Revista Motor Clássico Nº 29

Adelino Dinis

Clássico
Olá a todos,

agradeço as observações sobre a Motor Clássico e respeito as vossas preferências. Já referi algumas vezes que sou grande admirador do Portal dos Clássicos e agradeço a oportunidade de participar e recolher opiniões dos entusiastas, que considero muito importante para o meu trabalho.

Gostava apenas de esclarecer o Eduardo Relvas e o Nuno Granja de que toda a equipa da Motor Clássico tem bastante experiência em clássicos reais.

Logo a seguir a tirar a carta, em 1991, trouxe para Lisboa, onde estava a estudar, o meu Peugeot 304 Berlina de 1973, que utilizei quase diariamente no meu tempo de faculdade, pelo menos, enquanto houvesse dinheiro para a gasolina... Serviu para ir para a praia, acampar, ir à pesca e muito mais. Nunca teve uma avaria grave, mas foi arrombado e ficou algumas vezes sem bateria, por minha culpa. Alternei a sua utilização com um BMW 1602 de 1974, que gastava mais, mas tinha outras vantagens. Estes carros dormiam na rua e foram o meu único transporte durante vários anos.

Só recentemente tive condições adequadas para ter outro clássico quando, em Setembro passado, comprei o meu 504 Cabriolet, que tenho usado com muita frequência, ao mesmo tempo que o vou melhorando. Nas 500 Milhas do ACP, queimou a junta da cabeça após 300 km de muita acção e está agora em "estágio", para resolver esse problema, ao mesmo tempo que vamos aproveitar para melhorar o sistema de refrigeração e converter o motor para utilizar gasolina sem chumbo. Espero que esteja pronto em breve, porque já me está a fazer falta.
O Ricardo Gouveia está a restaurar com o Pai um Lotus Elan Sprint (quase pronto). O Ruben Pedro foi durante algum tempo o orgulhoso mas sofrido proprietário de um UMM Turbo, que passou mais tempo na oficina do que na estrada. Mais real do que isto...

Quanto ao fórum, não sei há quanto tempo aconteceu essa situação que o Nuno Granja refere. Em Novembro passarão dois anos sobre a mudança da administração no Fórum Motor Clássico. Presumo que a situação de que fala tenha sido anterior.
 

nuno granja

petrolhead
Portalista
Autor
Adelino Dinis disse:
Olá a todos,

agradeço as observações sobre a Motor Clássico e respeito as vossas preferências. Já referi algumas vezes que sou grande admirador do Portal dos Clássicos e agradeço a oportunidade de participar e recolher opiniões dos entusiastas, que considero muito importante para o meu trabalho.

Gostava apenas de esclarecer o Eduardo Relvas e o Nuno Granja de que toda a equipa da Motor Clássico tem bastante experiência em clássicos reais.

Logo a seguir a tirar a carta, em 1991, trouxe para Lisboa, onde estava a estudar, o meu Peugeot 304 Berlina de 1973, que utilizei quase diariamente no meu tempo de faculdade, pelo menos, enquanto houvesse dinheiro para a gasolina... Serviu para ir para a praia, acampar, ir à pesca e muito mais. Nunca teve uma avaria grave, mas foi arrombado e ficou algumas vezes sem bateria, por minha culpa. Alternei a sua utilização com um BMW 1602 de 1974, que gastava mais, mas tinha outras vantagens. Estes carros dormiam na rua e foram o meu único transporte durante vários anos.

Só recentemente tive condições adequadas para ter outro clássico quando, em Setembro passado, comprei o meu 504 Cabriolet, que tenho usado com muita frequência, ao mesmo tempo que o vou melhorando. Nas 500 Milhas do ACP, queimou a junta da cabeça após 300 km de muita acção e está agora em "estágio", para resolver esse problema, ao mesmo tempo que vamos aproveitar para melhorar o sistema de refrigeração e converter o motor para utilizar gasolina sem chumbo. Espero que esteja pronto em breve, porque já me está a fazer falta.
O Ricardo Gouveia está a restaurar com o Pai um Lotus Elan Sprint (quase pronto). O Ruben Pedro foi durante algum tempo o orgulhoso mas sofrido proprietário de um UMM Turbo, que passou mais tempo na oficina do que na estrada. Mais real do que isto...

Quanto ao fórum, não sei há quanto tempo aconteceu essa situação que o Nuno Granja refere. Em Novembro passarão dois anos sobre a mudança da administração no Fórum Motor Clássico. Presumo que a situação de que fala tenha sido anterior.

Adelino...

Só falta partilharem mais essa grande experiência.

Sobre o forum,como diria Belmiro de Azevedo, "não há uma segunda oportunidade de criar uma 1ª boa impressão", mas da ultima vez que lá fui, há uns meses largos estava tudo na mesma. Senti um forte cheiro ao DNA do Alfredo Elisio logo nas regras impostas na adesão. Embora o forum desse individuo (clássico online ou algo parecido) nesse campeonato seja mais refinado, mas claro em materia de "webpower abuse" ele é o Grande Líder

nuno g
 

Adelino Dinis

Clássico
nuno granja disse:
Adelino...

Só falta partilharem mais essa grande experiência.

Sobre o forum,como diria Belmiro de Azevedo, "não há uma segunda oportunidade de criar uma 1ª boa impressão", mas da ultima vez que lá fui, há uns meses largos estava tudo na mesma. Senti um forte cheiro ao DNA do Alfredo Elisio logo nas regras impostas na adesão. Embora o forum desse individuo (clássico online ou algo parecido) nesse campeonato seja mais refinado, mas claro em materia de "webpower abuse" ele é o Grande Líder

nuno g

Nuno,

acho que não se deve conotar a existência de regras como sendo uma coisa negativa. A forma como são aplicadas e explicadas é que pode ser melhor ou pior e foi a principal alteração em relação à anterior administração do FMC. Mas ainda bem que existem outras opções, para cada um participar no fórum ou fóruns onde se sente melhor.

Quanto a falarmos das nossas experiências com os Clássicos, nem sempre é bem vista pelos leitores. Quando escrevi sobre a aquisição do 504 na AutoClássico, recebi muitos comentários simpáticos, mas também outros menos agradáveis, insinuando que estava a usar a revista para mostrar o meu carro. Como vêem, quase todas as soluções que adoptemos para a revista são boas ou más. Dependem sempre do ponto de vista do utilizador. :rolleyes:

No fim de contas, é o que dá luta para continuarmos a fazer a revista todos os meses, tentando sempre melhorá-la. Mas nunca será como a Gazoline. O alinhamento editorial, com grande enfoque nos ensaios, está mais próximo da Auto Retro, com uns "toques" da Retromobile, na secção Dossier ou Leilão do Mês, para citar apenas as francesas. Exigir outra coisa da Motor Clássico é pedir algo que está fora do seu âmbito.
 

Rafael S Marques

Pre-War
Membro do staff
Premium
Delegado Regional
Portalista
Adelino Dinis disse:
Olá a todos,


Logo a seguir a tirar a carta, em 1991, trouxe para Lisboa, onde estava a estudar, o meu Peugeot 304 Berlina de 1973, que utilizei quase diariamente no meu tempo de faculdade, pelo menos, enquanto houvesse dinheiro para a gasolina... Serviu para ir para a praia, acampar, ir à pesca e muito mais. Nunca teve uma avaria grave, mas foi arrombado e ficou algumas vezes sem bateria, por minha culpa. Alternei a sua utilização com um BMW 1602 de 1974, que gastava mais, mas tinha outras vantagens. Estes carros dormiam na rua e foram o meu único transporte durante vários anos.

.

Sr Adelino, ainda mantém esses classicos em sua posse?
 

nuno granja

petrolhead
Portalista
Autor
Adelino Dinis disse:
Nuno,

acho que não se deve conotar a existência de regras como sendo uma coisa negativa. A forma como são aplicadas e explicadas é que pode ser melhor ou pior e foi a principal alteração em relação à anterior administração do FMC. Mas ainda bem que existem outras opções, para cada um participar no fórum ou fóruns onde se sente melhor.

Quanto a falarmos das nossas experiências com os Clássicos, nem sempre é bem vista pelos leitores. Quando escrevi sobre a aquisição do 504 na AutoClássico, recebi muitos comentários simpáticos, mas também outros menos agradáveis, insinuando que estava a usar a revista para mostrar o meu carro. Como vêem, quase todas as soluções que adoptemos para a revista são boas ou más. Dependem sempre do ponto de vista do utilizador. :rolleyes:

No fim de contas, é o que dá luta para continuarmos a fazer a revista todos os meses, tentando sempre melhorá-la. Mas nunca será como a Gazoline. O alinhamento editorial, com grande enfoque nos ensaios, está mais próximo da Auto Retro, com uns "toques" da Retromobile, na secção Dossier ou Leilão do Mês, para citar apenas as francesas. Exigir outra coisa da Motor Clássico é pedir algo que está fora do seu âmbito.

Adelino,

Negativo negativo é...
Registar-se pela primeira vez num forum participar activamente e de repente num tópico sobre um carro qualquer, julguei ser oportuno refirir que se devia ter em atenção as ameaças sobre legislação ambiental porque isto e aquilo, blá blá blá (fundamento a minha opinião sobre a matéria)....

Pimba 20 dias de suspenção por off topic!

Parou-me o relógio e reagi à altura da prepotência cometida ou seja o que disse não foi bonito.

Quem perdeu? Revista Motorclássico


nuno g
 

Adelino Dinis

Clássico
Rafael S Marques disse:
Sr Adelino, ainda mantém esses classicos em sua posse?

Olá Rafael,

o Peugeot 304 berlina foi comprado novo pelo meu Pai em Angola. Durante mais de dez anos foi o nosso único carro. Está a precisar de ser restaurado.

O BMW 1602 foi comprado em 1993, acho. Tinha pertencido sempre à mesma família e estava bom, com aprox. 80 000 km. Foi vendido há alguns anos, porque já não era utilizado e só iria estragar-se mais, o que seria uma pena.

O Peugeot 504 Cabriolet foi comprado em Setembro, ainda está em "rodagem" com este proprietário. É para manter também. O facto de também ser um Peugeot é coincidência. Gosto de muitos modelos de quase todas as marcas. E sonhava ter um Mercedes-Benz W111 Cabriolet para passear a família. Mas o Peugeot faz praticamente o mesmo serviço e dentro do meu orçamento... :feliz:
 

Adelino Dinis

Clássico
nuno granja disse:
Adelino,

Negativo negativo é...
Registar-se pela primeira vez num forum participar activamente e de repente num tópico sobre um carro qualquer, julguei ser oportuno refirir que se devia ter em atenção as ameaças sobre legislação ambiental porque isto e aquilo, blá blá blá (fundamento a minha opinião sobre a matéria)....

Pimba 20 dias de suspenção por off topic!

Parou-me o relógio e reagi à altura da prepotência cometida ou seja que disse não foi bonito.

Quem perdeu? Revista Motorclássico


nuno g


Nuno,

compreendo a sua situação. Isso jamais se verificaria actualmente, porque a atitude da administração do FMC é totalmente diferente.
Só não me parece muito justo que essa sua experiência sirva para qualificar também o trabalho dos profissionais que fazem a revista Motor Clássico e que foram totalmente alheios a esse facto. Aliás, por alguma razão, a administração do FMC mudou...
 
OP
OP
C

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
...
Outra conclusão curiosa deste artigo é que de facto a maioria dos donos de Minis só deve andar neles de vez em quando, ou então passam a vida no quiropata, porque tá visto o que as jantes "grandes" fazem ao já de si fraco conforto de rolamento... :D Se usassem um Mini clássico como deve ser com as jantes de 10", tava a coisa muito mais reduzida... e se calhar a menina da revista não se tinha queixado tanto do peso da direcção! :D

Oh Eduardo Olha que o meu Moke num ano fez cerca de 6200 km...de Moke:D e ta com jante 12":cool:
 

João Pereira Bento

128coupe
Premium
Portalista
nuno granja disse:
Adelino...

Só falta partilharem mais essa grande experiência.

Sobre o forum,como diria Belmiro de Azevedo, "não há uma segunda oportunidade de criar uma 1ª boa impressão", mas da ultima vez que lá fui, há uns meses largos estava tudo na mesma. Senti um forte cheiro ao DNA do Alfredo Elisio logo nas regras impostas na adesão. Embora o forum desse individuo (clássico online ou algo parecido) nesse campeonato seja mais refinado, mas claro em materia de "webpower abuse" ele é o Grande Líder

nuno g

As regras que o outro tem a mais tem este a menos.:D

Compro sempre as duas revistas nacionais e depois algumas internacionais que variam conforme o conteúdo.
 
João Pereira Bento disse:
As regras que o outro tem a mais tem este a menos.:D

Compro sempre as duas revistas nacionais e depois algumas internacionais que variam conforme o conteúdo.

Que a verdade seja dita,as nossas 2 revistas sobre clássicos tem muito que galgar para chegar a um topo,não falo de imitação mas sim de inovação;)
Haja alguém que mude ou se imponha neste mundo de classes mas sem elites;)
Há algum tempo um individuo ligado aos clássicos numa revista lusa dizia que um Porsche era mais clássico que um Renault,mas com que base se pode afirmar isso?
qual das 2 marcas tem mais anos de casa ou sequer modelos competitivos?
para mim tudo é comparável agora criar elites nos clássicos é não é justo,ou melhor quem o faz não sabe mesmo o que é a dita verdade sobre a verdadeira paixão clássica automobilística;)
 

João Luís Soares

Pre-War
Membro do staff
Premium
Delegado Regional
Portalista
Recebi hoje a minha e a primeira impressão é muito boa!

Adelino, quando houver dificuldade em arranjar carros (como o caso dos Fiat 124 AS) venha cá ao Portal que há pessoal disponível e excelentes máquinas.

Aproveito para salientar o editorial contundente e bem escrito.
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
Premium
Caro Adelino,

Não vejo que haja qualquer problema em falar dos próprios carros, se calhar o que faz falta a muito boa gente é mesmo ver carros em uso e a ser discutidos vivamente, porque qualquer dia se não arranjamos iniciativas do género dos "Drive It Day", os clássicos perdem posições no consciente colectivo do nosso povinho e somos todos aniquilados com milhentas directivas europeias abraçadas de forma inconsciente em prol do ambiente ou outra desculpa qualquer.

Precisamos de usar os nossos clássicos, e mostrar que são também eles amigos do ambiente (ainda ontem no Top Gear o Clarkson referia claramente que manter um carro antigo em bom estado é bem melhor para o ambiente do que mandá-lo para reciclagem e comprar um novo, quando se referiram à ideia do esquema do incentivo ao abate). Há que incutir a cultura da protecção deste património, bem como do seu uso frequente, para continuar a entusiasmar as novas gerações.

Depois de perder mais algum tempo a folhear a revista, tenho de dizer que apesar de tudo me satisfaz bastante em comparação com a T&C, pois não se limita a ser uma pilha de artigos colectados de várias fontes e um fardo de anúncios.

Há que dinamizar a cena dos clássicos em Portugal, e as publicações podem e devem ter um papel nesse movimento, tanto quanto os fóruns da web. Há muito tempo que terminou o tempo do cada um por si, cada dia que passa vemos o nosso hobby acossado pela CEE sem qualquer lógica ou fundamento genuíno, mas a malta continua impávida e serena a olhar... não pode ser!

Um abraço!
 
Revista Motor Clássico - Mais coisas à portuguesa

Vivam

Sou, por deformação profissional e mesmo hereditária, um ser humano com um sentido crítico muito difícil de contrariar (vulgo teimoso). Qualidade que deixarei com certeza de legado à minha descendência... (e posso provar que deixei ).

Já tinha, há algum tempo, referido uma situação "menos precisa" em relação ao facto de ter sido apresentado nesta revista um artigo sobre uma suposta viatura Ford Escort GT, homologada pela nossa Federação Automóvel em Grupo 2 e que correria num dos troféus actuais. Essa viatura não tinha mais que um motor com especificações BDH, que como saberão, nunca terá sido homologada nesse Grupo pela FIA (alias nunca terá sido homologado em nenhum Grupo e terá apenas corrido legalmente no BTCC e ETCC devido ao aproveitamento de uma lacuna nas regras destes troféus FIA).

Quando não é que na página 68 desta ultima revista nº29, aparece mais um artigo a fazer referencia a uma nova viatura que correrá neste mesmo troféu (ou talvez outro )?

Trata-se de um Mini com homologação em Grupo 5!!! Só mesmo por cá!

Sempre pensei que a Homologação de uma viatura em Grupo 5 passava por ter essa mesma viatura de acordo com uma série de características definidas. Conforme está muito bem explicado em http://en.wikipedia.org/wiki/Group_5_(racing).

Ora suponho que a KAD (empresa de muito boa reputação) não fizesse cabeças de 16 válvulas para quem quer que fosse e muito menos para os Minis em 1982 (data em que termina a especificação Grupo 5). Mas não é apenas a cabeça como a transmissão e toda uma série de panóplia de peças mecânicas que nunca viram a luz do dia até essa altura e que apenas existem actualmente devido a processo de fabrico inexistentes nas décadas de 70 e 80.

Já nem falo do espírito da competição por parte dos competidores, dado este ser um factor subjectivo e que a honestidade não poder ser imposta. Falo sim da incapacidade de avaliação por parte dos avaliadores e das pessoas que permitem (por ignorância ou qualquer outro factor) que tais viaturas sejam incluídas neste tipo de competição.

Porque não publicitar que este troféu se trata de um conjunto de corridas com viaturas com silhuetas baseadas em viaturas automóveis comercializados até anos 80 e com qualquer mecânica que lá possam colocar? Não seria mais justo para todos os concorrentes?

Isto abriria o troféu a um conjunto de participantes que poderiam concorrer com o seus Minis equipados com motores dos Hondas VTI ou S2000 e Datsuns com mecânica dos Subarus WRX.

Será que não percebem, ou não querem perceber, que para uma viatura estar de acordo com a homologação num determinado Grupo tem de cumprir as especificações que lá estão descritas e que apenas são válidas peças e materiais até ao fim do período de validade destes Grupos (que por acaso é 1982)???

Já foi referido aqui o nosso (português) sentido de "chico-espertismo" mas neste caso parece-me um pouco mais que isso.

Neste caso há pelo menos uma revista que, sem sentido crítico, o publica e divulga como sendo normal!

Desempenho actualmente a função de Gestor Sénior num dos maiores grupos de empresas português, que por acaso, também inclui um jornal diário pelo que tenho a maior consideração pelos profissionais desta área. Sei que infelizmente há casos onde a notícia, por diversas razões, tem de ser alvo de avaliação por parte do editor e é a este que compete a responsabilidade de publicar ou não a notícia e "sofrer" as consequências.

É certo que a revista vai desculpar-se e dizer que apenas transmitiu um facto e que a responsabilidade deverá ser do órgão que valida e atribui a homologação à viatura, mas será isso que é eticamente correcto?

Por mim, gostaria que a revista em causa fosse "A Revista dos Carros Clássicos" e não mais uma revista de carros clássicos. Por isso deixarei de a procurar nas estantes conforme fazia até agora.

Espero que tomem esta opinião como uma crítica construtiva e quem, caso a venha a ler, tiver algum tipo de responsabilidade sobre o assunto possa interferir para bem da modalidade em causa, pois por causa de uma ovelha negra não é necessário vender o rebanho todo.

Muito obrigado
 
Re: Revista Motor Clássico - Mais coisas à portuguesa

Obrigado.

Gostei de saber. A mim enganam-me bem com essas desinformações.

Porque não coloca as suas palavras no forum motorclassico?
 
Re: Revista Motor Clássico - Mais coisas à portuguesa

Fernando Baptista disse:
Vivam

Sou, por deformação profissional e mesmo hereditária, um ser humano com um sentido crítico muito difícil de contrariar (vulgo teimoso). Qualidade que deixarei com certeza de legado à minha descendência... (e posso provar que deixei ).

Já tinha, há algum tempo, referido uma situação "menos precisa" em relação ao facto de ter sido apresentado nesta revista um artigo sobre uma suposta viatura Ford Escort GT, homologada pela nossa Federação Automóvel em Grupo 2 e que correria num dos troféus actuais. Essa viatura não tinha mais que um motor com especificações BDH, que como saberão, nunca terá sido homologada nesse Grupo pela FIA (alias nunca terá sido homologado em nenhum Grupo e terá apenas corrido legalmente no BTCC e ETCC devido ao aproveitamento de uma lacuna nas regras destes troféus FIA).

Quando não é que na página 68 desta ultima revista nº29, aparece mais um artigo a fazer referencia a uma nova viatura que correrá neste mesmo troféu (ou talvez outro )?

Trata-se de um Mini com homologação em Grupo 5!!! Só mesmo por cá!

Sempre pensei que a Homologação de uma viatura em Grupo 5 passava por ter essa mesma viatura de acordo com uma série de características definidas. Conforme está muito bem explicado em http://en.wikipedia.org/wiki/Group_5_(racing).

Ora suponho que a KAD (empresa de muito boa reputação) não fizesse cabeças de 16 válvulas para quem quer que fosse e muito menos para os Minis em 1982 (data em que termina a especificação Grupo 5). Mas não é apenas a cabeça como a transmissão e toda uma série de panóplia de peças mecânicas que nunca viram a luz do dia até essa altura e que apenas existem actualmente devido a processo de fabrico inexistentes nas décadas de 70 e 80.

Já nem falo do espírito da competição por parte dos competidores, dado este ser um factor subjectivo e que a honestidade não poder ser imposta. Falo sim da incapacidade de avaliação por parte dos avaliadores e das pessoas que permitem (por ignorância ou qualquer outro factor) que tais viaturas sejam incluídas neste tipo de competição.

Porque não publicitar que este troféu se trata de um conjunto de corridas com viaturas com silhuetas baseadas em viaturas automóveis comercializados até anos 80 e com qualquer mecânica que lá possam colocar? Não seria mais justo para todos os concorrentes?

Isto abriria o troféu a um conjunto de participantes que poderiam concorrer com o seus Minis equipados com motores dos Hondas VTI ou S2000 e Datsuns com mecânica dos Subarus WRX.

Será que não percebem, ou não querem perceber, que para uma viatura estar de acordo com a homologação num determinado Grupo tem de cumprir as especificações que lá estão descritas e que apenas são válidas peças e materiais até ao fim do período de validade destes Grupos (que por acaso é 1982)???

Já foi referido aqui o nosso (português) sentido de "chico-espertismo" mas neste caso parece-me um pouco mais que isso.

Neste caso há pelo menos uma revista que, sem sentido crítico, o publica e divulga como sendo normal!

Desempenho actualmente a função de Gestor Sénior num dos maiores grupos de empresas português, que por acaso, também inclui um jornal diário pelo que tenho a maior consideração pelos profissionais desta área. Sei que infelizmente há casos onde a notícia, por diversas razões, tem de ser alvo de avaliação por parte do editor e é a este que compete a responsabilidade de publicar ou não a notícia e "sofrer" as consequências.

É certo que a revista vai desculpar-se e dizer que apenas transmitiu um facto e que a responsabilidade deverá ser do órgão que valida e atribui a homologação à viatura, mas será isso que é eticamente correcto?

Por mim, gostaria que a revista em causa fosse "A Revista dos Carros Clássicos" e não mais uma revista de carros clássicos. Por isso deixarei de a procurar nas estantes conforme fazia até agora.

Espero que tomem esta opinião como uma crítica construtiva e quem, caso a venha a ler, tiver algum tipo de responsabilidade sobre o assunto possa interferir para bem da modalidade em causa, pois por causa de uma ovelha negra não é necessário vender o rebanho todo.

Muito obrigado


Atendendo ao historial da revista em causa, e posso até lembrar o artigo sobre os 02, de certeza que não se vai desculpar. Nas falhas mais ou menos graves nunca vi mais nada a não ser o silencio a ver se passa...
A menos que o façam depois de ler esta observação, só para chatear :D :D :D :D

Enfim é o que temos. Não posso deixar de adiantar que já está muito melhor, valha-nos isso.
 

nuno maurício

Veterano
Re: Revista Motor Clássico - Mais coisas à portuguesa

Gostei de lêr, muito interessante, estou completamente de acordo com tudo o que disse, acho que é inaceitavél nessa competição.
 
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