Pedro Santos Jorge
YoungTimer
Alguém tem algo a dizer sobre o uso de gasolina sem chumbo versus aditivada?
Em tempos li que é possível usar gasolina sem chumbo nos clássicos feitos para gasolina com chumbo se se tiver algumas precauções:
- Com o uso os motores vão acumulando resíduos de chumbo o que permite que o seu efeito (aumento das octanas) se prolonge por um determinado período mesmo usando gasolina sem chumbo. Desta forma, recomendar-se-ía alternar o uso de gasolina com e sem chumbo num proporção de 1 depósito com gasolina com chumbo por cada 3 depósitos de gasolina sem chumbo.
Por outro lado, uma vez que a gasolina aditivada já não se encontra e os aditivos não tem, efectivamente, chumbo esta norma não será viável...
Será que alguém sabe qualquer coisa sobre este tópico?
PS: Já agora, sabem porque se adicionou chumbo à gasolina? Bom, o chumbo começou a ser adicionado à gasolina nos anos 20 por razões que nada tinham a ver com os automóveis. Na época, os porta-aviões não tinham sistemas de catapulta para fazerem descolar os aviões, daí que os mesmos tinha de conseguir levantar vôo de facto antes do fim da pista (que era curta...). A resposta aparentemente mais lógica para este problema era aumentar a potência dos motores. Naturalmente,na época, o motor a jacto ainda não tinha sido inventado pelo que os aviões tinham motores de combustão interna com pistões (iguais aos dos nossos carros...). Desta forma, a Marinha dos Estados Unidos, tentando resolver este problema, descobriu que se se aumentasse a taxa de compressão dos motores, aumentava a potência (este truque ainda hoje é usado pelos preparadores de motores que usam juntas da cabeça do motor mais finas e/ou maquinam a base da própria cabeça, retirando-lhe altura por forma a diminuir ligeiramente o volume total da câmara de combustão aumentando assim a compressão!). Esse aumento da taxa de compressão trouxe um "efeito lateral" indesejado que era a tendência para que o combustível inflamasse repentinamente e de maneira não homgénea. Em condições ideais o combustível começa a inflamar apartir dos eléctrodos da vela e vai queimando na direcção oposta. Se a combustão for muito "violenta" (o que acontece se se aumentar a taxa de compressão), a queima do combustível não segue esse "trajecto" de forma tão regular levando a que o pistão se desloque demasiado depressa e "antes do tempo", dando origem a um trabalhar irregular e perda de potência (além de aumentar o consumo...) num fenómeno a que se chama "pré-ignição". A forma que se encontrou para contornar isso foi aumentar a capacidade de combustão da gasolina, ou seja... aumentar o índice de octanas (nos anos 20, as gasolinas tinham 40-60 octanas)! Isso foi conseguido através da adição de chumbo (tetra-etil de chumbo mais precisamente...)!
Em tempos li que é possível usar gasolina sem chumbo nos clássicos feitos para gasolina com chumbo se se tiver algumas precauções:
- Com o uso os motores vão acumulando resíduos de chumbo o que permite que o seu efeito (aumento das octanas) se prolonge por um determinado período mesmo usando gasolina sem chumbo. Desta forma, recomendar-se-ía alternar o uso de gasolina com e sem chumbo num proporção de 1 depósito com gasolina com chumbo por cada 3 depósitos de gasolina sem chumbo.
Por outro lado, uma vez que a gasolina aditivada já não se encontra e os aditivos não tem, efectivamente, chumbo esta norma não será viável...
Será que alguém sabe qualquer coisa sobre este tópico?
PS: Já agora, sabem porque se adicionou chumbo à gasolina? Bom, o chumbo começou a ser adicionado à gasolina nos anos 20 por razões que nada tinham a ver com os automóveis. Na época, os porta-aviões não tinham sistemas de catapulta para fazerem descolar os aviões, daí que os mesmos tinha de conseguir levantar vôo de facto antes do fim da pista (que era curta...). A resposta aparentemente mais lógica para este problema era aumentar a potência dos motores. Naturalmente,na época, o motor a jacto ainda não tinha sido inventado pelo que os aviões tinham motores de combustão interna com pistões (iguais aos dos nossos carros...). Desta forma, a Marinha dos Estados Unidos, tentando resolver este problema, descobriu que se se aumentasse a taxa de compressão dos motores, aumentava a potência (este truque ainda hoje é usado pelos preparadores de motores que usam juntas da cabeça do motor mais finas e/ou maquinam a base da própria cabeça, retirando-lhe altura por forma a diminuir ligeiramente o volume total da câmara de combustão aumentando assim a compressão!). Esse aumento da taxa de compressão trouxe um "efeito lateral" indesejado que era a tendência para que o combustível inflamasse repentinamente e de maneira não homgénea. Em condições ideais o combustível começa a inflamar apartir dos eléctrodos da vela e vai queimando na direcção oposta. Se a combustão for muito "violenta" (o que acontece se se aumentar a taxa de compressão), a queima do combustível não segue esse "trajecto" de forma tão regular levando a que o pistão se desloque demasiado depressa e "antes do tempo", dando origem a um trabalhar irregular e perda de potência (além de aumentar o consumo...) num fenómeno a que se chama "pré-ignição". A forma que se encontrou para contornar isso foi aumentar a capacidade de combustão da gasolina, ou seja... aumentar o índice de octanas (nos anos 20, as gasolinas tinham 40-60 octanas)! Isso foi conseguido através da adição de chumbo (tetra-etil de chumbo mais precisamente...)!