A minha opinião: Classico Original vs Classico "alterado"

Bom dia,

Pronto João daí o velho ditado popular "Cada tolo sua mania" o que não podemos dizer é que a sua "mania" é mais legitima do que a da maioria, apenas é a sua... "e prontos..." :DD

O pior é quando se vem os purista com os seus belos clássicos todos originais, até a ferrugem que la trazem, desculpem é a famosa "patine" já me estava a esquecer desse pequeno pormenor, a pensarem que são campeões de rallye, ora se a este comportamento juntarmos umas suspensões ineficazes (ou quase) e tambores para "abrandar"... o resto toda a gente sabe ;)

Mais uma vez volta a dizer, o que interessa mesmo é que o clássico, histórico ou la o que quer que seja, agrade ao seu proprietário a partir daí, tudo o resto é paisagem :cool:

Cumprimentos,

Miguel.

P.S. - Se a maioria de nós anda sempre a dizer que no estrangeiro é que é, porque que não em determinados assuntos, como por exemplo este, não se segue as ideias deles? :huh:
 
Ora bem,

A minha perpectiva é um pouco "agressiva" em relação a isto! Pelo que sei e pelo que me foi sendo transmitido pelos meus familiares, tios, pai, etc... todos eles ligados aos clássicos desde sempre... Antigamente poucas alterações eram feitas de "Fábrica". As alterações ditas de "fabrica" limitavam-se às jantes, volantes, e pouco mais! E nada tenho contra isso.
Não acho piada nenhuma a alargamentos, carros sem para-choques, capôs pintados a preto fosco, riscas na pintura, suspensões rebaixadas, baquetes e cintos de competição, assim como "roll-bars" e outros acessórios em carros do "dia-a-dia"... Também sou contra alterações das prestações dos carros que não são utilizados para competir. Esta pseudo-personalizações acabam irremediavelmente por estragar carros que até poderiam ter algum interesse histórico. E se as pessoas querem carros perfomantes, ele existem à venda e de origem! Não podemos querer ter um "clássico" e um "desportivo" de altas performances ao mesmo tempo, porque nem sempre é possivél!

Para mim é preferivel um carro de origem com ferrugem! Do que um Tunning impecável... Até porque e pelo que tenho visto os carros alterados normalmente tem uma cotação inferior... Porque muitas vezes para os por direitos é necessário gastar fortunas!

Se não estou enganado ainda não vi um carro tunning num Museu de carros antigos!

Em tom de brincadeira, numa velhota de 70 anos não ficam bem uns implantes de silicone nem a pele toda esticada... A velhota ou já tem mamas grandes ou então é melhor não lhes mexer! hehehe

Ou não podemos querer que um velhote de 70 anos faça 100 metros mais rapido que o Obikwelo...

Há que preservar o património histórico automóvel assim como veio ao mundo! Isso sim tem valor!

Se querem carros performantes comprem carros de origem com esses cavalos!

Espero com este comentário não ferir a susceptibilidade de ninguém mas é como disse a minha opinião e a maneira de ver as coisas!

Abraços a todos!
 

Eduardo Flôr

Clássico
Aqui tem um exemplo do que não fazer num classico.
Apesar de a sua execução ser espantosa, feito com um grande nível de qualidade, penso que tenha sido levada ao extremo.
Audi 100 Coupe S

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Transformado para tracção integral Quattro com o motor 2.0 vindo de um A6

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Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Caros amigos,

Esta discussão já foi antes levantada em vários tópicos, mas sinceramente é uma questão de gosto pessoal.

Pela parte que me toca, não me ofende qualquer tipo de modificação que respeite o carro em questão e as suas origens, seja ela uma modificação de época ou um upgrade, seja para melhorar a fiabilidade ou a performance.

O que sim me ofende (ou pelo menos torço o nariz) são modificações mal feitas ou de notório mau gosto, bem como o desrespeito pelo carro.

Por exemplo, já vi algures um Mini todo "retalhado" para enfiar lá dentro uma mecânica Honda... para não falar dos milhentos carros que todos os anos são vítimas das fibras, asas, alargamentos e luzes maradas que os adeptos do xuning adoram. Isso mete nojo.

No meu caso, tenho algumas modificações que faço por senso comum. Por exemplo, como uso o meu 124 Spider com frequência, mudei a bomba principal dos travões porque a original era de circuito simples, e em meados de 68 passou a ser duplo por uma questão de segurança (forçada pela entrada do carro nos EUA). Não é fugir à origem, é fugir ao perigo de perder a totalidade dos travões! Isto não faz sentido? Estou a melhorar a segurança do meu carro, usei componentes da mesma marca, sem mais adaptações (é troca directa), e sinto-me mais descansado, especialmente tendo em conta os preços de qualquer pedacinho desta carroçaria...

Outra modificação foram as lâmpadas de halogéneo, para conseguir vislumbrar alguma coisa à noite. Vão-me dizer que é mau? Prefiro não ter o original, obrigado... eu já sou distraído que chegue, quanto mais... Além do mais, a alteração é invisível, está tudo escondido.

Mesmo na mecânica, fiz algumas modificações mas são na generalidade invisíveis, e melhoram dramaticamente a fiabilidade do carro. Coisas como ignição electrónica, bomba de gasolina eléctrica, etc. Só um expert é que as topa, e o carro fica mil vezes melhor.

O carburador mais "picante" e pequenos toques no motor já na época se faziam, por isso não o desvirtuo, além do mais é tudo componentes de descententes directos do meu. E ainda tenho o colector Abarth na prateleira... :cool:

O dia que deixar de conduzir, ponho-o todo de origem... :D

Um abraço a todos e desculpem o testamento!
 

pedro vaz de carvalho

Timpeira Classic Cars
Primeiro: um restauro não é a substituição de peças velhas por novas; a isso chama-se recauchutagem. Restauro é restaurar o que for possível e deixar o máximo de sinais do tempo. Quanto a alterações ou réplicas, são perfeitamente "legitimas" e dão muita Pica. Todas as vertentes do Coleccionismo são também uma forma de reviver, recriar, os nossos sonhos de outros tempos.
Tenho dito. Apoiado ...
 

João Luís Soares

Pre-War
Membro do staff
Premium
Delegado Regional
Portalista
pedro vaz de carvalho disse:
Primeiro: um restauro não é a substituição de peças velhas por novas; a isso chama-se recauchutagem. Restauro é restaurar o que for possível e deixar o máximo de sinais do tempo. (...)

Acho que nunca li nada com que concordasse tanto em todo o Portal!!

É exactamente a forma como encaro um restauro e os Clássicos em geral.
 

Paulo Cesar

Clássico
A minha visão, eu fiquei com o MINI 1000 de 1972 que era do meu pai mandei em 2002 restaurar ( na altura fizeram um trabalho de m#$%&da) mas de forma a manter o carro como ele sempre foi... o carro do meu pai... com pequenas alterações que "sempre" teve... guiador pequeno por causa das pernas "grandes", cintos de um Renault 16(de epoca anos70 ) alterado mesmo só a côr (passei de laranja para vermelho) e coloquei faróis auxiliares por uma questão estetica ao meu gosto.... mais nada... era assim o carro de sempre do meu pai... foi assim que ficou... embora não seja "purista" mas gosto muito de ver um carro original... depois se puder compro outro... um "alterado" como fiz com o meu outro mini de 1994 esse sim "alterado" ao meu gosto... Agora tenho um tambem "futuro clássico:DD (daqui a 18anos:D)" que vou manter original!!!

O meu proximo MINI será um 850 original:huh:
 

ze miguel silva

Zé Miguel Silva
pedro vaz de carvalho disse:
Primeiro: um restauro não é a substituição de peças velhas por novas; a isso chama-se recauchutagem. Restauro é restaurar o que for possível e deixar o máximo de sinais do tempo. Quanto a alterações ou réplicas, são perfeitamente "legitimas" e dão muita Pica. Todas as vertentes do Coleccionismo são também uma forma de reviver, recriar, os nossos sonhos de outros tempos.
Tenho dito. Apoiado ...

Eu também penso assim, aproveitar sempre ao máximo as peças originais do carro..
Como nunca fiz um restauro, nao posso dar a minha opiniao pessoal..
 

Mike Silva

O aprendiz
Eis a minha opinião, mas não liguem que eu só sou um aprendiz .

Por exemplo, falta-me um dia aprender, como é que eu "restauro" um motor sem retirar as marcas do tempo, se eu nem sequer tiver lá o motor para começar!

Como é que eu " restauro" um veículo, que ninguém conhece e sabe como era quando foi fabricado, ou que pura e simplesmente não existem peças.

Enfim...

"Restaurar" um carro de "origem" , apenas encontra justificação no meu magro entender, para museus e para pessoas com uma grande sala de jantar, para depois colocarem lá o carro em exposição.

Porque, as estradas têm um grande problema: Sempre que fazemos algo de inexplicável e condenável, como por exemplo, ousar utilizar um destes automóveis nelas, eles enchem-se de detritos, batidas de pedras, chuva, lama e arbustos a raspar na carroçaria. Motores " sem gastar óleo", apenas conheço uns, que são aqueles cortados ao meio em exposição nos centros de formação. Um motor pinga óleo e a ventoinha empurra terra e pó contra ele.

Mas há que faça puzzles e há quem construa aqueles veleiros dentro das garrafas, e demoram anos.

Se aguém quiser modificar um clássico , não quer dizer que queira ir para a Vasco da Gama competir com Saxos rebaixados.( Até porque a maioria das modificações e depois de todo o dinheiro gasto, deixa-nos apenas com 39 cavalos, em vez dos habituais 37...)

Pode apenas querer significar que já estão fartos de passar os fins de semana à beira das estradas com tubos rebentados, e a ter de encostar para deixar passar os enterros.

Pode apenas querer significar, que já estão fartos de esperar dois meses e ter de correr seca e meca à procura de uns platinados , ou de uma bomba de água. (Que depois de instalada, vai deixar-nos outra vez na berma no primeiro engarrafamento que encontrármos.)

Desafio alguém a dizer-me , que converteu o seu carro de 12V com alternador, para os originais seis volts...

Cumprimentos e boas curvas.
 
A minha opinião pessoal, é manter um clássico o mais original possível e fazer apenas as alterações que eram feitas na época. O que não quer dizer que seja contra alterações que melhorem a segurança, a fiabilidade e performance do carro. Por exemplo, um carro com travões de tambores nas 4 rodas, porque não meter-lhe uns travões de disco à frente? Para poupar a bateria e o motor de arranque, porque não trocar a velha ignição de platinados, por uma ignição electrónica? Se a velha bomba mecânica de gasolina avariou, porque não substitui-la por uma eléctrica? Se queremos mais potência no nosso clássico, porque não trocar os carburadores simples por caburadores duplos?

Não quero com isto dizer, que não aceite que os outros tenham os seus clássicos todos transformados, rebaixados e cheios de tunning. Os carros são deles, devem-lhes proporcionar o maior prazer possível, porque cada um, manda naquilo que lhe pertence! E não acham este VW Carocha, bonito?

Ver anexo 115300
 

Anexos

  • VW_Carocha_tunning.jpg
    VW_Carocha_tunning.jpg
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