Rover Rover 213SE (1987)

Diários de Bordo

Rover Rover 213SE (1987)

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Andre Jacinto

Veterano
Mais um pequeno update. (Setembro de 2018)

O 213 teve que fazer mais uns kms que o normal, uma vez que o carro da minha namorada decidiu portar-se mal e o meu carro de uso diário foi matar saudades de Coimbra. Fora isso, no início do mês de Agosto serviu de escolta para a pequena prima afastada, na sua deslocação até à nova morada em Lisboa.
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Aproveitando a estadia pela capital no primeiro fim-de-semana do mês, decidimos ir ao Sintra Clássicos.
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Durante os próximos tempos, por um bom motivo, não vão haver grandes novidades... Mas depois cheira-me que quando chegarem vão ser em força
:)




... E foi assim que acabei na altura e não voltei a postar actualizações até hoje. Porquê? Bem, não é por minha vontade e muito menos do meu agrado.

Logo na semana após esta ida a Lisboa, o 213 começou a ser desmontado porque tinha ficado de dar entrada no bate-chapa em Setembro para o tão aguardado restauro de chapa.
Escolhi o local que escolhi porque era uma pessoa de confiança para o meu pai, que lhe tinha passado bastantes clientes e todos os serviços feitos em carros lá de casa tinham sido de excelente qualidade, incluindo num dos meus carros de uso diário. Por vezes demorava um pouco mais, mas que demorasse mais 6 meses que o previsto, não me chateava.

Infelizmente e compreensivelmente, por motivos de saúde, a entrada foi adiada indeterminadamente. Tudo bem, obviamente que isto não está em causa e assim fui desmontando tudo mais calmamente.

No início de 2019, foi dada a luz verde para entrar em logo em finais de Janeiro. Calhava muito bem, porque precisamente no início de Fevereiro iria mudar de emprego e também de cidade, para 180km de distância... Se fosse depois da minha mudança, seria mais complicado em termos de logística, até porque todas as coisas essenciais para levar o carro de casa ao bate chapa só foram desmontadas lá. Em dois dias deixei a minha parte feita, o carro estava com os paineis da carroçaria todos desmontados e estava pronto para prosseguirem com o trabalho.

O carro tinha inspecção até Abril e seguro até Junho, e supostamente seria possível fazer a substituição do vidro dianteiro pelo seguro, uma vez que se encontrava extremamente picado. E assim ficou acordado, sendo também a empresa de substituição de vidros a tirar o vidro traseiro e posteriormente a colocar, assumindo eu o custo, para evitar problemas.

Mas chegamos a Abril e... Nada, não tinham tocado no carro. Começo a estranhar a proximidade com o prazo, 2 meses para tratar da chapa e pintar seria impossível, mas, estupidamente, nada disse. Mas a desconfiança começou, e na ida seguinte a casa dos meus pais passei lá (no fim-de-semana), e deparo-me com o carro todo desmontado conforme o deixei, mas na rua, coberto com uma capa. Ou seja, com o motor, tablier e toda a cablagem electrica que ficou a ser protegidos por um mero pedaço de lona e meia dúzia de blocos para não voar...

Durante a semana lá liguei, sendo que não me atendiam. Quando o fizeram eventualmente, começaram com desculpas de terem ficado sem o bate-chapa, mas já tinham arranjado solução e estava para breve.

Os meses passavam, o carro na rua, as desculpas a diversificar (mas sempre algures entre falta de pessoal e tempo com a chegada de carros para reparação com seguro ao barulho, a quem teriam de dar prioridade), as promessas a continuar.

Ao fim de pouco mais de um ano, durante o primeiro confinamento, finalmente começaram os trabalhos.

Em Junho recebo a notícia que ao remover o vidro traseiro este partiu.
-"Mas partiu como?!"
-"Então, estávamos a tirá-lo, e quase não esforçámos nada para ir cortando a cola e ele estilhaçou"
-"Mas quem é que o estava a tirar? Foram vocês?"
-"Sim, fomos... Mas quase nem tocámos, ele ia partir de qualquer forma".
Tendo ou não razão, não foi o combinado. Referi de início que queria que fosse alguém especializado lá tirar, e que pagaria o serviço.
Se não tivessem partido, será que me iriam cobrar o serviço como se fosse externo? Não acredito, mas fica a questão no ar.

Outra questão com que fiquei foi onde raio arranjar outro vidro? Pesquisei na net e corri todas as casas de vidro: Já não existe nada sem ser o pára-brisas para este carro. Óptimo.

Felizmente, no centro de abate mais próximo, e onde me dou bem com o proprietário, tinham um 213 em péssimo estado em que a única coisa que se aproveitava era precisamente o vidro traseiro. As pistas do desembaciador aparentavam estar intactas, o vidro não estava riscado... Perfeito! Foi só desviar o meu pai do serviço dele e perder uma tarde inteira a tirá-lo.

Como estava num dia calmo, de quando em quando o proprietário do centro ia ter connosco e ficava uns bons minutos à conversa (até porque já não o via há praticamente um ano). Contei-lhe a história do porquê de querer o vidro, e no fim, também revoltado com a situação e vendo o nosso esforço a tirar o vidro, não pediu absolutamente nada. Muito, muito obrigado!

Infelizmente, apesar do bate-chapa o merecer não consigo omitir a verdade. Disse que realmente o vidro foi dado, mas que obviamente que queria que tivessem em conta o sucedido no fim das contas. A ver vamos.

Apesar disto, e como, mais uma vez, infelizmente, sou uma pessoa de ver sempre o lado melhor das coisas, foi uma alegria para mim ver, no Verão, o carro com o painel do depósito trocado, e com os outros podres que sabia que estavam em gestação já reparados. Mas lá veio "pois, apareceram mais umas coisas que não se esperava". Ok, mais uma vez, é compreensível, é um carro com 33 anos que nunca teve qualquer intervenção na chapa... Mas tendo em conta que se encontra junto à costa, o ano que esteve na rua com um pedaço de lona em cima não terá certamente ajudado.

Com o alívio das medidas de combate à pandemia, e provavelmente consequente aumento da movimentação de carros para reparação, lá ficou o 213 num canto depois disso, com as desculpas do costume. Outra pessoa que não o responsável, mas que trata da parte administrativa, lá me disse: "Sabes, este serviço, ainda para mais com a atenção que ele te quer fazer ao preço, não é o que nos dá lucro, muito menos tendo carros de seguros a entrar e com prazos."
Certo. Mas se me dissessem na altura que o valor estimado implicava ter o carro parado um ano na rua, outro ano em reparação num pára-arranca deprimente, que teria que arranjar um vidro traseiro novo e que o da frente já não pode ser trocado pelo seguro (a menos que o monte assim, e depois de ter o carro na estrada active o seguro, mas isso é mesmo a pedir asneira no processo de troca, num carro acabado de pintar)... Teria dito que não aceitava, e que preferia pagar mais.

Como tal, pela falta de transparência, pelos consecutivos abusos e falhas para comigo, e por muito bom que o resultado final seja (porque, mais uma vez, pelo que tenho conhecimento na primeira pessoa não tenho qualquer dúvida que será), é a última vez que um carro meu lá vai entrar. Tenho o carro da minha namorada também já prontinho para seguir para a pintura, e mesmo o meu SD1 (sendo que o trabalho de chapa será feito por mim, nesse) já lhe estaria apalavrado no futuro... Assim sendo, não será o caso em ambos. O problema é que também não conheço nenhum bate-chapa/pintor de confiança na zona (Caldas da Rainha), mas em princípio o carro da minha namorada vem comigo para Aveiro para ser pintado.

Tudo bem que o 213 não é o carro de uso diário. Mas também não é um carro dispensável ou de passeio como é o 2600.
É, sim, um 2º carro e tem que estar pronto a fazer as lides de uso diário quando necessário.

Nestes dois anos já tive que recorrer duas vezes a outras viaturas, e isso também não vai entrar no custo final dos trabalhos. Mas pronto, assim é.

(Peço desde já desculpa pelo desabafo)

O prazo que me deram depois de terem falhado com o prazo anterior de estar pronto até ao Natal foi meio de Janeiro. Esta semana lá vai mais uma chamada.
 

Nelson Santos

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Isso é uma treta de o carro ter ficado um ano nessas condições.
Tendo uma relação com a casa, torna as coisas ainda mais difíceis de gerir... espero que agora ao menos as coisas já estejam a ir no bom caminho...
 
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Andre Jacinto

Veterano
Isso é uma treta de o carro ter ficado um ano nessas condições.
Tendo uma relação com a casa, torna as coisas ainda mais difíceis de gerir... espero que agora ao menos as coisas já estejam a ir no bom caminho...
Que saga!

Infelizmente casos como este são muito mais frequentes do que com qualquer outra "especialidade".

Não pares de chatear, vai lá sempre que possível.

Hoje só consegui ligar após sair do trabalho, sem resposta.

O meu problema é ter o carro nas Caldas da Rainha, na cidade onde morava e onde é a casa dos meus pais, e estar a trabalhar na zona de Aveiro. Felizmente nos últimos tempos tenho posto o meu irmão, que é bem menos mole que eu, a fazer pressão.

Mas vou continuar a insistir nos próximos dias... Vamos a ver :)
 
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Andre Jacinto

Veterano
Bem, vamos então começar o relato da novela desde o início, por partes...

Ora bem, por esta altura já eu esperava ter o 213 mais que pronto e relatar algumas viagens (e mais algumas queixas que eventualmente pudesse ter do motor de origem nipónica, como de costume
:D
)

Para minha revolta, e falo de paciência no limite, não é o caso.

Desde a última actualização com a ida a Lisboa que comecei a preparar o 213 para o merecido restauro de chapa.

Escolhi um bate-chapa/pintor que já tratava há algum tempo dos carros da casa e de clientes do meu pai. Inicialmente a trabalhar para uma empresa, e na altura tinha acabado de abrir o próprio estabelecimento.

Não tinha motivos de queixa, muito pelo contrário... A qualidade do trabalho era do meu agrado, e já tinha passado pelas mãos dele a GC. Antes disso, ainda antes de eu ter a carta, já ele tinha conhecimento da minha intenção em restaurar o IQ.

Ainda em 2018 foi para lá a 416 Tourer dos meus pais para a reparação aos podres da dobradiça e a um pequeno toque que lhe deram, assim como o Rover 25 de uma prima. Em ambos os casos, o trabalho foi 5*, mas pecou pela demora.

Neste caso, primeiro, foi feita uma pequena avaliação com ele aos "estragos" que eu já conhecia:
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Uma vista interior da zona do carro mais conhecida
:lol:

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Os cantos superiores da zona dos farolins traseiros, também uma zona crítica nos 213/216, e que já estava a "borbulhar" no exterior:
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Nos aros das portas:
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Fora isto, tirando um podre no interior da porta traseira do lado direito e outro na mala, não havia muito mais que se verificasse. A travessa debaixo do radiador, também um ponto crítico e principalmente em carros que já tiveram fugas, já tinha sido reparada.

Foram feitas as contas (e o preço, pensei eu, ficou bastante em conta), e eu comecei, conforme acordado, a proceder à desmontagem. O carro seria entregue desmontado ao máximo, para não haver essa mão-de-obra dispendida da parte dele, e para eu saber bem o que tinha entre mãos, para ir preparando as compras conforme necessário.

Então em finais de Agosto lá me lancei na desmontagem:
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Tentando sempre proteger tudo no processo:
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Sempre com os meus ajudantes, pelas noites dentro, e com o daily atrás a dar força ao avô:
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O chão, felizmente, sempre bastante sólido:
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E algumas peças novas a começar a chegar.

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O pára-choques veio novo porque o meu estava empenado desde que a minha mãe se decidiu atravessar à frente de um Opel Corsa B, e estava em escoamento de stock na Rimmer Bros... Portanto, novo, de origem, por 20€.

As panelas traseiras foram na mesma linha. A que comprei em 2011 quando veio para a minha mão já estava assim:



Estas panelas que encomendei são para o 216 Vitesse (que é o adequado para o meu 213, uma vez que a linha que tenho é de maior diâmetro, conforme estava no Concerto), são originais e custaram... 13€. As que comprei em 2011, para 213, eram da fabriscape e custaram 120€.
:lol:
 
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Andre Jacinto

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Depois disto, recebi a notícia que a entrada do 213 no pintor teria que ser adiada. Ele teve uns problemas de saúde há uns anos, e teve uma recaída. Ficou assim sem data para a entrada, sendo que assim que houvesse alguma melhoria seria notificado.

Bem, lá fui tratando das coisas com mais calma. Primeiro, a passagem oficial do testemunho para a mais nova geração... 3º dono, após o meu avô e a minha mãe:
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Chegou a um ponto em que o quis movimentar... Estava parado há demasiado tempo e o alarme que tinha instalado adorava comer carga da bateria. Então lá arranjei um novo assento desportivo. Vá, não era desportivo, era só mesmo rijo para xuxu...

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E claro, tinha a ajudante pronta para gozar com a minha miséria de posição de condução... Que acabou por poder gozar a dobrar:




Com a ajuda da filha mais nova, o 213 lá conseguiu fazer uns alongamentos na rua. Como bons britânicos que são, até deu para uma tea party, porque chaleiras já tínhamos:




Fora de brincadeiras: para resolver o problema do podre na mala, apesar de não ser assim tão mau, decidi ir buscar uma. O ideal neste caso era trazer o motor e tudo, e assim este carro ficava perfeito
:twisted:
:twisted:


Mas pronto, veio só a mala, já com as furações 100% no sítio certo para o lip traseiro:

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Aqui já com as jantes em moto de pintura:

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Ficou desta forma agendada a entrada do 213 no pintor para o início de 2019.


Uma última inspecção canina antes da viagem:

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No destino:

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E já depois do resto das desmontagens da minha parte:

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Andre Jacinto

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Precisamente depois disto, foi quando fui trabalhar para a zona de Aveiro, pelo que não acompanhei de perto o que estaria a ser feito. E foi aí que começou a novela que relatei há uns posts.

Fazendo fast forward à saga do vidro, eis o dador: (peço desculpa pela qualidade das imagens, mas foi nesta altura que o telefone caiu ao chão quando servia de lanterna enquanto trabalhava no SD1)

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Este 213 pouco mais tinha para aproveitar... Vieram as palas para o SD1.

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Para tratar disto, pedi um dia de férias e fiz o meu pai perder uma tarde de trabalho... Tudo porque decidiram não respeitar o meu pedido.

Pronto, resolvido. E o meu carro?

Bem, felizmente, desta feita havia progressos:

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E o resto continua, novamente, conforme já desabafei uns posts atrás.

Esta semana devemos ter mais novidades...
 
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Andre Jacinto

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Na passada segunda-feira era altura de ver se a ida do meu irmão sortiu algum efeito.
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Em suma: Não. Nem sequer uma palha.

A minha intenção de lá ir era só uma: saber se o carro já estava a ser pintado, e caso contrário, se estava em condições de ser levado para outro pintor. Isto é, se o trabalho todo de chapa estava concluído.

Lá comecei a sondar, depois de respirar bem fundo:

-"Então vamos por partes. O que é que está feito, de chapa?"
-"Tudo. Já está pintado por baixo (já estava quando lá fui em Dezembro), todo em primário e pronto a pintar a carroçaria."
-"Ok. E os painéis amovíveis, também?"
-"Sim, está tudo."
-"Então, depois de ter vindo cá o meu irmão mostrar o meu descontentamento, há 3 semanas, já que vocês não atendiam, de nada serviu? Ainda não tenho um prazo?"
-"Ah, pois, isso já foi discutido aqui, não te podem fazer isso e a questão das chamadas não volta a acontecer. Nós temos andado a falhar, não conseguimos dar um prazo."

Devo realçar aqui que sou uma pessoa calma exteriormente, mesmo estando a ferver por dentro... O que faz com que geralmente perca completamente toda e qualquer calma quando chego a um limite. O típico do comentário do "estamos a falhar", do qual já estava farto, foi o trigger, para eu perder completamente a compostura, e o subsequente aumento de voz:

-"Desculpem lá, mas isto é inadmissível. Não quero desculpas, quero trabalho! Tiveram dois anos para isso. Nesses dois anos, já tive que recorrer a outros carros para me safar, quando na verdade o 213 é um segundo carro sempre pronto a entrar em acção, ou seja, tive prejuízo por VOSSA culpa. Só me ligam para relatar asneiras, que me dão prejuízo por VOSSA culpa. E com o tempo que o carro tem estado parado, tendo sido um ano na rua sem a devida protecção aos elementos, terei ainda mais prejuízo quando voltar a ter o carro por VOSSA culpa. Isto já passou os limites do admíssivel, até já os limites do ridículo passou! E a brincadeira, para mim, acabou aqui".

Sem mais, virei as costas e vim embora.

Liguei ao meu irmão e disse para pôr em prática o plano em acção. Pegar no Discovery, ir buscar um reboque de automóveis, pegar numa carrinha de carga e arrancar para o bate-chapa para ir buscar o 213 e o resto dos painéis. E obviamente que já estava completamente cego por esta altura.

Assim foi, depois de almoço aparecemos lá com a comitiva pronta a carregar o 213. O pintor veio cá fora, mas quando olho lá para dentro vejo 2 pessoas de volta dele, a preparar o carro para a pintura.

Ainda assim, tal como disse, estava cego. Já só via a saída do 213 de lá.

-"Vim buscar o 213. Como disse há pouco, a brincadeira acabou"
-"André, faz como achares melhor. A tua conversa há pouco e a tua revolta pesaram-me na consciência e agora já o estamos a preparar... O teu carro está tão avançado que acho que não vale a pena tirá-lo daqui"
-"O problema é que já está assim tão avançado desde há uns bons meses e até agora nada foi feito!"
O meu irmão, tendo percebido o meu estado, interveio:
-"Ok, vamos pensar bem. O carro está ali. Estão a tratar dele. É para o largar ou agora é para levar ao fim?"
O pintor: "Não, não, agora não o largamos"
Eu, já mais calmo: "Então assim já conseguem dar uma data, certo?"
O pintor: "Sim, a ideia é essa... Portanto, hoje é dia 15, preciso de duas semanas. Por isso, no fim do mês está pronto, com tudo o que é verde pintado... Depois trazes o que é para pintar a preto."
Eu: "Mas é para falhar outra vez? Ou pior, é para ficar mal feito? E é preciso eu ligar, ou já estão a fazer conta de não me atender?"
O pintor: "Não, agora é para levar as coisas a sério e eu ligo-te".

Pronto. A ver vamos...

Sei bem que posso não ter agido da melhor forma, mas também não peço desculpa. Acho que provavelmente outra pessoa no meu lugar já teria perdido a calma bem antes, e não tentando ver o lado dele. Só que chegou a uma altura em que deixei de conseguir ter uma justificação para o fazer. Estava na altura de eu ver o meu próprio lado.


Com isto, foi mesmo a última vez que lá vão ter um carro meu. Depois do 213 ia o carro da minha namorada, mas provavelmente irá para quem pintou a Mini do meu irmão. Se correr bem, será também a minha escolha para pintura do 2600.

Posto isto, a minha vontade (e já era a minha ideia) de ter o SD1 a ser restaurado de chapa pela oficina de (des)especialidade que restaurou a chapa da Mini do meu irmão aumentou:

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A pintura sim, será feita exteriormente, tal como na situação da Mini:

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E anseio pelo dia em que possa ver novamente estas fotos, desta feita com o meu SD1 e com ambos os Rover nas montagens pós-restauro e na nova morada:

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António_Vidal

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Toda esta situação é mesmo inadmissível...


Tenho pensado no que dizer por ser um assunto delicado, pois quem está a ferver são os outros, neste caso o André.


Apesar de ser novo nisto dos carros antigos, já percebi que há donos de oficinas que adoram ser mal tratados, só pode. Há quem só faça as coisas se os clientes forem mal educados, falarem aos berros, etc.
Confesso que a minha reação seria muito pior perante uma situação destas..


Quero realçar que há muitas formas de mostrar desagrado sem faltar ao respeito.


O facto de ter sido necessário tomar uma decisão de peso para as coisas começarem a serem resolvidas revolta-me ainda mais. Qual seria o raio do motivo afinal...



Também já tive alguns dissabores com prazos que, felizmente, se resolveram depois que disse para não ter medo de escrever. Após ter ficado comprovado que sou impecável na hora do "toma lá dá cá" então é que a coisa ficou perfeita
 
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Andre Jacinto

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Eles próprios admitiram que ficava para segundo plano porque não é este serviço que lhes dá lucro, e sempre fui o primeiro a dizer que compreendo. Mas ao fim de dois anos isso deixa de ser justificação, principalmente quando lá vou e não vejo movimento que justifique.
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Muito feliz por ti!
Estaria em pulgas e aos saltos, constantemente a olhar para o relógio.
que a montagem agora decorra bem, e no pulo estarás a dar á chave e a perfumar a estrada.
 
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Andre Jacinto

Veterano
Muito feliz por ti!
Estaria em pulgas e aos saltos, constantemente a olhar para o relógio.
que a montagem agora decorra bem, e no pulo estarás a dar á chave e a perfumar a estrada.

Depois da epopeia ou vá cegada por que passas-te está na hora de ver a luz ao fundo do túnel.
Muito obrigado a ambos!

Para já ainda fico a olhar para o calendário, só na Sexta é que posso olhar para o relógio :xD:

A montagem é para ir fazendo devagarinho, primeiro vou encher bem os espaços mais escondidos com cera de cavidades, repor as telas de insonorização conforme tinha originalmente (ou talvez mais um bocadinho :p) e assim que vir que há algum pormenor em falta... Suspende-se a montagem até estar resolvido!

Sem me esquecer na troca do radiador da sofagem... Em que tenho que tirar precisamente a única coisa que está montada de momento, o tablier :xD:

Tenho muito receio quanto à mecânica. Hoje foi dito que o motor não rodou uma única vez nestes dois anos.

Da última vez que esteve tanto tempo sem trabalhar... Fez estragos, e bem grandes. Vamos esperar que não seja o caso, mas (e por muito estranho que pareça de um Rover owner) não tenho a mínima confiança nestes motores nipónicos. Os Britânicos que tenho pelo menos só falham por uma única culpa: o dono :xD:
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Já foste paciente na espera do trabalho de outrem. Agora é ser perseverante e realizar o teu correcta e metodicamente.
Boas jornadas cheias de prazer e alguns impropérios próprios de quem mete as mãos ao trabalho. :thumbs up:
 
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Andre Jacinto

Veterano
Pela primeira vez juntos desde que tenho o SD1:

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Ontem vi-o ao vivo pela primeira vez e só posso comprovar o que já sabia: o excelente acabamento da pintura. Um serviço aparentemente tão bom que ficou de tal forma manchado pelo resto que me faz não voltar lá...

Ontem, depois de um dia inteiro de volta do carro da cara metade, só tive tempo de ir ver o 213 à noite... E assim aproveitei apenas para organizar as peças ensacadas e espalhadas pelo sótão, para definir o que será para ir sendo montado já.

Mas pronto, era isso ou dormir na rua... Acabei por preferir a primeira opção, mas tive que pensar algumas vezes :xD:
 
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