Ok, é hora de o admitir... eu adoro desafios, especialmente aqueles que a maioria descarta logo como impossíveis. E de vez em quando gosto de arranjar uns diferentes para ocupar aquelas horas vagas em que já não apetece ir sujar as mãos num clássico qualquer.
Geralmente acaba por ser de alguma forma ligada com tecnologia e se possível daquelas obsoletas, e foi assim que surgiu a ideia deste novo projecto. A semente foi plantada um dia em que andava a pesquisar objectos para decorar o meu novo espaço de trabalho, e de repente me lembrei do telefone. Não seria giro ter um telefone de disco na secretária? Mas já ninguém os usa... será que é impossível?
Umas horas de pesquisa mais tarde, descobri que: 1 - não era impossível; 2 - não era simples; 3 - não havia material nem ninguém por perto a quem pudesse recorrer, mas existiam kits de conversão no estrangeiro. O meu apetite começou logo a ser espicaçado.
Depois de mais pesquisar, encontrei alguma informação, mas nada que me esclarecesse a operação correcta das normas usadas nas nossas linhas telefónicas fixas nacionais. O especialista que contactei no Reino Unido vendeu-me as peças mas, por não conhecer o sistema nem os telefones, disse-me logo que não poderia dar assistência. Ok, seja... não há-de ser assim tão complicado.
Tratei de comprar um telefone, e depressa o abri para o ver por dentro...
A grande diferença para um telefone actual está no disco. A marcação de números nas redes analógicas era conseguida por impulsos (cortes no sinal), feitos por um conjunto de platinados no mecanismo do disco:
Aqui junto ao disco vê-se parte da conversão, que implica adaptar o telefone ao funcionamento correcto da rede e substituir a parte dos impulsos por um circuito que conta os impulsos no disco ao rodar e os substitui pelo tom adequado (aquele som que se ouve quando tocamos numa tecla dos telefones modernos).
O circuito do telefone em si não é sobejamente complicado, mas estamos a tentar incorporar nele uma tecnologia para a qual ele nunca foi pensado, apesar da versatilidade (e qualidade) da construção, que já previa alguma adaptabilidade consoante os sistemas onde fosse necessário enquadrá-lo:
Convenientemente, os serviços dos CTT incorporavam no interior da tampa o diagrama eléctrico do telefone, para se ter a certeza de onde ligar tudo...
E depois de uns serões a estudar tudo, a comparar com os modelos ingleses (dos quais fiquei a saber que os nossos telefones nacionais derivam directamente) e a perceber as diferenças das redes (a inglesa é bastante diferente, embora os telefones sejam similares), lá se resolveu tudo... e já posso voltar a discar números, algo que não fazia desde os anos 90!
Ninguém sonha o gozo que me dá agora telefonar a alguém... embora ainda quase tenha um ataque cardíaco quando isto toca!
Vou ter de arranjar outro para ficar em casa quando levar este... já não quero outra coisa!
Entretanto já mandei vir uns fios em verde para condizerem com o telefone, e a lente do centro onde se coloca o papel com o número. Alguém tem um original dos CTT que me possa digitalizar?
Já agora, se alguém quiser voltar atrás no tempo e ter um telefone em condições, digam... posso converter os vossos, ou fornecer um já adaptado.
Um abraço a todos!
Geralmente acaba por ser de alguma forma ligada com tecnologia e se possível daquelas obsoletas, e foi assim que surgiu a ideia deste novo projecto. A semente foi plantada um dia em que andava a pesquisar objectos para decorar o meu novo espaço de trabalho, e de repente me lembrei do telefone. Não seria giro ter um telefone de disco na secretária? Mas já ninguém os usa... será que é impossível?
Umas horas de pesquisa mais tarde, descobri que: 1 - não era impossível; 2 - não era simples; 3 - não havia material nem ninguém por perto a quem pudesse recorrer, mas existiam kits de conversão no estrangeiro. O meu apetite começou logo a ser espicaçado.
Depois de mais pesquisar, encontrei alguma informação, mas nada que me esclarecesse a operação correcta das normas usadas nas nossas linhas telefónicas fixas nacionais. O especialista que contactei no Reino Unido vendeu-me as peças mas, por não conhecer o sistema nem os telefones, disse-me logo que não poderia dar assistência. Ok, seja... não há-de ser assim tão complicado.
Tratei de comprar um telefone, e depressa o abri para o ver por dentro...
A grande diferença para um telefone actual está no disco. A marcação de números nas redes analógicas era conseguida por impulsos (cortes no sinal), feitos por um conjunto de platinados no mecanismo do disco:
Aqui junto ao disco vê-se parte da conversão, que implica adaptar o telefone ao funcionamento correcto da rede e substituir a parte dos impulsos por um circuito que conta os impulsos no disco ao rodar e os substitui pelo tom adequado (aquele som que se ouve quando tocamos numa tecla dos telefones modernos).
O circuito do telefone em si não é sobejamente complicado, mas estamos a tentar incorporar nele uma tecnologia para a qual ele nunca foi pensado, apesar da versatilidade (e qualidade) da construção, que já previa alguma adaptabilidade consoante os sistemas onde fosse necessário enquadrá-lo:
Convenientemente, os serviços dos CTT incorporavam no interior da tampa o diagrama eléctrico do telefone, para se ter a certeza de onde ligar tudo...
E depois de uns serões a estudar tudo, a comparar com os modelos ingleses (dos quais fiquei a saber que os nossos telefones nacionais derivam directamente) e a perceber as diferenças das redes (a inglesa é bastante diferente, embora os telefones sejam similares), lá se resolveu tudo... e já posso voltar a discar números, algo que não fazia desde os anos 90!
Ninguém sonha o gozo que me dá agora telefonar a alguém... embora ainda quase tenha um ataque cardíaco quando isto toca!
Vou ter de arranjar outro para ficar em casa quando levar este... já não quero outra coisa!
Entretanto já mandei vir uns fios em verde para condizerem com o telefone, e a lente do centro onde se coloca o papel com o número. Alguém tem um original dos CTT que me possa digitalizar?
Já agora, se alguém quiser voltar atrás no tempo e ter um telefone em condições, digam... posso converter os vossos, ou fornecer um já adaptado.
Um abraço a todos!
Anexos
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