Chegaram a todos os postos nacionais - por imposição legal - os chamados "combustíveis simples". Na prática são combustíveis, gasolina e gasóleo, sem mais aditivos do que aqueles obrigatórios pelas normas.
Cai assim um dos argumentos usados pelo setor petrolífero para justificar preços mais altos e que aponta para o custo da adição de aditivos que é suposto aumentar a performance do combustível e do carro.
Em 2012 a DECO afirmava que não havia qualquer diferença entre combustíveis:
"Há dois anos, em dezembro de 2012, fizemos um estudo - um teste pioneiro a nível mundial - em que pusemos em confronto gasóleo aditivado ['premium'], com versão regular e duas marcas 'low cost' (Galp Gforce, Galp Hi-Energy, Jumbo e Intermarché) e o resultado foi que não existem diferenças entre os combustíveis a não ser no preço"
...
"não existe nenhum indicador que leve a pensar que têm menos qualidade, que podem danificar ou prejudicar o motor nem que são mais poluentes"
...
"nessas três vertentes não se verificaram diferenças que justificassem o preço superior que era praticado".
Por outro lado, Luís Serrano, professor no curso de Engenharia Automóvel no Instituto Politécnico de Leiria afirma:
"Os aditivos estão lá por alguma razão. Existem porque são úteis para o motor", explicando que a opção por combustíveis simples pode, em alguns casos, trazer problemas de lubrificação ou aumentos de consumo e perda de eficiência do motor: "Não tenho problemas mecânicos, mas posso ter de carregar mais no acelerador".
Luís Serrano ressalva, porém, que a utilidade dos aditivos varia consoante os carros e que são os mais recentes que tendem a ser mais exigentes no que diz respeito à qualidade do combustível.
Fernando José Ferreira, director do curso de Engenharia Mecânica Automóvel no Instituto Superior de Engenharia do Porto, afirma não ter dúvida de que os aditivos têm utilidade. "Os fabricantes não os põem lá à toa". Mas acrescenta que o valor que trazem "é discutível" e salienta que "todos os combustíveis que são vendidos são necessariamente bons, porque cumprem requisitos".
Esta posição é semelhante à de Paulo Carmona, da ENMC, que é responsável por fiscalizar a qualidade dos combustíveis. Para Carmona, a designação combustível simples é usada com "alguma carga pejorativa". Porém, o combustível simples "sai directamente da refinaria sem aditivos, mas cumpre os mais altos padrões de qualidade".
António Chícharo, da Associação das Empresas de Comércio Automóvel (Anecra), alerta que, quando há problemas causados pela utilização de combustíveis não aditivados, "tudo o que se refere com a injeção do carro, com a circulação do gasóleo e com os filtros tem de ser tudo renovado", algo que é uma despesa considerável. O pior é que a garantia não cobre problemas destes porque "a avaria dos motores é provocada pelo combustível que está a ser utilizado".
(fontes: Público; Noticias ao Minuto; TSF Online)
E vocês, qual a vossa experiência? O que pretendem utilizar no vosso clássico?
Cai assim um dos argumentos usados pelo setor petrolífero para justificar preços mais altos e que aponta para o custo da adição de aditivos que é suposto aumentar a performance do combustível e do carro.
Em 2012 a DECO afirmava que não havia qualquer diferença entre combustíveis:
"Há dois anos, em dezembro de 2012, fizemos um estudo - um teste pioneiro a nível mundial - em que pusemos em confronto gasóleo aditivado ['premium'], com versão regular e duas marcas 'low cost' (Galp Gforce, Galp Hi-Energy, Jumbo e Intermarché) e o resultado foi que não existem diferenças entre os combustíveis a não ser no preço"
...
"não existe nenhum indicador que leve a pensar que têm menos qualidade, que podem danificar ou prejudicar o motor nem que são mais poluentes"
...
"nessas três vertentes não se verificaram diferenças que justificassem o preço superior que era praticado".
Por outro lado, Luís Serrano, professor no curso de Engenharia Automóvel no Instituto Politécnico de Leiria afirma:
"Os aditivos estão lá por alguma razão. Existem porque são úteis para o motor", explicando que a opção por combustíveis simples pode, em alguns casos, trazer problemas de lubrificação ou aumentos de consumo e perda de eficiência do motor: "Não tenho problemas mecânicos, mas posso ter de carregar mais no acelerador".
Luís Serrano ressalva, porém, que a utilidade dos aditivos varia consoante os carros e que são os mais recentes que tendem a ser mais exigentes no que diz respeito à qualidade do combustível.
Fernando José Ferreira, director do curso de Engenharia Mecânica Automóvel no Instituto Superior de Engenharia do Porto, afirma não ter dúvida de que os aditivos têm utilidade. "Os fabricantes não os põem lá à toa". Mas acrescenta que o valor que trazem "é discutível" e salienta que "todos os combustíveis que são vendidos são necessariamente bons, porque cumprem requisitos".
Esta posição é semelhante à de Paulo Carmona, da ENMC, que é responsável por fiscalizar a qualidade dos combustíveis. Para Carmona, a designação combustível simples é usada com "alguma carga pejorativa". Porém, o combustível simples "sai directamente da refinaria sem aditivos, mas cumpre os mais altos padrões de qualidade".
António Chícharo, da Associação das Empresas de Comércio Automóvel (Anecra), alerta que, quando há problemas causados pela utilização de combustíveis não aditivados, "tudo o que se refere com a injeção do carro, com a circulação do gasóleo e com os filtros tem de ser tudo renovado", algo que é uma despesa considerável. O pior é que a garantia não cobre problemas destes porque "a avaria dos motores é provocada pelo combustível que está a ser utilizado".
(fontes: Público; Noticias ao Minuto; TSF Online)
E vocês, qual a vossa experiência? O que pretendem utilizar no vosso clássico?