Olá a todos,
Venho só dar uma achega neste tópico dos alternativos:
- O motor diesel pode usar qualquer derivado de óleos ou gorduras, mas devem ser reduzidas através de um processo de esterificação como se faz com o biodiesel, pois a ideia deste processo é simplesmente baixar a viscosidade do combustível, não alterando a sua combustibilidade. Se se usar óleo vegetal directamente no motor, além de reduzir a performance aumenta brutalmente as emissões poluentes porque o combustível ao ser mais viscoso não se atomiza eficazmente ao ser injectado, logo a combustão é mais pobre.
- No motor a gasolina há várias alternativas também, nomeadamente misturas de álcoois obtidos a partir de plantas.
No entanto, as reservas petrolíferas ainda darão para muitas décadas, mesmo à taxa de consumo actual. As companhias que as exploram aproveitaram o "boom" dos preços há uns anos para se equiparem com maquinarias mais sofisticadas, que permitem um melhor aproveitamento das jazidas, e que acabaram por tornar viável a exploração de outras que antes não compensaria explorar. Assim, neste momento há muito por onde sacar petróleo. O problema é que agora estamos é a viver da especulação desses ciganos, porque lhes sabe bem pagar o petróleo a preços recorde. Não há qualquer justificação para os preços actuais à excepção dessa.
Mesmo em Portugal os preços são uma anormalidade. Estamos a exportar um excedente enorme de gasolina para os EUA a preço de saldo, mas cá o preço não baixa... porquê???
Antigamente, o gasóleo era um subproduto que se obtinha da refinação do petróleo para fazer gasolina, por isso era barato. Agora produz-se gasolina a mais para satisfazer as necessidades de gasóleo, no entanto o gasóleo continua a ser o mais barato e estamos a vender a gasolina ao desbarato para fora, mas continuamos a pagá-la cá em média a 30 cêntimos mais por litro que os espanhóis!!!!
Eu é que não abasteço cá... só mesmo quando não tenho hipótese é que meto 5 ou 10 euritos para chegar lá e atestar. Ainda bem que vivo a 20 km da fronteira!
De qualquer forma, e voltando ao gasogéneo, foi uma ideia de recurso, que bem desenvolvida até poderia ter viabilidade. No entanto, o maior inconveniente era mesmo o tempo dispendido até poder arrancar, dado que nalguns modelos tinha de se acender a caldeira uns bons 30-45 minutos antes de se poder sair... Houve modelos já mais sofisticados que reduziram esse tempo para 5-10 minutos, mas foram pouco divulgados, e assim que terminou a guerra a ideia foi abandonada quase por inteiro, havendo hoje muito poucos carros ainda equipados com este sistema.
Cá para mim, pessoalmente, qualquer sistema é bom desde que não implique grandes inconvenientes e mantenha o motor de explosão, porque sinceramente na miha opinião um carro movido a motor eléctrico é um electrodoméstico e não um automóvel...
Um abraço a todos!