Agosto, férias, agradáveis kms por estradas e locais que desconhecia, 700.00 eur (+-) de despesas e um susto que não passou disso. Talvez tenha sido o mês em que surfei menos, mas quanto ao resto, diverti-me…
Entrei no mês com o Golf como único carro em Lisboa e logo nos primeiros dias fui nele para o Porto.
Sai ao fim do dia pela A8 e na manha seguinte já em Gaia onde estive uma semana, o Scirocco recordava-me as peculiaridades do clima local…
No dia seguinte fui ao eletricista buscar a Audi C3 Avant e deixar o Scirocco para ver se tratamos de vez das manias do motor de arranque que de vez em quando “gagueja” a quente.
Sai um entra outro…
Foram 200.00eur…
O eletricista andou de volta dela 3 dias. Revisão (rolamentos, correia…) ao alternador e motor de arranque (este parece que estava cheio de ferrugem) + inúmeras reparações; intermitente do limpa para-brisas, 2 esguichos, os 4 vidros elétricos todos a funcionar (na minha porta faltava um dos botões que comanda um dos vidros de trás, luzes de cortesia, diversas lâmpadas e maus contactos, colocar o pino de fechar na porta do condutor (comprei o pino mas descobri que não tinha onde o atarraxar), etc. etc. Só não conseguiu arranjar o manómetro da temperatura, será da válvula ou do circuito dentro do quadrante, a ver…
Um aspeto interessante, quando comprei por 15.00 euros numa sucata em Espanha, o pino da porta mais o fole do travão de mão e a manete das velocidades em pele, perguntei se tinha o pisca frontal esquerdo (a C3 vinha sem ele quando a comprei). Não tinha mas mandavam vir um novo por 15.00eur. Respondo que morava em Portugal e dizem que mandam entregar onde eu quiser por esse preço. Dei endereço e paguei mais estes 15.00eur meio desconfiado, mas que entregaram o pisca, entregaram.
Entretanto, más noticias:
Quando no mês passado fui a C3 ao meu mecânico ele verificou que o liquido dos travões e embraiagem estava quase a desaparecer. Atestou mas durante a estadia no eletricista começou a pingar junto aos pedais.
Até a levar para o mecânico (dois dias…), sempre que conduzia usava esta proteção. Literalmente andava com uma provisão de sacos do “Continente” e à espera de ficar sem travões e/ou embraiagem…
Para o mecânico poder trabalhar em condições, fui lavar o motor e chassis. Tinha por baixo uma camada de lama como eu nunca tinha visto. Mais 25 euros, numa lavagem Xpto com todos os requisitos ambientais.
Sai a lama e mais uma surpresa, do motor até à traseira só tinha uma borracha a segurar o escape.
Nos restantes apoios tinha arames. Fui aos escapes de Agramonte mas não tinham borrachas, por isso tive de ir à Interescape, onde fui muito bem atendido a troco de mais 13.00eur. Pelo menos acabaram uns barulhos suspeitos atrás. Má noticia, disseram-me que a secção central tem os dias contados.
Fui meter dois pneus á frente e outra surpresa, além de estarem tipo “broa” e gastos, de um lado 195/60/15 e do outro 195/65/15. Meti uma marca branca com índice de velocidade superior a 200km/h. O meu fornecedor sugeriu-me esta opção que garantiu ser produzida na Michelin. Ficaram 40.00eur mais baratos do que os Michelin e como é meu fornecedor há mais de 20 anos, confiei. Mesmo assim mais quase 170.00eur a voarem…
Nesse dia ainda compro anticongelante, cola para espelho retrovisor interior e dou uma geral ao interior. Para o retrovisor uso cola Ceys e até hoje nunca tive de “recolar” nenhum. A limpeza foi geral e em profundidade…
No dia seguinte a Audi começou a trabalhar, transportando uma série de tralha para a casa do Porto. Finalmente deixei-a no mecânico e trouxe o Audi Coupé que lá tinha ficado no mês anterior. Consegui andar dois dias sem sujar os sapatos e sem ficar sem travões, milagre…
O Audi Coupé levou um radiador e um tubo (liquido levei eu…) e lá foram mais 250.00eur.
Fui nele para férias e para já parece que deixou de gastar liquido.
Até ao fim da semana usei o Audi Coupé nas voltas pelo Porto…
Aqui na foz do Douro, a servir de inspiração para a capa deste RR…
Ainda passei no mecânico e no eletricista para acompanhar os trabalhos (noticias nos próximos RRs e deixar uns consumíveis…
No domingo seguinte arranco para Escurquela, aldeia na zona de Moimenta da Beira/Sernancelhe, onde passei uns dias de férias em família mais amigos. Fui pela A25 e passei em Viseu para ver um velho conhecido…
À saída…
Já no IP5 perto de Viseu a minha filha deu um ar da sua graça e por sorte não sujou os estofos (os do Golf estão uma desgraça). Como agora toma “Pinperan” antes de viajar pensávamos que tinha passado essa fase…
Em Viseu deixei umas peças que o comprador do meu ex-Scirocco Cinza me pediu…
Assim vale a pena vender um carro.
O Pacheco em poucos meses colocou-o como eu nunca o vi. Compartimento do motor, mala e interiores simplesmente impec + pintura e detalhes revistos. Até o forro do capot motor foi novo. Foi com um enorme prazer que lhe ofereci as peças.
(as linhas vermelhas nos para-choques são originais mas os faróis amarelos não…)
Algum tempo de pois cheguei a Escurquela. Seguiu-se uma semana de descanço e vida de aldeia…
Uma ou outra ida a Moimenta para comprar mantimentos ou materiais para o restauro da casa…
Uns banhos de fim de tarde e outras voltas sem grandes preocupações…
Volta e meia, quando estava tudo a dormir a sesta ou na piscina, saia para conduzir um pouco, por estradas desertas rodeadas por paisagens fabulosas. Para quem aprecia, um luxo…
Numa destas escapadelas fui a S. João da Pesqueira (+-80km ida e volta).
Para lá tudo bem, com um troço final tipo montanha e sem trânsito. Entrei na vila, dou uma volta devagar, paro para uma ou outra foto e regresso. Mal saio sinto o pedal do travão mole e a piorar, isto numa descida a sério…
Como não havia trânsito, lá desço sem usar os travões e mal posso, paro para verificar o sistema.
Cheiro a ferodo, nível do líquido impecável e nenhuma fuga aparente. Fiquei intrigadíssimo…
Acabo a zona de descida “com a caixa” e começo a subir sem colocar os pés no travão e já a fazer contas para levar o Audi para o Porto e trazer o Golf. Segue-se uma secção de planalto e paro outra vez para verificar tudo. Mais uma vez tudo impecável…
Uns kms depois antes de entrar na aldeia ponho o pé no travão a medo e tudo a funcionar a 100%… Nos dias seguintes ainda andei a ver se havia “recaídas” mas nada. Só me aconteceu algo parecido com isto na minha VW Type 2 nos Pirineus. Com o Audi em quase 190.00km nunca me tinha acontecido, o estranho foi que a “moleza” apareceu depois de dar uma volta pela vila e não durante os 10km de montanha anteriores que foram feitos a “bom ritmo”. Se calhar a andar a bom ritmo iam refrigerando, como abrandei e estava um calor abrasador ressentiram-se.
Tenho de ver este assunto com o meu mecânico.
Mais uns dias de sossego e voltas pelo campo com regresso a Gaia de noite, via Lamego, Régua, Vila Real e Amarante. O Audi sempre impec a todos os níveis…
No dia seguinte dou uma geral aos 2 carros e transfiro armas e bagagens do Audi para o Golf.
Pelo meio ainda fui à baixa do Porto, entre outras coisas, passei na minha loja de revistas e miniaturas favorita. Regressei em cima da hora do almoço e para ser mais rápido vim por autoestrada alemã…
Ao fim do dia deixo o Audi na garagem do Porto e regresso a Lisboa onde uso o Golf até ao fim do mês…
nuno granja