Rally Verde Pino 2011
- Autor do tópico Pedro A. Soares
- Data de início
Ricardo.Ferreira
Clássico
Egas Bastos
Veterano
retirado do site do Rallye Verde Pino
se alguem tiver mais fotos do nº 69 e 80 agradeço
abraço
egas
se alguem tiver mais fotos do nº 69 e 80 agradeço
abraço
egas
João Manuel Sobral
Clássico
Ricardo.Ferreira disse:Sim Pedro fui eu, mas apenas nos intervalos!lolol
Está aqui a minha única do 38!
obrigado Ricardo
sempre é mais uma para o arquivo.
Jose Familiar
Clássico
Verde Pino 2011 – A diversão em modo de “passeio”!!!...
Os “controladores” nas tomadas de tempo das rampas lá para o fim da prova já diziam: “neste carro continua tudo a rir e satisfeito!!!”... e foi assim desde a Penha até ao Magalhães Pessoa. Íamos, estávamos e estamos alegres & contentes porque conseguimos fazer a prova nos limites(?) das nossas possibilidades, da rapidez da potente viatura (75cv), da paciência do Ivo (que para chegar lá acima era o cabo dos trabalhos) e com direito a apreciar a paisagem. Mas vamos lá à história de “Aventuras de um Punto negro (clarinho) no Verde Pino!”
O “antes da prova”:
Inicialmente inscrito (pelo 2º ano consecutivo) com o Cortina MKI 1.500 GT de 1966 e como não tive tempo de o testar, optei em ir com a Alfa Giulia; que agora já tem umas “cames” XPTO para aviar “velhos” Amigos com carros de corrida. Neste registo, fiz-me à estrada pelas 17:00h e rodando a 100/120km/h e sempre na volta das 4.000rpm, cheguei ao escritório da EURORENTLEI em Leiria passavam 2 a 3 minutos das 19:00h. Após uma breve visita, lá arranquei de novo com direcção ao Aeroporto do Porto onde estaria o Ivo à minha espera (foi “cravado” e fez-me um transfer Lisboa/Porto de ultima hora, beneficiando assim de um fds integralmente feito a bordo de viaturas com Ar Condicionado). Perto das 21:00h estava eu a chegar à portagem dos Carvalhos, quando desacelerei para deixar passar uns carros e ultrapassar uns camiões, e a Giulia fez um “ttrrrrrrrrrr”;... “ttrrrrrrrrrr”(?!) pensei eu, que diabo, o carro está nos oitenta (e picos) graus, tem pressão de oleo, tem ralenti, tem quatro cilindros, tem força,...(?!). durante aqueles momentos de duvida de que mal(?) padecia o pópó, no meio da rosnalheira do diferencial e caixa vi-me à rasca para ouvir um “tec-tec”, que só ocorria quando acelerava suavemente e um pouco acima do ralenti. Confirmados sons a mais no motor (que podia representar um motor a menos mais à frente) pareceu-me melhor opção (€€€) encostar, chamar a assistencia em viagem, chamar o Zé António e o Ivo que me trouxeram o Punto do balcão do Porto; e jantar uma bela posta de bacalhau no “Ribeiro” enquanto o reboque não vinha.
Após este precalço (são corridas, né) e de ter falado com o “Ralações com os concorrentes”, Paulo Grosso, que acedeu em nos aceitar a fazer o percurso/prova de Punto (já tinha a concordância do meu copi Ivo Tavares e até os olhos se lhe brilharam ante tamanha empreitada) conseguimos por-mo-nos a caminho de Guimarães pelas 22:30h. Achei algo estranho a malta (ainda) duvidar que iriamos de Punto a gasolina e 75cv; mas agora tinhamos um objectivo bem claro, não ser os ultimos dos Desportivos na chegada ao Magalhães Pessoa em Leiria. Agradeço também a todos os que se disponibilizaram para me fazerem chegar um carro “com mais peito”, como a Candida Aniceto que naquela hora queria à viva força arrancar de Lisboa com o meu Alfa 1300 e/ou estava teimosa para que eu aceitá-se o Peugeot 205Gti dela; ou o Carlos Aniceto que “embirrava” que eu tinha era que ir no Anglia Fascinante ou no BMW 2000; ou ainda o Zé Grosso a teimar para ir a Leiria buscar o 635Csi ou o M3(E30)... mas não, ali estava aquele Punto ordinário a rir-se para mim como quem diz: “não és capaz de tamanha parvoíce!!!...” e quando uma ideia/desafio se me mete na cabeça, é dificil de contrariá-la, dê por onde der. Que raio de feitio,... mas tenho sempre uma certeza, quanto mais dificil melhor e maior é o gozo...
Na quinta-feira (quase sexta-feira) verificámos já na classe da “gente crescida”, agora íamos na categoria dos DESPORTIVOS, uma classe de carros a sério... “prós” mesmo!!!... embora o nosso carrito fosse uma especie de “classe-iniciados”; e a malta só acreditou na nossa “montada” após ver os “toculantes” nas portas.
A Prova (que apesar de estarmos no Douro, não foi de vinhos...)
Na sexta-feira de manhã, levantámo-nos cedinho (o numero de porta era baixo) e lá fomos para o Multiusos de Guimarães para o briefing e saida do Rali, que decorreu com a normalidade do costume, com as piadolas do costume,... e com as duvidas do costume, tudo normal e “by-the-book”.
Quando estamos para sair do Multiusos, já debaixo do Pórtico de saída da prova, aconteceu um episódio que se viria a repetir por todo o Rali e de que vou tentar reproduzir (o momento):
- Ivo: põe o carro a trabalhar.
- Zé: ...(?!)...
- Ivo: põe o carro a trabalhar (falado mais alto).
- Zé: está a trabalhar!
- Ivo: tens a certeza?!
-Zé: olha Ivo (enquanto apontava para o quadrante), o conta-voltinhas está a mexer...
- Ivo: (que já estava desconfiado) acelera lá para eu ver (como o S. Tomé)!
- Punto: vrummmm, vrummmm,...
- Comissário: calmaaaaaaa, ainda falta quase um minuto!!!
- Ivo e Zé: eheheheheh...(gargalhada dentro do carro)
Depois de sairmos do Multiusos e já a chegar à zona do “daqui-em-diante-não-passa-nem-mais-um”, aconteceu um outro episódio (que se repeteria mais umas quantas vezes durante a prova) que foi o guarda da GNR não nos querer deixar passar; como o Punto practicamente não faz barulho chegávamos sempre de fininho, e eles, tunga: “-siga para ali e desimpeça a estrada para os carros das corridas passarem ó “fá-xavor”. Após esbracejar-mos um bocado, apontarmos para os auto-colantes nas portas e mostrar-mos os capacetes, riam-se (não sei bem porquê) e deixavam passar...
Na Penha de manhã fizemos 2:23” na primeira subida (o ano passado na Giulia e como comparação fizemos 2:09”) e apesar de termos subido bem melhor na segunda passagem, piorámos para 2:26” (claro que o defeito não é meu... mas do tempo e do almoço que nos deixou muito mais pesados...e à tarde fazia um calor geitozinho o que se nota bastante nestes carros catalizados,... ok ok, todos os que pioraram o tempo da primeira subida, concordam comigo de que a sala estava torta, certo?!), que deu um resultad(ã)o de 89,70pts, equivalente a 51º à geral, bem dentro do nosso objectivo, não ser(mos) o carro vassoura...
A rampa de Paços de Ferreira é sempre a dar ferro... para quem a conhece, porque para um pretenso choufer como eu que não a conhecia (nem em video), há que ter cautelas e não nadar fora de pé (que o carro é de uma conceituada rent-a-car e os donos não podem topar a marosca), o que deu curvas de fazer a prego... feitas à cagadinha à procura da estrada na curva; fizemos 2:06” nas duas subidas o que deu um total de 75,6pts e 22º lugar entre os desportivos e 52º entre todos. A coisa nem estava mal de todo ...
Seguiu-se o kartodromo de Baltar quem tem a profunda vantagem de subir só às vezes e de forma moderada, o que para fazer num carro que não é nenhum primor de rapidez (mas que se vale de um chassis bom e acima da média) deu para rodar em 1:08” nas três voltas, permitindo assim um 15º lugar entre os desportivos e um 35º à geral, bem integrados na primeira metade da caravana.
Daqui seguimos para a rampa de Santa Marta de Penaguião e assistimos de balcão à perseverança do Pedro & Guida Diogo a teimarem com uma bomba de gasolina embirrante e muito barulhenta, que quase os deixou a pé (nesta ligação, aí por umas 10 vezes... ou mais pois perdi-lhes a conta) a caminho da PEC. Curiosamente e após arrefecer um bocadito antes das provas, apesar de ir falhando, permitiu-lhes fazer as rampas sem se “apagar” antes da placa vermelha. Nesta PEC fizemos o tempo de 3:39” nas duas subidas o que deu uma pontuação total de 131,4pts e mais uma vez o 22º lugar entre os desportivos e 41º entre todos. A ligação para Murça a seguir à primeira rampa era apertadita e “perdemos” o Pedro e a Guida numa das crises existenciais da bomba, o que obrigou a alguma preocupação dissipada, no momento em que estavamos prestes a entrar no controle de Murça, com a chegada do Porsche 928 (parecia que andava a gozar com o pessoal).
A rampa de Murça que é de dar pau, foi cumprida em 3:19”, permitindo o 21º lugar entre os desportivos com 119,4pts. À geral empatámos com o Cooper S do João Esteves/Jorge Fernandes, num 42º lugar no meio da tabela.
Acabámos o dia com a Super Especial de Murça, onde o Punto permitiu um mais que espampanante 1:35” e 50pts redondos, 19º entre os desportivos e 39ºs entre todos.
Em jeito de balanço deste primeiro dia, fica a ideia de que nunca fomos os ultimos, nem sequer entre os desportivos, mas garanto-vos que fomos sempre os primeiros na frescura dentro do carro (nas ligações o Ar Condicionado andava sempre ligado), a abanar o capacete (nas ligações o “cantante” ía sempre a bombar) e a rir... de tão idiotas que nos pareciam os tempos...EH EH EH
O segundo dia, sábado, começou com as segundas subidas das rampas de Murça e Sta Marta de Penaguião, que igualá-mos com facilidade e queima de (muito) tempo para a placa vermelha, pelo que seguimos para Sever do Vouga. Nesta ligação o P928 resolveu dar (mais) um ar de presença e decidiu prescindir de uma (qualquer) correia, pelo que fomos ficando à espera do Pedro & Guida, conversando com o Sérgio e Élsio Almeida (a ver se passava qualquer coisita por osmose, de como driftar de... táxi!!!) enquanto o Pedro lá se desenrrascava com o saca-rolhas, perdão, canivete Suiço.
Em Sever, fizémo-nos à pista com muita tranquilidade, ar condicionado desligado, rádio em “mute” e bora lá, mais uma PEC de “electrodoméstico”, sem fazer barulho e a tentar não contrariar o andamento trancando demais o carro. A primeira volta (a de referencia) foi cumprida em 48” e nas outras duas igualámos, o que resultou num estrastoférico 7º lugar entre os desportivos e 14º à geral. Nada mau para uma “Bimby” (como foi baptizado pelo Ivo).
Quando estamos a sair da pista para uma ligação apertada (34 kms para 27 minutos), está mais uma vez o Pedro à mingua (e mais obstinado também) com problemas de aquecimento no 928 que... rompeu um tubo de água ORIGINAL. Que sacrilégio ter que mandar fora uma peça original com quase 40 anos, pffff...com esta manobra mecânica de recurso o carro perdeu, pelo menos... metade do valor!!!!
Lá vamos nós de “gaz à tábua(?)” até ao Caramulo, com ouvrers de luxo (nada mais que Pedro Azeredo num belissimo Renault Spider e o carro zero, um Abarth 500 cabrio) o Punto teve que suar as estopinhas para chegar a horas, o que aconteceu por cerca de 3 minutos (aproveitámos quase 7 minutos dos 10 dados inicialmente para cumprir Sever do Vouga). A boa noticia é que o Pedro também conseguiu chegar a tempo e horas, assim como o Grosso com o carro sempre a falhar e a tossir.
No Caramulo fizemos 1:44” e 1:45” (o curioso é que dentro do carro deu certinho, aliás, como dá sempre) o que deu 63,7pts e 44º à geral (mais uma vez empatados com o João e o Jorge no Cooper S velhinho).
Daqui fomos para Viseu cumprir um circuito nosso conhecido do RPH, onde um tempo de referencia de 50” permitiu 46,3pts na prova. Seguimos para Poiares onde andamos benzinho com um tempo de referencia de 1:03”... a seis segundos do desportivo e do clássico mais rápidos,... metemos uns mais que suficientes 30€ de gasolina para cumprir o resto da prova e ala para Figueiró dos Vinhos. A primeira rampa foi cumprida de dia e a nossa estratégia foi: como não lutavamos com ninguém a não ser nós próprios, nada de levantar o pé na primeira subida (se tivessemos levantado o pé se calhar ainda por lá andávamos) e a diferença do dia para a noite, num Punto 1.2 sem notas, foi de 6”.
Nesta altura já cheirava a fim de festa, mas lá fomos até Leiria ao Kartódromo dos Milagres, onde pela enésima vez o GNR de serviço nos tenta dissuadir de chegarmos ao local da PEC.
Com mais publico a assistir do que gente no estádio de Leiria em dia “gordo” de bola, quando estamos na fila para entrar para o kartodromo lá surge a risada do costume quando nos aperaltamos com os capacetes na cabeça, mas não “pasa nada”, fazemos a prova sempre a bombar, a pisar os correctores para ganhar rotação quando as rodas da frente “saltam” e assim lá chegamos aos 52” que repetimos nas duas voltas seguintes... e quase que empatavamos novamente com o Cooper S do João/Jorge.
Domingo:
Depois de “dormidos” lá nos apresentamos para a ultima prova de classificação do rali, uma super especial montada junto ao estádio Magalhães Pessoa, onde mais uma vez se junta muito povo. Esta PEC foi feita pela ordem inversa da classificação e com os desportivos primeiro... e nós não fomos na primeira série!!!
Nesta Super Especial, “arrancámos” um 9º lugar entre os desportivos com três vezes 1:06”, que permitiu que nos aproximassemos da dupla do R5Gtturbo José Matos/Fifé, ficando a um misero segundo e meio do 16º lugar (deles) na classificação dos desportivos. À geral fizemos 29º com 984,7pts daquilo que será “o lugar possível” (pelo menos para mim) e primeiros da classe F22 (até 1300cc), que á falta de mais parceiros, transitámos para a F23 (Honda S2000) onde ainda assim fomos os 4ºs atrás do S2000 que ganhou, de outro S2000 em 10º e um CooperS (dos novos e artilhado até aos dentes) em 11º com 914,6pts; ficaram classificados depois de nós (dos desportivos que cumpriram a prova toda) dois Porsche 944, um BMW 320is E30 e um Honda Prelude que apitava p’ra caramba.
Não posso deixar de felicitar e agradecer a prova e a forma como fomos tratados por toda a Crew do NDML, assim como aos n/ companheiros de Equipa EURORENTLEI José Grosso/João Sismeiro; Pedro Diogo/Guida Diogo e Ramiro Fernandes/Miguel Fernandes, e às equipas de “reportage”, nomeadamente os fotografos, a quem se agradece a partilha (e cedencia) dos “kodaks”.
Bjs e abraços,
JF
P.S.1: para o ano há mais e espero lá estar com o Cortina GT de 1966.
P.S.2: se alguém tiver fotos do "electrodoméstico cinzento", ficarei grato.
Os “controladores” nas tomadas de tempo das rampas lá para o fim da prova já diziam: “neste carro continua tudo a rir e satisfeito!!!”... e foi assim desde a Penha até ao Magalhães Pessoa. Íamos, estávamos e estamos alegres & contentes porque conseguimos fazer a prova nos limites(?) das nossas possibilidades, da rapidez da potente viatura (75cv), da paciência do Ivo (que para chegar lá acima era o cabo dos trabalhos) e com direito a apreciar a paisagem. Mas vamos lá à história de “Aventuras de um Punto negro (clarinho) no Verde Pino!”
O “antes da prova”:
Inicialmente inscrito (pelo 2º ano consecutivo) com o Cortina MKI 1.500 GT de 1966 e como não tive tempo de o testar, optei em ir com a Alfa Giulia; que agora já tem umas “cames” XPTO para aviar “velhos” Amigos com carros de corrida. Neste registo, fiz-me à estrada pelas 17:00h e rodando a 100/120km/h e sempre na volta das 4.000rpm, cheguei ao escritório da EURORENTLEI em Leiria passavam 2 a 3 minutos das 19:00h. Após uma breve visita, lá arranquei de novo com direcção ao Aeroporto do Porto onde estaria o Ivo à minha espera (foi “cravado” e fez-me um transfer Lisboa/Porto de ultima hora, beneficiando assim de um fds integralmente feito a bordo de viaturas com Ar Condicionado). Perto das 21:00h estava eu a chegar à portagem dos Carvalhos, quando desacelerei para deixar passar uns carros e ultrapassar uns camiões, e a Giulia fez um “ttrrrrrrrrrr”;... “ttrrrrrrrrrr”(?!) pensei eu, que diabo, o carro está nos oitenta (e picos) graus, tem pressão de oleo, tem ralenti, tem quatro cilindros, tem força,...(?!). durante aqueles momentos de duvida de que mal(?) padecia o pópó, no meio da rosnalheira do diferencial e caixa vi-me à rasca para ouvir um “tec-tec”, que só ocorria quando acelerava suavemente e um pouco acima do ralenti. Confirmados sons a mais no motor (que podia representar um motor a menos mais à frente) pareceu-me melhor opção (€€€) encostar, chamar a assistencia em viagem, chamar o Zé António e o Ivo que me trouxeram o Punto do balcão do Porto; e jantar uma bela posta de bacalhau no “Ribeiro” enquanto o reboque não vinha.
Após este precalço (são corridas, né) e de ter falado com o “Ralações com os concorrentes”, Paulo Grosso, que acedeu em nos aceitar a fazer o percurso/prova de Punto (já tinha a concordância do meu copi Ivo Tavares e até os olhos se lhe brilharam ante tamanha empreitada) conseguimos por-mo-nos a caminho de Guimarães pelas 22:30h. Achei algo estranho a malta (ainda) duvidar que iriamos de Punto a gasolina e 75cv; mas agora tinhamos um objectivo bem claro, não ser os ultimos dos Desportivos na chegada ao Magalhães Pessoa em Leiria. Agradeço também a todos os que se disponibilizaram para me fazerem chegar um carro “com mais peito”, como a Candida Aniceto que naquela hora queria à viva força arrancar de Lisboa com o meu Alfa 1300 e/ou estava teimosa para que eu aceitá-se o Peugeot 205Gti dela; ou o Carlos Aniceto que “embirrava” que eu tinha era que ir no Anglia Fascinante ou no BMW 2000; ou ainda o Zé Grosso a teimar para ir a Leiria buscar o 635Csi ou o M3(E30)... mas não, ali estava aquele Punto ordinário a rir-se para mim como quem diz: “não és capaz de tamanha parvoíce!!!...” e quando uma ideia/desafio se me mete na cabeça, é dificil de contrariá-la, dê por onde der. Que raio de feitio,... mas tenho sempre uma certeza, quanto mais dificil melhor e maior é o gozo...
Na quinta-feira (quase sexta-feira) verificámos já na classe da “gente crescida”, agora íamos na categoria dos DESPORTIVOS, uma classe de carros a sério... “prós” mesmo!!!... embora o nosso carrito fosse uma especie de “classe-iniciados”; e a malta só acreditou na nossa “montada” após ver os “toculantes” nas portas.
A Prova (que apesar de estarmos no Douro, não foi de vinhos...)
Na sexta-feira de manhã, levantámo-nos cedinho (o numero de porta era baixo) e lá fomos para o Multiusos de Guimarães para o briefing e saida do Rali, que decorreu com a normalidade do costume, com as piadolas do costume,... e com as duvidas do costume, tudo normal e “by-the-book”.
Quando estamos para sair do Multiusos, já debaixo do Pórtico de saída da prova, aconteceu um episódio que se viria a repetir por todo o Rali e de que vou tentar reproduzir (o momento):
- Ivo: põe o carro a trabalhar.
- Zé: ...(?!)...
- Ivo: põe o carro a trabalhar (falado mais alto).
- Zé: está a trabalhar!
- Ivo: tens a certeza?!
-Zé: olha Ivo (enquanto apontava para o quadrante), o conta-voltinhas está a mexer...
- Ivo: (que já estava desconfiado) acelera lá para eu ver (como o S. Tomé)!
- Punto: vrummmm, vrummmm,...
- Comissário: calmaaaaaaa, ainda falta quase um minuto!!!
- Ivo e Zé: eheheheheh...(gargalhada dentro do carro)
Depois de sairmos do Multiusos e já a chegar à zona do “daqui-em-diante-não-passa-nem-mais-um”, aconteceu um outro episódio (que se repeteria mais umas quantas vezes durante a prova) que foi o guarda da GNR não nos querer deixar passar; como o Punto practicamente não faz barulho chegávamos sempre de fininho, e eles, tunga: “-siga para ali e desimpeça a estrada para os carros das corridas passarem ó “fá-xavor”. Após esbracejar-mos um bocado, apontarmos para os auto-colantes nas portas e mostrar-mos os capacetes, riam-se (não sei bem porquê) e deixavam passar...
Na Penha de manhã fizemos 2:23” na primeira subida (o ano passado na Giulia e como comparação fizemos 2:09”) e apesar de termos subido bem melhor na segunda passagem, piorámos para 2:26” (claro que o defeito não é meu... mas do tempo e do almoço que nos deixou muito mais pesados...e à tarde fazia um calor geitozinho o que se nota bastante nestes carros catalizados,... ok ok, todos os que pioraram o tempo da primeira subida, concordam comigo de que a sala estava torta, certo?!), que deu um resultad(ã)o de 89,70pts, equivalente a 51º à geral, bem dentro do nosso objectivo, não ser(mos) o carro vassoura...
A rampa de Paços de Ferreira é sempre a dar ferro... para quem a conhece, porque para um pretenso choufer como eu que não a conhecia (nem em video), há que ter cautelas e não nadar fora de pé (que o carro é de uma conceituada rent-a-car e os donos não podem topar a marosca), o que deu curvas de fazer a prego... feitas à cagadinha à procura da estrada na curva; fizemos 2:06” nas duas subidas o que deu um total de 75,6pts e 22º lugar entre os desportivos e 52º entre todos. A coisa nem estava mal de todo ...
Seguiu-se o kartodromo de Baltar quem tem a profunda vantagem de subir só às vezes e de forma moderada, o que para fazer num carro que não é nenhum primor de rapidez (mas que se vale de um chassis bom e acima da média) deu para rodar em 1:08” nas três voltas, permitindo assim um 15º lugar entre os desportivos e um 35º à geral, bem integrados na primeira metade da caravana.
Daqui seguimos para a rampa de Santa Marta de Penaguião e assistimos de balcão à perseverança do Pedro & Guida Diogo a teimarem com uma bomba de gasolina embirrante e muito barulhenta, que quase os deixou a pé (nesta ligação, aí por umas 10 vezes... ou mais pois perdi-lhes a conta) a caminho da PEC. Curiosamente e após arrefecer um bocadito antes das provas, apesar de ir falhando, permitiu-lhes fazer as rampas sem se “apagar” antes da placa vermelha. Nesta PEC fizemos o tempo de 3:39” nas duas subidas o que deu uma pontuação total de 131,4pts e mais uma vez o 22º lugar entre os desportivos e 41º entre todos. A ligação para Murça a seguir à primeira rampa era apertadita e “perdemos” o Pedro e a Guida numa das crises existenciais da bomba, o que obrigou a alguma preocupação dissipada, no momento em que estavamos prestes a entrar no controle de Murça, com a chegada do Porsche 928 (parecia que andava a gozar com o pessoal).
A rampa de Murça que é de dar pau, foi cumprida em 3:19”, permitindo o 21º lugar entre os desportivos com 119,4pts. À geral empatámos com o Cooper S do João Esteves/Jorge Fernandes, num 42º lugar no meio da tabela.
Acabámos o dia com a Super Especial de Murça, onde o Punto permitiu um mais que espampanante 1:35” e 50pts redondos, 19º entre os desportivos e 39ºs entre todos.
Em jeito de balanço deste primeiro dia, fica a ideia de que nunca fomos os ultimos, nem sequer entre os desportivos, mas garanto-vos que fomos sempre os primeiros na frescura dentro do carro (nas ligações o Ar Condicionado andava sempre ligado), a abanar o capacete (nas ligações o “cantante” ía sempre a bombar) e a rir... de tão idiotas que nos pareciam os tempos...EH EH EH
O segundo dia, sábado, começou com as segundas subidas das rampas de Murça e Sta Marta de Penaguião, que igualá-mos com facilidade e queima de (muito) tempo para a placa vermelha, pelo que seguimos para Sever do Vouga. Nesta ligação o P928 resolveu dar (mais) um ar de presença e decidiu prescindir de uma (qualquer) correia, pelo que fomos ficando à espera do Pedro & Guida, conversando com o Sérgio e Élsio Almeida (a ver se passava qualquer coisita por osmose, de como driftar de... táxi!!!) enquanto o Pedro lá se desenrrascava com o saca-rolhas, perdão, canivete Suiço.
Em Sever, fizémo-nos à pista com muita tranquilidade, ar condicionado desligado, rádio em “mute” e bora lá, mais uma PEC de “electrodoméstico”, sem fazer barulho e a tentar não contrariar o andamento trancando demais o carro. A primeira volta (a de referencia) foi cumprida em 48” e nas outras duas igualámos, o que resultou num estrastoférico 7º lugar entre os desportivos e 14º à geral. Nada mau para uma “Bimby” (como foi baptizado pelo Ivo).
Quando estamos a sair da pista para uma ligação apertada (34 kms para 27 minutos), está mais uma vez o Pedro à mingua (e mais obstinado também) com problemas de aquecimento no 928 que... rompeu um tubo de água ORIGINAL. Que sacrilégio ter que mandar fora uma peça original com quase 40 anos, pffff...com esta manobra mecânica de recurso o carro perdeu, pelo menos... metade do valor!!!!
Lá vamos nós de “gaz à tábua(?)” até ao Caramulo, com ouvrers de luxo (nada mais que Pedro Azeredo num belissimo Renault Spider e o carro zero, um Abarth 500 cabrio) o Punto teve que suar as estopinhas para chegar a horas, o que aconteceu por cerca de 3 minutos (aproveitámos quase 7 minutos dos 10 dados inicialmente para cumprir Sever do Vouga). A boa noticia é que o Pedro também conseguiu chegar a tempo e horas, assim como o Grosso com o carro sempre a falhar e a tossir.
No Caramulo fizemos 1:44” e 1:45” (o curioso é que dentro do carro deu certinho, aliás, como dá sempre) o que deu 63,7pts e 44º à geral (mais uma vez empatados com o João e o Jorge no Cooper S velhinho).
Daqui fomos para Viseu cumprir um circuito nosso conhecido do RPH, onde um tempo de referencia de 50” permitiu 46,3pts na prova. Seguimos para Poiares onde andamos benzinho com um tempo de referencia de 1:03”... a seis segundos do desportivo e do clássico mais rápidos,... metemos uns mais que suficientes 30€ de gasolina para cumprir o resto da prova e ala para Figueiró dos Vinhos. A primeira rampa foi cumprida de dia e a nossa estratégia foi: como não lutavamos com ninguém a não ser nós próprios, nada de levantar o pé na primeira subida (se tivessemos levantado o pé se calhar ainda por lá andávamos) e a diferença do dia para a noite, num Punto 1.2 sem notas, foi de 6”.
Nesta altura já cheirava a fim de festa, mas lá fomos até Leiria ao Kartódromo dos Milagres, onde pela enésima vez o GNR de serviço nos tenta dissuadir de chegarmos ao local da PEC.
Com mais publico a assistir do que gente no estádio de Leiria em dia “gordo” de bola, quando estamos na fila para entrar para o kartodromo lá surge a risada do costume quando nos aperaltamos com os capacetes na cabeça, mas não “pasa nada”, fazemos a prova sempre a bombar, a pisar os correctores para ganhar rotação quando as rodas da frente “saltam” e assim lá chegamos aos 52” que repetimos nas duas voltas seguintes... e quase que empatavamos novamente com o Cooper S do João/Jorge.
Domingo:
Depois de “dormidos” lá nos apresentamos para a ultima prova de classificação do rali, uma super especial montada junto ao estádio Magalhães Pessoa, onde mais uma vez se junta muito povo. Esta PEC foi feita pela ordem inversa da classificação e com os desportivos primeiro... e nós não fomos na primeira série!!!
Nesta Super Especial, “arrancámos” um 9º lugar entre os desportivos com três vezes 1:06”, que permitiu que nos aproximassemos da dupla do R5Gtturbo José Matos/Fifé, ficando a um misero segundo e meio do 16º lugar (deles) na classificação dos desportivos. À geral fizemos 29º com 984,7pts daquilo que será “o lugar possível” (pelo menos para mim) e primeiros da classe F22 (até 1300cc), que á falta de mais parceiros, transitámos para a F23 (Honda S2000) onde ainda assim fomos os 4ºs atrás do S2000 que ganhou, de outro S2000 em 10º e um CooperS (dos novos e artilhado até aos dentes) em 11º com 914,6pts; ficaram classificados depois de nós (dos desportivos que cumpriram a prova toda) dois Porsche 944, um BMW 320is E30 e um Honda Prelude que apitava p’ra caramba.
Não posso deixar de felicitar e agradecer a prova e a forma como fomos tratados por toda a Crew do NDML, assim como aos n/ companheiros de Equipa EURORENTLEI José Grosso/João Sismeiro; Pedro Diogo/Guida Diogo e Ramiro Fernandes/Miguel Fernandes, e às equipas de “reportage”, nomeadamente os fotografos, a quem se agradece a partilha (e cedencia) dos “kodaks”.
Bjs e abraços,
JF
P.S.1: para o ano há mais e espero lá estar com o Cortina GT de 1966.
P.S.2: se alguém tiver fotos do "electrodoméstico cinzento", ficarei grato.
OP
OP
Pedro A. Soares
RWD
Eu bem lá vi o Punto mas só em Leiria me apercebi que era o José que andava nele...
Nuno C
Nuno Castelhano
Egas Bastos disse:
Não estão grande coisa, mas foi o que se pôde arranjar...
Gosto particularmente da última, por causa da posição das rodas.
Nuno
Anexos
OP
OP
Pedro A. Soares
RWD
Obrigado pelas fotos Nuno. Estão muito boas.
Abraço,
Abraço,
JR Tavares
YoungTimer
Boas caros Portalistas,
Só agora é que vi este tópico!
Por coincidência consegui ver algumas das máquinas que por aí andaram.
Parabéns aos participantes e as grandes máquinas que por lá andaram :feliz:
Estas fotos são da pista de autocross de Sever do Vouga! Tenho poucas pois o meu telemóvel atrofiou e só deu para tirar estas..
Só agora é que vi este tópico!
Por coincidência consegui ver algumas das máquinas que por aí andaram.
Parabéns aos participantes e as grandes máquinas que por lá andaram :feliz:
Estas fotos são da pista de autocross de Sever do Vouga! Tenho poucas pois o meu telemóvel atrofiou e só deu para tirar estas..
Anexos
JR Tavares
YoungTimer
OP
OP
Pedro A. Soares
RWD
Poucas mas boas.
Obrigado.
Obrigado.
Joao Manso
Clássico
Boas fotos!
Ricardo.Ferreira
Clássico
OP
OP
Pedro A. Soares
RWD
Ricardo.Ferreira disse:Egas, do teu não tenho mais...tenho uma do 80!
É do carro mais bonito.
Obrigado pela foto da maquina.
Ricardo.Ferreira
Clássico
De nada Pedro!