Atenção que uma coisa é a versão de luxo com o hardtop como se vê na foto que o Paulo publicou, esta é a versão Spider.
O Bertone Racer berlinetta tem um tecto rígido que é aparafusado à carroçaria do Spider como elemento estrutural, não sendo intenção que seja removido e substituído por uma capota. Além disso o design deste é completamente diferente do hardtop normal, como podem ver nas fotos.
Mesmo as versões Abarth OT e OTS 1000 eram baseadas geralmente no modelo Spider e não no
berlinetta Racer (embora a preparação pudesse ser feita em qualquer um dos vários modelos, e houve vários Racer a sofrer preparações). Além disso havia carros preparados por várias outras empresas como a Giannini.
Além disto ainda há outra confusão que é a de distinguir Berlinetta Racer e Racer como dois modelos distintos quando não o são, são três!
A designação de
berlinetta era na altura muito utilizada para designar modelos fechados de duas portas com desígnios mais desportivos, como era por exemplo normal na Ferrari. Veja-se o exemplo dos 365, em que a versão mais familiar era o Coupé 365 GTC/4 e a versão mais desportiva era a
berlinetta 365 GTB/4 (mais conhecido por Daytona).
Além da berlinetta, havia um Racer Spider e um modelo de intenções mais desportivas chamado Racer Team com acabamentos mais básicos e pintura bicolor. Mas qualquer um deles é bastante raro porque eram caríssimos. No entanto os Racer tinham imensas opções e factores de distinção, como um volante desportivo, interiores especiais, jantes especiais, frisos cromados, etc. O Racer Team até tinha um tablier em acabamento específico com aparência de alumínio.
Já nem eu me lembrava destes detalhes, mas acabei de encontrar uma Ruoteclassiche com um dossier sobre os 850 Coupé e Spider e esclareci as dúvidas todas...
Espero ajudar a eliminar algumas destas confusões...
Um abraço a todos!