Common-rail

Sérgio Carriço

YoungTimer
Common-rail

O protótipo do sistema common rail foi desenvolvido em finais dos anos 60 pelo Suíço Robert Huber. Depois disso, Ganser do "Swiss Federal Institute of Technology" desenvolveu a tecnologia common rail futura. A meio dos anos 90, Dr. Shohei Itoh e Masahiko Miyaki, da "Denso Corporation", uma empresa Japonesa de fabrico de componentes para automóveis, desenvolveu o sistema de combustível Common Rail para veículos pesados, tornando-se assim no primeiro caso prático do uso no seu sistema ECD-U2 Common Rail, que foi montado num camião da Hino Raising Ranger, vendido para uso geral em 1995. O actual sistema common rail controlado por uma unidade electrónica de comando (ECU) trabalha com o mesmo principio, cada injector é controlado electronicamente, em vez de mecanicamente. Isto foi alvo de muitos protótipos nos anos 90, com a colaboração entre a Magneti Marelli, Centro Ricerche Fiat e Elasis. Depois da investigação e desenvolvimento inicial pelo grupo Fiat, o design foi adquirido pela empresa alemã Robert Bosch GmbH para completar o desenvolvimento para o tornar apto à produção em massa.

CRDI ou "Common Rail Direct Injection" é uma sigla utilizada para denominação de um novíssimo e sofisticado sistema de injecção directa de combustível diesel sob alta-pressão em motores de combustão interna, criado pela Fiat italiana e, posteriormente, desenvolvido e patenteado pela Bosch alemã, que o licenciou para vários fabricantes mundiais de veículos automóveis, como Mitsubishi, Hyundai, Ford, Mercedes-Benz, Kia e Nissan, entre outros.
O Common-rail é um sistema de injecção criado nos anos 90 para veículos utilitários de trabalho pesado e posteriormente adaptado para automóveis ligeiros Engeneering e posteriormente cedido para desenvolvimento à Bosch alemã.
A Fiat foi a primeira marca a comercializar um automóvel com esta tecnologia. Estreou-se em 1997 no Alfa Romeo 156, e no mesmo ano no Mercedes-Benz E 320 CDI.
Consiste numa bomba de alta pressão que fornece a pressão através de uma rampa comum a todos os injectores, o que permite fornecer uma pressão (de 1350 bar a 1600 bar) constante de injecção, independentemente da rotação do motor, sendo o comando dos injectores e feito por válvulas magnéticas presentes na cabeça dos mesmos. A sua vantagem é um menor ruído de funcionamento, arranque a frio quase instantâneo, e uma clara melhoria de prestações e diminuição da poluição e de consumo. Actualmente é o sistema usado em quase todos os diesel.
Em 2002, a Fiat apresentou ao mundo o Common-Rail com mais pressão a nível mundial - 1800 bar e ainda com 5 multiplas injecções com uma enorme precisão. O sistema está assim conforme a lei de gases europeia EURO4 com a vantagem de o conseguir sem filtros de partículas.
Há diferentes sistemas usados por diferentes fabricantes, mas foram todos criados pela Bosch e são equivalentes em termos de qualidade e eficácia: o "Unit Injector System" (UIS) e o "Common Rail System" (CRS).
Em ambos os sistemas, o combustível é injectado nos cilindros sob pressão muito alta. O próprio processo de injecção é controlado electronicamente, para que seja sempre injectado o volume ideal de combustível, exactamente no momento certo. E isso garante o rendimento máximo com o mínimo consumo e níveis de emissão baixos.

No Unit Injector System (UIS), cada cilindro do motor tem um injector individual que gera uma pressão até 2050 bar em automóveis de passageiros. O pulverizador de injecção está integrado no injector e injecta para a câmara de combustão. O Unit Injector System permite uma injecção precisa com durações de injecção variáveis. Este processo de injecção e a alta pressão aplicada resultam numa combustão excelente. Isso garante um rendimento mais alto, um consumo de combustível mais baixo e emissões reduzidas de ruído e de gás de escape.)
No Common Rail System, a separação da função mecânica de injecção para o sistema electrónico, permite que um lastro de combustível sob alta pressão, até 1600 bar, fique previamente armazenado numa câmara á espera de um sinal para ser injectado nos cilindros. Ainda neste sistema, válvulas magnéticas de alto rendimento permitem a passagem desse combustível, os tempos de ignição, são controlados electronicamente o que permite estabelecer o tempo de duração da injecção por cilindro, proporcionando, mais recursos para melhorar o processo de combustão.
O Common Rail System da terceira geração usa injectores piezo em linha especialmente rápidos que cortam as emissões em mais 20% e o consumo de combustível em mais 3%, enquanto também reduzem o ruído do motor.

O Electronic Diesel Control (EDC) da Bosch fornece um controlo óptimo do processo de injecção diesel em todos os momentos operacionais. O sistema analisa a informação fornecida pelos sensores do motor para calcular o melhor processo de injecção.
Ainda a cortar emissões Para cortar ainda mais as emissões, são usados processos adicionais de tratamento do gás de escape.
Filtros de partículas diesel com um revestimento aditivo ou catalítico asseguram que o motor cumpre ou ultrapassa agora as muito exigentes regulamentações futuras sobre emissões.
 
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