Restauro Triumph Tr4 de 1962

Joao B Vieira

YoungTimer
Em Abril de 2007, e depois de ter sido propriétário de um Austin Mini 1275 GT e de um MG Midget MKIII, decidi adquirir para restauro um Triumph TR4 de 1962. Este veículo em particular agradava-me, pois é o 2º ano de construção dos TR4, o que equivale a dizer que retém ainda muitas das peças do TR3 a quem sucedeu.
O meu carro em especial, foi produzido em 7 Março de 1962 e foi enviado para os Estados Unidos a 14 Março de 1962. Foi exportado a bordo do barco "Americam Leader" e saiu do Porto de Southampton para ser entregue ao concessionário Standart Motor Company inc. de Baltimore.
Aquando restauro ficou desde logo decidido que se iria manter a originalidade do carro a 100%, independentemente do trabalho que estivesse envolvido.
Quando comprei o carro estava no estado em que aperece nas fotos anexas.
João Vieira
Ver anexo 94359

Ver anexo 94360

Ver anexo 94361

Ver anexo 94362

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Anexos

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Hugo Rainho

Clássico
Estava um bocadito mal tratado, mas nada do outro mundo. Como é que soube tanto da história do automóvel?

Também estou a acabar de restaurar um Spitfire 1500.
 
OP
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J

Joao B Vieira

YoungTimer
Entretanto começa a desmontagem do carro, com os habituais podres, mas, para meu espanto, até não estava tão mal como inicialmente pensei. O chão do lado esquerdo e direito foram substituidos, assim como houve que fazer bastante trabalho de chapa, nomeadamente em alguns guarda lamas, lábio da mala, junto aos farois da frente e na zona da bateria. Como o carro veio de um estado seco nos EUA, a ferrugem não era muita.
Ver anexo 94434

Ver anexo 94435

Ver anexo 94436

Ver anexo 94437

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Anexos

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Muito bem, grande biografia completa do veiculo, também gostaria de saber tudo isso do meu mas é algo que julgo impossivel.
Força no restauro e parabéns pela máquina!
 
OP
OP
J

Joao B Vieira

YoungTimer
Nesta fase uma boa parte da carroceria tinha sido já vista, com muitas zonas já com metal novo já soldado em todos os sitios onde a ferrugem tinha feito estragos consideráveis. Em todas as zonas "boas" optou-se por não mexer, apenas verificando-se se não havia ferrugens ou outros arranjos antigos mal feitos.
Também todos os elementos mecanicos estavam fora, para serem todos revistos, trocar o que fosse necessário e voltar a montar.

Ver anexo 94439

Ver anexo 94440

Ver anexo 94441

Ver anexo 94442

Ver anexo 94443

Ver anexo 94444
 

Anexos

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Joao B Vieira

YoungTimer
Em 1962, ano de produção deste TR4 foram produzidas 15.933 unidades, sendo que 964 unidades foram para o mercado inglês, 14.309 foram para exportação e 660 unidades eram CKD, ie, carros produzidos em Kit para serem montados no destino. Este TR4 iniciou a sua vida com a cor Powder Blue (que é uma especie de azul bebé), tendo capota preta, estofos pretos com risca branca e tendo uma almofada de "passageiros", na zona anterior dos bancos dianteiros. Saiu também de fábrica com opcionais tais como Chaufage, um Tonneau à cor da capota, um limpa para brisas, penus michelin x (já eram radiais), roda sobresselente e uma mala de ferramentas.
Nas fotos abaixo podem ver a progressão do restauro, já na fase da pintura, onde se reteve a cor original, e onde se procurou pintar com a maior qualidade possivel todo o carro. Zonas como a baia de motor, ou todo o interior da carroceria foram todos pintados com a mesma qualidade que o exterior da carroceria.
Ver anexo 94888

Ver anexo 94889

Ver anexo 94890

Ver anexo 94891

Ver anexo 94892

Ver anexo 94893

Ver anexo 94894
 

Anexos

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Joao B Vieira

YoungTimer
Este Triumph é do segundo ano de produção , o que significa que muitas das peças que trazia de origem eram ainda do anterior modelo, o TR3. Assim sendo, havia que manter essa originalidade, nomeadamente ao nível dos manometros, com os chamados "convex glasses" (os "flaten glass só foram introduzidos a partir do chassis CT-15053), o tablier pintado de "spa white" e não em acabamento de madeira, como se vê em muitos modelos, pois essa opção só estava disponível após 1963. Também ao nível dos manometros auxiliares, os originais são os que tem a "fully exposed needle" (só após o chassis CT11307 é que os manometros tinham a agula parcialmente coberta). Ao nível dos farois, os da frente são uns Tripod, enquanto os de trás, e por ser uma versão americana, são o mesmo modelo usado nos AM DB4, com os vidros todos vermelhos, incluindo o travão que também funciona como pisca.

Ver anexo 97257

Ver anexo 97260
 

Anexos

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Joao B Vieira

YoungTimer
Ao nível do motor, como no resto do carro, procurou-se deixar tudo muito original.
Para além dos 2 carburadores e da "manifold" correcta, o radiador é ainda o mesmo modelo do radiador dos TR3, facilmente identificável pela entrada de agua colocada atrás e na ponta de um tubo, que no TR3 servia exclusivamente para se ter acesso ao mesmo, pois o espaço era apertado. No TR4 não há esse problema mas mesmo assim em 62 era o radiador que colocavam.
O motor é pintado de preto e a única parte "brilhante" é a tampa do motor.

Ver anexo 97267

Ver anexo 97268
 

Anexos

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Mário Macedo

Datsunbat
Boas!

Mas que maquinão!
Lindo mesmo!!!
Essa cor era a de origem?
Fica um espanto!
Que belo restauro!!!

Esse quadrante mete respeito! E está fenomenal, aliás como todo o carro!!!

Parabéns pelo restauro e boa continuação!

Cumps.
Mário
 
Isto sim, é um restauro a sério num carro fabuloso. O meu, de 1964, só por prazer de brincar aos mecânicos , já o desfiz quase todo e voltei a montar. É um "Lego" fabuloso e anda muita bem. Adoro fazer curvas em slide...Todos se viram para o ver passar. E arrumo muitas vezes o Range Rover para ir trabalhar no TR...Que delícia.
 
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