"Teixeiras da Cunha"...
Eheheh!
Nem eu faria melhor.
Quem tem acompanhado as minhas intervenções e crónicas , nomeadamente na revista que estão hoje aqui a falar, sabe que não nutro grande simpatia por movimentos associativos que encaram a fruição de um veículo clássico como uma mera mostra de posição social. Eventos recheados de "tios" a propangadear até á exaustão quanto custaram as suas montadas ( Provavelmente á custa de não pagarem salários aos trabalhadores e a deslocalizarem empresas...),são um mero desperdício de tempo e paciencia. Ao frequentarmos um evento "desses" sentimo-nos tão bem vindos e enquadrados, como irmos vestidos de Sportinguista para o meio campo do Estádio da Luz no intervalo de um jogo.
Estive a ler os vossos comentários, e a vossa preocupação parece-me genuína. No entanto, a nível estritamente pessoal, posso confidenciar-vos que não é fácil gerir tamanha quantidade de infromação referente a clássicos, principalmente nos meses de verão.
O critério de escolha, pode sempre ser criticado e debatido, mas infelizmente quando é aplicado, significa sempre que alguém terá de ficar de fora.É justo que tanto o "Tio" do Jaguar de 70 000 contos , que trouxe a filha a guiar um Rolls de 140 000, tenham o mesmo destaque que uma quermesse de Zundapps na província. Ambos contribuem para a difusão da diversidade do veículo clássico.
Reparem que o meu artigo de Goodwood, apenas foi publicado em Setembro, tendo decorrido em Julho. Acredito que foi justificável, para poder permitir a publicação de outras notícias nacionais.Eu próprio faço a sugestão, sempre que o espaço se torne "apertado". Acho de importancia primordial a divulgação de noticias nacionais.
A minha participação nesta publicação, entre outras a nível internacional, justificam-se no meu entender, por divulgarem a realidade do panorama dos automoveis clássicos em Inglaterra, um País com forte tradição na produção de ícones do automobilismo, e cuja a indústria e realidade se encontram na vanguarda no que toca ao desenvolvimento de legislação e tecnologia que nos permite continuar a usufruir de um veículo clássico.
Acredito sinceramente, que todos os eventos do "Portal dos clássicos" sejam alvos de um tratamento condigno sempre que possível, pois este site é uma força incontornável do panorama dos clássicos, e não pode de maneira nenhuma ser desprezado.
Acho que devem demonstrar a vossa preocupação junto das publicações , pois estas existe sobretudo por causa dos clássicos e das suas actividades, e nunca o contrário.
Já agora, o termo " Practical Classics", tão em voga no Reino Unido, é uma corrente de pensamento em crescimento que advoga o uso do clássico no dia-a-dia, em vez de os deixar entregues a "Teixeiras da Cunha" e suas garagens com desumificadores.
www.practicalclassics.co.uk
Um veículo clássico existe para ser apreciado e conduzido. Para ser usufruido. Não somos arqueólogos nem conservadores de museu. Nem operadores de máquinas de jacto de areia.
Eu agora conduzo um Standard 10 ferrugento para o trabalho. Alguma coisa contra?
Cumprimentos .