Obrigado pelas boas vindas!
José Sena, o meu Sprint está em pleno funcionamento e goza de uma mecânica em estado quase perfeito, o que lhe permite ter uma performance muito boa. Consegue rodar a 180km/h com todo o à vontade e vai até aos 200km/h sem grande dificuldade. Se houver uma ligeira descida, não precisa de ser muito acentuada, passa os 200 com facilidade. Já deve saber que estes motores são muito nervosos e têm uma resposta ao acelerador brutal (dois carburadores duplos), o que os torna bastante ágeis. No 1.7 estas características estão especialmente acentuadas. É um gozo tremendo conduzir estes carros. Tenho comentado com várias pessoas que quanto mais motores conheço, mais dou valor a este pequeno boxer: sonoridade fantástica, performance muito boa e disponibilidade total.
Não conheço o motor 1.3 boxer, mas já dei umas voltas num 1.5QV. Posso dizer-lhe que a diferença é notória (eu próprio fiquei surpreendido, pois não pensei que se fosse sentir tanto a diferença). Mas sabe que nestas coisas tudo depende do estado dos motores. O meu sei que está muito bom, daí as performances francamente boas.
Tenho alguma flexibilidade no que toca à originalidade. Não me importo de alterar algumas coisas, desde que isso esteja ligado a um aumento de segurança e não comprometa o carácter do carro. Confesso que gosto de acelerar e gozar bem os carros que tenho, sobretudo neste caso que se trata de um carro que pede mesmo para carregar a fundo no pedal direito.
Por isso, quanto ao comportamento, não tenho montado o setup da suspensão original. Os amortecedores são koni e as molas estão ligeiramente rebaixadas. Houve três níveis de comportamento no meu Sprint. O primeiro nos meses a seguir à compra: pneus envelhecidos e de marcas desconhecidas, com amortecedores koni à frente já desgastados e molas originais. Bem, puxar uma primeira era uma aventura. A frente serpenteava de uma forma louca. Tinha a sua piada... Nesta fase apanhei dois sustos, ambos relacionados com algum excesso de entusiasmo e com algum desconhecimento do carácter do carro. Resultado: típico soltar da traseira em algumas travagens.
O segundo nível surgiu com a montagem dos Bridgeston Potenza RE720. Impressionante como apenas esta alteração resultou numa mudança tão sentida no comportamento. A frente em arranque ficou bem mais presa e o comportamento em curva também melhorou bastante. No entanto, em andamentos mais extremos continuava a ser preciso ter algum cuidado com o soltar da traseira. Creio que para quem quiser o carro para se divertir de forma moderada o setup original com uns bons pneus já permite um bom comportamento (bom comportamento esse, aliás, que se vê elogiado nos testes da época).
O terceiro nível apareceu com o restauro dos koni da frente, montagem também de uns koni atrás e afinação personalizada geral dos amortecedores. Desta feita o comportamento ficou muito bom, muito seguro e previsível. Mais tarde, com o rebaixamento, apenas ficou um pouco mais saltitão, mas nada de especial. Vantagens no comportamento não tive nenhumas.
Bem, já me estou a alongar de mais… peço desculpa, mas a falar deste carro acabo sempre por me entusiasmar…