Clássicos Do Ultramar

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Já que aqui se fala de Ultramar e Angola, aqui vai uma pergunta !
Eu tenho um carro de 1971 que veio de Luanda, e na altura tinha matrícula "AAF-34-22" ! Por acaso alguem sabe como obter a história / antigos proprietário do carro ??? Actualmente, nenhuma das instituições do "continente" me conseguiram responder !
desde já o meu obrigado !
JK
 
João Kramer disse:
Já que aqui se fala de Ultramar e Angola, aqui vai uma pergunta !
Eu tenho um carro de 1971 que veio de Luanda, e na altura tinha matrícula "AAF-34-22" ! Por acaso alguem sabe como obter a história / antigos proprietário do carro ??? Actualmente, nenhuma das instituições do "continente" me conseguiram responder !
desde já o meu obrigado !
JK

Que carro é João :cool: ?
 
João Kramer disse:
Olá Francisco !
è um Rover P6 2000 TC !
Obrigado
JK

Boas João

Isso é matrícula de Luanda e o carro nunca correu :D

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Podes ver o sistema para cada território do ultramar, especificamente:

Angola: Axx-00-00 - a primeira letra era sempre um "A" (código identificativo do território), as duas letras seguintes identificavam a zona de matriculação (AA a AI: Luanda, BA a BC: Benguela, CB: Cabinda, LD: Lobito, NL: Nova Lisboa e SB: Sá da Bandeira);
 

Anexos

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Matricula de Luanda em 1949 começava apenas por L

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Anexos

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Ford Taunus com matrícula de Luanda em 1972

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Anexos

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O filme é impressionante, faz parte da nossa historia e vê-se as pessoas a abandonarem os seus carros no aeroporto e ao lado dos aviões :huh:
 
É mesmo impressionante... Adorei ver o velhinho Gil Eannes no activo no fim do filme. Hoje pode-se beber um copo a bordo deste histórico navio na bela cidade de Viana do Castelo...

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Francisco,

Muitissimo obrigado pela partilha.

Documento impressionante,

Uma duvida;
As imagens iniciais eram da coluna que saiu de Angola e foi até a fronteira da Africa do Sul, com camiões, jipes e carros normais pelo meio do mato?

Ficaram lá uns meses no meio do nada, acampados entre os carros e aos poucos os Sul-Africanos foram-nos deixando passar.

Só essa epopeia dava um grande filme.


nuno g
 
Francisco Lemos Ferreira disse:

Francisco. Mais uma vez sem comentários.
Fiz a viagem desde o namibe até luanda a bordo do NOVO REDONDO, barco de carga. Eram cerca de 3000 "seres" a bordo. Alguém terá fotos do parque automóvel que ficou em moçâmedes? milhares de carros de todos os tipos e marcas.
Abraço
 
Caros amigos eu nasci em Moçâmedes e vim para Portugal em 1976 naquela frota de traineiras que saiu de Moçamedes e Porto Alexandre. (viviamos em Porto Alexandre).
Juntámo-nos no porto de Walvis Bay (Namibia) - o navio Silver Sky, o saudoso Gil Eanes e 97 traineiras
com muitos carros em cima. O meu pai trouxe na traineira um Datsun 1200. (tenho o video em VHS e tenho de o converter). Depois de nove meses de mar, com passagem pelo Brasil, chegou a Portugal todo amassado pelos bidons de gasóleo que traziamos para abastecer o barco. Uma verdadeira odisseia que um dia destes edito em livro.
Sou um seguidor atento do Portal e amante de clássicos, na minha garagem está um Toyota 800 sedan, um carocha 1600, um fiat 126 (em restauro) e um Mini 1.000 (a aguardar restauro).
Cumprimentos a todos.
 
Só depois de investigar o blog do nosso amigo Ricardo é que descobri que partilhámos os mesmos locais. Eu sou um pouco mais novo. "e não nasci rico". Sou filho do Manecas (já falecido) do Venâncio.
Bem haja amigo Ricardo pelo percurso automobilistico. Já me esquecia. O Carpinteiro Pinto mecânico e maluco por carros (correu em Moçamedes com um Capri 3.000) é meu primo.
 
Olá a todos e um olá especial ao Helder que não estou a reconhecer.
De facto abandonei Angola em 11-01-1976, saindo da baía de Porto Alexandre rumo a Walvis Bay a bordo de uma das traineiras da SIAL (de que o meu pai era sócio gerente). Deixámos lá os carros todos. Trouxe apenas 5 motorizadas (minhas e dos meus irmãos) - uma Garelli Cross 50 cc, uma Mini Yamaha,uma Honda CB50 e duas Mini Honda. Uma destas ainda a tenho mas já está totalmente recuperada depois de ter atravessado o Atlântico num "barco de pau".

Corri com a Mini Honda em Sá da Bandeira (sou o nº 8)
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Como viajaram as motorizadas da família Duarte

Em Porto Alexandre (sul de Angola) com a Mini Honda do Lopo Duarte
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A turbolenta viagem em Janeiro de 1976 numa traineira de Angola para Portugal com paragem em Walvis Bay (Namíbia)
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Meio de transporte
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Ponto de saída Porto Alexandre / Angola (hoje Tombwa)
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Primeira paragem na Baía dos Tigres / Angola
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Segunda paragem em Wavis Bay / South West Africa (hoje Namíbia)
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Ponto de chegada - Setúbal / Portugal
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Uma das nossas MH em 1977 com o Marito-DJ Otiram/ Setúbal - Portugal
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Mafra/2007 - a MH já recuperada (com a cor original) está mais paradona...só serve para ir ao pão ou ao jornal à Ericeira, :feliz::feliz:

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Boa noite a todos e especialmente ao Kady. Eu tenho uma vaga ideia, mas apenas do nome. Estudei até 75 na Escola Bartolomeu Dias em Porto Alexandre e era finalista (5.º ano Geral do Comércio).
O meu pai era o responsável técnico da Fábrica Venâncio Guimarães & Sobrinho, que ficava mais a sul da SIAL e antes da CIMAR. Quando éramos putos iamos sempre para a baía, até ao fundão (o meu pai também esteve lá a trabalhar) antes de eu nascer, claro. Grandes mergulhos no cais da Porfina.
Depois a saída de Porto Alexandre, se não me engano foi a 7 de Janeiro, para Walvis Bay, depois de três meses ali, as empresas (Venâncio, Cimar e outra) decidiram ir para o Brasil, tentar trabalhar lá com os barcos, pois já se sabia que a situação em Portugal era difícil.
Eu tinha 16 anos, fiquei com o meu pai e fizámos a viagem para o Brasil (Rio/Nitéroi). Passados 5 meses de tentativas, o governo brasileiro não permitiu que os barcos pescassem lá (politiquisses) e tivémos de vir para Portugal, com uma viagem muito atribulada, muito mau tempo no estreito de Gibraltar provocou o desnorte dos 7 barcos que compunham a frota, de tal maneira que o nosso destino previsto era Olhão e fomos dar com o Cabo Espichel e entrámos em Sesimbra. Uma viagem eu que todos nós vimos a vida a andar para trás. Pois debaixo de mau tempo já rebocávamos um barco de ferro que ficou sem motor, cheio de gente e a meio da noite rebentou-se o cabo sem nós darmos por isso, e só na manhã seguinte nos aprecebemos que não havia nenhum barco atrás. Tivémos de retroceder e navegar 4 horas até encontrar o Lubango (assim se chamava). Depois foi uma carga de trabalhos para passarmos outro cabo de reboque, pois as ondas eram de 8 e 9 metros.
Foi uma verdadeira odisseia. Mas cá chegámos. Como disse anteriormente, ainda tenho de publicar estas memórias para as gerações vindouras. Como tenho uma Editora aqui em Vila Real de Santo António, será mais fácil. Quanto ao meu percurso em Portugal, sempre esteve um bocado relacionado com a imprensa, primeiro como editor e fotojornalista fundador do jornal AlgarveRegião, que já não existe, outras assessorias de imprensa pelo meio e agora a cem por cento na Editora Guadiana.
Peço desculpa pelo romance, mas o Ricardo deve gostar destas histórias "quase comuns".
Um abraço a todos.
 
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