Não sei, mas à partida presumo que sim, pois há coisas no carro suficientemente bem preservadas para assumir que assim seja. Os maus tratos nesses quilómetros é que foram mais que muitos... mas agora está de volta, e revigorado!
Pelo que me foi dito os Km´s são os reais, ou seja, ainda não deu a volta.
Essa ideia do conta-rotações é algo que já me tinha ocorrido de montar no carro.
Outro dia descobri umas consolas antigas numa casa de peças auto cá de Beja. Quando o "S" estiver de volta é ver se alguma serve e tratar de arranjar um manómetro que fique bem.
Pelo que me foi dito os Km´s são os reais, os seja, ainda não deu a volta.
Essa ideia do conta-rotações é algo que já me tinha ocorrido de montar no carro.
Outro dia descobri umas consolas antigas numa casa de peças auto cá de Beja. Quando o "S" estiver de volta é ver se alguma serve e tratar de arranjar um manómetro que fique bem.
Tu neste tens uma solução muito mais simples, que é montar um quadrante dos ST... é transplante directo, e traz o conta-rotações já integrado. Deves ter só de acrescentar um fio para dar o sinal (aquele que eu liguei à bobine), tirando isso é tirar um e pôr o outro. E esses quadrantes arranjam-se facilmente.
Além do mais, essa era uma opção nestes modelos, mas poucos foram os que saíram assim equipados, a maioria tem este quadrante simples.
Obrigado, Afonso... é bom quando começamos a ver os resultados, sim. E o motorzinho está com um trabalhar espectacular, fiquei muito satisfeito e orgulhoso de o ver renascer. Quando ele pegou logo ao primeiro toque de chave foi uma satisfação enorme.
Há-de começar já amanhã... hoje perdi imenso tempo de roda dele a resolver um problema do mais ridículo que existe... queimou um fusível várias vezes sempre que tentava saír da garagem. Mas já identifiquei o problema (um fio deslocado), e amanhã já o resolvo, que hoje não deu tempo.
Tu neste tens uma solução muito mais simples, que é montar um quadrante dos ST... é transplante directo, e traz o conta-rotações já integrado. Deves ter só de acrescentar um fio para dar o sinal (aquele que eu liguei à bobine), tirando isso é tirar um e pôr o outro. E esses quadrantes arranjam-se facilmente.
Além do mais, essa era uma opção nestes modelos, mas poucos foram os que saíram assim equipados, a maioria tem este quadrante simples.
Yep... tenho aqui o catálogo da época e menciona isso. Não sei se era igual em todos os mercados (havia algumas variações de um país para outro), mas esta brochura menciona a opção do conta-rotações electrónico. Mesmo que não fosse previsto, o encaixe é igualzinho, basta tirar um e pôr o outro, e ninguém desconfia que não tenha saído da fábrica assim. Se quiseres podemos tratar já disso.
Havia umas quantas opções, por exemplo nestes modelos podia-se pedir o canhão de ignição com trinco de segurança (que o teu tem), o desembaciador do óculo traseiro e o rádio.
Bem, como já referi, o 124 lançou-me uma bola curva quando tentei testá-lo em estrada, e começou a queimar um fusível cada vez que o tentava tirar da garagem. Como o circuito inclui a alimentação da bomba eléctrica, o motor parava pouco depois.
Após um tempito a estudar...
... cheguei à conclusão que o culpado mais provável era a ligação do sensor de marcha-atrás na caixa de velocidades, pois era a única coisa deste circuito que teria sido movida desde a última vez que o carro trabalhou. E estava certo, pois fui dar com as ligações descarnadas...
Um dos fios estava encostado ao cardan que liga a caixa ao veio de transmissão, e cada vez que o carro começava a mover-se (de marcha-atrás), fazia curto-circuito e pronto... acabou o passeio.
Foi um remendo chato de fazer como tudo (soldar debaixo do carro não é fácil nem agradável), mas passado algum tempo lá estavam os fios remendados e isolados com manga termo-retráctil. Hora de pôr o motor a bombar novamente...
Pega tão bem que é uma delícia... antigamente era uma guerra para arrancar!
Toca a tirar o bicho da garagem para um primeiro teste em estrada a sentir um puxar do 1438 rejuvenescido...
Sim, ainda não tinha o capot montado... fui só dar uma volta pelos caminhos aqui em torno para ensaiar o básico antes de dar o trabalho por completo.
As primeiras impressões? Suavidade extraordinária, muito boa resposta e força. Ainda se nota preso, mas já dá para perceber que temos um motorzinho excelente. Difícil vai ser não o acelerar durante os próximos tempos, porque é tentador... mas estamos em rodagem, não dá.
Primeiros quilómetros em testes... passado com distinção!
Depois disto, já montei o capot no sítio, repus as partes do sistema eléctrico em que tinha mexido para diagnosticar o problema todas de volta ao sítio certo, e levei-o a dar uma volta maior. Agora sim, dá para perceber todo o potencial deste motor. Vai ser um estradista sublime!
Próximos dias serão dedicados a completar esta fase (falta a cosmética do alternador e motor de arranque), e depois terminar o interior.
Os últimos dias têm tido pouco tempo para o Special, porque tenho estado a reconstruir o motor de um Triumph de um amigo a meias com o meu vizinho. Mas ainda assim fiz questão de o utilizar algumas vezes para comprovar os resultados do trabalho, e continuo extremamente satisfeito.
Os poucos trabalhos entretanto concluídos foram algumas operações estéticas pendentes... a começar pela bobine, que estava a dar-me comichão toda pintada de preto...
Na foto percebe-se mal, mas comprei um acrílico dourado que fica com uma tonalidade muito próxima do anodizado original, e com um acabamento bastante bom.
Outras coisas refeitas foram os invólucros dos relés, que apenas tinham sido decapados e já começavam a ter umas pintas de corrosão, foram limpos novamente e desta vez pintados, juntamente com a tampa do regulador de tensão...
Estes acrílicos parecem de muito boa qualidade, o acabamento tem muito bom aspecto. E ficam nítidos os pormenores da superfície...
Entretanto já adiantei outras peças maiores, mas como ainda não as voltei a montar, ainda não fotografei... em breve mostro o resto. Este compartimento de motor finalmente vai ficar inteiramente apresentável.
Pintar é relativamente simples, o que dá trabalho é a preparação, porque tens de eliminar todos os traços de pintura, gorduras, ferrugem e todos os outros contaminantes que possam existir. A partir daí, é mascarar as partes que não podem levar tinta, e borrifar a uma distância razoável em passagens consecutivas até teres um acabamento uniforme.
Para ser sincero, o que eu mais quero é terminar o Special, mas a minha mania da perfeição não me consente entregar algo com o que não esteja satisfeito. Ainda há umas coisinhas para resolver, mas felizmente já são poucas. Vou certamente ficar um pouco triste de o ver saír, mas esse sentimento é mais que superado pela satisfação de entregar algo a um amigo que certamente o vai disfrutar e apreciar.
P. Vou certamente ficar um pouco triste de o ver saír, mas esse sentimento é mais que superado pela satisfação de entregar algo a um amigo que certamente o vai disfrutar e apreciar.
Os trabalhos destes últimos dias são alguns dos que menos se vão ver, e é apenas isso que dá pena, mas tinham de ser feitos. Como referi, os periféricos não foram todos revistos para não atrasar a montagem do motor e a colocação em funcionamento, mas havia que terminar o restauro.
Comecei pelo motor de arranque, aqui só com as "tripas"...
O rotor foi limpo, o pinhão e o estriado todos desengordurados e oleados de novo. Os pedaços da carcaça exterior foram todos limpos e pintados...
Os chumaços de suporte foram limpos e oleados com massa. A bobine de chamada foi limpa e pintada...
Adoro esta tinta dourada, fica fantástica. Demora um bocadinho mais a secar na totalidade que os outros acrilicos, mas vale a pena.
A armadura também foi vítima do mesmo tratamento...
... enquanto a traseira foi acabada em cinza alumínio.
A cinta de protecção das escovas também foi acabada em dourado...
A regra aqui é basicamente que tudo o que era anodizado de origem foi pintado neste tom, que se assemelha à tonalidade do anodizado em novo. As peças de alumínio foram pintadas num tom próximo do natural do metal.
Depois de tudo pintado e seco, começam os pormenores que fazem a diferença... o primeiro dos quais é limpar as roscas:
Em peças velhas, perder este tempo a limpar roscas por vezes é uma ajuda fenomenal, e este caso é exemplo disso mesmo. Os parafusos foram difíceis de montar da primeira vez, mas quando montei o motor desta vez, enfiei os parafusos à mão até ao fundo, e dei só o aperto final com chave! Maravilha!
Depois de enfiar o rotor, acrescenta-se a bobine de chamada, tendo o cuidado de engatar devidamente no gancho do pinhão...
Aquele furo ali entre os dois é onde fica o veio que faz de pivot do garfo, também foi limpo e lubrificado.
Depois de enfiar e alinhar a armadura, enfia-se a traseira, tendo o cuidado de alinhar o terminal das bobines de campo com o terminal da escova respectiva (vê-se do lado esquerdo, no da direita não há nada).
Começa a tomar forma... só faltam as escovas e fechar.
As escovas são protegidas por um cartão espesso, que é fixo no sítio com a cinta que vimos em cima. Aqui já está tudo como deve ser... prontinho a montar, e livre daquele vermelho que até me dava pesadelos!
Hora de passar ao vizinho do lado...
O alternador ainda tinha um ar mais peçonhento, se tal é possível. Havia bastante corrosão debaixo daquela camada grosseira de tinta que lhe aplicaram, o que prova aquilo que muita gente entende por "restauro"...
Daqui a umas fotos vai ter um aspecto bem diferente...
Depois de desarmado e reduzido a componentes, sobram as "tripas" novamente...
Os rolamentos estavam despachados, ruidosos e nada suaves. O da frente saíu sem grande problema (na foto de cima já está solto, a posição de trabalho é junto ao núcleo), mas o de trás foi uma história bem diferente... que só terminou comigo e o torneiro ambos a atacá-lo com rebarbadora, cinzel e martelo. Não foi bonito, isso vos garanto. Mas saíu!
Aproveitei a ida ao torneiro e despolimos os anéis de deslize de cobre, que já tinham sido marcados pelas escovas. Fica logo com outro aspecto, e trabalha melhor. Uma passagem pela loja de peças depois, cheguei a casa já com os rolamentos novos na mão, foi bem mais fácil do que livrar-me dos velhos!
Entretanto, a desmontagem e limpeza avançou... a cobertura traseira traz consigo os diodos rectificadores, que é preciso desmontar.
Já a frente, depois de removido o rolamento, está desimpedida e pronta para limpar.
Depois de umas horas valentes de volta dos escovilhões, já nos livrámos de tintas, poeiras, e todo o tipo de gosmas afins... está tudo pronto para ser aprumado!
E rapidamente começa a surgir "roupa" no "estendal"...
Outras peças não são tão fáceis de pendurar, e são pintadas num suporte... Neste caso, um velho filtro de ar que dá jeito para os parafusos.
A armadura levou um borrifo de dourado, não sem antes retocar o verniz nalgumas zonas onde a bobinagem tinha o fio exposto...
Depois de tudo seco, é hora de começar a montar... aqui temos o rotor já montado na cobertura dianteira:
Convém não esquecer nenhuma das peças aqui implicadas. Há um anel de protecção que entra antes do rolamento, e na armadura há um resguardo com um o-ring que também serve para proteger o rolamento. Depois vêm as anilhas, e a chaveta que prende a polie ao veio.
Depois de reconstruír a ponte rectificadora, a armadura volta ao sítio... ligeiramente mais limpa!
Aqui vemos o aspecto da ponte de díodos rectificadores, já ligada à armadura. E no centro, antes de encaixar, não faz mal nenhum deixar uma pontinha de massa de lítio para o rolamento...
Depois de alinhar todas as peças (algo mais fácil de dizer do que fazer), é hora de voltar a acasalar tudo... e digam lá que não está ligeiramente melhor?
Um pouco de trabalho depois, voltou tudo ao sítio... com uma considerável facilidade de apertar, graças às roscas limpas!
Pena que todo este trabalho estético mal se veja, mas a revisão mecânica essa é fundamental.
Entretanto, também tinha dado um jeito na cobertura do motor de arranque, que o protege do calor do escape, mas estava muito insatisfeito com ela, porque obviamente foi vítima de muitos maus-tratos no passado...
Além do suporte soldado, falta um apoio na parte inferior, parte essa que está torta. Depois de muitas voltas, lá consegui descobrir uma decente, que rapidamente passou pela limpeza e pintura...
Nesta foto, o resguardo está pendurado pelo suporte que faltava no outro. Este apoio aperta no suporte do motor, e impede que ele fique com toda aquela superfície a vibrar livremente, o que provavelmente foi a causa de o apoio do velho se ter rompido da chapa e ter de ser soldado.
Depois de bem seca a tinta, foi direitinho ao sítio...
Quando montamos tudo direitinho, fica logo com outra apresentação, e também funciona devidamente. O motor de arranque acusou bem o rejuvenescimento, e o alternador ainda mais... tudo ajuda a dar um toque ainda mais de suavidade a esta mecânica.
Estamos nos finalmentes, e no compartimento motor já falta muito pouco. Entretanto também montei a caixa do filtro do ar, embora lhe pretenda dar uns retoques...
Está ligeiramente melhor do que quando cá chegou... E mesmo assim, posso afiançar que as fotos não lhe fazem justiça.
Depois de toda esta lavoura, levei-o a fazer mais uns km para garantir que estava tudo em ordem, e portou-se à altura.
Faltam ainda alguns pormenores estéticos no compartimento motor, mas estamos na recta final desse departamento. De resto, vai estando concluído... em breve poderá voltar a fazer uma vida normal, estamos a terminar a reabilitação.
Excelente trabalho, como sempre! São todos estes pequenos detalhes que fazem a diferença entre um restauro e uma "cara lavada", assim o cofre já está com um aspecto mais harmonioso e sem vermelho à vista! Qual a marca/referência desse acrílico dourado? As peças ficaram com um aspecto fantástico!
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