Escolher e financiar um projecto de recuperação

Rafael Isento

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Na Peugeot tens disponível material que é comum a todos os modelos da primeira série. Noutro dia pedi uns frisos de para choques que ainda apareciam no service box e já não havia stock. Cá fora no mercado de usados às vezes aparecem, mas partidos ou em mau estado. As grelhas eu tenho o par original que está montado no meu carro, um suplente e umas réplicas feitas em Itália. Mesmo os cintos vermelhos começam a ficar raros, encontrar um conjunto completo.

Já para o 205 Rallye, começa a aparecer alguma coisa. Em França já tens abas dos guarda-lamas disponíveis, as grelhas dos para choques e até o tecido dos bancos, que nos 106 é difícil de encontrar. Agora o resto do material do 205 Rallye não tenho conhecimento dele original. Vejo muito material réplica, feito em fibra de vidro que se vai encontrando nos sites de competição (guarda-lamas, frisos, capot, para choques,etc).

Um abraço
Se se quiser novo vai ser uma consumição, sim! Já não é fácil arranjar elementos específicos.
Neste momento as peças do grupo PSA estão todas centradas num só departamento. Já não é fácil ir ao concessionário pedir esta ou aquela peça. Neste momento o grupo PSA está em fase de transição, muita coisa está a acontecer:
- Centralização das actividades pós-venda,
- Criação do "L'Aventure Peugeot Citroën DS" ( L'Aventure Peugeot Citroën DS ) que une os departamentos de clássicos do grupo - este é um dos motivo pelo que o novo departamento de pós-venda mandou recolher todo o stock dos concessionários, os "monos" vão transitar para os departamentos de clássicos,
- Para ajudar à festa agora chegou a Opel.

Mas eu continuo a dizer, se um carro de 1993 a 1995 é de difícil restauro e manutenção, que dizer de um de 1970's...
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
(...)
Mas eu continuo a dizer, se um carro de 1993 a 1995 é de difícil restauro e manutenção, que dizer de um de 1970's...

Eu não vejo as coisas de uma forma tão preto e branco.
Se calhar há modelos dos anos 60 mais fáceis de restaurar, inclusivé com peças novas, que um 106 Rallye quando faltam aqueles detalhes específicos que não eram partilhados com mais nenhum nível de equipamento da altura.

O truque para recuar nos anos com segurança poderá ser optando pelos modelos mais maduros no panteão do carro clássico, aqueles com bases de fãs formados e procura/popularidade assinalável.

Aqui a questão julgo eu é... quão profundo se pretende o restauro? Onde se pretende gastar o orçamento?

Chapa?
Pintura?
Interiores?
...
É para fazer nut&bolt?... Desmontar o carro todo para levar uma pintura nova e depois montar o puzzle restaurando/renovando cada peça?
É só para dar uma lavagem de cara bom banho de tinta e renovar interiores?
É para fazer um restomod não respeitando totalmente a originalidade?
 

José de Sá

"Life's too short to drive boring cars"
Portalista
Eu sou da mesma opinião que o @Rafael S Marques.

Procura um carro em bom estado pronto a andar ;)

Isto porque:

- Se tens um puto de 2 anos e este vai atrapalhar mais do que ajudar.

- Se só tens tempo livre aos fins-de-semana, um restauro feito só por ti irá durar anos.

- Ao longo desse tempo irás empatar milhares de euros e nunca mais vez o fim ao projeto. (olha que há bastantes projetos inacabados á venda pela net).

- Esses €€´s pelo que dizes serão de um credito que assim terá de ser pessoal o que implica juros altos.

Pensa bem onde te vais meter :D
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
@HugoSilva, se for um modelo inglês que seja colecionável, até uma carroçaria nova consegues comprar.
Há carroçarias novas :oo para Escort's, Mini's, MG B's e mais alguns.
Sei que as dos Minis que eram vendidas pela MOSS EUROPE eram feitas com a particularidade de alguns elementos específicos serem produzidos nas máquinas originais, que hoje fazem parte da British Motor Heritage.
No que respeita ao 106 Rallye falo por experiência, pois conheço quem tenha material guardado para ganhar dinheiro no futuro. E também sei de réplicas fidedignas, para um olhar menos atento bem que passam por originais.
Agora para quem for maluquinho do parafuso pode entrar num beco sem saída, para esses aconselho vivamente um Mini, conseguem fazer um carro do zero, só precisam de um livrete e registo de propriedade.

Eis o primeiro passo (hajam €uros com fartura):
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Anexos

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HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Muito bom, uma carroçaria de mais de €10.000, ou seja, vale mais do que 99% dos Mini depois de estarem em estado de concurso, €3000? €4000?

Isto só faz sentido para carroçarias de Cooper S mas depois põe-se a questão do número do quadro, quem percebe desses carros e tem esse dinheiro para largar, que a carroçaria original...
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
Muito bom, uma carroçaria de mais de €10.000, ou seja, vale mais do que 99% dos Mini depois de estarem em estado de concurso, €3000? €4000?

Isto só faz sentido para carroçarias de Cooper S mas depois põe-se a questão do número do quadro, quem percebe desses carros e tem esse dinheiro para largar, que a carroçaria original...
@HugoSilva, passo a explicar a dimensão desta questão. Estas carroçarias são certificadas pela BMH, e no caso da imagem é a Mk1. Isto de certificada equivale a dizer que podes gravar nela um n° de chassis de 1959 a 1967. São réplicas fidedignas, nunca na vida vais conseguir distinguir de uma original. Fazes um Cooper S original em estado de concurso e, aos preços que eles andam hoje, talvez tenhas lucro!
 
Eu não vejo as coisas de uma forma tão preto e branco.
Se calhar há modelos dos anos 60 mais fáceis de restaurar, inclusivé com peças novas, que um 106 Rallye quando faltam aqueles detalhes específicos que não eram partilhados com mais nenhum nível de equipamento da altura.

O truque para recuar nos anos com segurança poderá ser optando pelos modelos mais maduros no panteão do carro clássico, aqueles com bases de fãs formados e procura/popularidade assinalável.

Aqui a questão julgo eu é... quão profundo se pretende o restauro? Onde se pretende gastar o orçamento?

Chapa?
Pintura?
Interiores?
...
É para fazer nut&bolt?... Desmontar o carro todo para levar uma pintura nova e depois montar o puzzle restaurando/renovando cada peça?
É só para dar uma lavagem de cara bom banho de tinta e renovar interiores?
É para fazer um restomod não respeitando totalmente a originalidade?

Em 2008/2009 ainda antes de começar a participar nesta casa, comecei a aprender as primeiras coisas de como restaurar um automóvel em condições. O primeiro restauro que fiz, foi com uns amigos num Toyota KE20 em que foi tudo removido, carroçaria decapada e toda tratada de chapa. Enquanto isso foi feito, o motor foi revisto, as peças pequenas foram para lacar, zincar,etc. Na altura a internet não era o que é hoje e não era fácil encontrar peças para o modelo. Hoje encontramos mais fácil na internet do que numa feira de peças para clássicos. Infelizmente, o carro foi vendido antes de ir para a pintura e posso dizer que foi um excelente negócio para quem o comprou.

Depois disso já auxiliei no restauro de alguns carros de amigos meus, fosse a colocar as mãos na massa e fazer aquilo que me aparecesse à frente ou até mesmo na busca por determinadas peças.

Pelo meio ainda desmontei e voltei a montar o meu 106 Rallye, que reconstruí conforme o troféu de 1995.

Qual foi o mais difícil de encontrar peças novas? Um carro "velho" de 1994 ou um Mercedes 190 SL, Ford Capri XL, VW Pão de Forma, Porsche 944 S2,etc? Por incrível que pareça, de todas as vezes que me pediram para arranjar alguma peça especifica para algum desses modelos que referi, o mais difícil foi mesmo o meu Rallye. No caso da Mercedes, bastou contactar o departamento de clássicos da marca, nos restantes com a ajuda de alguns entendidos no modelo ou especialistas independentes consegui sempre arranjar as peças.

Voltando ao tópico, se realmente quiser avançar para um projecto a longo prazo com o seu filho, procure um clássico que esteja a andar, com inspecção preferencialmente. Vá somando quilómetros e fazendo um debugging, melhorando sempre alguns aspectos que não estejam a 100%.

Um abraço,

Pedro
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
@HugoSilva, passo a explicar a dimensão desta questão. Estas carroçarias são certificadas pela BMH, e no caso da imagem é a Mk1. Isto de certificada equivale a dizer que podes gravar nela um n° de chassis de 1959 a 1967. São réplicas fidedignas, nunca na vida vais conseguir distinguir de uma original. Fazes um Cooper S original em estado de concurso e, aos preços que eles andam hoje, talvez tenhas lucro!
@Rafael Isento não sabia que podias usar legalmente a carroçaria mas uma cena te digo, os maluquinhos por Cooper S nunca comprariam um se soubessem disso, são carros com um palmares tão mítico que provavelmente toda a gente sabe onde estão atualmente a maior parte dos originais. Conheço em Portugal quem tenha, salvo erro, uns dois, todos desmanchados, à espera de restauro e acredita, o nível de exigência nesse carro em particular vai mesmo ao parafuso!!
 

João Pereira Bento

128coupe
Premium
Portalista
Com esse orçamento comprava algo diferente do mesmo ano do rapaz!.

Pode comprar um Fiat 128, há as peças todas, aos milhares ainda dentro da embalagem Fiat. Acaba é por ser um problema se for como eu que não resiste a peças novas. :p
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Com esse orçamento comprava algo diferente do mesmo ano do rapaz!.

Pode comprar um Fiat 128, há as peças todas, aos milhares ainda dentro da embalagem Fiat. Acaba é por ser um problema se for como eu que não resiste a peças novas. :p
Excelente ideia, adoro a primeira série, 3 portas. Em amarelo parece o carro o Noddy. Em vermelho é espetacular!
 
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