Caros amigos Portalistas,
Aviso desde já que isto vai ser longo... provavelmente vou escrever em prestações, porque há muito a dizer sobre este tema. E quem ler isto até ao fim corre o sério risco de ver as suas crenças desafiadas, convém que tragam alguma abertura mental quando se sentarem em frente ao ecrã.
Outro "disclaimer" que é absolutamente necessário fazer é que aquilo que eu vou aqui apresentar é um conjunto de factos comprovados cientificamente (e não, não é daquela ciência que diz que se usarmos cuecas com foguetões vai estar um dia de sol), mas que geralmente não são muito noticiados (e vão perceber porquê). Tudo isto é o resultado de mais de dois anos de pesquisa para terminar com o meu próprio cepticismo, porque acima de tudo eu sou racional e creio na ciência, e não em figuras imaginárias.
Introdução
Há cerca de dois anos decidi, de um dia para o outro, tornar-me vegano. Foi uma decisão súbita, mas fundamentada. Depois de ter lido e tomado contacto com alguma informação sobre o assunto, comecei a perceber que era algo que fazia perfeito sentido e resolvi experimentar.
Para quem nem sequer sabe muito bem o que ser vegano implica, eu passo a explicar:
Acima de tudo, é uma opção de vida que se rege pela ética da não-violência. Violência essa sob qualquer forma, directa ou indirecta, contra qualquer ser senciente. Senciente significa um ser vivo que tem sentimentos, ou seja, qualquer animal ou insecto.
Em termos de alimentação, isso significa que só se consomem produtos de origem vegetal. Cereais, legumes, frutas, etc. Em termos de roupa e outros produtos de bem-estar, significa não comprar nenhum produto de origem animal como peças de couro ou peles e afins. Em termos de produtos para o lar, não comprar nada que seja testado em animais.
Lida já esta lista de condições, dir-me-ão muitos de vocês que é insustentável e impraticável fazê-lo. Talvez possa parecer (também me pareceu a mim), mas é fácil e, melhor que isso, é muito melhor para nós próprios. Se quiserem acompanhar isto até ao fim, eu vou explicar algumas escolhas e listar opções.
Porque é que isto é importante e porque me hei-de ralar com isso?
A nossa sociedade criou resguardos e subtilizou toda a violência implícita em determinadas escolhas que fazemos a tal ponto que muitas pessoas nem associam mais os produtos que compram ao acto de violência que os tem por base. A humanidade desliga-se assim e demite-se dos actos de violência que são praticados longe dos olhares colectivos, e torna-se cada vez mais dessensibilizada ao que não vê. Encolhem-se os ombros em jeito de impotência e deixamos andar, porque achamos que não podemos alterar nada. Mas se cada um fizer uma escolha informada, o mundo muda. E o impacto é surpreendente, como vão poder ver mais adiante.
O impacto de ter um estilo de vida vegano é dramático... a saber:
- Ambiental: Só a opção por ter uma alimentação inteiramente à base de plantas reduz o nosso impacto ambiental em mais de metade. Os números oficiais dizem que, de todo o impacto ambiental provocado pelo Homem, cerca de 53% é directa ou indirectamente associado à indústria agropecuária. Sim, estão a ler bem. Mais de metade do que poluímos é produzido pela indústria das carnes e derivados animais. Isto inclui as produções intensivas, produções de pequena escala, o desmatamento, o consumo de água e a poluição dos solos, rios e oceanos, etc.
- Saúde: Segundo as últimas conclusões da Organização Mundial de Saúde, mais de 70% das doenças que flagelam a Humanidade neste momento são de origem animal, ou seja, derivadas do consumo de produtos de origem animal. Isto inclui cancros, tumores, diabetes, osteoporoses e afins. Se quiserem eu depois explico resumidamente como isto acontece, já li os estudos todos.
- Ético: Ninguém nasce a odiar ninguém. Somos naturalmente empáticos, mas ensinam-nos desde cedo a dissociar os bifes que temos na mesa do animal pacífico e carinhoso que é uma vaca ou porco. Os animais para consumo são desde cedo diferenciados dos animais domésticos pela cultura que se criou para proteger a indústria. É errado e incómodo matar e esventrar um cão, mas perfeitamente natural fazê-lo com um porco (que até são mais inteligentes e com uma personalidade muito parecida à do cão). Isto chama-se especismo, e é éticamente tão reprovável quanto o sexismo ou racismo o foram e continuam a ser.
Se isto é tudo tão errado, porque é que nunca se ouve falar disso?
Pela mesma razão de sempre: dinheiro. O dinheiro e os interesses económicos regem o mundo e a sociedade, e criam-se mentiras convenientes, distorcem-se factos e escondem-se verdades quando há algo a vender. E se algo incentivar a venda de outros produtos ainda, melhor... ajudam-se os milionários uns aos outros, ficam todos felizes e ricos à custa do povo enganado e que, mantendo-se ignorante, é facilmente explorado.
Passo a dar um exemplo: Está cientificamente comprovado que o consumo de produtos como a carne e os lacticínios provocam osteoporose e providenciam condições que fomentam o desenvolvimento de células cancerígenas. E isso dá logo lucro quer às leiteiras e às cadeias de fast-food e, em consequência, gera-se a necessidade de suplementos de cálcio e dos medicamentos e tratamentos anticancerígenos (a indústria farmacêutica é um dos mais lucrativos, poderosos e vergonhosos sectores da economia mundial).
Por outro lado, quem vai fazer publicidade aos vegetais? Os vegetais são baratos e saudáveis, só dão uns tostões a ganhar ao pequeno agricultor e alguns milhares às empresas de maior escala. As indústrias do fast-food vendem carne, queijo, pão, lacticínios sob todas as formas e feitios, fritos, açúcar e outras drogas.
(continua)
Aviso desde já que isto vai ser longo... provavelmente vou escrever em prestações, porque há muito a dizer sobre este tema. E quem ler isto até ao fim corre o sério risco de ver as suas crenças desafiadas, convém que tragam alguma abertura mental quando se sentarem em frente ao ecrã.
Outro "disclaimer" que é absolutamente necessário fazer é que aquilo que eu vou aqui apresentar é um conjunto de factos comprovados cientificamente (e não, não é daquela ciência que diz que se usarmos cuecas com foguetões vai estar um dia de sol), mas que geralmente não são muito noticiados (e vão perceber porquê). Tudo isto é o resultado de mais de dois anos de pesquisa para terminar com o meu próprio cepticismo, porque acima de tudo eu sou racional e creio na ciência, e não em figuras imaginárias.
Introdução
Há cerca de dois anos decidi, de um dia para o outro, tornar-me vegano. Foi uma decisão súbita, mas fundamentada. Depois de ter lido e tomado contacto com alguma informação sobre o assunto, comecei a perceber que era algo que fazia perfeito sentido e resolvi experimentar.
Para quem nem sequer sabe muito bem o que ser vegano implica, eu passo a explicar:
Acima de tudo, é uma opção de vida que se rege pela ética da não-violência. Violência essa sob qualquer forma, directa ou indirecta, contra qualquer ser senciente. Senciente significa um ser vivo que tem sentimentos, ou seja, qualquer animal ou insecto.
Em termos de alimentação, isso significa que só se consomem produtos de origem vegetal. Cereais, legumes, frutas, etc. Em termos de roupa e outros produtos de bem-estar, significa não comprar nenhum produto de origem animal como peças de couro ou peles e afins. Em termos de produtos para o lar, não comprar nada que seja testado em animais.
Lida já esta lista de condições, dir-me-ão muitos de vocês que é insustentável e impraticável fazê-lo. Talvez possa parecer (também me pareceu a mim), mas é fácil e, melhor que isso, é muito melhor para nós próprios. Se quiserem acompanhar isto até ao fim, eu vou explicar algumas escolhas e listar opções.
Porque é que isto é importante e porque me hei-de ralar com isso?
A nossa sociedade criou resguardos e subtilizou toda a violência implícita em determinadas escolhas que fazemos a tal ponto que muitas pessoas nem associam mais os produtos que compram ao acto de violência que os tem por base. A humanidade desliga-se assim e demite-se dos actos de violência que são praticados longe dos olhares colectivos, e torna-se cada vez mais dessensibilizada ao que não vê. Encolhem-se os ombros em jeito de impotência e deixamos andar, porque achamos que não podemos alterar nada. Mas se cada um fizer uma escolha informada, o mundo muda. E o impacto é surpreendente, como vão poder ver mais adiante.
O impacto de ter um estilo de vida vegano é dramático... a saber:
- Ambiental: Só a opção por ter uma alimentação inteiramente à base de plantas reduz o nosso impacto ambiental em mais de metade. Os números oficiais dizem que, de todo o impacto ambiental provocado pelo Homem, cerca de 53% é directa ou indirectamente associado à indústria agropecuária. Sim, estão a ler bem. Mais de metade do que poluímos é produzido pela indústria das carnes e derivados animais. Isto inclui as produções intensivas, produções de pequena escala, o desmatamento, o consumo de água e a poluição dos solos, rios e oceanos, etc.
- Saúde: Segundo as últimas conclusões da Organização Mundial de Saúde, mais de 70% das doenças que flagelam a Humanidade neste momento são de origem animal, ou seja, derivadas do consumo de produtos de origem animal. Isto inclui cancros, tumores, diabetes, osteoporoses e afins. Se quiserem eu depois explico resumidamente como isto acontece, já li os estudos todos.
- Ético: Ninguém nasce a odiar ninguém. Somos naturalmente empáticos, mas ensinam-nos desde cedo a dissociar os bifes que temos na mesa do animal pacífico e carinhoso que é uma vaca ou porco. Os animais para consumo são desde cedo diferenciados dos animais domésticos pela cultura que se criou para proteger a indústria. É errado e incómodo matar e esventrar um cão, mas perfeitamente natural fazê-lo com um porco (que até são mais inteligentes e com uma personalidade muito parecida à do cão). Isto chama-se especismo, e é éticamente tão reprovável quanto o sexismo ou racismo o foram e continuam a ser.
Se isto é tudo tão errado, porque é que nunca se ouve falar disso?
Pela mesma razão de sempre: dinheiro. O dinheiro e os interesses económicos regem o mundo e a sociedade, e criam-se mentiras convenientes, distorcem-se factos e escondem-se verdades quando há algo a vender. E se algo incentivar a venda de outros produtos ainda, melhor... ajudam-se os milionários uns aos outros, ficam todos felizes e ricos à custa do povo enganado e que, mantendo-se ignorante, é facilmente explorado.
Passo a dar um exemplo: Está cientificamente comprovado que o consumo de produtos como a carne e os lacticínios provocam osteoporose e providenciam condições que fomentam o desenvolvimento de células cancerígenas. E isso dá logo lucro quer às leiteiras e às cadeias de fast-food e, em consequência, gera-se a necessidade de suplementos de cálcio e dos medicamentos e tratamentos anticancerígenos (a indústria farmacêutica é um dos mais lucrativos, poderosos e vergonhosos sectores da economia mundial).
Por outro lado, quem vai fazer publicidade aos vegetais? Os vegetais são baratos e saudáveis, só dão uns tostões a ganhar ao pequeno agricultor e alguns milhares às empresas de maior escala. As indústrias do fast-food vendem carne, queijo, pão, lacticínios sob todas as formas e feitios, fritos, açúcar e outras drogas.
(continua)