Ver anexo 1129771
Detesto isto.
Sempre gostei (mais) do Alfa 145, tinha mais a ver com o "Cuore Sportivo" e blá blá blá...
Hoje em dia gosto muito mais do 146.
Raios partam, estou a ficar velho...
Confesso que o 145 e o 146 eram modelos que não me diziam muito. Mas hoje, talvez pelo facto de rarearem nas nossas estradas, começo a olhar de forma diferente para estes dois italianos.
Em relação a esta imagem tenho uma "estória" para partilhar. Depois de fotografar o retrato do 146, o vendedor notou que, do material que tinha para venda, foi este quadro que despertou a minha atenção. Disse-lhe que gostava da marca e recebi como resposta "
Sou um grande fã da Alfa Romeo. Tenho um Alfasud e uma 33 Sport Wagon que uso diariamente" Apesar dessa paixão pela marca, confessou que não morre de amores pelo 146. Prefere o 145, motivo pelo qual, estava a vender este quadro que pertencia ao concessionário da marca. Durante o tempo em que estivemos a conversar, disse-me que jamais se vê a conduzir outro carro que não um Alfa Romeo. Falou-me dos momentos áureos da marca no Campeonato de Turismo e que chegou a conhecer o Gabriele Tarquini quando este era piloto da Seat Sport. Abordámos, também, o actual momento da marca e como está a ser feita a sua gestão por parte da FCA.
Já a conversa ia avançada quando outro vendedor, que também gosta de modelos italianos, decidiu intervir. Já teve um vasto leque de modelos do grupo Fiat e, quando lhe disse que o meu pai teve um Mirafiori, este respondeu que teve uma 131 Panorama. Mas o melhor veio a seguir. Certo dia, decidiu comprar um Fiat Barchetta para o filho usar no dia-a-dia. Porém, quando este se ausentou do país, quem cuidou do carro foi o pai. Circulou com o carro e foi melhorando-o ao seu gosto para, no dia em que o filho regressasse, o Fiat tivesse tal e qual saiu do stand. Adquiriu ópticas novas para substituir as que estavam queimadas e cuidou de pequenos pormenores estéticos que o devolveram ao seu esplendor. Mas, passado um determinado período de tempo, o filho, entretanto regressado, decidiu que seria o momento para trocar o modelo por um Alfa Romeo GTV, conterrâneo do pequeno Fiat. O pai ficou muito desiludido e, sempre que passava pelo local onde o Fiat repousava para venda, lamentava aquela situação. Então, um determinado dia, chegou ao stand e comprou novamente o carro. Afirmou que fora um dos melhores carros que já conduziu. Ficaram com uma garagem bem recheada, diria eu. Neste momento, está a restaurar um Alfa 1750 ou 2000 GTV ( não consegui identificar correctamente o modelo ).
Resumindo: são estas pequenas "estórias" que enriquecem estes eventos.