Ignição Electrónica Universal Para Clássicos

António Barbosa

Red Line
Portalista
Ok, este tópico vai ser pouco adequado a puristas/originalistas.

Tudo começou em 2009 num Track Day no autódromo de Braga quando em plena reta da meta e de 'pata a fundo' em 3ª no ´red-line' +/- 7000rpm, um dos pesos do avanço centrifugo do distribuidor lembrou-se de sair, como não tinha por onde, e porque o aço por norma vence o aluminio, fez um buraco no corpo do distribuidor e cravou-se feito maluco no alcatrão.
 

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António Barbosa

António Barbosa

Red Line
Portalista
Não é esfera, é mais um feijáo... se o distribuidor rodava a 3500rpm e o eixo dos pesos tem cerca de 5cm (2 polegadas com certeza) dá para calcular.
 
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António Barbosa

António Barbosa

Red Line
Portalista
Isto tudo para dizer que fiquei com a ideia de que o sistema embora 'original', não era muito adequado à utilização que pretendo dar a este Mini.

As ignições electrónicas existem desde os anos 60, na altura apenas para substituição do platinado, a questão do avanço da ignição ao longo da rotação, da carga do motor, e da posição do acelarador, só veio mais tarde, nos anos 80, com os mapas de injeção e de ignição.

O que pretendo é libertar-me do sistema de avanço mecânico centrifugo, (do avanço por vacuo já me tinha livrado quando arranjei um distribuidor LUCAS 23D4, agora com um buraco), utilizando a ignição electrónica já referida num tópico antigo que embora feita por mim, e por incricel que pareça, tem dado boas provas de durabilidade e pelo menos de facilidade a pegar a frio.

A ideia começou quando num catalogo para Minis dos anos 90, já com injeção e ignição electronicas, vi este 'acessório' extra para monitorizar a posição da cambota. Este sistema utiliza o electro-magnetismo para 'contar' os 'dentes'.
 

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Eduardo Relvas

fiat124sport
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António, o teu problema é simplesmente isso não ser material italiano... não foi desenhado de raiz para viver a altas rotações! tongue.png laugh.png

O meu 127 já passou centenas (se calhar até milhares) de horas acima das 6,000 rpm, e continua impecável.

Bom, mas fora de provocações, quer dizer que vais montar um sistema totalmente mapeado? Já vi várias coisas dessas por aí, já escolheste um?

Um abraço!
 

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Pedro Pereira Marques

Pre-War
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Existe sempre esta solução:

http://www.123ignition.nl

Os distribuidores são de boa qualidade, o problema é que têm sempre uns "presets" para "race" ou "fast road" que são muito vagos e não sabemos qual o conceito deles para esses "presets". Que válvulas, que árvores de cames, qual o avanço, etc. Têm também uma outra opção á disposição USB para mapear de acordo com a nossa configuração. É mais caro, mas vale a pena. Uma boa bobine, uns excelentes cabos e umas boas velas em conjunto com este distribuidor é, na teoria, material para durar uma vida.

Falou o gajo da originalidade! Sinceramente não me incomodam este tipo de modificações. wink.png
 

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António M. Vieira e Sousa

Gentleman Driver
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António Barbosa

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Obrigado pelas vossas opiniões, mas quem já viu o meu Mini, deve ter reparado que há ali muito material pensado/concebido/adaptado por mim, pois além de uma fonte de adrenalina, aquele Mini também é um laboratório de experiencias.

Noutros tópicos, também já referi uma filisofia/necessidade low-cost.

Por ultimo, ainda há a questão profissional, a minha formação é em electrónica e este projeto, que espero que sigam, tem a haver com o desenvolvimento tecnológico nesta área.

O resultado será muito próximo dos sistemas já conhecidos da Megajolt, mas com uma componente DIY e low-cost, não sei quanto custa exatamente um conjunto completo Megajolt, mas vejo-os na casa dos 300eur, isso de low.cost não tem muito...
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
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António Barbosa disse:
Obrigado pelas vossas opiniões, mas quem já viu o meu Mini, deve ter reparado que há ali muito material pensado/concebido/adaptado por mim, pois além de uma fonte de adrenalina, aquele Mini também é um laboratório de experiencias.

Noutros tópicos, também já referi uma filisofia/necessidade low-cost.

Por ultimo, ainda há a questão profissional, a minha formação é em electrónica e este projeto, que espero que sigam, tem a haver com o desenvolvimento tecnológico nesta área.

O resultado será muito próximo dos sistemas já conhecidos da Megajolt, mas com uma componente DIY e low-cost, não sei quanto custa exatamente um conjunto completo Megajolt, mas vejo-os na casa dos 300eur, isso de low.cost não tem muito...
O Megajolt é um projecto desenvolvido em regime open source, ou seja, podes aceder a tudo gratuitamente e fazer em casa. Não precisas de o comprar feito nem sequer o kit básico, podes fazer tudo de raiz, mas tens uma comunidade inteira pro trás que se entreajuda. É basicamente um derivado do projecto Megasquirt, que é a mesma coisa mas com um sistema de injecção mapeado.

Ainda voltando ao ponto do distribuidor, eu sei que estás a pensar ir para a versão totalmente mapeada mas... enquanto isso não bule, podias adaptar um Marelli de um Fiat... laugh.png

Um abraço!
 

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António Barbosa

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Eduardo Relvas disse:
O Megajolt é um projecto desenvolvido em regime open source, ou seja, podes aceder a tudo gratuitamente e fazer em casa. Não precisas de o comprar feito nem sequer o kit básico, podes fazer tudo de raiz, mas tens uma comunidade inteira pro trás que se entreajuda. É basicamente um derivado do projecto Megasquirt, que é a mesma coisa mas com um sistema de injecção mapeado.

Ainda voltando ao ponto do distribuidor, eu sei que estás a pensar ir para a versão totalmente mapeada mas... enquanto isso não bule, podias adaptar um Marelli de um Fiat... laugh.png

Um abraço!
Quero saber o mais possível sobre o que já existe!

1 - Onde é gravado/guardado o mapa do avanço no sistema Megajolt?

2 - Que curvas de avanço têm os distribuidores Marelli? Como o Pedro disse acima, não vou comprar um distribuidor 'desportivo' a alguém que não faz a mais pequena ideia da árvore de cames, da taxa de compressão ou de quantos e quais carburadores o meu motor tem!

3 - Já tenho as bobines tipo coil-pack dos Fiestas Z-Tech (wasted-spark) que vêm nos kits da Megajolt, e electrónicamente é facil e barato 'dispará-las' com transistores MOSFET.
 

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Eduardo Relvas

fiat124sport
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António Barbosa disse:
Quero saber o mais possível sobre o que já existe!

1 - Onde é gravado/guardado o mapa do avanço no sistema Megajolt?

2 - Que curvas de avanço têm os distribuidores Marelli? Como o Pedro disse acima, não vou comprar um distribuidor 'desportivo' a alguém que não faz a mais pequena ideia da árvore de cames, da taxa de compressão ou de quantos e quais carburadores o meu motor tem!

3 - Já tenho as bobines tipo coil-pack dos Fiestas Z-Tech (wasted-spark) que vêm nos kits da Megajolt, e electrónicamente é facil e barato 'dispará-las' com transistores MOSFET.
Da parte do Megajolt não te sei responder, mas deve estar tudo disponível na web, é uma questão de procurares... já faz uns anos que não mexo em nada disso, e quando o fiz a última vez esse projecto ainda estava na infância.

Quanto aos distribuidores da Marelli, posso-te arranjar curvas pelo menos dos do 124, em várias versões, e até mesmo provavelmente de alguns dos outros twin-cam seguintes. Se procurar com calma até devo conseguir encontrar a do 127. Eu estava em tom de brincadeira, mas é perfeitamente possível adaptares um distribuidor destes ao teu caso. E sei que é equipamento que tem muita qualidade e durabilidade, e que foi feito a pensar em motores de alta rotação, logo as curvas serão adaptadas a esse propósito. Normalmente são de avanço apenas centrífugo, há alguns com vácuo, mas a maioria dos modelos dos anos 60/70 são centrífugos.

Um abraço!
 
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António Barbosa

António Barbosa

Red Line
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Ok, obrigado Eduardo. O meu LUCAS 23D4 já só tem avanço centrifugo, a versão com centrifugo e vacuo será a 25D4.

A minha ideia é utilizar a plataforma Arduino para a programação/mapeamento da ignição. O Arduino também é uma plataforma aberta e também está na infância, pelo menos em termos de mapas de ignição para motores a 4 tempos a gasolina.

Junto segue uma foto e respetivo esquema de um protótipo de um estudo com electrónica digital.
 

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António Barbosa

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Irei têr dois pick-up's, um para TDC e outro para o posicionamento da cambota. Tudo começou com a questão do posicionamento da cambota, vêr post #7, e, juntando a minha experiência profissional (electrónica) com a amadora (Minis), percebi que não era dificil contar os dentes da cremalheira do volante do motor, onde o motor de arranque engata para fazer o seu servicinho...
Portanto, um dos pick-up's estará nas tampa da embraiagem (cloche), toothed counter no esquema acima, e o outro na polie da cambota.
Ambos serão sensores do tipo efeito de Hall, o da cloche será de um modelo mais sofisticado (maior frequência) do que o de TDC.

Nas fotos estão as primeiras tentativas de fixar os imanes na polie, julguei que a força magnética iria ser mais forte que a centrifuga, e até foi verdade, até às 2500rpm, depois PLACK!!! os imanes descolaram e foram-se colar na antepara, "Audaces fortuna juvat!"
 

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António Barbosa

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Aqui está o conjunto da duas bobines no sitio onde o quero fixar, está protegido da chuva, e tem ar fresco para arrefecimento.

Por uma daquelas coincidencias, tem a mesma furação do servo-freio que ali esteve até cerca de 1990.
 

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António Barbosa

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Red Line
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Aqui está a maneira que eu tenho para fazer os meus cabos de ignição, veio dos anos de motard, e tem dado muito bons resultados, tanto em longevidade como em fiabilidade.

1 - Fio de vela a metro
2 - Cachimbo NGK com 10K de supressor e respectiva 'camisinha', fundamental para isolamento
3 - Conjunto de 2 bobines para motores FORD Z-tech (wasted spark)
4 - 'Camisinha' reforçada para os fios da velas do lado da bobine, e ainda uma mola para contacto na bobine.
 

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António Barbosa

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Red Line
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À aplicação dos cabos de velas nas bobines FORD, seguiram-se os testes de verificação e estava tudo dentro dos valores esperados.
Os 28,2 Kohms vêm da soma dos dois supressores dos NGK 10K+10k com o valor da bobine de alta-tensão, cerca de 8k.

O fio vermelho com a resistencia de 0,22ohm é da alimentação das bobines e aquela resistencia é experimental e está lá para proteger as bobines que neste momento são o maior investimento deste projeto (28eur).

Por ultimo o iman em cilindro que vai ser o activador do sensor efeito de Hall de TDC.
 

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António Barbosa

António Barbosa

Red Line
Portalista
Faltavam ainda os verdadeiros cavalos de força deste projeto, os transistores MOSFET ref. BUZ90 que no fundo substituem o platinado. Como vão haver 2 bobines (wasted spark) teriam que haver 2 platinados, neste caso vão ser 2 transistores.

Nos blocos de aluminio (dissipadores) já estão 2 BUZ90 devidamente isolados e prontos para trabalhar, o que se vê de fora é um suplente, espero que nunca o tenha de utlizar...
 

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