Olá,
Acho que tudo tem a haver com aquilo para que queremos os nossos classicos e quais são eles.
Se o nosso objectivo for ter um classico em estado de concurso, para ir a eventos de classicos em que priveligia a originalidade, se esse mesmo classico for um carro de produção reduzida, com interesse histórico, ou mesmo apenas porque é assim que gostamos, então, devemos respeitar ao máximo possivel a originalidade dos mesmos.
Se o nosso objectivo fôr ter um classico para um uso diario ou regular e se esse mesmo carro não for um carro com um interesse histórico inequivoco, então penso que não haverá grande problema em modificar/actualizar alguns componentes para conforto e segurança, quer nossa, quer dos outros, que também andam na estrada numa base diária, os quais, não têm culpa nenhuma e nem sabem, que os nossos carros têm distancias de travagem muito maiores que os carros actuais, etc, etc.
Senão vejamos, não me passa pela cabeça, e penso que não passe pela cabeça de ninguém neste forum, pegar num Rolls Royce Phantom I de 1925 e pôr-lhe travões de disco, ignição electronica, etc.. Pois penso que quem tem um carro desses pretende e deve manter a originalidade do mesmo.
Por outro lado, em carros de grande produção e mais actuais, ou seja, que bem conservados no seu estado original, poderão ainda ser passiveis de uma utilização diaria, mas que para o possamos fazer ainda com mais conforto, segurança e não nos podemos esquecer da questão das emissões, não vejo grande problema na adopção de alguns componentes, que não alterem estéticamente os carros. Pois se não gostamos do aspecto deles é melhor não os termos! Não sou de todo adepto do chamdo ''xunning de classicos'' tão em voga, por exemplo nos EUA, refiro-me sim á adopção de soluções mais actualizadas de suspensão, ignição, travagem, etc. em carros relativamente recentes.
Também, devo confessar, que não me choca em nada a conversão/adaptação dos mesmos para combustiveis tipo GPL e E85, que em nada mudam os principios do motor de combustão interna, apenas o que se queima! Claro está, em carros que pretendamos utilizar no dia a dia, de grande produção e sem interesse histórico concreto.
A titulo de exemplo, voltando ao Rolls Royce Phantom I, os primeiros chassis foram construidos apenas com travões ás rodas de trás e na sua grande maioria e durante a ''vida activa'' destes carros nos anos 20 e 30 foram instalados travões nas rodas da frente por quase todos os proprietários por razões óbvias... e penso que nos que sobreviveram até hoje na sua grande maioria, continuam com os travões da frente...
Aproveito também para dizer algo que nem muitos sabem, é que utilizar um classico no dia a dia, é mais ecológico do que comprar um carro novo, pois é muito pouco provavel que um carro vá gerar mais emissões, durante toda a vida util, do que a industria gera para produzir um carro novo, é algo assim como não imprimir os e-mail para poupar as árvores...
Deixo aqui uns likns de resturaos, com actualizção de suspensões e travões que penso que em nada desvirtuam os carros em questão.
Jaguar XJS 3.6 cabrio de 1986, restauro com instalação de suspensões, travões e direcção modernizadas:
http://www.kwengineering.org/CAB/index.htm
Jaguar XJ12 de 1991, este levou tudo e mais alguma coisa, devo confessar que dispensava as jantes e pelo menos o rádio...
http://www.kwengineering.org/H330YYK/
Um abraço a todos,
Jorge