Uma ideia talvez descabida, mas não serão estas que tem eventualmente piada? Publicarei um post para cada um dos museus abaixo indicados, pela ordem cronológica inversa à das visitas, uma experiência visual que espero faça crescer a vontade em alguns dos portalistas/leitores em partir à aventura e visitar algum ou alguns deles até porque nada substitui a visita ao vivo, e por vezes estamos mesmo ali ao lado.
1 - Museu Ducati
2 - Museu Lamborghini
3 - Museu Galeria Ferrari
4 - Museu Casa Enzo Ferrari
5 - Museu Mille Miglia
6 - Museu Alfa Romeo
7 - Museu Peugeot
8 - Museu Nacional do Automóvel - Coleção Schlumpf
9 - Museu Porsche
10 - Museu Mercedes-Benz
11- Museu RingºWerk Nürburgring
12 - Museu Circuito Spa-Francorchamps
13 - Museu 24H Le Mans
14 - Museu - Mansão Automóvel
Espero que desfrutem, mas tenham paciência que isto não se coloca rapidamente.
Vou fazer a apresentação dos museus na ordem contrária à sua visita, pelo que iniciamos pelo último museu visitado. Gostaria de fazer um post por museu mas isso será extremamente redutor para muitos deles, vou tentar ser sucinto, pois mostrar tudo não faz sentido, mas mostrar um pouco de cada um que alimente a vontade de irem visitar.
1. Museu Ducati, situado em Bolonha, o museu está situado no 1º piso do edifício frontal à holding da Ducati, em termos de custo para visitar foi o museu (com artigos ICE) mais caro que visitamos, bilhete família 58,00 €.
A loja da Ducati por baixo do museu e onde se compram os bilhetes para o mesmo, tem vários artigos bem distintos, com muita diversidade, giros e que diria dá para todas as bolsas, não sendo um exagero nos preços. O bilhete é comprado preferencialmente por web, mas vendem no local também.
A subir para o 1º piso, bem já sabemos ao que vimos
O Museu tem na entrada modelos novos onde podemos tirar umas fotos sentados sem qualquer problema com os seguranças, que falam várias línguas (pelo menos o que lá estava, o único em todos os museus que falou Português, muito fluente e a diferenciar o Português original com o brasileiro), na zona interna tem uma forma oval, no centro um capacete integral aberto na zona da viseira onde os ou as acompanhantes podem esperar se virem o museu demasiado depressa, com muitas cadeiras e visão para uma parte da zona central onde estão as motos de competição da marca, os modelos de estrada estão em salas por trás dessa zona oval.
Vou iniciar por algo pouco comum o sistema desmodrómico que é a imagem mecânica mais caracteristica da Ducati,
Seguindo uma evolução dos motores
Ou o tipo de quadro pelos quais as Ducati são reconhecidas
Terminando num quadro que indica aos jovens como perceberem de que material é feito cada tipo de peça das Ducatis, interessante sem ser fastidioso!
a partir daqui temos vários modelos expostos de estrada com uma bela evolução dos mesmos
O fenómeno Scrambler está muito forte
Lembro-me tão bem destes modelos no final dos anos 80, que loucura
Achei inadmissível não terem uma Monster original!
Mas esta beleza provoca ou provocou orgasmos a practicamente todos (se não puder escrever orgasmos editem por favor)!
Linda de todos os ângulos, que canhão!
Para terminar este post os 20 anos do modelo mais feito esteticamente (subjectivo obviamente) da MultiStrada
No Post 2 da Ducati começamos com uma moto para bater recordes
como seria ir ali completamente agachado, porque "pranchado" não dava
seguimos para "manómetros"
Eu prefiro os analógicos, mesmo que o CR só realmente se inicie as 9000rpm
continuo a preferir os antigos, o meu Flecha já morreu ante do ralenti e 22000 rpm, cum caraças
E TT sabiam
A informação necessária não é bem a mesma
Voltemos ás raizes, e á zona oval em torno do capacete integral
A competição tinha tão mais piada quanto mais próximo estivesse do que utilizamos...
Cada moto tinha a suta história, e pilotos incontornáveis na história das SBK como Carl Fogarty e Troy Bayliss, que eram somente os dois pilotos com mais vitórias nas SBK antes das corridas se multiplicarem por 2 em cada fim de semana.
Se gostava muito dos dois pilotos acima mencionados, Casey Stoner foi o único para mim que ombreava com o Valentino, mas era mais bruto
Para terminar fatos de competição e capacetes utilizados por pilotos Ducatisti
Um museu soft, que se vê e lê relativamente depressa 2 horas chegam bem, mas com o essencial da história e carisma da marca e muita da competição, se bem que com algumas falhas pequenas mas que a meu ver não tem razão de acontecer. Consideramos os bilhetes de entrada caros.
2. Museu Lamborghini em Sant'Agata Bolognese, região da província de Bolonha, tal como o museu da Ducati não tem estacionamento ao pé do museu, carro estacionado num parque público gratuito a 500 metros, se a ir para o Museu da Ducati sempre vamos vendo a rua com placards nos prédios, aqui nada, o museu tem 2 pisos e os vículos estão dispostos com espaço, mas quase como se fosse uma garagem, maior preponderância a modelos recentes e exclusivos que aos "clássicos", foi o museu automóvel mais caro que visitamos 48,00€ em bilhete família. Na web indicavam que os bilhetes só estavam disponíveis on-line arriscamos e fomos tentar a visita sem os comprar, correu bem. Na loja da marca, com poucos artigos de merchandising e preços proibitivos os putos apenas ficaram com vontade de trazer dois artigos (umas miniaturas), mas que não se vendiam.
Piso inferior
Onde tudo começou 350GT, modelo que evoluiu para o 400Gt, motor utilizado no Miura
O Touro enraivecido mais conhecido e quiça mais bonito, na sua versão intermédia
o Lamborghini que eu mais facilmente compraria, cada vez gosto mais dele, aqui numa cor demasiado sóbria
O Primeiro Countach
Um "Midle-Seizer"
Hum, além do 400Gt, com tão poucos carros, onde estão o Islero e o Jarama?
Depois do Urraco, o Sihoutte é muito raro mas e um Jalpa?
Bem continuemos
Intitulado como o Primeiro SUV
O LM002 tem uma presença brutal e é para mim bem mais bonito que a maioria dos carros de calças arregaçadas amaricados que se vêm por ai agora, mas pronto sou um retrógado eu sei.
Acabou o 1º piso vamos subir,
Um Diablo GT
e pronto acabaram os antigos, depois deste só os novos Murcielado, Huracan, Aventador e muitas unidades especificas e quase únicas, dessas vou colocar apenas a recriação do Countach
todas unidades que estão expostas fazem sentido, pela história da marca, para mim Sesto Elemento, Centenarium e afins não fazem sentido para o post, mas fazem sentido a quem goste da marca e pretenda visualizar carros muito incomuns, mas um Urus não é raro nem incomum...
... continuando alguns motores, o V8 do Urraco
O V12 que se iniciou nos anos 60 com menos de 3500cc e continuou até 2010 já com cerca de 6500cc, uma unidade super robusta e fiável, muito utilizada também em motonáutica, mas nada disso estava aqui indicado.
Da loja uma das coisas que os putos queria trazer
Um protótipo que desconhecia e seria o substituto do Diablo, desenhado por Gandini obviamente, não veio a ser produzido.
Para um museu, que diria até se revelou despretensioso pela colocação das viaturas e nada e acordo com a imagem da marca, foi na nossa visão fraco, foi mesmo o mais fraco de todos os que vimos opinião generalizada pelos 4, saímos de lá desiludidos, com tão poucos modelos pela disposição, por mais cor necessária, na própria história, e podiam ao menos ter lá colocado mais uns dos modelos de estrada que construíram.
Penso ter sido também o único museu automóvel sem possibilidade de tomar café, apenas uns vending escondidos.
Obrigado, com excepção do da Lamborghini em todos os museus auto/moto demos por muito bem empregue o dinheiro gasto, considerações de ambos os museus indicados e as nossas "impressões" gerais do que visualizamos mais à frente .
3. Museu Galeria Ferrari - Maranello, 3ª vez que visito este museu, a última vez foi em 2004, está bem diferente, a zona circundante está muito mais lotada, com muito mais onde comer, com possibilidade de alugar um Ferrari para uma volta, etc, estacionar foi caótico a quantidade de pessoas na zona era grande, os bilhetes se comprados on-line permitem entrar mais depressa pois não há fila, sem aquisição anterior aguarda-se uns minutos mais, chegamos cedo e isso ajudou ou a espera pode ser superior a uma hora. O bilhete família custa 54,00€, mas como compramos em conjunto com a visita ao Museu Casa Enzo Ferrari, o custo total foi de 76,00€, pelo que considero os bilhetes a 38,00€ um valor justo.
Cá fora
Lá dentro
Começou bem!
Depois tinha lá uma secretária, ah e tal do Enzo e o seu escritório, e eu, what? já estão a inventar...
Siga, carro novo ao lado, ok serve de comparação
Game changers
A personificação Ferrari anos 80
Todos tinhamos um poster do mais desejado
O ex-patinho feio, com motor de "F1"
O substituto do patinho feio
Também gosto
A partir daqui até á zona de F1, carros novos ou similares...
A personalização
Eu percebo que não se possa tocar nos automóveis, mas não se poder tocar nos exemplos da pele? dos tecidos? Nos volantes?
Ok não te sentes nos bancos (o que até seria interessante), mas nem tocar, absurdo na minha opinião!
Alguns motores que por lá estavam
de estrada e de F1
Zona da F1
A sala está semelhante na área onde estão postos os F1, tem lá expostos agora modelos demasiado recentes, adicionaram as miniaturas e uma zona com os campeões da F1. A história da Ferrari fez-se só de F1? Antigamente tinham um F1 onde nos podíamos sentar, desapareceu, se calhar começaram a cobrar só para lá colocarmos o rabo.
O último a vencer a F1 pela Ferrari, sim já passaram mais de 15 anos...
Dos F1 mais bonitos expostos
Saímos do edifício e vamos para uma zona nova, inferior
Vai melhorar?
Lindo
A partir deste belo 430, só modelos novos
demasiados modelos novos, nós não fomos ao museu para vermos quase 10 carros que ainda se vendem...
Resumindo, o edifício aumentou bastante em relação ao que eu conhecia, não há como negar que ir ao Santuário é sempre imprescindível, no entanto considero que a história se está bem contada nas paredes, mas, à sempre um mas nas marcas que gostamos muito não é, tem muita falta de modelos icónicos clássicos, demasiados carros novos, com boa parte da gama exposta, como! Viemos a um museu ou ao concessionário? Demasiada pressão para facturar em simuladores e fotos, com valores a roçar a obscenidade (para o mercado Português), e as fotos sempre e apenas em carros novos. Até compreendo que tirar uma foto num qualquer 250, ou 330 descapotável pode ser mais complicado, mas o custo para a Ferrari seria igual, porque não ter um modelo clássico e um novo para os visitantes selecionarem, eu sei qual seria a nossa escolha...
Gostei do museu, mas as exigências aqui eram maiores e o museu não cumpriu com os meus requisitos, para mim perdeu qualidades.
Espero que o Museu Casa Enzo Ferrari em Modena, suprima as falhas!
Infelizmente o número de lugares disponiveis para estacionamento é muito, muito curto, mas pelo menos não temos de ir estacionar a 400 metros como na Ducati e Lamborghini, e o estacionamento não é pago. O calor era imenso.
Entramos e assim que entramos somos informados de forma cordial, mas acelerada que em 2 minutos a história "biográfica" de Enzo Ferrari iria passar em vídeo nas paredes internas do museu, cerca de 12 minutos de uma qualidade muito elevada e muita vontade de ver mais.
Este museu que está à esquerda da Oficina que Enzo Ferrari herdou, tem uma qualidade de apresentação interna fabulosa, no entanto leva a que estejam sempre poucos modelos apresentados
Um 125S
750 Monza
250 Gt Coupe
250 Gt 2+2
275GTB4
com escape Ansa
400i
Gostei de ver este modelo que desconhecia com tração ás 4 rodas 408 4RM
Um Berlinetta Boxer
e os sempre míticos
Apesar de mais pequeno apreciei mais este museu, no entanto voltei a não apreciar ter meia dúzia de carros novos, PuroSangue, F8, 296, ter carros repetidos nos dois museus. Tantos 250, nem um Lusso, para não indicar um SWB, e muito menos um GTO, e o Daytona, e o, e o, e o, a lista seria infindável. Mas a visita não termina aqui.
Na antiga Oficina, que Enzo teve de vender para ter a Scuderia Ferrari na competição, mais tarde readquirida pela empresa, estão os corações, do que Enzo sempre preferiu, gostei bastante desta parte.
O Enzo devia te escritórios em toda a parte, este está mais fidedigno em comparação com o visualizado umas décadas atrás
E agora senhoras e Senhores, meninas e meninos:
Obras de relojoaria Italiana
No geral e no tudo, gostei de ir aos museus da Ferrari, claro bastante, mas senti-me um pouco defraudado quanto a modelos.
Esta secção de motores está muito boa, e deveria ter estado por lá mais tempo, foi mesmo do que mais gostei após o vídeo do Enzo, está muito bom, , talvez pelo factor novidade. Obviamente a não perder, mas façam uma boa gestão das expectativas.
Em ambos os museus existiam lojas dos mesmos a preços incomportáveis, ambos tinham cafetaria, mas estava tudo tão cheio que não utilizamos.
O 1º museu que apresentamos que não é dedicado a uma marca, mas sim a uma prova que se realizou de 1927 a 1957 com a interrupção a meio culpa da II WW. Bela por tudo o que representa, é hoje considerada por muitos como a corrida mais bela do mundo, efectuada em regularidade exclusivamente por modelos idênticos aos que participaram na prova nos anos indicados. Alguns dos carros expostos participaram e outros ainda participam na prova de regularidade. Localizado numa "cidade" bonita e catita, que tinha muito pouca gente em Agosto, o parque e museu estavam praticamente disponíveis só para nós, tal como a cafetaria, restaurante. Museu em Itália com o custo de entrada mais baixo 28,00€, uma loja de souvenirs muito catita e a preços "normais" estivemos quase a perder-nos, uma belíssima viagem...
Antes de entrarmos
Os "Bigodes" não enganam é aqui!
O edifício não está tudo assim, mas é um edifício antigo e bem tratado
Cada ano de prova tem a informação, do percurso da prova direção, cidades onde passa, etc, além dos vencedores absolutos e por classes com o respectivo tempo e média horária
E de 1927 temos também o documento original, da confirmação das verificações pelos pilotos ou co-pilotos de cada equipa
Os vencedores
com forte hegemonia italiana!
Um pormenor curioso o tipo de estrada por "decâda", permitindo visualizar a evolução das estradas utilizadas
Alguns placars aleatórios mas bonitos
A cara metade queria trazer este para casa
Além dos carros existe toda uma série de acessórios interessantes
A necessidade aguça o engenho quando não há meios nem produtos para ter ou fazer melhor. Inacreditável ou talvez não.
No piso inferior estavam ainda duas exposições temáticas, que não cheguei a entender se seriam temporárias.
Agora secção, carros fora do comum no museu, não efectuaram a prova
Começamos pelo Montreal que foi apresentado no Salão de Geneva, o interior teve de ser recuperado, mas conseguiu-se reproduzir o tecido original
Um Fiat 8V delicioso, não me recordo porque estava nesta ala, pode ser simplesmente por ser um extraórdinário automóvel
Um Lancia, que nunca foi restaurado e mantém a pintura original com mais de 90 anos
Um Alfa Zagato reparado ou recuperado à trincha, apenas para poder circular, agora "preparado" apenas para estar exposto com as agruras da sua vida
E tinha ainda uma ala sobre um dos principais "patrocinadores" da corrida de antigamente e agora, com alguns Mercedes dessa coleção, o stand da Mercedes 400 metros ao lado do Museu ainda pertence à mesma família
E os automóveis da prova, obviamente não podiam faltar os OM, e estão expostos alguns modelos que ainda hoje participam na prova de regularidade histórica que se realiza em Junho, um deleite para muitos dos nossos sentidos seguramente
Bugatti, Alfa Romeo, Fiat, querem mais
Fiat, muitos Fiat´s, alguns muito muito raçudos
um Moreti 750
tem apenas 750cc, mas o outrora considerado Mini-Ferrari, apesar de ter rodinhas de bina 125R15, as 2 "bufadeiras" de orige, denunciam um pouco a sua postura, 4 cilindros 748cc com 71cv, dupla árvore de cames à cabeça, este kind of underdog deve ser uma delicia de pilotar!
Maserati A6 GCS
Um Bandini 750SS (Sport Siluro), ou como nos podemos divertir com menos de 50hp e menos 75Nm de binário os meros 400Kg ajudam, que pequena maravilha
Lotus Eleven
E ainda lá tem umas motos também
Então nas motos podemos sentar
Um museu muito rico em história, muito bem decorado, e localizado numas instalações que fazem jus ao que pretendem, simplesmente adorável, o piso inferior pode crescer com outro tipo de exposições alusivas, não tem uma infinidade de automóveis (obviamente não estão aqui todos), mas tem muito, mesmo muito para ler com paixão, para conhecer, para perceber como as provas eram muito menos profissionais, no entanto e provavelmente muito mais loucas. Não sendo grande facilmente para quem gosta se está por lá 3 horas ou mais. Faltam talvez os Alfa Romeo vencedores entre outros modelos mais conhecidos, não propriamente corriqueiros, mas lá nem nos lembramos disso, existe tanto para desfrutar. Gostamos muito e foi uma belíssima viagem no tempo. A cidade de Brescia é bonita e não tem as típicas enchentes de outras cidades Italianas mais conhecidas, vale bem a pena ir dar uma volta na mesma com algum tempo.
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