O Museu do "Pessa", a nossa História

Pois é meus amigos dos clássicos, esta noticia está deveras ultrapassada, saiu no final do mês de Agosto de 2010, porque será que escolheram esta data, a quando a maioria dos Portugueses não liga peva às noticias visto estarem de férias; esperei, esperei até que alguém insurgisse em defesa de um "Museu do automóvel em Lisboa" que nunca abriu por falsos lobbies e boys políticos que nada fizeram, para além de falsas promessas de que um dia a cidade de Lisboa iria ter um museu do automóvel, orgulho património histórico de todos nós, ao invés, criou obstáculos atrás de obstáculos sem motivo algum, a esta hora, o Fernando Pessa nem deve calcular a trapalhada em que se encontra o "dito" (ex)museu, e esta hein?!

Primeiro Jornal Edição de 31-08-2010 (2ª parte): vulcão na Indonésia, processo Queiroz e a Selecção Nacional 31-08-2010 | Vídeos Notícias | SIC Online
Vejam ás 14h16(ao minuto 35:16).

Pode um museu municipal funcionar quase nove anos sem nunca ter existência formal? Em Lisboa, pode. O Museu Municipal Fernando Pessa foi anteontem esvaziado do último automóvel de entre os mais de 40 clássicos que exibia.

Foi em Novembro de 2001 que o então presidente da câmara, João Soares, inaugurou o Museu Municipal Fernando Pessa. O jornalista, como garantiu à revista AutoMotor (Abril 2002), nem queria o seu nome no museu. Mas lá ficou, como espécie de homenagem da cidade. O seu velho Rover 2000, de 1966, foi guardado num pavilhão do antigo mercado abastecedor de Lisboa, à Av. das Forças Armadas. "Contactámos pessoas que tinham carros antigos e assim nasceu o museu", recorda Armando Rodrigues, parceiro de andanças de Pessa.

O museu abriu regularmente nos primeiros meses. Mas depois funcionava ao ritmo dos contactos, por exemplo, "do turismo de Lisboa para mostrar o museu a visitantes estrangeiros". Os executivos camarários foram mudando sem a criação formal do museu. "Houve um protocolo que ficou por assinar à última hora", conta Armando Rodrigues, sem resposta às diligências para dinamizar o espaço. Isto até ao final do ano passado, prazo dado pela EGEAC, empresa municipal que gere os equipamentos culturais municipais de Lisboa, para que o espaço fosse desocupado. "Sinto-me enganado, mas, por outro lado, também um grande alívio pela responsabilidade em ter ali os carros", comenta o entusiasta dos automóveis. É que entre as relíquias figuraram um Mercedes 28/95 (1921), com carroçaria em madeira; um Peugeot 81.B (1906), oferecido ao médico da família da marca Peugeot; um Bentley Speed (1924); um Darracq (1901), ou um Cottin & Desgouttes (1913).

A Câmara de Lisboa, em Abril de 2009, promoveu uma exposição sobre viaturas históricas do município no "Museu Municipal Fernando Pessa". No entanto, para Paulo Braga, administrador da EGEAC, o espaço "não é mais do que um depósito" de carros, sem projecto museológico. Agora, o pavilhão será demolido ao abrigo do Plano de Urbanização de Entrecampos e a autarquia pagou 4000 euros para entregar os veículos aos donos. "Não se pode dizer que a cidade perdeu um espaço museológico, porque não o era", frisa Paulo Braga. É fácil adivinhar o que diria Fernando Pessa, se ainda por cá andasse: "E esta, hem?"

Rali em risco

O Museu Municipal Fernando Pessa recuperou em 2005, com o apoio da autarquia sintrense, o RaliAs Camélias de Sintra, desta feita com automóveis antigos, como forma de contornar as restrições ambientais do Parque Natural de Sintra-Cascais. A câmara presidida por Fernando Seara disponibilizou-se para receber o museu, mas Armando Rodrigues admite que Pessa estava muito ligado a Lisboa, cidade onde o museu fazia sentido. Com o fim do museu, o próprio Rali das Camélias deverá desaparecer. Este ano já não se realizou aquela que seria a sexta edição. Na calha poderá estar, contudo, a realização em 2011 do Rali do Sintrense, outra prova clássica, no centenário do clube de Sintra.

In Jornal Público

Quero mostrar aqui o meu descontentamento e tristeza perante a classe politica camarária (de Lisboa) e governativa de Portugal, juntamente com os "ditos" grandes clubes de automóveis antigos/clássicos (ACP e CPAA entre outros) e personagens que "dizem" defender os automóveis antigos/clássicos, porque sinceramente quem deixa um museu de automóveis desta natureza acabar assim, é porque não é gente enão é digno de se pronunciar ou sequer julgar sobre esta paixão que envolve e move todos os Portalistas aqui do Portal e dos anónimos que tem carros/motas/barcos/aviões antigos/clássicos etc, e que prezam pela história que nos transporta/ou para todo o lado.

Oxalá um dia destes, tenha os conhecimentos certos para levar esta paixão que tenho pelos carros antigos e clássicos a todos aqueles que gostem de verdade e vivam na da mesma forma que eu a custo 0!:cool:

Tirei estas fotos quando estava de férias no Algarve:(,
Ver anexo 203870
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Anexos

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Jose Manuel S Lopes

ESCORT79
Delegado Regional
Ainda hoje por lá passei, e por acaso nem sabia que tinham fechado o suposto museu, digo suposto porque acho que nunca esteve aberto ao público, nem condições tinha , uma vez que lá chovia como na rua (segundo alguém que conhecia o espaço), hoje vi que os vidros estavam todos embaciados e molhados da parte interior, o que demonstra que deve ter mesmo muitas infiltrações, portanto julgo que o melhor foi mesmo devolver os carros aos proprietários (que devem ter melhores condições) de que estarem ali como estivessem na rua.
 

Marco Mourão

YoungTimer
À cerca de 2 ou 3 anos tive oportunidade de visitar o Museu Fernabdo Pessa, foi uma visita guiada pelo Sr. Armando Rodrigues. Na altura foi bem transmitida a mensagem do futuro indefinido daquele local, que praticamente se mantinha à custa da carolice de meia duzia de pessoas. Infelizmente acabou por fechar por falta de apoios.
 
OP
OP
C
Acho que este sonho esteve à beira de se concretizar e só não se deu, devido às pessoas erradas que pertencem a certos grupos de clássicos e camarários, à frente deste belíssimo projecto que foi apenas acordado de palavra e nada escrito, como se alguma vez isto desse bom resultado em Portugal:cool:
Creio que faltou seriedade no compromisso que se tomou, todos os intervenientes neste projecto tem mea culpa por não dar asas à história incluindo motivos políticos da altura.

Lisboa precisava de uma espécie de um Rui Rio para endireitar certas pontas frágeis ligadas a esta paixão dos clássicos que todos nós temos, contudo fiquei a saber à pouco tempo que o tal museu provisório que fechou as portas no final do mês de Agosto deste ano era para ser transferido para o arco do cego onde era antigamente um terminal de eléctricos, mais tarde de camionetas e agora um triste e cinzento parque automóvel...

Creio que mais uma vez se deu uma bofetada de "luva branca" à história automóvel portuguesa na cidade de Lisboa que bem merece um museu desta natureza.

a ver vamos como se desenrola esta novela, nos próximos tempos:cool:
Falo em museu como também posso falar em corridas, e para não esquecer, Lisboa foi palco de boas e muitas corridas que com o tempo tendem se todos a esquecer...

Não devemos esquecer "aqueles" que nos movem...a história! (em Lisboa).
Ver anexo 203986
Ver anexo 203989
Ver anexo 203992
Ver anexo 203995
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Ver anexo 204001
Ver anexo 204003

As fotografias pertencem ao arquivo fotográfico de Lisboa.
 

Anexos

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É uma pena,

Em Outubro de 2009, através de um amigo do sr. Armando, também eu entrei pela 1ª vez no "museu" Fernando Pessa e fiquei a conhecer um pouco daquela realidade. De facto, este espólio (que pertencia na maioria ao sr. Armando e mais alguns amigos) estava ali exposto por carolice e merecia melhores condições. Tinha carros bonitos e que marcaram as épocas a que pertenciam, podendo sem esforço ter evoluído, se tivesse um espaço à altura, pois decerto, existiriam outros coleccionadores que gostariam de ver as suas peças expostas e partilhá-las com o público em geral.

Assim sendo, perde-se um espaço que é também de história e de cultura e ficam mais uns clássicos fechados em garagens esquecidos.
 

Pedro Rações

YoungTimer
Se eles fecham escolas e centros de saúde... é uma pena realmente. Neste país tudo é ignorado.
Quanto ao Rover 2000, era uma boa máquina, conduzi um numas filmagens que se andaram a fazer com Jonh Malkonvich, Javier Barden, a nossa Alexandra Lencastre, entre outros, em Espinho há 11 anos e esse carro era um dos carros de cena, era azul, tinha o pneu sobressalente em cima da mala e parece-me que tinha o tecto em viníl.
 

Marco Mourão

YoungTimer
Só a titulo de curiosidade.
Algumas coisas que se podiam ver por lá:
 

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Pedro Vicente

Vicent Classics
é muito triste um pais como este nao ligar nenhuma a coisa que faz mexer o pais a toda a hora... os automoveis...

Como é possivel nao haver mais museus de automoveis por ca... temos o do caramulo e pouco mais...
é muito triste mesmo... especialmente nas principais cidades do pais nao haver mais museus e afins... esquecem que isso significa mais turismo...
 
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