O melhor momento para escrever a história, é à medida que ela se desenrola, por isso, vamos cá abrir a primeira página da história do JP!
Voltando um pouco atrás, à minha apresentação, não sei se se recordam, eu sou aquele "rapazinho" de 39anos, que desde sempre se lembra de gostar do efeito mecânico das coisas (comecem nos legos) e mais em especifico de carros. Este amor talvez venha de família, uma vez que em casa sempre houve uns "carros velhos" e muitas horas amadoras na garagem. Mas vamos ao que interessa!
No final do mês de Junho, andava eu a surfar pela internet, quando me cruzo com um pequeno "Mini Cooper", como o título do anúncio indicava. Logo na foto de capa, uma foto da lateral, dava para perceber que não aparentava ser um cooper. Mas o valor também não era claramente de um cooper, e por isso valia a pena ir espreitar o que seria. Entro no anúncio e logo no início da descrição ficava claro que era um City E com alguns extras, provenientes de um kit da John Cooper Garage, instalado na década de 90.
Estava a concluir uns dias de férias e, logo por azar, o local onde o carro se encontrava até ficava a caminho de casa! (vá, não era caminho obrigatório, mas por questões familiares fica bem dizer que era mesmo em caminho
). Umas mensagens trocadas com o vendedor e no dia seguinte (26/6) lá estava eu ao final da tarde a procurar a morada indicada!
No meio de uma rua (que me fez perder duas vezes para lá chegar), encontro uma "velhinha porta" que se abre para me mostrar o espaço onde o carro estava. Nesta fase da história era uma "velhinha porta", daqui para a frente vamos chamar-lhe "porta do paraíso", mas já lá vamos! Do outro lado da porta, sou recebido pelo proprietário, simpático, super acessível, e que ainda por cima me tem o JP mesmo em frente aos olhos! Rapidamente começa a contar-me a história do carro nas mão dele. Este não era o seu primeiro mini, não era o segundo, e nem sequer sei até que número devo contar, ele também não sabe! Mas este mini tinha sido adquirido com um propósito muito simples. Ir ao IMM2023 a itália, e foquem-se no ir, porque esse pequeno pormenor por si só dá uma valente história!
O carro tinha sido adquirido porque sendo de '86 ja contava com jante 12 mas ainda era completamente mecânico, por isso tinha os melhores ingredientes para uma viagem com aquela distância. E assim foi, o dono reviu toda a mecânica (talvez até seja melhor dizer refez!) e o carro lá partiu rumo a Itália, juntamente com um grupo de outras pequenas máquinas.
Lembram-se da porta do paraíso, é isso mesmo, uma entrada no paraíso! Dentro dessa porta surgia uma oficina, onde pelas paredes havia peças e pelo chão carros, motores, rodas, peças, nas sua maioria mini! Era impossível os olhos não se perderem em cada recanto. Este espaço era sem dúvida um SPA zen para quem procurava um carro. Passaram-me uns minutos (que eu gosto de dizer minutos, mas que foram bem mais do que os 60 a que nos referimos como horas), e lá conheci eu a história daquele carro, daquela grande viagem, e sobretudo de alguém que fazia a minha paixão ser pequena, pela grandeza da sua loucura e dedicação aos carros ao longo dos anos.
Mas voltando ao carro, a recente dele era marcada pela ida a Itália. E porquê a "ida", porque em Itália ele decidiu pregar uma partida ao dono e de um momento para o outro, sem razão aparente e sem apertos, anunciar a escolha do papa, e fumar fortemente em branco. Acompanhado de um aguinha nos cilindros para arrefecer as ideias! Por precaução, e porque no regresso a Portugal sobravam minis, a opção foi despacha-lo pelo "correio" e esperar por ele em portugal, na curiosidade de entender como raio a junta teria cedido! Mas a culpa é do dono, segundo ele sempre se dedicou a preparar o carro para ir a Itália, nunca em ir a itália e vir!
A história continua, o carro anda perdido nos "correios dos automóveis", e muitos dias mais tarde chega a casa. É hora de desmontar e perceber como raio tinha metido água, uma mecânica quase toda refeita e sem ter levado apertos. Sai uma vela, saem 2 velas, saem 3 velas, saem 4 velas (não saem mais porque não tem!), e há um pormenor tão curioso como estranho... há água em todas elas! Já não parecia ser junta, podia ser algo bem mais grave! Hora de desmontar! colector de admissão fora (tem colectores independentes) e... surpresa das surpresas... há liquido de refrigeração no colector! Afinal o problema não nasceu dentro do motor, mas sim entrou para dentro do motor! O colector tem uma passagem de água, que por norma não se liga no nosso clima. Mas durante a manutenção, por uma questão de não ficar com "peças soltas" foi ligada. E na realidade o que aconteceu foi que essa passagem abriu para a passagem do ar e o carro na realidade estava a receber água através da admissão. Por isso dizer que a "ida" era por si só uma história!
E assim era, o carro tinha uma longa história, e uma bela e curiosa curta história, e o desejo de o trazer era elevado. Mas faltava uma coisa, acertar contas. E as contas que tinhamos não era compatíveis! Especialmente porque ainda tinha comigo o Clio Sport e não me dava jeito fazer um investimento maior do que o levava em mente.
E assim foi, uma excelente tarde de domingo, em que conheci alguém fantástico, e que partilhava um gosto comum. Carros! A história ficava por aqui!
Na passada 6ªfeira, por volta desta hora, o meu telefone tocava e aparecia-me uma mensagem "Olá bom dia. Surgiu-me uma oportunidade de negócio e queria tentar realizar uns dinheiros. Ainda tem interesse no mini pelo valor que falou? Como foi a primeira pessoa a vir ver é o primeiro a quem ofereço". Raios! não estava preparado para uma mensagem destas numa manhã de sexta-feira. Especialmente porque entretanto tinha feito outros negócios. Digo que não, mando mensagem à mulher a dizer que agora sou uma pessoa responsável e que não fui em loucuras... mas... aquilo que nunca acontece aconteceu... "Mas se querias tanto o carro, foste dizer que não porquê?" Passaram 30m e lá estou eu a mandar mensagem ao proprietário e a dizer-lhe se pode esperar a minha resposta até final do dia! E assim foi, uma dia de contas, de pensamentos, de planos, que acabou mesmo ao final do dia (já passava das 23) a confirmar o negócio, que acabou por se concretizar no domingo!
Assim começa a história do JP nas minhas mãos!
Voltando um pouco atrás, à minha apresentação, não sei se se recordam, eu sou aquele "rapazinho" de 39anos, que desde sempre se lembra de gostar do efeito mecânico das coisas (comecem nos legos) e mais em especifico de carros. Este amor talvez venha de família, uma vez que em casa sempre houve uns "carros velhos" e muitas horas amadoras na garagem. Mas vamos ao que interessa!
No final do mês de Junho, andava eu a surfar pela internet, quando me cruzo com um pequeno "Mini Cooper", como o título do anúncio indicava. Logo na foto de capa, uma foto da lateral, dava para perceber que não aparentava ser um cooper. Mas o valor também não era claramente de um cooper, e por isso valia a pena ir espreitar o que seria. Entro no anúncio e logo no início da descrição ficava claro que era um City E com alguns extras, provenientes de um kit da John Cooper Garage, instalado na década de 90.
Estava a concluir uns dias de férias e, logo por azar, o local onde o carro se encontrava até ficava a caminho de casa! (vá, não era caminho obrigatório, mas por questões familiares fica bem dizer que era mesmo em caminho
). Umas mensagens trocadas com o vendedor e no dia seguinte (26/6) lá estava eu ao final da tarde a procurar a morada indicada!No meio de uma rua (que me fez perder duas vezes para lá chegar), encontro uma "velhinha porta" que se abre para me mostrar o espaço onde o carro estava. Nesta fase da história era uma "velhinha porta", daqui para a frente vamos chamar-lhe "porta do paraíso", mas já lá vamos! Do outro lado da porta, sou recebido pelo proprietário, simpático, super acessível, e que ainda por cima me tem o JP mesmo em frente aos olhos! Rapidamente começa a contar-me a história do carro nas mão dele. Este não era o seu primeiro mini, não era o segundo, e nem sequer sei até que número devo contar, ele também não sabe! Mas este mini tinha sido adquirido com um propósito muito simples. Ir ao IMM2023 a itália, e foquem-se no ir, porque esse pequeno pormenor por si só dá uma valente história!
O carro tinha sido adquirido porque sendo de '86 ja contava com jante 12 mas ainda era completamente mecânico, por isso tinha os melhores ingredientes para uma viagem com aquela distância. E assim foi, o dono reviu toda a mecânica (talvez até seja melhor dizer refez!) e o carro lá partiu rumo a Itália, juntamente com um grupo de outras pequenas máquinas.
Lembram-se da porta do paraíso, é isso mesmo, uma entrada no paraíso! Dentro dessa porta surgia uma oficina, onde pelas paredes havia peças e pelo chão carros, motores, rodas, peças, nas sua maioria mini! Era impossível os olhos não se perderem em cada recanto. Este espaço era sem dúvida um SPA zen para quem procurava um carro. Passaram-me uns minutos (que eu gosto de dizer minutos, mas que foram bem mais do que os 60 a que nos referimos como horas), e lá conheci eu a história daquele carro, daquela grande viagem, e sobretudo de alguém que fazia a minha paixão ser pequena, pela grandeza da sua loucura e dedicação aos carros ao longo dos anos.
Mas voltando ao carro, a recente dele era marcada pela ida a Itália. E porquê a "ida", porque em Itália ele decidiu pregar uma partida ao dono e de um momento para o outro, sem razão aparente e sem apertos, anunciar a escolha do papa, e fumar fortemente em branco. Acompanhado de um aguinha nos cilindros para arrefecer as ideias! Por precaução, e porque no regresso a Portugal sobravam minis, a opção foi despacha-lo pelo "correio" e esperar por ele em portugal, na curiosidade de entender como raio a junta teria cedido! Mas a culpa é do dono, segundo ele sempre se dedicou a preparar o carro para ir a Itália, nunca em ir a itália e vir!
A história continua, o carro anda perdido nos "correios dos automóveis", e muitos dias mais tarde chega a casa. É hora de desmontar e perceber como raio tinha metido água, uma mecânica quase toda refeita e sem ter levado apertos. Sai uma vela, saem 2 velas, saem 3 velas, saem 4 velas (não saem mais porque não tem!), e há um pormenor tão curioso como estranho... há água em todas elas! Já não parecia ser junta, podia ser algo bem mais grave! Hora de desmontar! colector de admissão fora (tem colectores independentes) e... surpresa das surpresas... há liquido de refrigeração no colector! Afinal o problema não nasceu dentro do motor, mas sim entrou para dentro do motor! O colector tem uma passagem de água, que por norma não se liga no nosso clima. Mas durante a manutenção, por uma questão de não ficar com "peças soltas" foi ligada. E na realidade o que aconteceu foi que essa passagem abriu para a passagem do ar e o carro na realidade estava a receber água através da admissão. Por isso dizer que a "ida" era por si só uma história!
E assim era, o carro tinha uma longa história, e uma bela e curiosa curta história, e o desejo de o trazer era elevado. Mas faltava uma coisa, acertar contas. E as contas que tinhamos não era compatíveis! Especialmente porque ainda tinha comigo o Clio Sport e não me dava jeito fazer um investimento maior do que o levava em mente.
E assim foi, uma excelente tarde de domingo, em que conheci alguém fantástico, e que partilhava um gosto comum. Carros! A história ficava por aqui!
Na passada 6ªfeira, por volta desta hora, o meu telefone tocava e aparecia-me uma mensagem "Olá bom dia. Surgiu-me uma oportunidade de negócio e queria tentar realizar uns dinheiros. Ainda tem interesse no mini pelo valor que falou? Como foi a primeira pessoa a vir ver é o primeiro a quem ofereço". Raios! não estava preparado para uma mensagem destas numa manhã de sexta-feira. Especialmente porque entretanto tinha feito outros negócios. Digo que não, mando mensagem à mulher a dizer que agora sou uma pessoa responsável e que não fui em loucuras... mas... aquilo que nunca acontece aconteceu... "Mas se querias tanto o carro, foste dizer que não porquê?" Passaram 30m e lá estou eu a mandar mensagem ao proprietário e a dizer-lhe se pode esperar a minha resposta até final do dia! E assim foi, uma dia de contas, de pensamentos, de planos, que acabou mesmo ao final do dia (já passava das 23) a confirmar o negócio, que acabou por se concretizar no domingo!
Assim começa a história do JP nas minhas mãos!
