com alguem que aprecie e dê o devido valor aquilo que mais gosto de fazer.
Peço desculpa pelo off-topic, mas senti a necessidade de parabenizar os envolvidos: o dono, por avaliar o melhor para a máquina,e o mecânico, por o pôr em prática!
Muita força e continuação de um óptimo trabalho!
João Rosa
Desde já muito obrigado, isto está a melhorar, aos pouquinhos...Eduardo Relvas disse:Caro amigo,
Antes de mais, espero que as costas já estejam em ordem, senão... as melhoras!
De resto, muito obrigado pela parte que me toca, é bom saber que o nosso trabalho é apreciado, e de facto é este o tipo de trabalho que estes carros merecem, e que as oficinas hoje em dia já não dão.
Infelizmente não progride com a velocidade que desejaria (nem o tempo nem o trabalho ajudam), mas pelo menos é o tipo de trabalho que só será feito uma vez... e o carro agradece. Ainda assim, tenho de actualizar isto porque já há evoluções a reportar.
Por último, apenas um reparo pessoal... como se costuma dizer por aqui, Senhor está no céu... Aqui estamos todos em pé de igualdade.
Um abraço!
A zona de interface entre a anilha e o parafuso é uma grande superfície que, se não levar nada, gera imenso atrito. Quando estás a dar o aperto aos parafusos para comprimir a junta, não convém ter atrito nessas zonas porque se torna algo variável consoante o estado do parafuso, por isso além de bem limpos, são todos lubrificados com umas pingas de óleo de motor para reduzir o atrito e assim não ficarem os parafusos com apertos inconsistentes.João Luís Soares disse:Gostei da reportagem, como habitualmente.
Explica-me melhor aquela de por óleo nos parafusos da cabeça, entre a cabeça e a anilha...
Yep. Pernos só para os apoios do veio de balanceiros, as cabeças são fixas por parafusos. E desde que me recordo, todos os motores Fiat são assim.António Barbosa disse:Portanto, e ainda no tema dos parafusos de aperto da cabeça, aquele motor da FIAT tem parafusos e não pernos a apertar a cabeça?
Pois! É que nos motores italianos as coisas são feitas com cabeça.Eduardo Relvas disse:Yep. Pernos só para os apoios do veio de balanceiros, as cabeças são fixas por parafusos. E desde que me recordo, todos os motores Fiat são assim.
Em termos prácticos, vai dar ao mesmo. Quando tens o aperto aplicado, todos os elementos ficam sob tensão, sejam pernos ou parafusos, e essa tensão é sentida desde o bloco à ponta de cima, onde tens a cabeça do parafuso ou a porca que apertou no perno.António Barbosa disse:Ok, os meus conhecimentos da coisa (pernos vs parafusos) ou estão errados ou desactualizados.
Na imagem perno.JPG
a zona azul é o bloco roscado e a verde é o parafuso/perno. Se eu tiver parafuso, vou forçar toda a zona da rosca no bloco ao apertar, pois vou obrigar a rosca macho do parafuso a rodar sobre a rosca fêmea do bloco com binários de aperto elevados. Se eu tiver um perno a apertar a cabeça do motor (como no Mini e afins) eu aperto o referido perno à mão, até ele bater no fim da rosca, o esforço será depois feito no outro extremo do perno. Compreendo a lubrificação entre a anilha e a fêmea, mas não vejo vantagem na utilização do parafuso sobre o perno.
Depende de muita coisa, começando pela graduação dos parafusos (ou pernos) e a secção, bem como as condições de uso. Estes da Fiat são sempre no mínimo de 10 mm, e a graduação é sempre para cima do 10, nalguns casos mais para o 12.António Barbosa disse:Hmmm... já parti (acidentalmente) mais parafusos que pernos... O perno está quieto durante o aperto, não está tão sujeito a torção como o parafuso, mas se o Lampredi optou por parafusos, quem sou eu!