Ford Escort MK4 XR3i - O Restauro!

[JorgeMonteiro]

Eu também concordo que o carro é para ser vivido e melhorado dentro de certos parâmetros.

Eu enquadro-me numa terceira linha de pensamento:

Os melhoramentos têm de estar fora da vista. A olho nú tudo deve estar muito próximo do original ou fiel á época.

 

[Marco Vale]

Mais ou menos. Como disse nos updates acima. Tenho tudo guardado. Não uso para não gastar/estragar. Um futuro dono poderia simplesmente voltar a colocar. Para mim está bem melhor assim. Tanto pelo facto de dar um melhor prazer na condução (posição de condução muito melhor para mim com 1,8m de altura), como pelo facto de não estragar os originais.
Excluindo os pedais. Já o recebi assim, aliás não tinha capas de pedais. Mas entretanto já encontrei OEM e já estão montados o da embraigem e travão há algum tempo, o do acelerador é que não porque comprei via UK e está em casa de um familiar que virá no verão de férias. Felizmente consegui tudo novo (NOS).

Agora alguém imaginar um carro classificado e homologado como viatura de interesse historico com 34 anos a fazer trackdays!!! Se alguém pensar isso, não é certamente a pessoa certa para comprar o carro.
E francamente couldn't care less, o carro faz poucos kms, mas quando saio, nem que seja para levar o miudo à escola, gosto de o desfrutar e tudo o que foi feito até ao momento foi no sentido de recuperar a originalidade, renovar componentes e torna-lo mais resiliente e seguro, não tenho uma garage queen para poder agradar a um futuro dono! Não está nos meus planos.

E se um dia o vender será naturalmente a alguém que reconhecerá todo esse investimento e para isso basta ver ao vivo ou então conduzir um pouco para perceber onde derreti alguns milhares! Não é um volante desportivo e uma manete de velocidades que se trocam em 5 minutos que vai afstar alguém. E se for por isso, é só colocar os originais.

Mas obrigado pela sugestão, não é novidade para ninguém que existem 2 linhas de pensamento (pelo menos) de como os classicos devem ser "vividos" ...

1. os puristas que mantêm tudo original (no meu caso seria dificil, porque já foi pintado e essa parte já não é original, assim como não são os farois, nem piscas... um purista iria preferir os originais mesmo que feios).
2. os que valorizam a experiência empírica e não se importam de sacrificar alguma originalidade por melhorias que beneficiem a condução desde que esteticamente se mantenham dentro do quadro das alterações à época.

Eu estou no segundo tipo, sem sombra de duvida. Tudo o que for estético, aprecio a originalidade, tudo o resto se puder melhorar, melhoro.
E felizmente existem muitas pessoas que defendem ambas as linhas de pensamento por isso o mercado o dirá e se alguém o quiser comprar será alguém que se reveja no projecto. Para já nem sequer está nos planos. Talvez daqui a algum tempo, se me sentir preparado!

Obg a todos
Ricardo Santos

Parabéns pelo Escort!
Quanto às justificações, muito boas, sem dúvidas.

 

[Mario_Marques]

Parabéns, tens aí um exemplar que pelo menos nas fotos parece estar mesmo muito bom, e compreendo bem tudo o que fizeste e fizeste pelos melhores motivos, usufruir do carro, tirar prazer da condução, sou totalmente a favor disso desde que não descaracterize o carro, acho que só o torna melhor.

Uma dica, o problema de pegar a quente, supondo que está tudo original em bom estado, nada de problemas de cabos, bateria cansada, motor de arranque cansado, isso acontece porque quando o carro é parado quente, a gasolina passa de estado líquido a gasoso e fica bolhas no sistema, na altura, quando o carro era novo e ainda na garantia, alguns concessionários instalavam um sistema que quando estava a uma determinada temperatura, a bomba de gasolina continuava a trabalhar algum tempo extra para arrefecer os canais e a própria gasolina, a vw também tinha esse problema e mais tarde um sistema do gênero começou a vir de fabrica.

 

[Ricardo Daniel C. Santos]

Eu também concordo que o carro é para ser vivido e melhorado dentro de certos parâmetros.

Eu enquadro-me numa terceira linha de pensamento:

Os melhoramentos têm de estar fora da vista. A olho nú tudo deve estar muito próximo do original ou fiel á época.

Na verdade é essa a minha perspetiva também. Aliás, é aquela que é aceite pela regulação que determina a homologação dos veículos históricos.

Obg mais uma vez! cumpts
Ricardo

 

[Ricardo Daniel C. Santos]

Parabéns, tens aí um exemplar que pelo menos nas fotos parece estar mesmo muito bom, e compreendo bem tudo o que fizeste e fizeste pelos melhores motivos, usufruir do carro, tirar prazer da condução, sou totalmente a favor disso desde que não descaracterize o carro, acho que só o torna melhor.

Uma dica, o problema de pegar a quente, supondo que está tudo original em bom estado, nada de problemas de cabos, bateria cansada, motor de arranque cansado, isso acontece porque quando o carro é parado quente, a gasolina passa de estado líquido a gasoso e fica bolhas no sistema, na altura, quando o carro era novo e ainda na garantia, alguns concessionários instalavam um sistema que quando estava a uma determinada temperatura, a bomba de gasolina continuava a trabalhar algum tempo extra para arrefecer os canais e a própria gasolina, a vw também tinha esse problema e mais tarde um sistema do gênero começou a vir de fabrica.

Muito obrigado pelas dicas....Percebo pleas dicas que não deu para ler tudo o que escrevi, o que é normal porque foi muito . Contudo há algo que me deixa a pensar.....

• Bateria não é nova, mas o tema também não e fica frequentemente ligada ao carregador. E está em repouso >13v.
  • Pergunta 1: Se fosse bateria, deveria manifestar-se na ignição a frio também, certo? Não só a quente. É a minha percepção, mas não sou mecânico.
• Os cabos também não são novos, mas têm 4-5 anos, são da Beru. Assim como o distribuidor e velas.
• O motor de arranque foi a peça que troquei agora por ultimo. O arranque tem muito mais "bojarda" porque segui o que ínumeras recomendações em foruns internacionais indicavam que subir de 0,6KW para 1.1KW (neste momento até é um de 1.4KW que estava disponivel como peça OEM), iria resolver o problema.
• Continuo a sentir alguma dificuldade a quente, mas para mim continua a ser um tema de mistura... não de ignição. É lógico que com mais potência no arranque o problema se manifesta menos, confirmo isso.
• Quanto ao tema da bomba, acho que essa noticia "velha" (passo a antitese) faz todo o sentido. A bomba se calhar foi um erro, também comprei nova, mas talvez houvessem bombas de qualidade aparente mais comprovada, tipo BOSH e eu acho que meti uma marca branca. A antiga era original e fazia o mesmo, por isso deprendo que fosse mesmo necessário qualquer mecanismo retardador para fazer esse efeito. É uma boa hipotese para investigar.

De qualquer das formas, a dificuldade que tenho é ter de dar à chave 2x. Mas arranca sempre, mesmo que começando mais pobre durantes uns 10s. Basta dar uma aceleradela e recupera. Não é muito chato.

Muito obrigado pela partilha e dicas!
Ricardo Santos

 

[Mario_Marques]

Olá Ricardo, por acaso li tudo pois partilho do entusiasmo.

Aquela solução que falei do arranque a quente não é uma "invenção" era uma aplicação mesmo feita pela Ford na época( e que alguns carros de outras marcas com injeção ou problemas similares já traziam de fabrica), deve haver algures informações sobre isso por aí na NET fora, o problema como expliquei é formar gás no sistema de injeção, ou seja, quando dás á chave não entra logo combustível durante uns segundos, ou seja, o motor até pode rolar bem com o motor de arranque mas se não houver gasolina não pega até haver.

Não digo que não possa haver mais coisas a agravar, pois com o calor muita coisa se altera, além da idade não ser favorável com os kjet em especial se andarem pouco, mas na altura, em carros novos isso já acontecia.

 

[João Ribeiro Silva]

maquina esta um espectaculo, gostei bastante de ler as novidades ao fim de 4 anos! é so desfrutar agora esse carro merece andar mais

 

[Mario_Marques]

Não falando particularmente no teu Ford, mas sim nas implementações que a Bosch fez na época para mitigar o problema, foram as seguintes:

-Colocar uma relé que quando se abre uma porta pulsa a bomba de combustível.
-ao rodar a chave ativa a bomba
-instalar sistema "afterrun" com um sensor térmico e relé temporizadora que quando o sensor detecta temperatura alta na zona dos injetores ativa a ventoinha com o carro a trabalhar e estando desligado ativa a bomba de gasolina para circular ate a temperatura baixar na zona dos injetores
-por último e pouco mais habitual, sensor de pressão no sistema de injeção, não havendo a pressão correta, havendo gás, força a bomba de combustível e aumenta o ciclo dos injetores no arranque para purgar.

Isto são as medidas de forma geral que a Bosch implementou na altura no mercado, depois mudou tudo para LE e L jetronic e outras similares, o teu Ford é um dos últimos carros de época ainda a usar esse tipo de injeção kjet, os concorrentes da época, grande parte já era efi.

 

[Rui Durão]

O diagnóstico do @Mario_Marques parece-me corretíssimo. O meu falecido Saab 900 também tinha o sistema Kjet, e logo à saída do depósito tinha um acumulador de pressão de combustível, semelhante a este. A função era manter a pressão de combustível dali até ao motor, para garantir que esse combustível não vaporizava quando o carro era desligado. Essa pressão era gradualmente libertada à medida que o carro arrefecia. Se o teu Escort tiver uma peça dessas (e já não estiver a funcionar, como era o caso no meu Saab), os sintomas são precisamente esses.

 

[Ricardo Daniel C. Santos]

aiiiixxxx malta. Muito obrigado a todos pelos inputs. Tenho muito para me debruçar então.

1. -Colocar uma relé que quando se abre uma porta pulsa a bomba de combustível. [RS] mas se a bomba liga so por colocar a chave em "I", como é o caso, se eu esperar um pouco devo resolver o tema? percebi bem?
2. -ao rodar a chave ativa a bomba [RS] O meu é de 88 e já faz isso, mesmo sem ligar o motor de arranque a bomba liga.
3. -instalar sistema "afterrun" com um sensor térmico e relé temporizadora que quando o sensor detecta temperatura alta na zona dos injetores ativa a ventoinha com o carro a trabalhar e estando desligado ativa a bomba de gasolina para circular ate a temperatura baixar na zona dos injetores [RS] parece-me [I]too much [/I]para um problema que não é nada grave, mas Ok.
4. -por último e pouco mais habitual, sensor de pressão no sistema de injeção, não havendo a pressão correta, havendo gás, força a bomba de combustível e aumenta o ciclo dos injetores no arranque para purgar. [RS] isto é que faria sentido até porque acontece a quente mas não precisa de ter o motor muito quente nem nada disso. Até pode estar frio ao toque mas já ter trabalhado nesse dia. Será mesmo uma questão de gestão de gases, porque no dia seguinte o gás desaparece e liga num 1seg. Mas como não sei como faria isso, nem quero inventar....

Pelo menos as vossas explicações coincidem e convergem pelo que me está a fazer todo o sentido. Pergunta talvez parva.....

Tendo em conta que a bomba de gasolina liga ao colocar a chave na posição 1, se eu tiver uma bomba com mais pressão, o tema não será automaticamente mitigado? Até porque nem vi se eventualmente a tensão na bomba está nos 12v ou se eventualmente devido a massas, etc, não estará ligeiramente abaixo.?

Parece-me assim de repende a solução mais "fácil". Já que até troquei de motor de arranque mesmo à bruta! Pelo menos guardei o antigo que parece estar totalmente funcional na verdade.

@Rui Durão tenho de ver se tenho esse acumulador. Não faço ideia. Obg.

@João Ribeiro Silva ele anda bastante.... Só não faz viagens grandes. Ainda este Domingo fez 100km

Obg novamente... excelente pessoal por aqui
Cumpts
Ricardo