Modificações em clássicos:Digam de vossa justiça

João Maria Morais

Hong Kong Syndicate
Hé, nada de paranóia! E eu nunca faço ataques gratuitos, e muitas vez deixo passar algumas baboseiras por simples prazer de ver a pessoa se entalar:p
O Jeorge Neves percebeu o intuito da "minha prosa"
O que queria fazer entender, é que a base um carro restaurado é por si só um carro alterado se queremos empurrar muito alem a noção de integrismo vintage.
 

Tiago Filipe Santos

Opel Classic Racer
eu vou dar a minha opiniao...
é simples, sou fã dos carros originais pelo facto de terem sido concebidos assim e de assim terem valor comercial.
mas por outro lado, nao vejo os classicos como negocio, vejo nao so como um prazer como para alguns,um modo de vida, ou seja, cada um faz o que bem entender, gosto naturalmente de ver modificaçoes que se utilizavam na epoca por estas se adaptarem melhor ao estilo do proprio carro.
a unica coisa que nao em cai bem é tentarem fazer de um carro classico o mais moderno la da rua,aplicando soluçoes que nao se compatibilizam com o carro e a epoca dele.

abraços
 

Joao Rodrigues

Clássico
Sou 100% pela originalidade em tudo o que tem rodas..

Claro que no restauro de um carro, por vezes há peças que simplesmente não se encontram, "obrigado" a encotrar peças equivalente. É o caso que o Mike deu em relação ao radiador da IVECO, foi a única forma de manter a carrinha a andar... :cool:


Outro caso em que consigo compreender a opçao por peças não originais é quando as originias custam balurdios. Se me pediram 400€ por uns farois carello para um Fiat 500 e consigo outros iguais sem marca, acho prefeitamente lógico que se optem pelas "réplicas".


Uma coisa é não respeitar a originalidade para manter o carro a andar e usufruir dele.


Agora grandes tuning como por os carros a andar mais, com backets XPTO, carburadores 70, pneux XYZ dispenso. Acho que a ideia em andar num clássico é mesmo sermos transportados para outra época, sentirmos o que os nosso pais (no meu caso) sentiam quando iam para o algarve de Fiat 600...

..sem modernices..

..sem cavalos extras..

..sem travões XPTO..

..a terem que parar a cada 100km porque o carro aquecia..

.. chegar de manha ao carro e ele não pegar porque a humidade da noite tinha sido mais "malandra"...


Agora ter um clássico modernizado, com todos os problemas resolvidos, em que me basta entrar nele e rodar a chave... em que trava bem, anda bem, é confortável...


olha.. compro um moderno!
 
Vá lá, eu vou ser purista e dizer que p'ra mim é muito melhor ter (e ver) um clássico no seu estado "original"..;);)

Mas atenção, se bem que pessoalmente não gosto dos xunings visuais que por aí andam (para mim alguns são aberrações), concordo com o tunning que já existia na epoca do classico.. Obviamente estou a falar nos famosos kits abarth para fiat e outras, assim como outros para minis e afins!

Não planeio por kits, nem praticar tunning no meu 127.. mas adoro ver um "abarth" todo direitinho!! :p:p E se tudo correr bem, e eu ainda conseguir encontrar 127s perdidos por aí, hei-de arranjar um e transforma-lo em abarth :DD a ver vamos!!

De resto, façam o que quiserem (dentro da legislação) porque o carro á vosso.. Mas que provavelmente vão ser coisas que me vão doer ver na rua.. vão.. e então quando ouvir a dizer o preço.. ui, até vou bufar :wacko:

Mas prontos..
 

Ribeirinho

Clássico
Guilherme Bugalho disse:
HI
(...)
Num restauro para mim o que está em causa (importante) é o desmanchar e voltar a montar, perceber as soluções técnicas que na altura foram aplicadas para resolver alguns problemas. Isso é que dá "pica". Depois então segue-se outra fase o "gozar" em pleno (andar) o carro.

Ora cá está um comentário com o qual me identifico. Manter a originalidade o mais possível. Tal como também o João Rodrigues referiu. Mas é a minha opinião. REcordar e experimentar as sensações e emoções que estiveram presentes na utilização que foi pensada para esse carro.

Só acrescento que em modelos mais vendidos, e dentro da mesma "forma" foram por vezes sendo aplicadas melhorias nos sistemas utilizados ao longo dos anos, no mesmo modelo. Compreendo e aceito estas alterações, pois foram para corrigir defeitos muitas vezes.

Também penso que deveria haver uma classificação para cada grau de alteração. Pois uma coisa é manter como novo, outra é introduzir pequenas alterações de época, outra é fazer umas "evoluções", outra é modernizar (como os minis dos anos 80 em que só a forma era igual ao original).

Concordarão que substituir um sistema de platinados por ignição electrónica ou introduzir um servo-freio onde antes não havia são alterações que considero já fora da originalidade. Mas concordo que deva haver espaço para quem goste. Não pode é querer que o apreciem como um original (para quem gosta).
É como há uns dias vi, uma carroça do pessoal que gosta de passear cavalos, toda bonita e à primeira vista "á época", mas com travões de disco hidráulicos....

Se os vossos carros são de piscas de setas, então têm de fazer como se fazia dantes e ainda está no CE, usar as mãos !

Agora se os bancos do Panda que são mais confortáveis são usados no 127, continua a ser um 127, mas que terá um valor diferente e pelo menos eu olharei para ele de maneira diferente da que olho para um 127 com bancos de napa preta e forma original.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Joao Rodrigues disse:
Sou 100% pela originalidade em tudo o que tem rodas..

Claro que no restauro de um carro, por vezes há peças que simplesmente não se encontram, "obrigado" a encotrar peças equivalente. É o caso que o Mike deu em relação ao radiador da IVECO, foi a única forma de manter a carrinha a andar... :cool:


Outro caso em que consigo compreender a opçao por peças não originais é quando as originias custam balurdios. Se me pediram 400€ por uns farois carello para um Fiat 500 e consigo outros iguais sem marca, acho prefeitamente lógico que se optem pelas "réplicas".


Uma coisa é não respeitar a originalidade para manter o carro a andar e usufruir dele.


Agora grandes tuning como por os carros a andar mais, com backets XPTO, carburadores 70, pneux XYZ dispenso. Acho que a ideia em andar num clássico é mesmo sermos transportados para outra época, sentirmos o que os nosso pais (no meu caso) sentiam quando iam para o algarve de Fiat 600...

..sem modernices..

..sem cavalos extras..

..sem travões XPTO..

..a terem que parar a cada 100km porque o carro aquecia..

.. chegar de manha ao carro e ele não pegar porque a humidade da noite tinha sido mais "malandra"...


Agora ter um clássico modernizado, com todos os problemas resolvidos, em que me basta entrar nele e rodar a chave... em que trava bem, anda bem, é confortável...


olha.. compro um moderno!



Estou de acordo contigo. Quanto a preços é que não, e por isso não te digo quanto custaram estes dois filtros de oleo para o vauxhall (by the book).:DD:D
 

Anexos

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Joao Rodrigues

Clássico
Guilherme Bugalho disse:
Estou de acordo contigo. Quanto a preços é que não, e por isso não te digo quanto custaram estes dois filtros de oleo para o vauxhall (by the book).:DD:D

Eu por exemplo tenho um carburador que tambem tenho vergonha de dizer quanto custou, mas preferi ter o Solex (nao me lembro da medida..) original que o weber 26 que lá estava...

Mas por exemplo os farois tambem se passou comigo, mas essa ai preferi deixar passar... :D


Mas por vezes é mais forte que nós... :D
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
Já referi noutro tópico, o meu não muito original Mini 1275GT, tem inumeras alterações da época, anda mais, trava melhor, É MENOS CONFORTÁVEL, mas é de facto assim que eu gosto dele.

Para acrescentar algo de novo ao tópico, eu diria que desde que que reversiveis, todas as alterações são razoaveis.
 
mauroamaral disse:
Antes de mais, acho que o classico, tem de ser ao gosto do dono.
Ninguem quer ter um carro para agradar aos outros, o meu carro é para me agradar primeiramente a mim.

Mesmo aqueles classicos que ficam irreconheciveis, e que nao agrada a maior parte da comunidade, como um 500 que esteve ai a ser votado, mais vale ficar assim, do que ir para a prensa.

Se fosse rico, tinha 3 unidades de cada modelo: 1 originalissima, outra, ao meu gosto, e a outra extremamente, abusadamente, estupidamente desportiva! :D

concordo plenamente com o mauro!
O carro tem é que ficar ao gosto do dono!!!!!
e o resto é conversa! se nao gostam tapem os olhos :D:cool:
 

Fernando Salgueiro

Gran Turismo
Não há nada 100% original. Tudo sofre mutações com o tempo nem que fossem leves descolorações...

Na minha opinião, estar ou não de origem, depende muito do carro e do dono e do "bom gosto", sempre subjectivo. Acho um crime, colocar umas jantes 16'' num FIAT Dino, como já tive oportunidade de presenciar, porque além de serem de um extremo mau gosto, desvirtuam o comportamento do carro. Ou seja, alterações que roçam a piroseira, que não tem qualquer vantagem funcional e que servem apenas para encher os olhos (dos que não sabem apreciar...), sou contra. Quanto a transformações "razoáveis" (6 para 12 V, melhores luzes, etc) aceito-os nos clássicos que não as possuam já de origem (sim, porque nem todos os carros são chapas com um motor algures), desde que estejam num "espírito da época", ou seja, que não choquem. Por exemplo: faróis de Xenon num carro dos anos 70, não. Mas usar tintas e protecções de chasssis muito melhores que os de origem, sim.
 

Jorge Neves

YoungTimer
Olá,

Acho que tudo tem a haver com aquilo para que queremos os nossos classicos e quais são eles.

Se o nosso objectivo for ter um classico em estado de concurso, para ir a eventos de classicos em que priveligia a originalidade, se esse mesmo classico for um carro de produção reduzida, com interesse histórico, ou mesmo apenas porque é assim que gostamos, então, devemos respeitar ao máximo possivel a originalidade dos mesmos.

Se o nosso objectivo fôr ter um classico para um uso diario ou regular e se esse mesmo carro não for um carro com um interesse histórico inequivoco, então penso que não haverá grande problema em modificar/actualizar alguns componentes para conforto e segurança, quer nossa, quer dos outros, que também andam na estrada numa base diária, os quais, não têm culpa nenhuma e nem sabem, que os nossos carros têm distancias de travagem muito maiores que os carros actuais, etc, etc.

Senão vejamos, não me passa pela cabeça, e penso que não passe pela cabeça de ninguém neste forum, pegar num Rolls Royce Phantom I de 1925 e pôr-lhe travões de disco, ignição electronica, etc.. Pois penso que quem tem um carro desses pretende e deve manter a originalidade do mesmo.

Por outro lado, em carros de grande produção e mais actuais, ou seja, que bem conservados no seu estado original, poderão ainda ser passiveis de uma utilização diaria, mas que para o possamos fazer ainda com mais conforto, segurança e não nos podemos esquecer da questão das emissões, não vejo grande problema na adopção de alguns componentes, que não alterem estéticamente os carros. Pois se não gostamos do aspecto deles é melhor não os termos! Não sou de todo adepto do chamdo ''xunning de classicos'' tão em voga, por exemplo nos EUA, refiro-me sim á adopção de soluções mais actualizadas de suspensão, ignição, travagem, etc. em carros relativamente recentes.

Também, devo confessar, que não me choca em nada a conversão/adaptação dos mesmos para combustiveis tipo GPL e E85, que em nada mudam os principios do motor de combustão interna, apenas o que se queima! Claro está, em carros que pretendamos utilizar no dia a dia, de grande produção e sem interesse histórico concreto.

A titulo de exemplo, voltando ao Rolls Royce Phantom I, os primeiros chassis foram construidos apenas com travões ás rodas de trás e na sua grande maioria e durante a ''vida activa'' destes carros nos anos 20 e 30 foram instalados travões nas rodas da frente por quase todos os proprietários por razões óbvias... e penso que nos que sobreviveram até hoje na sua grande maioria, continuam com os travões da frente...

Aproveito também para dizer algo que nem muitos sabem, é que utilizar um classico no dia a dia, é mais ecológico do que comprar um carro novo, pois é muito pouco provavel que um carro vá gerar mais emissões, durante toda a vida util, do que a industria gera para produzir um carro novo, é algo assim como não imprimir os e-mail para poupar as árvores...:D

Deixo aqui uns likns de resturaos, com actualizção de suspensões e travões que penso que em nada desvirtuam os carros em questão.

Jaguar XJS 3.6 cabrio de 1986, restauro com instalação de suspensões, travões e direcção modernizadas:
http://www.kwengineering.org/CAB/index.htm

Jaguar XJ12 de 1991, este levou tudo e mais alguma coisa, devo confessar que dispensava as jantes e pelo menos o rádio...:cool:
http://www.kwengineering.org/H330YYK/


Um abraço a todos,

Jorge
 

Ribeirinho

Clássico
Jorge Neves disse:
Na sequência do meu post anterior, sobre a segurança e conforto dos clássicos para o uso diário, está aqui um artigo bastante interessante para quem lêr Inglês.

http://www.oldclassiccar.co.uk/disadvantages.htm

Jorge

Para mim é isto (últimos 2 parágrafos do artigo):

The bottom line is that choosing to drive a classic on a regular basis, requires a certain mindset and enthusiasm to get involved with the workings of a car. If your interest in maintaining a car never stretches beyond running it through a car wash once a year, then maybe a vintage or classic isn't really for you (unless you can afford to pay someone to take care of all the menial tasks such as maintenance).

But If you're willing to adjust to the way that old cars work, and their needs, then they can be a lot of fun. Put a little time aside to keep on top of routine maintenance, and allow a little extra time for your journeys (unless you go for a sportingly rapid machine). Expect things to go wrong every now and then, take some precautions to minimise the impact that such problems cause, and you should get by ok and keep most of your sanity.
 

Rui Rego

bmw2002t
Jorge Neves disse:
Boa tarde,

Eu sou a favor das alterações, desde que não comprometam em grande medida a originalidade dos carros.
Por exemplo há aberrações como Jaguares XJ dos anos 60 e 70, e outros caroos a gasolina, onde foram ''enfiados'' motores Mercedes diesel para os tornar mais económicos... Isso é o que eu chamo uma aberração.
Por outro lado sou completamente a favor de pequenas alterações que tornem os carros mais fiáveis e utilizaveis e seguros nos nossos dias, como por exemplo, sistemas de ignição, amortecedores mais modernos, sistemas de travagem mais actuais com discos ventilados, etc.
Estou a pensar mesmo pôr um distribuidor elecronico no meu Daimler, porque o Lucas OPUS que vem de origem é um verdadeiro pesadelo, quer para afinar, como na fiabilidade.
A titulo de exemplo, e perdoêm-me a publicidade, posso garantir que não tenho qualquer relação com a empresa em causa, deixo aqui o link da 123 Ignition, na Holanda que faz distribuidores electronicos (no fundo sistemas de ignição electronica), que no fundo apenas melhoram o desempenho, economia, emissões, etc dos motores e até conseguem passar despercebidos no campo estético, pois têm o aspecto de distribuidores normais. Isto é o tipo de alterações que eu considero benéficas nos classicos.

http://www.123ignition.nl/

Um abraço a todos,

Jorge

Falaram-me dessas alterações nos Jaguares, alguns levavam tb com motores do Nissan Patrol, talvez na altura fosse o RD33, faziam um cloche nossa para albergar a mesma caixa ou coisa do genero.
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Jorge Neves disse:
:huh:inconvenientes, se é que os há...:p

Pois, e sem pretender entrar em dialogo mas ........... logo "desvantagens"/inconvenientes de um carro classico, o artigo ja está condicionado.:DD
Esse site para mim (e salvo melhor opinião) não tem credibilidade, e já vi algumas criticas a ele, incluindo procura de informação sobre quem acede.
 
:feliz:
Originalidade e alterações QB são situações de bom senso.
Por uns pneus mais seguros? Porque não?
Tornar uma ignição de platinados mais eficaz com electronica? pode ser, embora eu não tenha feito isso em nenhum dos classicos que tenho.
Agora alterações espatafurdias como minis de motor 1600cc, ou dois cavalos com motor visa GT, ou Bocas de sapo com motor diesel já acho exagero.
Pois o objectivo de ter um classco passa por telo na mesma condição da época em que foi feito. um Fiat 128 não foi pensado nos anos setenta para as condições do ano 2000 ( Embora até se comporte bem).
 

Jorge Neves

YoungTimer
Também não quero entrar em dialogo, mas vejo que nem sequer leu o artigo senão não diria isso, apenas se limitou a ler uma palavra do link do endereço web ( que nem sequer consta do titulo nem do espirito do artigo )...
Quanto ao site ( http://www.oldclassiccar.co.uk/ ), deve estar melhor informado do que eu... não o conheço bem, apenas lá fui dar por um ''searching engine'' e achei o artigo apropriado para o tópico deste forum.



Guilherme Bugalho disse:
Pois, e sem pretender entrar em dialogo mas ........... logo "desvantagens"/inconvenientes de um carro classico, o artigo ja está condicionado.:DD
Esse site para mim (e salvo melhor opinião) não tem credibilidade, e já vi algumas criticas a ele, incluindo procura de informação sobre quem acede.
 
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