Fábio Dantas
Dantas V6
Bom, apesar desta marca ter já sido alvo de conversa noutro tópico
http://www.portalclassicos.com/historia-cultura/17239-historia-da-alpine.html
não podia deixar passar num tópico como este, uma das minhas marcas de eleição.
O que seria do mundo sem os entusiastas?
Alguns tornaram-se famosos, porém, outros caíram no esquecimento apesar da influência que tiveram no seu ramo. Uma dessas pessoas foi Jean Redélé, verdadeiro amante de carros desportivos e filho de um agente da Renault em Dieppe (França).
Em 1954, Redélé ganhou a Copa dos Alpes com um Renault 4CV preparado. Um ano depois , iniciou a construção de um pequeno coupe desportivo com motor traseiro, batizado de Alpine Mille Miles; também fundou uma empresa chamada “Société des Automobiles Alpine”.
O desenho de Michelotti
A sua primeira criação foi o A106, tinha um motor Renault de 4 cilindros e 750 cc, o qual desenvolvia potência original de 21 CV, e preparado para atingir 38CV. Sobre um chassis plano e a partir do desenho de Michelotti, montou o coupe de dois lugares. Um ano depois, equipou o carro com um motor Dauphine de 850 cc e posteriormente, utilizou um motor de 904 e 908 cc. Em 1957, o modelo conversível A108 é lançado, e dois anos depois, foi a vez do Sport. O novo chassis havia sido construído ao redor de uma estrutura central, no lugar da do tipo "bandeja" da Renault. Com o nome Berlinette Tour de France, este modelo começou a chamar a atenção das pessoas e tornou-se famoso o nome Alpine.
Sucesso em Le Mans
Embora a Alpine tenha fracassado em Le Mans em 1963, em 1964 a equipa ficou qualificada em 17º, 20º e 25º lugar, ganhando a “Coupe Annuelle à l'Indice au Rendement Energetique” (Prémio Anual ao Automóvel de Melhor Rendimento de Combustível); uma invenção tipicamente francesa, pois a França precisava de carros capazes de competir com feras como Ferrari e Aston Martin.
O Alpine A110/A220 obteve bons resultados e ganhou vários prémios na sua categoria, embora nunca pôde competir em igualdade com a Matra ou a Porsche. Em 1969 a escuderia abandona os autódromos para se concentrar nos ralis.
O controle da Renault
A "Automóveis Alpine" era uma empresa independente, porém as competições eram controladas pela Renault. Embora de forma extra-oficial, na verdade, a equipa de competição da Renault era formada pela Alpine; todos sabiam que se os carros Alpine vencessem uma competição, os "louros" iriam para a Renault, porém se o resultado fosse negativo, o responsável era Jean Redélé.
Entretanto, o que a Alpine precisava era participar em ralis: em 1968 os seus pilotos venceram o rali checo e alpino. Em 1969 conquistaram os três primeiros lugares na Copa dos Alpes. Naquele ano, a série de cilindradas era de 1.300, 1.400 ou 1.600 cc.
Um magnífico carro de ralis
O Alpine A110 foi um pequeno grande carro de corrida, capaz de manter uma longa distância de seus rivais em circuitos tortuosos - talvez à excepção do Porsche 911, que era muito veloz. O ápice de sua carreira foi no Rali de Monte Carlo, quando obteve os 1º, 2º e 3º lugares como o sueco Ove "Paven" Andersson. Em 1971, a Alpine também venceu o Campeonato do Mundo de Ralis; em grande parte pelas vitórias de Ove Andersson, mas também pelo forte apoio financeiro da Renault. A equipa de pilotos da Alpine contava com nomes famosos como Jean Luc-Therier, Bernard Darniche e Jean-Pierre Nicholas.
O modelo A110 foi fabricado até 1977, ano em que já haviam sido fabricadas 8.203 unidades. Actualmente, é muito raro ver um exemplar circulando pelas estradas. O nome Alpine permanece na memória, mas não na de muitas pessoas, e quando o nome Jean Redélé é mencionado, infelizmente a maioria dos amantes do mundo motor nem sequer ouviu falar... A menos que sejam franceses, é claro!
O Alpine vencedor em Monte Carlo:
Ver anexo 157235
Ver anexo 157236
Outros anexos de interesse relevante (espero que gostem ):
Ver anexo 157237
Ver anexo 157238
Ver anexo 157239
Ver anexo 157240
Ver anexo 157241
Ver anexo 157242
Ver anexo 157243
Ver anexo 157244
Ver anexo 157245
Patrick Le Quément, antigo director geral de Design da marca Renault, afirma já por três vezes ter tentado reavivar a marca Alpine, mas nenhuma com sucesso.
Deixo apenas aqui alguns trabalhos que se vão vendo por aí de alguns entusiastas que gostavam de voltar a ver esta marca no mercado que hoje é praticamente exclusivo da Porche. Peço desculpa por me ter alongado tanto, se porventura postar novos logotipos serei mais sucinto. Cumprimentos
Ver anexo 157247
Ver anexo 157248
Ver anexo 157249
Ver anexo 157250
Ver anexo 157251
Ver anexo 157252
Ver anexo 157261
Ver anexo 157262
http://www.portalclassicos.com/historia-cultura/17239-historia-da-alpine.html
não podia deixar passar num tópico como este, uma das minhas marcas de eleição.
O que seria do mundo sem os entusiastas?
Alguns tornaram-se famosos, porém, outros caíram no esquecimento apesar da influência que tiveram no seu ramo. Uma dessas pessoas foi Jean Redélé, verdadeiro amante de carros desportivos e filho de um agente da Renault em Dieppe (França).
Em 1954, Redélé ganhou a Copa dos Alpes com um Renault 4CV preparado. Um ano depois , iniciou a construção de um pequeno coupe desportivo com motor traseiro, batizado de Alpine Mille Miles; também fundou uma empresa chamada “Société des Automobiles Alpine”.
O desenho de Michelotti
A sua primeira criação foi o A106, tinha um motor Renault de 4 cilindros e 750 cc, o qual desenvolvia potência original de 21 CV, e preparado para atingir 38CV. Sobre um chassis plano e a partir do desenho de Michelotti, montou o coupe de dois lugares. Um ano depois, equipou o carro com um motor Dauphine de 850 cc e posteriormente, utilizou um motor de 904 e 908 cc. Em 1957, o modelo conversível A108 é lançado, e dois anos depois, foi a vez do Sport. O novo chassis havia sido construído ao redor de uma estrutura central, no lugar da do tipo "bandeja" da Renault. Com o nome Berlinette Tour de France, este modelo começou a chamar a atenção das pessoas e tornou-se famoso o nome Alpine.
Sucesso em Le Mans
Embora a Alpine tenha fracassado em Le Mans em 1963, em 1964 a equipa ficou qualificada em 17º, 20º e 25º lugar, ganhando a “Coupe Annuelle à l'Indice au Rendement Energetique” (Prémio Anual ao Automóvel de Melhor Rendimento de Combustível); uma invenção tipicamente francesa, pois a França precisava de carros capazes de competir com feras como Ferrari e Aston Martin.
O Alpine A110/A220 obteve bons resultados e ganhou vários prémios na sua categoria, embora nunca pôde competir em igualdade com a Matra ou a Porsche. Em 1969 a escuderia abandona os autódromos para se concentrar nos ralis.
O controle da Renault
A "Automóveis Alpine" era uma empresa independente, porém as competições eram controladas pela Renault. Embora de forma extra-oficial, na verdade, a equipa de competição da Renault era formada pela Alpine; todos sabiam que se os carros Alpine vencessem uma competição, os "louros" iriam para a Renault, porém se o resultado fosse negativo, o responsável era Jean Redélé.
Entretanto, o que a Alpine precisava era participar em ralis: em 1968 os seus pilotos venceram o rali checo e alpino. Em 1969 conquistaram os três primeiros lugares na Copa dos Alpes. Naquele ano, a série de cilindradas era de 1.300, 1.400 ou 1.600 cc.
Um magnífico carro de ralis
O Alpine A110 foi um pequeno grande carro de corrida, capaz de manter uma longa distância de seus rivais em circuitos tortuosos - talvez à excepção do Porsche 911, que era muito veloz. O ápice de sua carreira foi no Rali de Monte Carlo, quando obteve os 1º, 2º e 3º lugares como o sueco Ove "Paven" Andersson. Em 1971, a Alpine também venceu o Campeonato do Mundo de Ralis; em grande parte pelas vitórias de Ove Andersson, mas também pelo forte apoio financeiro da Renault. A equipa de pilotos da Alpine contava com nomes famosos como Jean Luc-Therier, Bernard Darniche e Jean-Pierre Nicholas.
O modelo A110 foi fabricado até 1977, ano em que já haviam sido fabricadas 8.203 unidades. Actualmente, é muito raro ver um exemplar circulando pelas estradas. O nome Alpine permanece na memória, mas não na de muitas pessoas, e quando o nome Jean Redélé é mencionado, infelizmente a maioria dos amantes do mundo motor nem sequer ouviu falar... A menos que sejam franceses, é claro!
O Alpine vencedor em Monte Carlo:
Ver anexo 157235
Ver anexo 157236
Outros anexos de interesse relevante (espero que gostem ):
Ver anexo 157237
Ver anexo 157238
Ver anexo 157239
Ver anexo 157240
Ver anexo 157241
Ver anexo 157242
Ver anexo 157243
Ver anexo 157244
Ver anexo 157245
Patrick Le Quément, antigo director geral de Design da marca Renault, afirma já por três vezes ter tentado reavivar a marca Alpine, mas nenhuma com sucesso.
Deixo apenas aqui alguns trabalhos que se vão vendo por aí de alguns entusiastas que gostavam de voltar a ver esta marca no mercado que hoje é praticamente exclusivo da Porche. Peço desculpa por me ter alongado tanto, se porventura postar novos logotipos serei mais sucinto. Cumprimentos
Ver anexo 157247
Ver anexo 157248
Ver anexo 157249
Ver anexo 157250
Ver anexo 157251
Ver anexo 157252
Ver anexo 157261
Ver anexo 157262
Anexos
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Alpine vencedor Monte Carlo.jpg130.7 KB · Vistos: 7
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Alpine vencedor Monte Carlo 2.jpg129.2 KB · Vistos: 7
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J Rédélé.jpg104.5 KB · Vistos: 7
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Alpine serigrafia.jpg204.1 KB · Vistos: 8
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No Porto.jpg140.9 KB · Vistos: 7
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Rally Tap Portugal 73.jpg120.4 KB · Vistos: 6
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Cartaz MC 73.jpg102.8 KB · Vistos: 6
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Alpine A110 back.jpg103.7 KB · Vistos: 8
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Alpine A110 front.jpg118.7 KB · Vistos: 7
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Alpine cores.jpg123.9 KB · Vistos: 8
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Monte Carlo 68 Bacquets.jpg154.6 KB · Vistos: 7
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Regresso Alpine.jpg40.1 KB · Vistos: 8
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0,,15173005,00.jpg36.4 KB · Vistos: 8
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scoop02 alpine.jpg23.6 KB · Vistos: 7
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scoop01.jpg20.4 KB · Vistos: 9
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Renault_Alpine_210_RS.jpg27.2 KB · Vistos: 9
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272266.jpg76.9 KB · Vistos: 6
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alpine24tf.jpg37.3 KB · Vistos: 6
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lusomotors-60_203.jpg51.8 KB · Vistos: 5