Memórias em Slot - XVII Rali de São Martinho - 1968

José Pedro Gil

Clássico
XVII Rali de São Martinho - 1968

na "Slot-Arrábida", em Azeitão - Sábado dia 25 de Julho, pelas 14 horas.

Texto e organização de Mário Rosas:

O Clube Arte e Sport, então capitaneado pelo sempre dinâmico, Dr Augusto Martins, tinha uma prova que contava para o Campeonato Nacional da especialidade, que poderia considerar-se com alguma dureza, não pela qualidade dos pisos das estradas que se utilizavam, mas pelos quilómetros a percorrer e sempre durante a noite.

Este rali que hoje falamos, foi corrido em 1968, entre 9 e 10 de Novembro, Sábado e Domingo.

A 1ª etapa teve início nos arruamentos junto ao Casino do Estoril, pelas 21 horas de sábado e levava os concorrentes para a zona de Sintra, obrigando- os a percorrer, em ambos os sentidos, todas as estradas mais difíceis da região. E por ser de noite, com média de 60 Km/hora, chegando o primeiro, por volta da meia noite ao local da partida, no Estoril, para descansar uma meia hora e arrancar de seguida para a 2ª etapa, com destino ao Algarve, mais precisamente a Lagos, atravessando várias serras e onde se chegaria por volta das seis horas de domingo.

Eram cerca de uns quinhentos quilómetros, coisa pouca. Por volta das três da tarde, porque já estavam mais do que descansados, acabava-se o rali com uma prova complementar, de perícia e maneabilidade, como eram conhecidas na época.

Nesta altura, estamos em 1968 e como já foi explicado anteriormente, as penalizações eram encontradas através de médias altas, com quilómetros “roubados” e controles apertados nas zonas mais críticas onde já de si era difícil cumprir a média sem estes “contratempos”.

Contudo, ainda era permitido recuperar-se os atrasos, o que obrigava a uma médias impressionantes, em estrada aberta ao trânsito, para se conseguir voltar ao tempo indicado na carta de controle, onde era mencionada a hora de entrada ideal.

Havia uma táctica, que por vezes resultava. Como se tinha todo o minuto para entrar no referido controle, sem penalizar, e numa altura em que se estava a comer muitos segundos desse minuto, se se passasse para o minuto seguinte, penalizando apenas 1 segundo, ganhava-se tempo para os controles seguintes.

Nesse ano, José Lampreia, num Porsche 911, foi o vencedor, tendo penalizado apenas 1 segundo, ficando em 2º lugar, Francisco Romãozinho, Morris Cooper S, com uma penalização de 6 segundos. Américo Nunes, noutro Porsche 911, seria o 3º com 24 segundos. A título de curiosidade e para verem a dificuldade da prova, o ultimo concorrente penalizou 6838 pontos (1ponto = 1 segundo).

Lembrei-me desta prova, porque vamos recreá-la no Slot Arrábida, onde também fizemos o Rali das Camélias, que também era em Sintra e como dois troços são permanentes …
Vamos realizar a prova no Sábado , 25 de Julho, e terá o seguinte perfil :

O rali será composto por 2 etapas, cada uma com quatro troços, sendo o seu sentido diferente e uma prova complementar.
Cada troço é feito com um tempo previsto pela organização, em segundos, penalizando pela diferença.

Cada concorrente receberá uma carta de controle com os tempos de cada troço acumulados e assim, em caso de atraso, poderá vir a recuperar até ao final da prova.
Exemplo: Vamos imaginar que um concorrente tem na carta de controle os seguintes tempos para fazer em cada troço :

1º troço 15 seg. e faz 15, 185 , logo, tem uma penalização de 0.
2º troço 33 seg. sub-total 48 seg. e faz 34,511 sub-total 49 – penaliza 1 seg.
3º troço 25 seg. sub-total 73 seg. e faz 23,423 sub-total 72 – penaliza 1 seg.
4º troço 29 seg. sub-total 102 seg. e faz 30,234 sub-total 102 – penaliza 0 seg.

As categorias dos modelos, são como previsto, os H-65 e os H-74, turismo e grande turismo.

Mais uma boa oportunidade de reviver os grandes clássicos dos Rallyes com os slots clássicos.

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JP
 
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