Eduardo Flôr
Clássico
Sendo um ícone da Nissan a vários anos, atingindo o seu apogeu mais nos anos 90, convém ter sempre a noção que os ícones não nascem sozinhos, tem uma base de evolução, um logo caminho a percorrer antes de atingirem esse patamar, quer seja ele real ou fictício.
Precisamos ter sempre na mente que o presente não existe sem o passado, é este ultimo que da sentido ao que hoje percepcionamos, isto para chegarmos a conclusão que qualquer automóvel do presente não existia sem os do passado, por isso o interesse nos clássicos ou antigos. Por isso interessa perceber a importância dos Skyline no passado.
Sendo que existem cinco gerações, as duas primeiras são para nos a principais, podendo ate englobar a terceira. Mas por agora começamos pela primeira.
1ª Geração (1969-1972)
A primeira geração do Skyline era conhecida internamente como PGC10, sendo lançada em 4 de Fevereiro de 1969. Estava disponível em versão de 4 portas ( Sedan) , a sua apresentação deu-se na 15ª edição do festival Tokyo Motor Show. Foi apresentado em conjunto com o modelo desportivo Nissan R380A. Equipado com um motor 2.0 DOHC S20 16, debitando 160 cavalos as 7000 rpm, 118 N•m (87 ft•lbf) de torque. Tracção traseira como é óbvio, é assim que se quer um bom desportivo, contava com uma caixa manual de 5 velocidades.
Também conhecido pelos fans como “Hakosuka”,( Hako = Caixa, Suka é uma abreviação de Skyline) tal advinha do facto do design em forma de caixote com quatro portas. Em comparação com os modelos de serie, o GTR foi totalmente despido de todo o equipamento desnecessário de forma a ficar mais leve. O preço de um PGC-10, que foi construído com o intuito de correr, era mais ou menos o dobro de um de serie. Da perspectiva visual, o GT-R tinha apenas poucas alterações estéticas em comparação com o GC-10, sendo que a principal diferença e como seria de esperar residia no alargamento das cavas das rodas para poder utilizar pneus mais largos, alem disso a única diferença significativa consistia no símbolo a vermelho com a insígnia GT-R.
O GT-R utilizava o motor S20, inline-6, que consistia em 1989cc DOHC, 24 válvulas e foi originalmente usado no Nissan R380. Volto a referenciar os 160 cavalos de potencia as 7000 rpm’s, isto porque basta compararmos com os modelos mais populares vindos da Alemanha e Itália na época). Quando este motor foi introduzido, utilizava 3 carburadores Weber 40DCOE, que foram mais tarde substituídos por sistemas de injecção da Lucas.
Estes Skyline eram conhecidos pela sua enorme vontade para fugir de traseira, sendo necessário aos condutores realizarem travagens excepcionalmente fortes nas curvas de forma a meter a traseira em posição. Enquanto os fans se deliciavam, os pilotos cansados de terem de andar sempre com “um olho no cigano”, muitos deles acabavam por reduzir a potência dos seus GT-R’s.
Em Março de 1971 era lançada a versão de duas portas. Com a distância entre eixos mais reduzida, e o peso reduzido em mais 20 quilos, o GT-R recebeu uma carroçaria mais larga, sendo opcional o aileron e os pneus ainda mais largos.
Na altura em que a versão C-10 foi retirada do Mercado, a versão sedan já havia arrebatado 33 vitorias em um ano e meio, e o coupe só veio aumentar essa quantia para 55 ate ao ano de 1972. O GT-R foi o primeiro japonês que realmente conseguiu competir com os Europeus, tornando-se o ícone que é ate hoje e tornando-se na autentica “GODZILLA” japonesa.
Tudo isto pode ser visto neste vídeo fantástico, quanto a segunda geração hade vir brevemente.
YouTube - Skyline GTR on Fuji Speedway
Texto:Eduardo Flôr