Pintura de Jantes

Luis C Matos

Clássico
Boas Pessoal,

Até há bem pouco tempo tenho lido em vários locais da internet que há uma série de dúvias quanto a pintar as jantes e reparado num grande erro da parte de quem as pinta por sua conta e risco.

Note-se bem que as jantes, durante a sua rodagem, estão sujeitas não só ao estado das nossas estradas como submetidas ao calor gerado pelos pneus. Alguns izem que as pintam com sprays (tinta de grafite de paredes) e outros com tintas de alumínio sobre a qual aplicaram uma camada de verniz.

Na pura realidade as jantes são pintadas a partir de tintas de "brilho directo", sem qualquer camada de verniz. A aplicação de verniz em cima das jantes irá resultar que o calor irá fazer estalar o verniz e dar-lhe um aspecto nada bem visto nem para quem fez o trabalho quanto mais para quem observa a viatura e as jantes.

As jantes antes de pintadas são inteiramente lixadas para lhe retirarem os riscos e o "brilho" e só depois podem ser pintadas com duas demãos de tinta de brilho directo que na falta de tinta especial poderá ser substituía por "tinta e alta temperatura" na cor das jantes ou a que se pretende aplicar.

Aqui, após lixagem e ter passado um bom desengordurante sobre as superfícies para lhe retirar todas as dedadas e pó originário pelo trabalho de lixagem, dá-se uma ligeira demão directamente na jante e deixa-se secar após o que se dá a segunda ligeira demão e novamente se espera que seque muito bem e naturalmente embora possam acelerar o processo de secagem com aplicação de um secador de calor ou infravermelhos a uma distância de 60 a 90 cm terão que ter em conta a potência de calor.

Quanto maior o calor usado para secagem da tinta maior deve ser a distância entre o aparelho gerador de calor e a superfície pintada. Caso contrário irão assar a tinta que descascará por ter secado demasiado depressa sem ter tempo para se agarrar à superfície e a sua composição química das tintas ter tempo para se unir entre demãos.

Usem primeiro lixas grossas (80), passem para a 120 e a seguir 300 e depois 600 e finalmente 3.000 e/ou 6.000 e sempre a seco. Lembrem-se que quanto maior o número da lixa mais fina ela é e não é ao contrário.

Notem bem - Se usam compressor e este possuir manómetros (ou possuem pistola munida por manómetro) optem pelos "4 bares" de pressão e dêem cada demão em sentido contrário uma da outra, ou seja, dêem as demãos de forma "cruzada" em vez de as fazerem ambas no mesmo sentido. Este método de cruzar tinta fará com que a tinta resista ao atrito e desgaste a que as jantes estão sujeitas e nos intervalos de secagem permite que a composição química da tinta actue mais eficazmente entre si e as duas demãos se "fundam" numa só.
 
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