Verónica Anacleto
Clássico
Hallo a todos!
Segui o conselho de fazer um diário de bordo e passado quase 6 meses lá me decidi a contar o que tem vindo a acontecer.
Para quem não leu a minha apresentação, deixo aqui uma parte da apresentação, só para entenderem melhor como isto tudo começou.
'Desde pequena que via um senhor a passar com um carro destes, era diferente do que estava habituada a ver, era miúda e ainda não tinha bem presente o conceito de carro clássico. Até que depois de uns anos, já de ver filmes e ter internet em casa comecei a apaixonar-me a sério por clássicos, principalmente americanos, mas comprei um japonês hahah.
Sempre que via aquele carro ficava fixa a olhar e por sorte o meu pai conhecia o tal senhor e sabia a marca e o modelo do carro, pelos vistos ele comprou-o novo e até os dias de hoje é sempre com aquele carro que anda. E assim começou um lindo amor ahhaha, à primeira vista! Tenho um um Datsun 120Y sedan vermelho com 4 portas de 1976, que está semi restaurado.'
MAIO:
Estava eu toda contente com carro “novo” nas unhas… a rasgar as estradas do oeste. Quando passado um mês, achei por bem fazer uma revisão para ver se estava tudo certinho e aparentemente estava.
JUNHO:
Depois de afinado, passado duas semanas de andar com ele, reparei que bebeu imenso óleo e fiquei desconfiada, e fui vendo o nível com regularidade. Passado mais duas semanas, estava com o óleo no mínimo… e pronto, já há aqui rato…
JULHO:
Foi na altura que me juntei ao Portal dos Clássicos e aconselharam-me a ir ao mecânico que facilmente se resolvia este problema.
Lá fui eu, com o meu ‘daço’ vermelho. O sr doutor disse que provavelmente era segmentos e que o arranjo ia importar na casa dos 4 dígitos… até me arrepiei, mas que remédio tinha eu.
Ele pôs-me à vontade, que podia andar com o carro assim sem problema, era só por óleo barato que não havia problema nenhum e que no mês seguinte arranjava-o. Lá vim eu para casa fazer uma master class em contabilidade.
AGOSTO:
Se não havia problema, pensei em continuar a andar com ele, até que um dia numa vinda para casa o carro começou a soluçar… eram tão suaves que na minha ignorância, até achei que fosse a deslocação do ar… no dia seguinte, o mesmo… no terceiro dia o carro pára a meio caminho numa curva com péssima visibilidade… os soluços foram tantos que parou e já não ligou mais!
Caraças… (simplificando as asneiras que me passaram pela cabeça)
Liguei para a seguradora e lá foi ele, bye bye, no reboque para o mecânico…
Passei por lá ao final do dia… estava pronto… e eu WHAT??????
(Sr Doutor: há e tal a gente não encontrou nada que causasse isto, mas agora está a trabalhar bem…)
Mal saí da garagem do mecânico, começou novamente a soluçar…
Rais me abrazem a iste…
Conclusão… neste momento estava a fazer um cagaçal de fumo, a beber óleo que nem um burro e aos soluços… Só um kit de “juntas” (juntas tudo e deitas fora) como se costuma dizer, é que se resolve isto… :/
Eu e o meu namorado ainda andámos muitas tardes a limpar as velas do carro para ver se melhorava os soluços, durava sempre 2/3 dias e depois voltavam.
Às vezes trabalhava mal e se o desligássemos e voltássemos a ligar era como se nada tivesse passado, parecia novo… ora parecia um velho de 90 anos ora um moço de 20…
SETEMBRO:
Deixei de andar com o bicho por umas semanas até chegar o dia do arranjo, e lá foi ele aos soluços até ao mecânico.
OUTUBRO:
Depois de um mês +/-, com muita pena da minha carteira, fui buscá-lo toda contente.
Agarrei nele e parecia tudo ok, igual a quando o comprei. Até agora deixou de deitar fumo, de beber óleo e de soluçar, o ódio passou e voltei a apaixonar-me.
Mas desenganem-se que isto ainda não acabou hahah
Parecia tudo bem no dia que fui buscar o carro, mas no dia seguinte desligava-se sozinho quando se travava/parava num cruzamento ou num semáforo, não aguentava e morria…
Dois dias depois ao ter ido buscar não o consegui tirar da garagem porque cada vez que tentava engatar o carro ele desligava logo…
Rais ma parta a iste, novamente…?!!!
Lá fui telefonar ao mecânico para ir a casa ver o que passava, e supostamente é o ralenti, disse ele, e aumentou-o.
Pareceu que até ficou bom, mas… Nos dias seguintes até hoje o carro custa a pegar a frio… pega à primeira, mas embrulhasse com o ar fechado, desengatado… tá ali a trabalhar mal, todo embrulhado, o que antes não acontecia… todo o santo dia tenho de estar 5 minutos a aquecê-lo para ele trabalhar bem.
Depois de um pouco quente e de umas gasadas fica a trabalhar bem mas continua a desligar de vez em quando em cruzamentos ou semáforos, mesmo depois de 30km, já tá mais que quente, e desliga.
NOVEMBRO:
Às vezes quando travo liga as luzes do painel…acho que se desliga mas não, se der acelerador às vezes responde e anda… outra vezes desliga mesmo… Cheira-me a problemas na bobine de ignição.
Esteticamente ainda não consegui mudar nada/arranjar nada... mas está nos planos!
Acho que tenho um carro bipolar e a nossa relação é definitivamente de amor/ódio.
Neste momento sinto-me o Randall Raines (Nicolas Cage) com o seu Ford Mustang Eleanor… só que numa versão tuga baratucha hahahah
Segui o conselho de fazer um diário de bordo e passado quase 6 meses lá me decidi a contar o que tem vindo a acontecer.
Para quem não leu a minha apresentação, deixo aqui uma parte da apresentação, só para entenderem melhor como isto tudo começou.
'Desde pequena que via um senhor a passar com um carro destes, era diferente do que estava habituada a ver, era miúda e ainda não tinha bem presente o conceito de carro clássico. Até que depois de uns anos, já de ver filmes e ter internet em casa comecei a apaixonar-me a sério por clássicos, principalmente americanos, mas comprei um japonês hahah.
Sempre que via aquele carro ficava fixa a olhar e por sorte o meu pai conhecia o tal senhor e sabia a marca e o modelo do carro, pelos vistos ele comprou-o novo e até os dias de hoje é sempre com aquele carro que anda. E assim começou um lindo amor ahhaha, à primeira vista! Tenho um um Datsun 120Y sedan vermelho com 4 portas de 1976, que está semi restaurado.'
MAIO:
Estava eu toda contente com carro “novo” nas unhas… a rasgar as estradas do oeste. Quando passado um mês, achei por bem fazer uma revisão para ver se estava tudo certinho e aparentemente estava.
JUNHO:
Depois de afinado, passado duas semanas de andar com ele, reparei que bebeu imenso óleo e fiquei desconfiada, e fui vendo o nível com regularidade. Passado mais duas semanas, estava com o óleo no mínimo… e pronto, já há aqui rato…
JULHO:
Foi na altura que me juntei ao Portal dos Clássicos e aconselharam-me a ir ao mecânico que facilmente se resolvia este problema.
Lá fui eu, com o meu ‘daço’ vermelho. O sr doutor disse que provavelmente era segmentos e que o arranjo ia importar na casa dos 4 dígitos… até me arrepiei, mas que remédio tinha eu.
Ele pôs-me à vontade, que podia andar com o carro assim sem problema, era só por óleo barato que não havia problema nenhum e que no mês seguinte arranjava-o. Lá vim eu para casa fazer uma master class em contabilidade.
AGOSTO:
Se não havia problema, pensei em continuar a andar com ele, até que um dia numa vinda para casa o carro começou a soluçar… eram tão suaves que na minha ignorância, até achei que fosse a deslocação do ar… no dia seguinte, o mesmo… no terceiro dia o carro pára a meio caminho numa curva com péssima visibilidade… os soluços foram tantos que parou e já não ligou mais!
Caraças… (simplificando as asneiras que me passaram pela cabeça)
Liguei para a seguradora e lá foi ele, bye bye, no reboque para o mecânico…
Passei por lá ao final do dia… estava pronto… e eu WHAT??????
(Sr Doutor: há e tal a gente não encontrou nada que causasse isto, mas agora está a trabalhar bem…)
Mal saí da garagem do mecânico, começou novamente a soluçar…
Rais me abrazem a iste…
Conclusão… neste momento estava a fazer um cagaçal de fumo, a beber óleo que nem um burro e aos soluços… Só um kit de “juntas” (juntas tudo e deitas fora) como se costuma dizer, é que se resolve isto… :/
Eu e o meu namorado ainda andámos muitas tardes a limpar as velas do carro para ver se melhorava os soluços, durava sempre 2/3 dias e depois voltavam.
Às vezes trabalhava mal e se o desligássemos e voltássemos a ligar era como se nada tivesse passado, parecia novo… ora parecia um velho de 90 anos ora um moço de 20…
SETEMBRO:
Deixei de andar com o bicho por umas semanas até chegar o dia do arranjo, e lá foi ele aos soluços até ao mecânico.
OUTUBRO:
Depois de um mês +/-, com muita pena da minha carteira, fui buscá-lo toda contente.
Agarrei nele e parecia tudo ok, igual a quando o comprei. Até agora deixou de deitar fumo, de beber óleo e de soluçar, o ódio passou e voltei a apaixonar-me.
Mas desenganem-se que isto ainda não acabou hahah
Parecia tudo bem no dia que fui buscar o carro, mas no dia seguinte desligava-se sozinho quando se travava/parava num cruzamento ou num semáforo, não aguentava e morria…
Dois dias depois ao ter ido buscar não o consegui tirar da garagem porque cada vez que tentava engatar o carro ele desligava logo…
Rais ma parta a iste, novamente…?!!!
Lá fui telefonar ao mecânico para ir a casa ver o que passava, e supostamente é o ralenti, disse ele, e aumentou-o.
Pareceu que até ficou bom, mas… Nos dias seguintes até hoje o carro custa a pegar a frio… pega à primeira, mas embrulhasse com o ar fechado, desengatado… tá ali a trabalhar mal, todo embrulhado, o que antes não acontecia… todo o santo dia tenho de estar 5 minutos a aquecê-lo para ele trabalhar bem.
Depois de um pouco quente e de umas gasadas fica a trabalhar bem mas continua a desligar de vez em quando em cruzamentos ou semáforos, mesmo depois de 30km, já tá mais que quente, e desliga.
NOVEMBRO:
Às vezes quando travo liga as luzes do painel…acho que se desliga mas não, se der acelerador às vezes responde e anda… outra vezes desliga mesmo… Cheira-me a problemas na bobine de ignição.
Esteticamente ainda não consegui mudar nada/arranjar nada... mas está nos planos!
Acho que tenho um carro bipolar e a nossa relação é definitivamente de amor/ódio.
Neste momento sinto-me o Randall Raines (Nicolas Cage) com o seu Ford Mustang Eleanor… só que numa versão tuga baratucha hahahah