Antonio Mendes Silva
AJMS
Quando o Citroën DS foi apresentado no Salão de Paris, em Outubro de 1955, era aquilo que hoje se chama "uma verdadeira montra tecnológica":
1. Mantinha a tracção dianteira do anterior "Traction Avant" (Arrastadeira).
2. Apresentava linhas aerodinâmicas e funcionais.
3. A suspensão era hidro-pneumática, de altura regulável e constante ao solo.
4. Tinha a primeira direcção assistida do Mundo. Os travões eram também assistidos, sendo os da frente de disco.
5. No 1º modelo, o DS 19, tinha a primeira caixa semi-automática do Mundo, sem pedal de embraiagem, sistema mais tarde utilizado no Renault Twingo e no Mercedes Classe A.
6. Para mudar um pneu, não era necessário o "macaco". Levantava-se a suspensão e metia-se um suporte do lado em que se queria mudar o pneu. Depois baixava-se a suspensão e as rodas desse lado ficavam no ar.
Antes do lançamento do DS 19, o primeiro modelo do Citroën DS, foram ensaiados três motores pouco usuais: um motor de 6 cilindros compacto, arrefecido a água, com apenas 1805cc, outro também de 6 cilindros boxer, arrefecido a ar e até um quatro cilindros dotado de um compressor. Contudo, os testes efectuados, vieram provar a pouca fiabilidade destes motores.
Foi assim, que se optou pelo desenvolvimento do motor do anterior Traction Avant, vulgo "Arrastadeira", que passou a ser alimentado por carburador Weber de duplo corpo, sendo a cabeça do motor inteiramente nova, em alumínio e dotada de câmaras hemisféricas, o que constituiu a grande evolução face ao motor do modelo anterior, o que permitiu obter uma potência de 75 CV, a qual, para os 1911cc de capacidade, era um resultado notável para a época.
O motor era adequado à época do Pós-Guerra, pois na altura tinham entrado em natural declínio algumas marcas de prestígio, como a Facel Vega, com motores mais potentes e que consequentemente, consumiam mais combustível. Se tivesse sido motorizado por um mais nobre motor V6, não tinha tido o sucesso comercial que teve, apesar de ser mais caro que o anterior Traction Avant, que veio substituir.
Ver anexo 138721
Citroën DS 19 de 1957
Após o ‘restyling’ de 1967, apresentou os primeiros faróis direccionais, uma "novidade" da Mercedes para 2005 (!):
Ver anexo 138722
Citroën DS 21 de 1974
A caixa de velocidades, acompanhou a evolução do motor, tendo nos primeiros modelos 4 velocidades e os últimos modelos dos DS 21 e DS 23, caixas de 5 velocidades, nas versões de caixa mecânica, a partir de 1970.
Em 1970 o DS 21 recebe um novo motor super-quadrado com uma cambota de 5 apoios e vê a sua potência aumentada para 115 CV, na versão de carburador duplo e 139 CV, na versão de injecção electrónica (IE), tendo os últimos modelos do DS 23 IE, 143 CV.
1. Mantinha a tracção dianteira do anterior "Traction Avant" (Arrastadeira).
2. Apresentava linhas aerodinâmicas e funcionais.
3. A suspensão era hidro-pneumática, de altura regulável e constante ao solo.
4. Tinha a primeira direcção assistida do Mundo. Os travões eram também assistidos, sendo os da frente de disco.
5. No 1º modelo, o DS 19, tinha a primeira caixa semi-automática do Mundo, sem pedal de embraiagem, sistema mais tarde utilizado no Renault Twingo e no Mercedes Classe A.
6. Para mudar um pneu, não era necessário o "macaco". Levantava-se a suspensão e metia-se um suporte do lado em que se queria mudar o pneu. Depois baixava-se a suspensão e as rodas desse lado ficavam no ar.
Antes do lançamento do DS 19, o primeiro modelo do Citroën DS, foram ensaiados três motores pouco usuais: um motor de 6 cilindros compacto, arrefecido a água, com apenas 1805cc, outro também de 6 cilindros boxer, arrefecido a ar e até um quatro cilindros dotado de um compressor. Contudo, os testes efectuados, vieram provar a pouca fiabilidade destes motores.
Foi assim, que se optou pelo desenvolvimento do motor do anterior Traction Avant, vulgo "Arrastadeira", que passou a ser alimentado por carburador Weber de duplo corpo, sendo a cabeça do motor inteiramente nova, em alumínio e dotada de câmaras hemisféricas, o que constituiu a grande evolução face ao motor do modelo anterior, o que permitiu obter uma potência de 75 CV, a qual, para os 1911cc de capacidade, era um resultado notável para a época.
O motor era adequado à época do Pós-Guerra, pois na altura tinham entrado em natural declínio algumas marcas de prestígio, como a Facel Vega, com motores mais potentes e que consequentemente, consumiam mais combustível. Se tivesse sido motorizado por um mais nobre motor V6, não tinha tido o sucesso comercial que teve, apesar de ser mais caro que o anterior Traction Avant, que veio substituir.
Ver anexo 138721
Citroën DS 19 de 1957
Após o ‘restyling’ de 1967, apresentou os primeiros faróis direccionais, uma "novidade" da Mercedes para 2005 (!):
Ver anexo 138722
Citroën DS 21 de 1974
A caixa de velocidades, acompanhou a evolução do motor, tendo nos primeiros modelos 4 velocidades e os últimos modelos dos DS 21 e DS 23, caixas de 5 velocidades, nas versões de caixa mecânica, a partir de 1970.
Em 1970 o DS 21 recebe um novo motor super-quadrado com uma cambota de 5 apoios e vê a sua potência aumentada para 115 CV, na versão de carburador duplo e 139 CV, na versão de injecção electrónica (IE), tendo os últimos modelos do DS 23 IE, 143 CV.