Comer verde - a única opção com futuro?

Vitor Dinis Reis

Pre-War
Membro do staff
Portalista
Concordo com na questão do excessivo poder dos lobbys das industrias alimentares sobre os hábitos de consumo e saúde das populações. Todas estas grandes multinacionais têm apenas um grande objectivo: lucros! Mas isto é transversal o todas: das mais “verdinhas” às mais tóxicas. Sem excepção!

Quanto à discussão sobre a alimentação: divido-a em dois vectores. Saúde/Ciência e Estilo de Vida/Valores Individuais

Estilo de Vida/Valores Individuais

Acredito que todos somos livres e que temos a obrigação de adoptar uma forma de estar na qual nos sintamos felizes e realizados. Se isso passa por comer exclusivamente vegetais ou exclusivamente carnes é uma opção individual que deve ser respeitada. Para mim são extremos e coloco-os no mesmo patamar. São como as ditaduras de direita ou de esquerda: nunca passam de ditaduras.

O que mais me incomoda nos extremos são as tentativas de imposição da “verdade absoluta” e intolerância. Faz-me lembrar as religiões e – mais não fosse – fujo destas conversas.

Eu adoro animais e tenho vários. Perguntarem-me se sou capaz de os comer é tão estupido como perguntarem-me se sou capaz de “casar” com a minha irmã, filha ou mãe só porque são mulheres. Para mim não faz sentido nem entro neste tipo de diálogo.

Saúde/Ciência

Facto 1: não somos macacos nem leões, cavalos ou insectos. Nós, Homo sapiens, somos a única espécie do género Homo. A família dos hominídeos separou-se entre 4 e 8 milhões de anos em várias géneros (Pan, Homo, Pongo...) e à cerca de 2,5 milhões os Homo diferenciam-se definitivamente dos restantes hominídeos (Australopithecus).
Não aceito quando a conversa diverge para o campo das comparações entre espécies. Podemos ter dentes de macaco, intestino de boi ou estômago de leão que no final somos sempre humanos, diferentes de todas as outras espécies. Únicos, incomparáveis para o bem e para o mal!

Facto 2: desde o surgimento do género Homo são conhecidas várias espécies: habilis, erectus, neandethalensis, etc. Todos foram caçadores! Mesmo as espécies mais antigos sobre as quais hoje se discute se devem ser incluídos na espécie Homo – como o habilis ou habilidoso porque utiliza materiais como osso, madeira e pedra para fazer ferramentas de caça.

Assim, até à introdução da agricultura (neolítico) à 10.000 anos todos os humanos são caçadores-colectores. Essa herança genética têm – pelo menos – 2,5 milhões de anos.

Facto 3: a ciência e os estudos científicos só tem valor com "Grau de Recomendação A". Este grau de evidência científica excluí, entre outros:
- Opinião pessoal
- Estudos de caso-controle
- Estudos epidemiológicos

Ignorem estudos sobre alimentação humana feitos em animais como macacos, coelhos ou ratos. Nós somos outro bicho!

Ignorem estudos de correlação: Um exemplo conhecido de correlação foi demonstrada na Austrália, entre o consumo de gelados e o ataque por tubarões. Quanto maior o consumo de gelados, maior o número de ataques. Esta correlação é estatisticamente significativa. Porquê? Obviamente é apenas uma variável de confusão. Neste caso a variável é o calor.

Também existem estudos de correlação que dizem que quem se alimenta unicamente de vegetais é mais saudável. Vejam: quem têm preocupação com a alimentação revela maior preocupação consigo mesmo. Normalmente estas pessoas não fumam, bebem menos álcool ou esforçam-se por fazer desporto e ter uma vida SAUDÁVEL! Qual a variável de confusão? Vegetarianismo pois claro!

Estudos com Grau de evidência científica A são “Ensaios Clínicos” ou “Estudos prospectivos randomizados”, Metanálises/Revisões Sistemáticas. Alguém conhece algum que prove inequivocamente e sem margem de dúvida que uma alimentação vegana é a melhor? E o seu contrário?


Resumindo:

A minha opinião/forma de ver a coisa relativamente à saúde/ciência alimentar: somos a evolução de 2,5M de anos. Eu evito tudo o que é altamente processado – inclui os produtos mais tóxicos como refrigerantes, doces ou bolachas mas também derivados das farinhas como massas e pão: a farinha é um alimento altamente processado. Também evito gorduras tóxicas de origem vegetal como óleos e margarinas (com excepção do azeite). As gorduras animais como a banha e a manteiga são naturais e consumo-as diariamente.

De referir que faço bastante desporto e já experimentei em mim mesmo diferentes fórmulas de alimentação. A mais “perfeita” para o meu organismo é aquela que me foi transmitida pelos meus genes: uma base vegetal como sopas, saladas ou vegetais cozinhados sempre acompanhado por todos os tipos de carne, peixe ou ovos. Já que dispenso arroz, massas, açúcar e pão vou buscar hidratos a quilos de frutas. Não bebo leite mas consumo queijos amarelos e iogurtes desde que não sejam aquelas merdas light onde tiram gorduras saudáveis e adicionam coisas que nem sei dizer o nome. Iogurtes gregos sem açucar são excelentes. Também adoro frutos secos – nozes, amêndoas, etc.

Alimento-me assim à anos e sou saudável, feliz e nunca tenho de andar preocupado com falta de macro ou micro nutrientes. As análises estão sempre boas e tenho energia para fazer várias maratonas – e faço-as :)

Experimentem e adoptem a forma de comer e viver que vos faz mais felizes e da forma que se sintam melhor. Respeitem as opções dos outros. Eu? Sou humano, alimento-me como humano!
 

João Luís Soares

Pre-War
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Concordo com na questão do excessivo poder dos lobbys das industrias alimentares sobre os hábitos de consumo e saúde das populações. Todas estas grandes multinacionais têm apenas um grande objectivo: lucros! Mas isto é transversal o todas: das mais “verdinhas” às mais tóxicas. Sem excepção!

Quanto à discussão sobre a alimentação: divido-a em dois vectores. Saúde/Ciência e Estilo de Vida/Valores Individuais

Estilo de Vida/Valores Individuais

Acredito que todos somos livres e que temos a obrigação de adoptar uma forma de estar na qual nos sintamos felizes e realizados. Se isso passa por comer exclusivamente vegetais ou exclusivamente carnes é uma opção individual que deve ser respeitada. Para mim são extremos e coloco-os no mesmo patamar. São como as ditaduras de direita ou de esquerda: nunca passam de ditaduras.

O que mais me incomoda nos extremos são as tentativas de imposição da “verdade absoluta” e intolerância. Faz-me lembrar as religiões e – mais não fosse – fujo destas conversas.

Eu adoro animais e tenho vários. Perguntarem-me se sou capaz de os comer é tão estupido como perguntarem-me se sou capaz de “casar” com a minha irmã, filha ou mãe só porque são mulheres. Para mim não faz sentido nem entro neste tipo de diálogo.

Saúde/Ciência

Facto 1: não somos macacos nem leões, cavalos ou insectos. Nós, Homo sapiens, somos a única espécie do género Homo. A família dos hominídeos separou-se entre 4 e 8 milhões de anos em várias géneros (Pan, Homo, Pongo...) e à cerca de 2,5 milhões os Homo diferenciam-se definitivamente dos restantes hominídeos (Australopithecus).
Não aceito quando a conversa diverge para o campo das comparações entre espécies. Podemos ter dentes de macaco, intestino de boi ou estômago de leão que no final somos sempre humanos, diferentes de todas as outras espécies. Únicos, incomparáveis para o bem e para o mal!

Facto 2: desde o surgimento do género Homo são conhecidas várias espécies: habilis, erectus, neandethalensis, etc. Todos foram caçadores! Mesmo as espécies mais antigos sobre as quais hoje se discute se devem ser incluídos na espécie Homo – como o habilis ou habilidoso porque utiliza materiais como osso, madeira e pedra para fazer ferramentas de caça.

Assim, até à introdução da agricultura (neolítico) à 10.000 anos todos os humanos são caçadores-colectores. Essa herança genética têm – pelo menos – 2,5 milhões de anos.

Facto 3: a ciência e os estudos científicos só tem valor com "Grau de Recomendação A". Este grau de evidência científica excluí, entre outros:
- Opinião pessoal
- Estudos de caso-controle
- Estudos epidemiológicos

Ignorem estudos sobre alimentação humana feitos em animais como macacos, coelhos ou ratos. Nós somos outro bicho!

Ignorem estudos de correlação: Um exemplo conhecido de correlação foi demonstrada na Austrália, entre o consumo de gelados e o ataque por tubarões. Quanto maior o consumo de gelados, maior o número de ataques. Esta correlação é estatisticamente significativa. Porquê? Obviamente é apenas uma variável de confusão. Neste caso a variável é o calor.

Também existem estudos de correlação que dizem que quem se alimenta unicamente de vegetais é mais saudável. Vejam: quem têm preocupação com a alimentação revela maior preocupação consigo mesmo. Normalmente estas pessoas não fumam, bebem menos álcool ou esforçam-se por fazer desporto e ter uma vida SAUDÁVEL! Qual a variável de confusão? Vegetarianismo pois claro!

Estudos com Grau de evidência científica A são “Ensaios Clínicos” ou “Estudos prospectivos randomizados”, Metanálises/Revisões Sistemáticas. Alguém conhece algum que prove inequivocamente e sem margem de dúvida que uma alimentação vegana é a melhor? E o seu contrário?


Resumindo:

A minha opinião/forma de ver a coisa relativamente à saúde/ciência alimentar: somos a evolução de 2,5M de anos. Eu evito tudo o que é altamente processado – inclui os produtos mais tóxicos como refrigerantes, doces ou bolachas mas também derivados das farinhas como massas e pão: a farinha é um alimento altamente processado. Também evito gorduras tóxicas de origem vegetal como óleos e margarinas (com excepção do azeite). As gorduras animais como a banha e a manteiga são naturais e consumo-as diariamente.

De referir que faço bastante desporto e já experimentei em mim mesmo diferentes fórmulas de alimentação. A mais “perfeita” para o meu organismo é aquela que me foi transmitida pelos meus genes: uma base vegetal como sopas, saladas ou vegetais cozinhados sempre acompanhado por todos os tipos de carne, peixe ou ovos. Já que dispenso arroz, massas, açúcar e pão vou buscar hidratos a quilos de frutas. Não bebo leite mas consumo queijos amarelos e iogurtes desde que não sejam aquelas merdas light onde tiram gorduras saudáveis e adicionam coisas que nem sei dizer o nome. Iogurtes gregos sem açucar são excelentes. Também adoro frutos secos – nozes, amêndoas, etc.

Alimento-me assim à anos e sou saudável, feliz e nunca tenho de andar preocupado com falta de macro ou micro nutrientes. As análises estão sempre boas e tenho energia para fazer várias maratonas – e faço-as :)

Experimentem e adoptem a forma de comer e viver que vos faz mais felizes e da forma que se sintam melhor. Respeitem as opções dos outros. Eu? Sou humano, alimento-me como humano!

Aleluia!

Eu andava aqui a ler tudo sem escrever nada...
Actualmente, por várias razões, ando a corrigir alguns pormenores do meu regime alimentar. Deixei de beber leite pela simples razão de que me sinto melhor assim. Não como salsichas pela mesma razão.
Ando a tentar equilibrar as coisas e o meu consumo de vegetais e frutas aumentou ultimamente.

Resumindo, estou na tua linha, Vitor. Um bocado atrás, mas na linha.
Faço os meus disparates com refeições à leão, mas também faço refeições só de vegetais.

Para fechar, gostava de escrever o último parágrafo do teu texto, mas tu já o fizeste.
 
Nestas coisas chega-se sempre mais ou menos à mesma conclusão...que aliás o Relvas até já tinha colocado:
index.php

E que na minha óptica, não é mais, nem menos, do que puro bom senso!
 

João Pedras

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Boa tarde
Ainda não li tudo mas uma coisa eu tenho a certeza, não vale a pena andar por aqui com argumentos tanto de um lado como de outro. É uma opção que tem de ser tomada por cada um, desde que se tenha consciência da mesma.
Para mim que sou boa boca, esta conversa toda já está a dar fome, gostava era de ter aqui 5 receitas vegetarianas para TÓTÓS, como eu.

PS - A não esquecer, optar por uma alimentação com menos ou nenhuma proteína animal, não invalida que não se beba um bom copo de vinho :D
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
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Nestas coisas chega-se sempre mais ou menos à mesma conclusão...que aliás o Relvas até já tinha colocado:
index.php

E que na minha óptica, não é mais, nem menos, do que puro bom senso!
Eu faço os possíveis por manter uma alimentação saudável no sentido de ser equilibrada, trazendo para a mesa um pouco de tudo, inclusivé, e citando:

(...)PS - A não esquecer, optar por uma alimentação com menos ou nenhuma proteína animal, não invalida que não se beba um bom copo de vinho :D

A questão é que mesmo assim não se vai de encontro à noção de saudável de um vegano, dado o quão radicais devem inerentemente ser para justificar a tomada de posição.

Não nego, quando vi o excelente Earthlings (ver aqui, não aconselhável aos mais susceptíveis) "desidratei dos olhos" que foi uma coisa parva, acho que qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade vai passar pelo mesmo, o que pode querer dizer que há um "bem" ou uma aversão à crueldade inerente ao ser humano. Dizer que me motivou a deixar os produtos de origem animal... epa não, e acho que se um dia o fizer, pelo menos ao fim-de-semana vou sempre tirar a barriga de misérias... :unsure:
 

Vitor Dinis Reis

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Nestas coisas chega-se sempre mais ou menos à mesma conclusão...que aliás o Relvas até já tinha colocado:
index.php

E que na minha óptica, não é mais, nem menos, do que puro bom senso!
Não é bem isso Hugo... esses grãos todos na dieta são demais do meu ponto de vista. Evitar carne vermelha e queijo? Pois, se te enches de trigo e outros grãos. Evitar manteiga? Nããã... deixa ver se também encontro um gráfico...

EDIT: cá está, para mim é mais isto (tive de adicionar umas coisas a vermelho :D )
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Eduardo Relvas

Eduardo Relvas

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Meus caros,

O que cada um come é consigo. Eu apenas apresentei os motivos que me levaram a deixar de consumir produtos de origem animal, foi esse o mote para este tópico. Não quero "evangelizar" ninguém, apenas apresentei os factos que corroboram a minha posição. E não só me sinto bem com ela, a todos os níveis, como acho que fiz a opção correcta e só tenho pena de não ter tido a clarividência de ter lá chegado mais cedo.

A questão do é mais saudável ou não, para mim é apenas um bónus (mas o que é facto é que tem dado resultados). O que me fez virar foram os impactos ambientais e éticos. Eu não posso de maneira nenhuma criticar políticas ambientais fajutas se não tomar eu próprio uma posição que considero sensata. E não concordo com proteger gatos e comer porcos.

Felizmente, vivemos numa era em que estas opções são cada vez mais fáceis. Até eu que moro "detrás do sol posto" já tenho os ingredientes todos que preciso disponíveis em lojas na minha cidade, e se me apetecer algo mais exótico a internet facilita. E mesmo nos restaurantes não é um quebra-cabeças, alguns até já têm menus planeados para tal, basta perguntar.

Além disso, há uma oferta crescente de produtos livres de crueldade a invadir o mercado, estima-se que nos próximos anos esta oferta cresca a mais de 20% ao ano, o que são excelentes notícias. Portugal está na cauda desta onda, mas havemos de lá chegar. Nos grandes centros abrem restaurantes e lojas dedicadas todos os meses, por isso começa a não haver desculpas. E a comida é deliciosa... eu desafio qualquer um a experimentar e depois dizer se não ficou satisfeito.

Se quiserem eu ponho aqui umas das receitas mais fáceis para vocês testarem.
 

HugoSilva

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Concordo com na questão do excessivo poder dos lobbys das industrias alimentares sobre os hábitos de consumo e saúde das populações. Todas estas grandes multinacionais têm apenas um grande objectivo: lucros! Mas isto é transversal o todas: das mais “verdinhas” às mais tóxicas. Sem excepção!

Quanto à discussão sobre a alimentação: divido-a em dois vectores. Saúde/Ciência e Estilo de Vida/Valores Individuais

Estilo de Vida/Valores Individuais

Acredito que todos somos livres e que temos a obrigação de adoptar uma forma de estar na qual nos sintamos felizes e realizados. Se isso passa por comer exclusivamente vegetais ou exclusivamente carnes é uma opção individual que deve ser respeitada. Para mim são extremos e coloco-os no mesmo patamar. São como as ditaduras de direita ou de esquerda: nunca passam de ditaduras.

O que mais me incomoda nos extremos são as tentativas de imposição da “verdade absoluta” e intolerância. Faz-me lembrar as religiões e – mais não fosse – fujo destas conversas.

Eu adoro animais e tenho vários. Perguntarem-me se sou capaz de os comer é tão estupido como perguntarem-me se sou capaz de “casar” com a minha irmã, filha ou mãe só porque são mulheres. Para mim não faz sentido nem entro neste tipo de diálogo.

Saúde/Ciência

Facto 1: não somos macacos nem leões, cavalos ou insectos. Nós, Homo sapiens, somos a única espécie do género Homo. A família dos hominídeos separou-se entre 4 e 8 milhões de anos em várias géneros (Pan, Homo, Pongo...) e à cerca de 2,5 milhões os Homo diferenciam-se definitivamente dos restantes hominídeos (Australopithecus).
Não aceito quando a conversa diverge para o campo das comparações entre espécies. Podemos ter dentes de macaco, intestino de boi ou estômago de leão que no final somos sempre humanos, diferentes de todas as outras espécies. Únicos, incomparáveis para o bem e para o mal!

Facto 2: desde o surgimento do género Homo são conhecidas várias espécies: habilis, erectus, neandethalensis, etc. Todos foram caçadores! Mesmo as espécies mais antigos sobre as quais hoje se discute se devem ser incluídos na espécie Homo – como o habilis ou habilidoso porque utiliza materiais como osso, madeira e pedra para fazer ferramentas de caça.

Assim, até à introdução da agricultura (neolítico) à 10.000 anos todos os humanos são caçadores-colectores. Essa herança genética têm – pelo menos – 2,5 milhões de anos.

Facto 3: a ciência e os estudos científicos só tem valor com "Grau de Recomendação A". Este grau de evidência científica excluí, entre outros:
- Opinião pessoal
- Estudos de caso-controle
- Estudos epidemiológicos

Ignorem estudos sobre alimentação humana feitos em animais como macacos, coelhos ou ratos. Nós somos outro bicho!

Ignorem estudos de correlação: Um exemplo conhecido de correlação foi demonstrada na Austrália, entre o consumo de gelados e o ataque por tubarões. Quanto maior o consumo de gelados, maior o número de ataques. Esta correlação é estatisticamente significativa. Porquê? Obviamente é apenas uma variável de confusão. Neste caso a variável é o calor.

Também existem estudos de correlação que dizem que quem se alimenta unicamente de vegetais é mais saudável. Vejam: quem têm preocupação com a alimentação revela maior preocupação consigo mesmo. Normalmente estas pessoas não fumam, bebem menos álcool ou esforçam-se por fazer desporto e ter uma vida SAUDÁVEL! Qual a variável de confusão? Vegetarianismo pois claro!

Estudos com Grau de evidência científica A são “Ensaios Clínicos” ou “Estudos prospectivos randomizados”, Metanálises/Revisões Sistemáticas. Alguém conhece algum que prove inequivocamente e sem margem de dúvida que uma alimentação vegana é a melhor? E o seu contrário?


Resumindo:

A minha opinião/forma de ver a coisa relativamente à saúde/ciência alimentar: somos a evolução de 2,5M de anos. Eu evito tudo o que é altamente processado – inclui os produtos mais tóxicos como refrigerantes, doces ou bolachas mas também derivados das farinhas como massas e pão: a farinha é um alimento altamente processado. Também evito gorduras tóxicas de origem vegetal como óleos e margarinas (com excepção do azeite). As gorduras animais como a banha e a manteiga são naturais e consumo-as diariamente.

De referir que faço bastante desporto e já experimentei em mim mesmo diferentes fórmulas de alimentação. A mais “perfeita” para o meu organismo é aquela que me foi transmitida pelos meus genes: uma base vegetal como sopas, saladas ou vegetais cozinhados sempre acompanhado por todos os tipos de carne, peixe ou ovos. Já que dispenso arroz, massas, açúcar e pão vou buscar hidratos a quilos de frutas. Não bebo leite mas consumo queijos amarelos e iogurtes desde que não sejam aquelas merdas light onde tiram gorduras saudáveis e adicionam coisas que nem sei dizer o nome. Iogurtes gregos sem açucar são excelentes. Também adoro frutos secos – nozes, amêndoas, etc.

Alimento-me assim à anos e sou saudável, feliz e nunca tenho de andar preocupado com falta de macro ou micro nutrientes. As análises estão sempre boas e tenho energia para fazer várias maratonas – e faço-as :)

Experimentem e adoptem a forma de comer e viver que vos faz mais felizes e da forma que se sintam melhor. Respeitem as opções dos outros. Eu? Sou humano, alimento-me como humano!
Por alguma razão este post escapou-me. Está aqui, é isto. Não me revejo em tudo, se calhar ando demasiado focado nas "merdas light", mais do que devia, se calhar fazem mais mal que bem... mas é isto mesmo.

Ainda bem que há espaço para toda a gente :thumbs up:
 
OP
OP
Eduardo Relvas

Eduardo Relvas

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Ora bem, aqui deixo então a primeira receita. Não é das mais saudáveis (ainda inclui batatas fritas, mas há versões com batatas assadas no forno), mas neste caso a prioridade era criar uma alternativa a uma receita tradicional. É uma das favoritas para desenrascar uma refeição em pouco tempo (leva cerca de 15 minutos a fazer e dá para 4 pessoas à vontade).

Tofu à Brás

Ingredientes:

- uma cebola
- azeite (opcional)
- um talo de alho francês
- 250 gr de tofu (de preferência fumado ou no barro)
- um pacote (400 gr) de batatas palha
- um pacote (200-250 ml) de natas vegetais
- uma colher de chá de açafrão
- uma colher de sopa de molho de soja
- uma colher de chá de sal
- pimenta q.b.
- alguns pés de salsa fresca

Instruções:

Picar e refogar a cebola num tacho grande*. Quando estiver macia, juntar o alho francês cortado fino** e deixar refogar durante 2 minutos. Juntar o tofu cortado fininho, o molho de soja, o sal e a pimenta. Deixar combinar os sabores em lume médio durante mais 2 minutos, mexendo regularmente.

Juntar a batata palha, envolver bem até combinar com o resto. Não deixar aquecer demasiado para não ficar seco.

Numa taça, juntar o açafrão com as natas de soja e a salsa picada fininha, misturar bem (o açafrão por vezes custa a espalhar bem, convém mexer até começar a notar-se bem o amarelo) e verter sobre a mistura no tacho.

Envolver bem para combinar e deixar aquecer durante 1 a 2 minutos para não secar completamente.

Serve-se com uma salada a acompanhar (cá em casa a favorita é cenoura ralada).


Notas:

* - Eu refogo a cebola sem azeite, vou simplesmente mexendo e assando a cebola aos poucos, se começar a colar ponho uma pequena quantidade de água para descolar e mantenho o processo até começar a ficar ligeiramente amarelada, mas pode ser feito com um fio azeite, obviamente

** - Eu costumo tê-lo congelado, e pico-o fino ainda congelado antes de juntar, por causa dos miúdos. Como está congelado deixo refogar mais um pedacinho.

E só para terminar, vou também deixar aqui estes vídeos e saír de fininho... :ph34r:





Um abraço a todos!
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Ora bem, aqui deixo então a primeira receita. Não é das mais saudáveis (ainda inclui batatas fritas, mas há versões com batatas assadas no forno), mas neste caso a prioridade era criar uma alternativa a uma receita tradicional. É uma das favoritas para desenrascar uma refeição em pouco tempo (leva cerca de 15 minutos a fazer e dá para 4 pessoas à vontade).

Tofu à Brás

Ingredientes:

- uma cebola
- azeite (opcional)
- um talo de alho francês
- 250 gr de tofu (de preferência fumado ou no barro)
- um pacote (400 gr) de batatas palha
- um pacote (200-250 ml) de natas vegetais
- uma colher de chá de açafrão
- uma colher de sopa de molho de soja
- uma colher de chá de sal
- pimenta q.b.
- alguns pés de salsa fresca

Instruções:

Picar e refogar a cebola num tacho grande*. Quando estiver macia, juntar o alho francês cortado fino** e deixar refogar durante 2 minutos. Juntar o tofu cortado fininho, o molho de soja, o sal e a pimenta. Deixar combinar os sabores em lume médio durante mais 2 minutos, mexendo regularmente.

Juntar a batata palha, envolver bem até combinar com o resto. Não deixar aquecer demasiado para não ficar seco.

Numa taça, juntar o açafrão com as natas de soja e a salsa picada fininha, misturar bem (o açafrão por vezes custa a espalhar bem, convém mexer até começar a notar-se bem o amarelo) e verter sobre a mistura no tacho.

Envolver bem para combinar e deixar aquecer durante 1 a 2 minutos para não secar completamente.

Serve-se com uma salada a acompanhar (cá em casa a favorita é cenoura ralada).


Notas:

* - Eu refogo a cebola sem azeite, vou simplesmente mexendo e assando a cebola aos poucos, se começar a colar ponho uma pequena quantidade de água para descolar e mantenho o processo até começar a ficar ligeiramente amarelada, mas pode ser feito com um fio azeite, obviamente

** - Eu costumo tê-lo congelado, e pico-o fino ainda congelado antes de juntar, por causa dos miúdos. Como está congelado deixo refogar mais um pedacinho.

E só para terminar, vou também deixar aqui estes vídeos e saír de fininho... :ph34r:





Um abraço a todos!

Tofu não é "aquela cena", mas vou experimentar!
 
OP
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Eduardo Relvas

Eduardo Relvas

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Tofu não é "aquela cena", mas vou experimentar!

Hugo, se provasses carne sem temperos também não apreciavas... é tudo dependente daquilo que usamos para "colorir" a paleta dos sabores. Eu acho que o tofu tem uma reputação injustificada, e muitas vezes pelo simples facto de ser cozinhado em pedaços grandes. Se for cortado miudinho e deixado a apanhar os sabores durante algum tempo é completamente diferente.

Se conseguires arranjar o tofu no barro da BioDharma também ajuda, ou pelo menos fumado... sempre dão um toque diferente.
 

Rafael Isento

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Ultimamente cá em casa andasse a experimentar a alimentação Paleo.
Uma das experiências foi pizza com a "massa" feita com couve-flor.
Falta afinar a textura, estava muito granulada, mas tirando isso é para repetir!
 

João Pedras

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Bom dia
Já experimentei a receita de Tófu à Brás, a única diferença é que usei batatas fritas aos cubos e ficou e soube bem.
Fiz também uns legumes salteados com tofu, mais propriamente grelos e uma mistura de legumes "tipo chineses" e também ficou bem mas o mais difícil mesmo e a minha cara metade que não mostra tanta abertura a provar coisa novas como eu. Fiz Chili com soja desidratada e ninguém deu por isso :p
A minha ideia é reduzir aos poucos o consumo de carne por semana, para mim o ideal até seria só uma vez, fazer a maior parte das refeições à base de legumes e companhia mas não deixando de fora o peixe.
Isto aos poucos vai lá :)

Ultimamente cá em casa andasse a experimentar a alimentação Paleo.

Descreve lá qual o conceito na generalidade sff.
 
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OP
Eduardo Relvas

Eduardo Relvas

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O importante é não ter medo de experimentar. Eu tenho adorado as experiências que tive ao longo destes 2 anos desde que mudei, e descobri imensas coisas novas que adoro e receitas para todos os gostos. Até algumas das receitas daquelas comidas que são só por gulodice passaram a ser inteiramente à base de plantas, por exemplo o macarrão com "queijo", adoptei uma receita que encontrei na página do Jamie Oliver e foi um sucesso, os miúdos estão-me sempre a pedir.

A alimentação Paleo evita alimentos mais processados e concentra-se em ingredientes mais simples, mas não evita os alimentos de origem animal. Este último pormenor é um erro, porque segundo algumas pesquisas científicas a fezes fossilizadas já se provou que o homem do Paleolítico se alimentava essencialmente de plantas e frutos.

Já várias pessoas me falaram na base de pizza de couve-flor, ainda nunca vi essa receita, tenho de procurar.
 
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